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Zero a 300

VinFast VF3 no Brasil? | Hennessey Venom F5 Carbon Series | Saleen S7 Twin-Turbo e mais!

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VinFast deve vir ao Brasil com o jipinho VF3

O Vietnã não é um país que lembramos quando se fala de indústria automotiva. Na verdade, o que conhecemos dele vem exclusivamente dos 9247293847 filmes de guerra americanos sobre o tema; como é a primeira guerra perdida pelos EUA, eles tem um certo trauma daquilo, que tentam refrescar criando personagens fictícios como John Rambo. Que originalmente na verdade era apenas um soldado traumatizado, mas foi transformado em… tá, parei, deixa isso para lá.

O fato é que o país pode não ter tradição nisso, mas está querendo aproveitar a esperada singularidade elétrica para reverter esta situação. E a empresa que está na frente deste esforço se chama VinFast. E, agora, parece que virá para o Brasil: fez o registro de propriedade intelectual de seu jipinho elétrico VF 3 em nosso país.

A VinFast Auto Ltd foi fundada pela Vingroup, um dos maiores conglomerados privados do Vietnã, fundado por Pham Nhat Vuong. Nosso amigo Pham é aparentemente o primeiro bilionário vietnamita, e personalidade famosa no país. Estabelecida em 2017 em Haiphong, é a primeira marca de automóveis vietnamita a se expandir para mercados globais, bem como a primeira em veículos elétricos.

O VinFast VF 3 é um jipinho elétrico interessante, mas que é interessante também por um motivo: o designer João Marcos de Oliveira Ramos, famoso pelo Ford Ecosport, é o atual diretor executivo de design da VinFast, e o responsável por este carro.

O VF3 é pequeno, meio como um Jimny elétrico vietnamita. Mede apenas  3,19 metros de comprimento, e pretende na verdade não ser um carro de trilha, mas um commuter bonito para a cidade. Tem apenas 43 cv, autonomia de até 237 km (ciclo WLTP) com uma carga, em linha com sua proposta urbana. Vem também com central multimídia de 10 polegadas compatível com Android Auto e Apple CarPlay.

Tem potencial para ser um elétrico interessante e barato, na vocação elétrica de transporte urbano apenas. Vamos aguardar os próximos passos da empresa no Brasil, para saber mais detalhes. (MAO)

 

Pirelli Collezione e a arte de se reviver o passado

Por volta de 1992, era um estagiário de engenharia numa fábrica de pneus. Para meu espanto, uma parte da fábrica tinha prensas tão antigas quanto a indústria de pneus, quase um museu industrial ainda em funcionamento. Mas mais legal mesmo, para mim que já era então irreversivelmente estragado pelo vírus do entusiasmo automotivo, era um dos produtos que ainda se fazia lá: pneus para Ford modelo A 1928-1930. Aparentemente ainda vendiam bem, para serem usados em veículos de tração animal pelo interior do Brasil.

Não sei que fim levaram as prensas e os moldes de pneus antigos daquela fábrica, mas hoje, o negócio de pneus clássico é levado cada vez mais a sério. Claro: com o crescimento do mundo do carro antigo, cresce também a necessidade de pneus para eles. E não me surpreende saber que a Pirelli Collezione, que vem fazendo esse tipo de coisa desde 2020, produz seus pneus clássicos na Turquia e, ora veja só, no Brasil.

O Pirelli Collezione está sob o guarda-chuva do departamento de competição da empresa porque, como pneus de corrida, esses pneus são feitos em quantidades relativamente pequenas, parcialmente à mão. Eles são feitos nas mesmas fábricas também.

Uma parte dessas iniciativas tem sua necessidade clara: há medidas que não existem mais comercialmente, como os minúsculos pneus do Fiat nuova 500 dos anos 1950, que agora a Pirelli fornece de novo por meio deste esquema. Mas o negócio tende a aumentar, à medida que as pessoas vão descobrindo que pneus modernos não ornam com carros antigos não somente em aparência, mas também em comportamento. Se todo o carro foi desenhado para pneu diagonal, vai funcionar bem só com eles; a não ser que você modifique a suspensão para outro tipo de pneu. Quem faz isso? Quem sabe fazer isso?

O fato é que os entusiastas voltam para o antigo para experimentar o passado; este passado nunca é completo se tem pneus modernos. A ideia, disse o executivo da operação ao site Motor 1, Emanuelle Vanzetti, “é fazer pneus que sejam “100% respeitosos da aparência original, mas que também sejam, tanto quanto possível, respeitosos do comportamento e estilo de direção originais”. Se você pensar bem, o pneu, peça importantíssima em qualquer carro, é uma peça dele como qualquer outra, que deveria ser sempre trocada por uma original.

Na Collezione, a Pirelli usa nomes e desenho de rodagem do passado, e embora esses novos pneus sejam baseados nesses clássicos, eles não são simplesmente reproduções. Vanzetti diz que a equipe começa com desenhos originais e informações dos extensos arquivos da Pirelli — eles têm acesso a especificações que datam da década de 1930 — além de testes de estrada em revistas de época, para tentar ter uma noção do briefing do design original, mas os moldes originais já se foram há muito tempo. Eles tendem a enferrujar e desgastar com a idade, então, mesmo que ainda existissem, não seriam muito úteis para fazer novos pneus.

Depois, há a borracha. As formulações de outrora, e as borrachas comerciais disponíveis, tornam impossível se reproduzir exatamente os compostos originais. Tem que se conseguir as características desejadas, mas com matéria prima diferente. Efetivamente, são pneus novos, que almejam chegar o mais próximo possível do comportamento do antigo. Um projeto que deve ser interessantíssimo de se participar. Já que são pneus novos na realidade, onde é possível sem arruinar o desejado, nova tecnologia é aplicada, principalmente no tocante ao comportamento no molhado, onde se evoluiu muito.

