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MG lança o primeiro carro elétrico com bateria de estado sólido

Pode até parecer exagero de press release, mas desta vez é verdade: o novo MG4, apresentado na China, será o primeiro carro de produção em série com uma bateria de estado sólido — ou quase isso. A tecnologia, considerada o “Santo Graal” dos carros elétricos, promete mais segurança, maior densidade energética e melhor desempenho em baixas temperaturas.
A MG (sim, a mesma que fazia os clássicos roadsters da série T e que hoje é da gigante chinesa SAIC) vai usar no novo MG4 uma bateria fornecida pela QingTao Energy, chamada de semi-solid-state. O eletrolito líquido ainda existe, mas em quantidade mínima — apenas 5% da composição, segundo a fabricante. A densidade energética é de 180 Wh/kg, dentro da média atual de baterias de íon-lítio, mas a robustez e tolerância térmica são os trunfos da tecnologia. Além disso, a evolução das baterias de estado sólido promete reduzir drasticamente os tempos de recarga e, com a maior densidade energética possível, também deverá proporcionar maior autonomia.

No MG4, contudo, a bateria não é muito melhor que as atuais de íons de lítio, com capacidade de 70 kWh (o que resulta em mais de 380 kg, se eu não errei as contas). O motor elétrico anunciado tem 163 cv, mas essa versão é voltada ao mercado chinês — o modelo europeu, onde o MG4 é um dos elétricos chineses mais vendidos, deve receber opções mais potentes. Curioso é que na China sua aceitação é baixa: vende dezenas de unidades por mês, enquanto somente na Alemanha foram 12.000 exemplares em 2024. (Leo Contesini)
Mercedes desiste de desistir do Classe A

A atual geração do Mercedes Classe A (W177) deveria sair de linha em 2026, mas, graças ao “neoceticismo” sobre o futuro elétrico, o modelo será produzido por mais dois anos, permanecendo até 2028. A decisão foi confirmada pelo chefe de produção da marca, Jörg Burzer, ao jornal Automobilwoche, citando a alta demanda — especialmente na Europa — como principal motivo para o adiamento.
Mesmo com a chegada do novo CLA, que assumirá o papel de compacto premium da marca com motorização elétrica e híbrida, o Classe A continuará sendo produzido paralelamente. No primeiro semestre de 2025, o modelo vendeu quase 8.000 unidades só na Alemanha.
Apesar da prorrogação, a Mercedes já deixou claro: a A-Class não terá sucessor direto após 2028. O modelo, lançado originalmente em 1997 e completamente reformulado em 2014, encerrará sua trajetória com essa geração atual. Isso, claro, se a Mercedes não mudar de ideia mais uma vez, afinal, como vimos mais acima, o desenvolvimento das tecnologias de elétricos parece andar como um supercarro elétrico: arranca rápido, mas não tem fôlego para manter o ritmo e acaba estacionando para recarregar…
Dodge Charger Sixpack agora tem ronco de verdade
A Dodge está perto de revelar a versão movida a gasolina do novo Charger. Tão perto que a equipe de marketing da marca nem se preocupou com discrição ao gravar o vídeo de lançamento do carro no centro de Detroit. E graças a um morador de Detroit que compartilhou o vídeo no Reddit, não só podemos ver o carro em ação, mas também ouvir que ele tem um ronco verdadeiro, produzido por combustão e ecoando pelos canos de escape.
O clipe curto (bem mais do que gostaríamos) e sem cortes mostra um Charger vermelho entrando de lado em uma rua, a poucos quarteirões da famosa Woodward Avenue, em Detroit.
Quanto ao ronco… bem, eu sei que ele não é o que você e eu esperávamos — algo gutural como um novo Hemi V8. Em vez disso, o som é encorpado, mas suave, como o típico ronco dos seis-cilindros. É um ronco agressivo, claro. Mas não tanto quanto poderia (ou deveria) ser.
Como sabemos, a Dodge não planejava colocar um Hemi no novo Charger — ela chegou a afirmar que sequer há espaço no cofre para isso. Mas se a Alfa Romeo conseguiu usar um boxer longitudinal e um quatro-em-linha transversal no mesmo carro nos anos 1990, por que a Dodge não conseguiria adaptar o novo Charger para receber o motor que ele sempre mereceu? Além disso, a mudança no comando da Stellantis deixou claro que as regras mudaram por aquelas bandas. E sonhar não custa nada.
Tente adivinhar o que está por trás (ou por baixo) do Larkin Feroxa

O mercado de esportivos exclusivos e feitos à mão do Reino Unido anda bastante movimentado ultimamente. Eles estavam em peso em Goodwood e parece que toda semana surge uma fabricante artesanal nova. O nome da vez é a Larkin, que apresenta o Feroxa, um speedster elegante e raro — serão apenas 10 unidades produzidas. Mas afinal, o que é esse carro e por que ele merece sua atenção?
O Feroxa é fruto da mente do engenheiro britânico Douglas Larkin, que também toca a empresa Capture Point, especializada em escaneamento 3D e engenharia reversa. Embora pareça uma criação totalmente nova, o speedster utiliza a base do Aston Martin Vantage fabricado entre 2005 e 2018 — algo que facilitou o desenvolvimento do projeto e o tornou mais viável.

