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Volkswagen diz que irá manter câmbio manual enquanto clientes o desejarem
Além da Aston Martin, da Porsche e da BMW, a Volkswagen também se junta ao grupo dos guardiães da transmissão manual. Segundo o site britânico Autocar, além do Golf GTI, os demais modelos da fabricante irão manter opções de câmbio manual nos próximos anos.
Segundo o chefe de tecnologias da Volkswagen, Matthias Rabe, “algumas pessoas gostam de voltar às raízes e trocar de marchas manualmente, então enquanto houver demanda, vamos oferecê-lo”.
A notícia é animadora, porém à medida em que os híbridos ganham espaço, os câmbios manuais fatalmente deixarão de ser oferecidos devido à integração eletrônica que visa a eficiência dos motores — mesmo nos modelos esportivos, como já faz a Porsche com seus modelos GT RS. Infelizmente, parece que o câmbio manual não terá muito mais que dez anos pela frente. (Leo Contesini)
Mais um McLaren Elva ganha pintura retrô
Possivelmente com bastante tempo livre nas mãos, a McLaren decidiu acionar seu departamento MSO (McLaren Special Operations) para costumizar mais um exemplar do Elva, seu supercarro totalmente aberto. Ele já é inspirado no passado por si só, mas seu novo esquema de pintura acentua sua pegada retrô – trata-se de uma referência ao M6A, primeiro McLaren de corrida a receber pintura laranja.
Com o McLaren M6A de nº 4, o próprio Bruce McLaren massacrou os rivais na temporada de 1967 da Can-Am, nos Estados Unidos. Não é exagero: das seis corridas disputadas aquele ano, o neozelandês venceu cinco – Road America, Bridgehampton, Mosport, Laguna Seca e Riverside. Apenas a última corrida, disputada no circuito de Stardust, foi vencida por John Surtees (outra lenda, aliás).
O McLaren M6A, feito sobre um chassi Lola e movido por um V8 de Chevrolet de 5,9 litros e 530 cv – o que em 1967 era bastante potência. Ele era pintado na icônica tonalidade Papaya Orange, um laranja bem aberto e vibrante. O McLaren Elva, porém, adota uma abordagem mais discreta, com a carroceria pintada de Dove Orange, uma cor mais fechada, quase broze, com acabamento metalizado – confesso que, para mim, seria mais interessante uma cor mais próxima da original. Por outro lado, é impossível de criticar um supercarro feito em pleno 2020 com uma carroceria totalmente aberta (há um para-brisa fixo opcional, porém) e movido pelo excelente motor V8 biturbo de quatro litros e 804 cv da McLaren.
Relembrando: serão feitas apenas 399 unidades do McLaren Elva, cada uma custando pelo menos o equivalente a R$ 8,4 milhões em conversão direta. Isto sem contar as opções de personalização. (Dalmo Hernandes)
Estradas vazias atraem rachadores no Canadá
Além das questões básicas que preocupam a população durante esta quarentena, os canadenses estão com um novo problema como efeito colateral: o esvaziamento das ruas e estradas está atraindo rachadores, que parecem ignorar a necessidade de não saturar o sistema de saúde e se colocam em risco disputando corridas proibidas em locais inadequados.
O site canadense Narcity relata que a polícia de Toronto flagrou 18 motoristas fazendo manobras arriscadas ou rachas ao longo do último fim de semana, além de praticarem velocidades entre 130 e 170 km/h em uma via com limite de 88 km/h (55 mph).
Além dos rachadores, as estradas vazias podem também estimular atitudes imprudentes de motoristas. Embora não tenha dados, eu mesmo observei muitos motoristas distraídos ou adotando velocidades incompatíveis com o entorno — em especial alguns caminhões, que parecem aproveitar as estradas vazias para aumentar o ritmo de viagem, mesmo próximo a outros carros. Por esta razão, não recomendamos que você saia de casa para curtir a estrada. Mesmo que você seja um motorista prudente, há motoristas inconsequentes que podem estragar o seu passeio e te colocar em uma situação delicada neste momento em que o sistema de saúde pode ficar saturado. (Leo Contesini)
Este BMW Série 7 é literalmente uma cápsula do tempo
Defendemos ferrenhamente o uso dos carros – se você tem uma máquina de quatro rodas, seja ela um esportivo bacana ou um hatchback normalzinho, dirija! Eles foram feitos para isto! Mas é impossível não ficar admirado quando vemos um automóvel preservado por anos, ou mesmo décadas, sem rodar. Mesmo que você não concorde com esta postura, é preciso admitir que é interessante ver um carro “cápsula do tempo”.