As histórias dessa iniciativa, como se pode imaginar, são sensacionais. Como trabalhar com a Maserati na criação de uma nova versão do Cinturato P7 para o Biturbo dos anos 1980. Um dos pilotos de desenvolvimento originais do carro ainda trabalhava para a Maserati e ajudou a Pirelli a desenvolver o novo pneu pouco antes de sua aposentadoria.

A Pirelli também trabalhou com a Lamborghini em pneus para o LM002, e trabalha com  a Porsche já há algum tempo. Na verdade, a Porsche deu a uma nova versão do icônico Cinturato CN36 uma aprovação oficial antes mesmo de a Pirelli Collezione ser iniciada. A empresa recentemente também voltou a oferecer os pneus especiais para a Ferrari Enzo.

Na mesma semana que se divulgou o trabalho do Pirelli Collezione, por coincidência, A empresa italiana de pneus convocou Horácio Pagani para falar sobre um carro muito especial: o Torino de seu pai. Como se sabe, Pagani é um renomado fã do mais famoso carro argentino. Tem uma réplica do cupê de corrida de Nürburgring e recentemente trouxe de sua terra natal um magnífico 380W para morar consigo na Itália.

É de arrepiar ver os arquivos históricos da Pirelli que o nosso argentino preferido vasculha, nesta peça comercial. Depois, um jovem ator interpreta Horácio na infância, quando personalizava os pneus do carro do pai com tinta amarela. Very cool stuff. O comercial termina mostrando que os Pirelli especiais do Pagani Utopia tem a silhueta do carro em suas laterais. (MAO)

 

Hennessey Venom F5 Carbon Series é obra prima em fibra de carbono

Vocês lembram do O Hennessey Venom F5: um supercarro de fibra de carbono americano, com um V8 LS biturbo de 1840 cv, prometidos 482 km/h de final, e um preço de 3 milhões de dólares, nos EUA.

O mais especial desses carros é a Carbon Series. Ela estreou em agosto de 2023, mas agora, a marca americana mostra os detalhes deste sofisticado supercarro. A trama de fibra de carbono, sem pintura, parece ininterrupta de ponta a ponta no carro.

O capô do Hennessey Venom F5, por exemplo, demonstra a trama uniforme dividida ao meio. Mas é onde um painel encontra outro que realmente torna este carro especial. A trama pode não ser fisicamente a mesma entre os painéis, mas é trabalhada para parecer uniforme. Hennessey diz que teve que ir a extremos para tornar isso possível. Apenas a fase de design adicionou complicação extra porque a equipe teve que considerar como a trama interagiria de uma parte para a outra.

A trama se alinha “linha por linha”, de acordo com a empresa, o que só de imaginar, pira o cabeção, se me perdoam a expressão nada sofisticada. Nos casos em que um painel ficava ligeiramente desalinhado, ele era rejeitado e jogado fora em favor da construção de uma peça totalmente nova que combinasse perfeitamente.

A Hennessey desenvolveu uma espécie de “Bíblia” de quase 100 páginas durante o processo de design e engenharia para que possa ser replicada de forma confiável no futuro.  É realmente incrível, um nível de detalhe raramente visto. Gastar 3 milhões de dólares em um carro é sempre difícil; mas este tipo de detalhe ajuda a se perceber que o dinheiro, no fim, foi bem gasto. Como dizia Sir Henry Royce: “A qualidade permanece muito tempo depois do preço ter sido esquecido.” (MAO)

 

Único Saleen S7 Twin-Turbo com o Competition Package aparece à venda

O supercarro americano não é uma novidade que apareceu com o Hennessey Venom F5. Em 2000, 24 anos no passado, outro preparador americano deu um passo adiante e criou um supercarro próprio, com desenho e motor e tudo mais desenhado em casa: o Saleen S7.

Saleen S7: o primeiro supercarro americano

Como sabemos, a Saleen é famosa por seus Mustangs preparados; mas o S7 não tem nada de Mustang. Tinha sim um incrível V8 de desenho próprio, baseado no conhecimento de Saleen sobre o Ford V8: o bloco é de alumínio, de desenho baseado no Ford Windsor, mas com cabeçote de Cleveland, “semi-hemi”, e nada menos que sete litros de deslocamento. Dava 558 cv a 5900 rpm, e 72,6 mkgf a 4000 rpm, e um limitador cortava a 6500 rpm. Num carro de 1300 kg, era realmente impressionante.

Em 2005, aparece o S7 Twin-Turbo. O motor recebeu dois turbos Garrett, para 760 cv a 6300 rpm e 95 mkgf a 4800 rpm, e uma velocidade máxima teórica de 399 km/h. Mas o dono deste carro vermelho das fotos pediu mais: é o único carro equipado com o Competition Package, que dava “mais de 1.000 hp”.

O carro apareceu à venda no site americano Bring a Trailer, e é simplesmente sensacional. Está na Flórida e rodou apenas 1.100 milhas desde zero km. A cor se chama Lizstick Red, e é realmente bonito. As rodas são as originais forjadas de 19 polegadas na frente e 20 polegadas atrás com pneus Michelin Pilot Sport 4 S 275/35 e 345/30.

Como tem o Competition Package, o carro inclui uma grande asa traseira de fibra de carbono, um novo splitter dianteiro de carbono e um difusor traseiro revisado. O carro vem com transeixo manual de seis velocidades, e diferencial autoblocante mecânico. Se você tem os meios, altamente recomendado. (MAO)