FlatOut!
Image default
Zero a 300

VW é acusada de fraudar emissões novamente, Peugeot 208 elétrico custará R$ 250.000, o novo SUV mais veloz do mundo e mais

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco!

O Zero a 300 é um oferecimento do Autoline, o site de compra e venda de veículos do Bradesco Financiamentos. Nesta parceria, o FlatOut também apresentará avaliações de diversos carros no canal de YouTube do Autoline – então, clique aqui e se inscreva agora mesmo (e não esqueça de ativar o sininho)!

 

Volkswagen é acusada de fraudar emissões novamente – e se defende

Depois do escândalo do Dieselgate, que veio à tona em 2015, a Volkswagen fez de tudo para afastar-se da imagem negativa causada por seus sistemas para burlar testes de emissões de veículos a diesel. Isto incluiu um foco muito maior nos investimentos em carros elétricos, resultando na recente família de modelos ID. Alguns analistas até acreditam que o caso acelerou a adoção em massa dos elétricos pela indústria, para o bem e para o mal – o que faz total sentido.

Agora, porém, surge na União Europeia uma nova denúncia contra a Volkswagen. De acordo com o site Automotive News, um conselheiro da cúpula da União Europeia denunciou um software utilizado pela VW em alguns de seus motores. Trata-se de um software apelidado de “janela de temperatura” – um programa que controla uma válvula cuja função é recircular os gases do sistema de escape e reduzir as emissões de óxidos de nitrogênio, gases que causam problemas respiratórios em seres humanos.

De acordo com a denúncia do conselheiro, o software desativa a válvula quando o motor trabalha a temperaturas abaixo de 15°C e acima de 33°C, bem como em altitudes superiores a 1.000 metros – o que, por consequência, aumenta as emissões de NOx.

O conselheiro da UE foi alertado do sistema por clientes da Volkswagen na Áustria. Eles dizem que as condições nas quais a válvula atua não correspondem às condições climáticas e geográficas de boa parte da região, onde frequentemente as temperaturas ficam abaixo de 15°C e boa parte das estradas fica mesmo acima de 1.000 m de altitude. Ou seja: ela só reduz as emissões de NOx quando as mesmas são aferidas –  o que, pelos argumentos expostos, quer dizer que a Volkswagen está manipulando as reais emissões dos veículos.

O conselheiro diz que trata-se de um dispositivo ilegal que atua da mesma forma que o sistema anteriormente usado para fraudar emissões. A Volkswagen, em contrapartida, afirma que o software foi desenvolvido para prevenir o desgaste precoce do motor – o que garante sua legalidade.

 

Peugeot 208 e-GT será lançado hoje

A Peugeot lançará nesta segunda-feira (27) a versão elétrica do hatchback 208, denominada e-GT. O carro já foi apresentado publicamente no ano passado, junto da versão a combustão, mas só agora chegará ao mercado.

De acordo com o site Primeira Marcha, que cita fontes ligadas à marca, o 208 e-GT custará R$ 249.990 no Brasil. São R$ 10.000 a mais que o Mini Cooper SE e o Fiat 500e, rivais que mais se aproximam do Peugeot em porte e posicionamento no mercado. Será uma briga interessante no segmento, embora o 208 seja o único a evidendiar o contraste com uma versão bem mais simples, com motor 1.6 naturalmente aspirado considerado antiquado. Ao menos este motor deverá ser substituído em breve pelos motores turbo da Fiat.

O Peugeot 208 e-GT é movido por um motor elétrico de 136 cv e 26,3 kgfm de torque – suficiente para ir de zero a 100 km/h em 8,3 segundos. Usando uma bateria de 50 kWh, ele tem autonomia de 340 km no ciclo europeu. Usando um carregador doméstico de 7,4 kWh, é possível fazer uma recarga de 80% na bateria em 4h30.

 

Brabus 900 Rocket: seria esse o novo SUV mais veloz do mundo?

Respondendo à pergunta: é bem provável que sim! A Brabus é conhecida por seus projetos de preparação no mínimo estúpidos (no melhor sentido possível) para os modelos AMG da Mercedes, e o Brabus 900 Rocket não é exceção. Baseado no Mercedes-AMG GLE 63S, o SUV-cupê tem uma versão ainda mais potente do V8 biturbo de quatro litros debaixo do capô.

