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Z06: como está sendo avaliado o Corvette que gira a 8600 rpm

Tradição é uma coisa difícil de se lidar. Se por um lado nos dá um norte, um significado e uma noção de pertencer a algo maior que nós mesmos, pode também funcionar como uma âncora, um estorvo, uma desnecessária ligação à um passado que, bem... já passou. Em nosso mundo do automóvel, é uma arte deveras complicada, esta. Respeitar o passado e a tradição é necessário, ainda mais hoje em dia, para diferenciar seu produto da turba eletrodoméstica; mas respeitar tradição também pode segurar demais o avanço, tornando algo obsoleto. É uma arte sutil. A Porsche acredita por exemplo que tem que manter o 911 com seis cilindros contrapostos traseiros para sempre; o avanço é só em capacidade, em desempenho. Até hoje deu certo, mas corre sério risco de irrelevância; se não se diferenciar logo, o que moverá alguém a trocar seu 911 de 400 cv por um novo, praticamente o mesmo, mas agora com, sei lá, 412 cv? Tradição pode parecer estagnação facilmente, se mantida por tempo de