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Projetos

Yamaha Eau Rouge, da Deus Ex Machina, é a (nova) moto retrô dos nossos sonhos

A Yamaha XJR 1300 é uma das maiores motos da marca, misturando visual esportivo com características estradeiras. Deve ter sido por isso que os australianos da Deus Ex Machina a usaram como base para um de seus projetos mais legais: a Yamaha Eau Rouge, inspirada nas motos de endurance das décadas de 1970 e 1980.

Uma das nossas vertentes favoritas do motociclismo é a customização de motos modernas ao estilo retrô, notavelmente representada pelas cafe racers, mas de forma alguma restrita a elas.

É o caso da Yamaha Eau Rouge, encomendada para a Deus Ex Machina pela própria Yamaha para fazer parte de seu programa “Yard Built”, em que a marca chama uma customizadora de motocicletas para customizar um modelo com o apoio da fábrica. O resultado é sempre matador, mas a Deus se superou com a Eau Rouge.

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Além de ter um dos nomes mais legais do meio, a Deus Ex Machina é uma customizadora australiana que faz de cada um de seus projetos uma obra de arte, criando do zero boa parte dos componentes, sempre com ideias originais e muito bonitas — daquelas que, se não te fazem sair correndo encomendar a sua, ao menos te fazem postar no Facebook fotos delas e dizer que adoraria sair correndo e encomendar a sua se pudesse. Como nem sempre podemos ter o que queremos, nos resta babar na Eau Rouge.

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A Eau Rouge é uma homenagem as motos que competiam em corridas de longa duração nos anos 70 e 80 — como a Yamaha TZ150 acima, fotografada sob o comando do piloto francês Patrick Pons durante a corrida de Bol d’Or, no circuito de Paul Ricard.

Todas as partes da moto foram feitas artesanalmente pela Deus em alumínio. O elemento de design principal é a carenagem parcial com um único farol deslocado para a direita. Os olhos seguem, então, para o tanque de combustível minimalista, passam pelo banco do piloto e chegam à rabeta. À medida que você passeia pela moto, vê que a motocicleta começa perfeitamente arredondada e vai ficando angulosa à medida que se vai chegando à traseira. A ideia da Deus emular perfeitamente o passado e criar uma motocicleta moderna e atual ao mesmo tempo.

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Se, no meio do processo, alguém achou que a mistura de curvas e retas não daria certo, o resultado certamente fez com que esta pessoa mudasse de opinião. Pintada com uma tinta especial que imita o metal nu, a Eau Rouge traz detalhes como a faixa com blocos (speed blocks) tradicional das motos de competição da Yamaha — que você pode ver nas três variações da atual Ténéré.

A suspensão dianteira usa garfos  Öhlins com visual também inspirado no passado, como também é o sistema de escape de titânio com soldas aparentes, feito pela SC-Project especialmente para a Eau Rouge. As rodas de magnésio Marvic Campagnolo de 18”, pintadas de dourado, dão à moto aquele ar de crueza sofisticada de que tanto gostamos nestas motos customizadas.

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Para informar o piloto das condições da moto, os mostradores originais foram trocados por uma peça da Motogadget, que se limita ao conta-giros e a uma pequena tela de cristal líquido que mostra as principais informações da moto e do motor, um quatro-cilindros refrigerado a ar com injeção eletrônica que desloca exatamente 1.251 cm³ para entregar 98 cv a 8.000 rpm — a única parte da moto que a Deus manteve 100% original. Mas, sinceramente, com esta potência e o provável menor peso, nós até podemos dispensar modificações mecânicas.

Nós só imaginamos como deve ser pilotar esta belezinha na pista com a curva que lhe deu o nome…

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