Sob o capô, o Larkin Feroxa aproveita o motor V8 4.3 litros naturalmente aspirado do Aston Martin, agora calibrado para entregar 420 cv — um ganho de 40 cavalos em relação à configuração original. Para quem buscar ainda mais potência, haverá uma opção com o motor V12 de 500 cv, provavelmente o mesmo que equipava o Vantage V12 da época. A transmissão será manual em todas as versões, reforçando o apelo clássico e esportivo.
Na construção, a Larkin substituiu toda a carroceria original por painéis de fibra de carbono, reduzindo o peso para cerca de 1.300 kg. Essa combinação de potência e leveza promete um desempenho ágil e empolgante.
O protótipo também esteve em Goodwood, mas ainda está em desenvolvimento e, por isso, não tem o interior finalizado — e também ainda não traz informações sobre preço. Por ser uma produção artesanal e limitada, a expectativa é que ele seja um daqueles carros que não adianta perguntar o preço.
Uma raríssima Ferrari F40 LM GTC está a venda

Algumas Ferrari são lendárias, mas poucas entram no território dos mitos. A F40 é considerada por muitos como o ápice da Ferrari, mas existe uma versão ainda mais rara e desejada: a F40 LM, desenvolvida para as pistas tanto nos EUA quanto na Europa.

Apenas 19 unidades do F40 LM foram produzidas pela Michelotto, focadas nas competições IMSA e FIA-GT. Agora, uma delas estará em leilão durante a Monterey Car Week, mais exatamente o chassi número 14, que se destaca por ser uma versão GTC, a mais potente entre todas as F40 produzidas. A estimativa da RM Sotheby’s indica que o valor pode ficar entre US$ 8.500.000 e US$ 9.500.000 (nem vou converter para não estragar a nossa manhã).

Melhor ainda: o carro tem um histórico internacional de corridas, tendo passado por diversos proprietários e participado de eventos na Itália, França, Espanha e República Tcheca. Em 2014, ele voltou para a Michelotto para uma revisão completa do motor, câmbio e repintura na cor Rosso Corsa original.

Equipado com o motor V8 2.9 litros biturbo, o F40 LM entrega 760 cv — 289 cv a mais que o modelo básico — e pesa 317 kg a menos, totalizando aproximadamente 1.050 kg com fluidos.
GWM fará hipercarro híbrido mirando Ferrari 296 e McLaren Artura

A Great Wall Motor (GWM), fabricante chinesa conhecida pelos modelos Ora 03 e Haval, prepara um novo supercarro que promete desempenho superior aos rivais europeus como a Ferrari 296 e o McLaren Artura — segundo a própria empresa e a imprensa estrangeira; eu não acho realmente que isso seja possível, mesmo com a migração de recursos humanos da Europa para as fabricantes chinesas.
A notícia foi divulgada pelo próprio presidente da empresa, Wei Jianjun, que publicou uma foto no Weibo, rede social chinesa, para celebrar os 35 anos da GWM. Na imagem, executivos da marca posam ao redor do contorno camuflado de um carro esportivo de motor central, com visual aerodinâmico e futurista.
Segundo o diretor de tecnologia da empresa, Wu Huixiao, a GWM trabalha neste supercarro há cinco anos. Ele destacou que o modelo terá monocoque em fibra de carbono e promete desempenho superior aos rivais europeus — uma declaração que ganhou peso após Jianjun ter sido flagrado dirigindo uma Ferrari SF90.
O supercarro será o primeiro lançamento da nova submarca premium Confidence Auto, que ficará acima das marcas atuais da GWM e terá como concorrente direto o Yangwang, da BYD — outro supercarro elétrico chinês que deve chegar em breve à Europa. E este é um dos motivos pelos quais eu não acredito na concorrência direta com os europeus. “Eu ia comprar a Ferrari 296, mas achei mais racional comprar um Confidence Auto, afinal, eu sou confiante e meu carro também deve ser.“
Seu verdadeiro rival é o Yangwang U9, elétrico de 1.250 cv capaz de acelerar com potência instantânea e girar Nürburgring em 7:18.
A GWM ainda não revelou detalhes oficiais sobre a motorização do seu novo supercarro, mas espera-se que ele utilize o novo motor V8 4.0 litros biturbo, apresentado em Xangai, com estimados 600 cv e 80 kgfm. Esse motor fará parte de um sistema híbrido plug-in focado em alta performance, como o Ferrari 296, McLaren Artura e Lamborghini Temerario, com potência total ainda maior.
A apresentação oficial pode acontecer no Salão do Automóvel de Guangzhou, na China, previsto para o final de novembro.