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Volkswagen apresenta ID.3 e ID.4 no Brasil, mas não fala em vendas (ainda)
A Volkswagen já tem uma família exclusiva para modelos elétricos desde 2019, quando começou a fabricar o hatchback ID.3. E já faz algum tempo que a fabricante estuda uma forma de vendê-los em outros mercados – o brasileiro, inclusive. Agora, o primeiro passo foi dado.
O presidente da fabricante para a América Latina, Pablo Di Si, apresentou tanto o ID.3 quanto o crossover ID.4 durante um evento para os funcionários da fábrica em São Bernardo do Campo (SP), transmitido pela Internet. Mas ficou só nisso: uma apresentação dos modelos – nada de previsões ou promessas concretas. Ao contrário: Di Si deixou bem claro que ainda não é hora de falar em detalhes.
“Dentro de nossa estratégia, planejamos lançar modelos elétricos em diversos países da América Latina. Hoje ainda não é o momento de falarmos em datas e modelos, mas termos muitas novidades interessantes por aí.”, decalrou o executivo.
Thomas Owsiasnki, CEO da Volkswagen Argentina e vice-presidente de vendas e marketing da marca na América do Sul, acrescentou: “Trouxemos algumas unidades desses dois modelos para o Brasil e a Argentina. Vamos realizar clínicas com os clientes da região, test-drives e reviews com jornalistas e exposições em eventos.” Fica fácil deduzir que a Volks quer definir quando e como venderá seus elétricos ao público da América Latina.
Fiat anuncia suspensão parcial da produção em Betim
A Fiat, até agora, foi uma das fabricantes que conseguiram evitar quase completamenta as paralisações na linha de produção por falta de semicondutores – os componentes usados na fabricação de circuitos eletrônicos usados em diversos sistemas do carro, incluindo a central multimídia. Até agora: a fabricante anunciou nesta semana a paralisação parcial de sua fábrica em Betim (MG) por falta de chips.
Além dos semicondutores, a Fiat menciona escassez outros insumos (mas não diz quais são). Embora não revele quais são. A paralisação se dará por meio de layoff para cerca de 1.800 funcionários do turno da noite em Betim a partir do dia 4 de outubro – eles não vão trabalhar por três meses, e a Fiat também não diz quais serão os carros afetados.
Levando em conta que o Fiat Pulse, primeiro SUV compacto da marca no Brasil, deve começar a ser vendido em breve, é provável que a paralisação seja uma forma de garantir que não faltem semicondutores para a novidade, prevista para chegar às lojas em novembro.
Honda prepara volta do Acura Integra
A confirmação de que o Acura Integra deixou fãs dos esportivos japoneses em alerta. Claro, o Acura Integra é a versão americana do Honda Integra, mas já é suficiente para despertar nossas memórias mais nostálgicas.
A fase clássica do Integra, por assim dizer, compreende a terceira geração, vendida entre 1993 e 2001; e a quarta geração, que foi fabricada de 2001 a 2006. Embora o cupê Type R com motor B18 seja o modelo mais icônico, mesmo os cupês mais simples são cultuados por seu design limpo e elegante e pelo comportamento dinâmico excelente para um tração-dianteira.
Agora, após 16 anos de hiato, o nome Integra voltará a ser usado. O primeiro teaser, revelado há algumas semanas, nos deixou animados: a dianteira elegante, com faróis horizontais e fininhos, remetia à terceira geração com muito bom gosto.
Mas alguns vão ficar decepcionados com o último teaser, que mostra a traseira do carro – e revela a dura verdade: ele será um sedã.
Na verdade o problema não é o fato de ser um sedã em si – ainda mais com a escassez de sedãs que vivemos. Até porque, originalmente, o Integra oferecia uma versão sedã. O problema é o carro não ser um cupê – essa parte do revival a Honda/Acura vai ficar devendo.
Techart apresenta Porsche 911 Turbo S GTstreetR conversível
Se você acha que as versões mais radicais do Porsche 911 não são radicais o bastante, acredite: você não é o único. É por isso que existem empresas como a Techart, que não medem esforços para extrair a última gota de insanidade de carros como o Porsche 911 Turbo S.