É o caso deste BMW Série 7 de terceira geração (E38) fabricado em 1997. Seu proprietário, um entusiasta polonês, o mantém em sua garagem há mais de duas décadas. Mais do que isto: o carro fica abrigado sob uma redoma de plástico com um sistema de circulação de ar, a fim de evitar qualquer tipo de deterioração.
O carro está anunciado no eBay alemão (talvez porque o eBay polonês não seja tão popular), e na descrição o proprietário explica melhor a situação do BMW: segundo ele, o carro foi comprado novo por uma senhora idosa, mas ela só rodou 255 km com ele antes de vendê-lo ao atual proprietário. Do jeito que estava, o sedã foi levado para a Polônia, higienizado e guardado sob a redoma de plástico. Na prática, ele está novo em folha.
Não há qualquer sinal de desgaste visível na pintura, no interior ou no assoalho. A bolha de plástico protege o carro da poeira e dos efeitos adversos do clima – e isto fica claro nas fotos. Parece que o Série 7 saiu da fábrica ontem.
Trata-se de um 740i – o que siginifica que ele usa um V8 de 4,4 litros com 286 cv e 42,8 kgfm de torque, acoplado a uma caixa automática de cinco marchas. É importante notar que, como ficou parado por muito tempo, o conjunto não deve estar em sua melhor forma apesar das aparências.
Não que qualquer um de nós vá poder comprar este carro: no anúncio, o proprietário diz que só envia o BMW para dentro da Europa. E há interessados: até o momento da publicação desta nota foram dados 77 lances pelo carro, chegando ao preço de € 57.050 – cerca de R$ 312.500 em conversão direta. Quem comprar provavelmente não vai querer aumentar o número no hodômetro, e não podemos julgá-los por isto. (Dalmo Hernandes)
PSA brasileira vai fabricar protetores faciais para proteção contra coronavírus
O combate à epidemia de COVID-19, a doença transmitida pelo novo coronavírus, está levando a indústria automobilística a buscar soluções alternativas – e isto inclui até mesmo ajudar a combater e a prevenir a doença. A PSA Peugeot Citroën, por exemplo, vai fabricar protetores faciais utilizando uma impressora 3D em sua fábrica de Porto Real (RJ).
De acordo com o G1, a ideia veio do gerente geral da unidade, Charles Costa. Ele contou ao site que assistiu a uma reportagem sobre os protetores utilizados para a proteção de profissionais da saúde, impressos em 3D por uma universidade carioca. Costa, então, lembrou que a fábrica em Porto Real possui uma impressora do mesmo tipo que está parada justamente por conta da pandemia.
Normalmente a impressora é utilizada para a fabricação de componentes utilizados em protótipos e conceitos da PSA no Brasil. Contudo, Costa conseguiu encontrar o projeto de impressão dos protetores na Internet e, com a ajuda do responsável pela máquina, produzir um protetor de teste. Depois, ele falou com o diretor da fábrica, que apoiou a ideia de fabricar os protetores em massa e doá-los para hospitais – já devidamente embalados e higienizados, prontos para o uso.
Outras fabricantes também estão fazendo sua parte: a General Motors do Brasil já comprometeu-se a consertar milhares de respiradores que estão ociosos em vários hospitais pelo País. O equipamento é crucial para garantir a sobrevivência de pacientes infectados pelo coronavírus cujo estado é mais grave. Além disso, a Volkswagen anunciou o empréstimo de 100 veículos ao governo do Estado de São Paulo, para o transporte de médicos, enfermeiros, medicamentos e equipamentos de saúde. Além disso, a Volks vai doar 2.000 máscaras para as prefeituras das cidades onde ficam suas fábricas – São Bernardo do Campo, Taubaté, e São Carlos (SP); e São José dos Pinhais (PR). (Dalmo Hernandes)
Hyundai vai estender prazos de garantia e revisões em meio à pandemia
Depois da BMW, agora a Hyundai também anuncia a prorrogação dos prazos de garantia e revisões de seus carros fabricados no Brasil – a família HB20 e o SUV Creta. Os modelos importados não estão inclusos na medida.
A Hyundai normalmente estipula o prazo cinco anos ou 100.000 km – o que vier primeiro – para a garantia de seus carros. Com a pandemia de COVID-19, a fabricante decidiu conceder um mês a mais e uma tolerância de 5.000 km aos proprietários cujos carros apresentarem problemas durante o período de distanciamento social e quarentena.
Os prazos para revisões também foram revistos. Os donos de veículos que tinham atendimento marcado até o dia 10 de março poderão levar seus carros às concessionárias até o dia 30 de abril. Além disso, os serviços de manutenção programada terão tolerância de 2.000 km – segundo a Hyundai, para garantir que as pessoas possam se locomover durante o período de quarentena, caso necessário. (Dalmo Hernandes)