Originalmente, o Mercedes-AMG GLE 63 S dispõe de 612 cv – número obviamente baixo demais para a Brabus. E eles não fizeram apenas uma reprogramação na ECU do motor: até o deslocamento foi ampliado de quatro litros (3.982 cm³) para 4,4 litros (4.407 cm³), aumentando-se o diâmetro dos cilindros de 84 mm para 100 mm. Naturalmente, novas partes móveis mais resistentes foram adotadas. Os turbos também têm rotores de maior diâmetro, com rolamento reforçado; a bomba de combustível é nova; e todo o sistema de escape foi feito sob medida em titânio, aço inox e fibra de carbono. O resultado: 900 cv e 107 kgfm de torque – suficientes para que o GLE 63S da Brabus vá de zero a 100 km/h em 3,2 segundos, atingindo a velocidade máxima de 330 km/h.

É o suficiente para deixar para trás o Bentley Bentayga, que chega aos 305 km/h e até agora era o SUV mais veloz do planeta (e ainda é, se considerarmos apenas veículos produzidos em série e originais de fábrica).

Para garantir que ninguém confunda seu 900 Rocket com um reles Mercedes-AMG GLE 63 S, a Brabus deu a ele elementos extgernos de fibra de carbono, rodas de 24 polegadas com desenho exclusivo e interior revestido em couro, Alcantara e fibra de carbono. Serão feitas 25 unidades, cada uma custando €381.243 – quase R$ 2,4 milhões em conversão direta (setembro de 2021).

 

McLaren celebra vitória de Daniel Ricciardo com série especial do 720S

A McLaren decidiu comemorar a vitória importantíssima de Daniel Ricciardo – a primeira da equipe de Fórmula 1 em quase dez anos. Nada mais justo.

Desenvolvida em duas semanas, a receita da série especial é simples, mas eficaz: o carro recebeu pintura laranja “Papaya Orange”, mesmo tom usado pelos monopostos da McLaren, incluindo os detalhes em azul – cor presente nos retrovisores, saias laterais, tomadas de ar e difusor traseiro. Além disso, o número 3 usado por Ricciardo também foi incluído na pintura, bem como uma bandeira da Austrália – país onde nasceu Ricciardo, apesar do sobrenome italiano – em cada lado.

O lado de dentro também traz detalhes em Papaya Orange – nos bancos, portas, painel e volante. E as soleiras das portas trazem uma reprodução da assinatura do piloto.

A McLaren não diz se houve alterações mecânicas, mas na pior das hipóteses o 720S Daniel Ricciardo Edition tem 720 cv no motor V8 biturbo de quatro litros. Serão feitos apenas três carros, todos para o mercado australiano.

 

BMW acredita em longa sobrevida para os motores a combustão

Enquanto fabricantes do mundo todo anunciam seus planos para eletrificação completa, com direito a prazos bem demarcados, algumas preferem manter o leque de opções aberto. É o caso da BMW: em contraste com a Mercedes-Benz, que estabeleceu 2030 como meta; e com a Audi, que pretende encerrar o desenvolvimento de motores a combustão e migrar completamente para os elétricos em 2033; a fabricante da Baviera diz que antes de fixar prazos é preciso saber se haverá condições de realizar a transição.

Quem disse foi Frank Weber, chefe de desenvolvimento da BMW, em entrevista ao Automotive News. Ele apresentou uma série de questionamentos que precisam ser resolvidos antes de a indústria realizar sua ousada manobra. “Quando o sistema estará pronto para absorver todos esses veículos a bateria? É preciso pensar na infraestrutura de recarga, e em energias renováveis. As pessoas estão prontas? O sistema está pronto? A infraestrutura de recarga está pronta?”, disse Weber.

O engenheiro acredita que antes de encarar o motor a combustão como morto, também é preciso resolver questões em âmbito interno – coisas que costumam ser ignoradas quando se pensa em grande escala, como o fato de boa parte da força de trabalho da BMW ainda estar voltada para o desenvolvimento de motores a combustão. Segundo ele, realizar o treinamento adequado para que esses engenheiros possam desenvolver motores elétricos com excelência é um processo dispendioso, complexo e demorado. Por conta disso, Weber acredita que ainda é cedo para pensar em uma “estratégia de saída” para os motores a combustão interna.