Apresentado em junho, o Turbo S Techart GTstreetR já nos impressionou com sua carroceria modificada com elementos de fibra de carbono, para-lamas alargados, uma nova asa traseira (também de fibra de carbono) e uma série de modificações no motor para chegar aos 811 cv e 96,9 kgfm de torque – suficientes para uma velocidade máxima de 350 km/h. Agora, as modificações também estão disponíveis para a versão Cabriolet.
A Techart garante que as modificações estéticas, além de reduzir peso, também ajuda a melhorar a aerodinâmica e a admissão de ar ao motor, além de auxiliar no direcionamento do fluxo de ar sobre os intercoolers.
Outras modificações incluem o sistema de escape feito sob medida em aço inox – com direito a uma válvula que, ao toque de um botão, altera a intensidade do ronco; e a suspensão, que ficou 2,5 cm mais baixa e recebeu molas mais firmes. Opcionalmente, pode-se incluir no pacote um sistema de suspensão totalmente ajustável – mas ele ainda não está pronto, e deve ficar disponível nos próximos meses.
Alfa Romeo Giulia clássico ganha restomod com V6 do Giulia GTAm
O emblemático Alfa Romei Giulia cupê da da década de 1960 é um daqueles carros que não precisam de mais nada – muita gente acredita que ele é perfeito exatamente como era originalmente. Mas também há quem acredite que nada é tão bom que não possa melhorar.
Exemplo disso são os italianos da Totem Automobili, que pegou o cupê da série 105 recentemente e colocou nele um motor elétrico, dando origem ao Totem GT Electric. Se a ideia te faz torcer o nariz, não se preocupe: eles resolveram se redimir e colocaram um V6 do atual Alfa Romeo Giulia no carro. Agora sim: eis o Totem GT Super!
O V6 em questão vem do Giulia GTA/GTAm – ou seja, é a versão mais potente de fábrica. O motor biturbo de 2,9 litros entrega, originalmente, 540 cv. Nas mãos da Totem, porém, ele recebe algumas modificações (que certamente incluem ao menos uma reprogramação na ECU) para chegar aos 550 cv. A Totem ainda oferece os famosos “estágios” de preparação. No Stage 2 a potência chega a 566 cv, enquanto o Stage 3 eleva a cavalaria para 612 cv. Vale lembrar que, em ambos os casos, o Totem GT Super é mais potente que o GT Electric – embora o carro a bateria tenha mais torque.
De resto, o GT Super traz a mesma receita do GT Electric: a Totem usa como base o monobloco de um Alfa Romeo GT Junior, aplicando reforços estruturais, suspensão nova (MacPherson na frente e multilink na traseira, com amortecedores Bilstein nos quatro cantos), carroceria de fibra de carbono, iluminação de LED e interior ao gosto do freguês.
O preço? A partir de € 400.000 – ou mais de R$ 2,5 milhões em conversão direta, sem contar a personalização.
Rolls-Royce irá abandonar V12 em 2030 — todos os modelos serão elétricos
Não foi exatamente uma surpresa: a Rolls-Royce anunciou que até 2030 terá eletrificado sua linha de produtos inteira. O primeiro deles será o sucessor indireto do Wraith, o Spectre, previsto para chegar ao mercado no final de 2023, já como modelo 2024.
A marca não confirmou novos modelos, mas é provável que, além de modelos inéditos, os atuais Cullinan, Phantom e Ghost também ganhem versões com um motor elétrico no lugar dos atuais V12. Segundo a própria fabricante, a atual arquitetura da marca é suficientemente versátil para a adoção de powertrains elétricos.
Embora um Rolls-Royce sem V12 possa parecer uma afronta à tradição da marca, lembre-se que as qualidades da Rolls-Royce nunca foram diretamente relacionadas ao motor. Tanto que a fabricante tinha aquele famoso hábito de não declarar potência e torque, limitando-se a dizer que eles eram “adequados” ao carro. E eram mesmo. Um Rolls-Royce nunca precisou de números para ser vendido porque “a 100 km/h o ruído mais alto dentro de um Rolls é o de seu relógio de corda”. Ainda de acordo com a Rolls, tudo isso (o silêncio, a suavidade e o desempenho ‘adequado’) “funciona muito bem para a marca”.
Um Rolls-Royce elétrico, portanto, só peca em uma situação um tanto quanto inconveniente para um proprietário de Rolls-Royce: procurar uma tomada para recarregar seu carro. E não há glamour, sofisticação e luxuosidade nenhuma nisso. (Leo Contesini)