Todo filme de ação tem aquela cena emblemática do carro de polícia fazendo um drift desajeitado em uma fuga alucinada e destruidora. É quase um clichê de Hollywood, e deve ser por isso que muita gente parou pra olhar esse Ford Taurus de polícia circulando tranquilamente pelas ruas de São Paulo.
Eu já conhecia o pessoal da NYPD havia algum tempo através do criador da empresa, Eduardo Tai. Eles alugam viaturas para eventos e existe até mesmo uma fanpage no Facebook dedicada a essa paixão. Por lá temos alguns modelos transformados e um legítimo Plymouth da década de 70 importado recentemente dos Estados Unidos.
Esse exemplar comprado original foi totalmente transformado para ficar idêntico a um legítimo caçador de malfeitores. No começo, este Taurus foi personalizado como uma viatura descaracterizada, aquelas com rodas pretas e faroletes, mas proprietário queria algo mais característico, e o grafismo dos carros do departamento de polícia de Nova York é clássico e reconhecido a quadras de distância. O carro então foi pintado e recebeu todos os detalhes das viaturas americanas.
A proposta era deixá-lo o mais próximo possível da realidade. Primeiro vieram todas as luzes de advertência e sinalização. O conjunto foi importado dos Estados Unidos, e é o mesmo usado pelo departamento, assim como os estrobos e o sistema de sirene. Vale salientar a variedade de sons disponíveis e também a potência sonora, com uma saída bem na frente do pára-choque dianteiro.
Os carros de polícia nos Estados Unidos trazem o police package, um pacote de acessórios que inclui radiador de maior vazão e freios e suspensão mais robusta — algo que nos faz lembrar que nossas viaturas são meros carros de passeio com sirene e adesivos. Como este Taurus não precisará perseguir criminosos pelas ruas de São Paulo, a única diferença em relação às viaturas é a ausência do police package — o conjunto mecânico é todo original, e motor V6 de três litros tem apenas 140 cv e 22,8 mkgf. Não é nenhum Interceptor, mas se saiu bem patrulhando as ruas durante a gravação, e chamou a atenção de muita gente.
Outra modificação feita para torná-lo mais realista, foi a mudança da alavanca de câmbio, que saiu do console central e foi para a coluna de direção. Coisa de cinema. No banco de trás também temos um uniforme azul e quepe, ambos comprados por lá.
Antes que alguém pergunte, não é permitido andar pelas ruas com o giroflex vermelho aqui no Brasil, exceto carros oficiais. Por essa razão ele cobre o conjunto com uma capa própria que veio junto com o kit. Abrimos apenas uma exceção para as filmagens. Quem gostou da brincadeira pode visitar o site da empresa e chamar uma delas. Só não adianta discar 911.