FlatOut!
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Zero a 300

A nova geração da Ford Ranger // Porsche Cayman e Boxster elétricos em 25 // O que estão falando dos novos GT86 e BRZ e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.

O Zero a 300 é um oferecimento do Autoline, o site de compra e venda de veículos do Bradesco Financiamentos. Nesta parceria, o FlatOut também apresentará avaliações de diversos carros no canal de YouTube do Autoline – então, clique aqui e se inscreva agora mesmo (e não esqueça de ativar o sininho)!

 

Esta é a nova Ford Ranger, que chega em 2022

Por essa você também não esperava: a Ford apresentou na noite desta terça-feira (23) a nova geração da Ranger. Como o modelo atual, ela será vendida em todos os mercados onde a Ford atua — dos EUA à Tailândia, passando, claro, pela Argentina e Brasil. O modelo, aliás, será produzido na Argentina e deve chegar por aqui no início de 2022 como linha 2023.

Nesta nova geração, a Ranger ganhou o mesmo estilo de design adotado na F-150 e na Maverick e, embora tenha mudado por inteiro, ela ainda conservou alguns elementos estéticos da atual geração, como a leve dobra na base da janela das portas traseiras e sua área envidraçada em geral. Com algum esforço, você conseguirá ver um design evolutivo na dianteira, especialmente no modelo com a grade na cor da carroceria.

A Ford não revelou detalhes sobre a estrutura mecânica da picape, mas confirmou que o chassi foi atualizado e tem uma estrutura dianteira feita por hidroformação, para abrir mais espaço no cofre do motor, permitindo a instalação do motor V6 e também de outras tecnologias de propulsão — espera-se que a Ranger ganhe um powertrain híbrido na Europa.

O eixo dianteiro foi sutilmente avançado para permitir um melhor ângulo de ataque, o que também resultou em um entre-eixos 50 mm mais longo. No eixo traseiro, a novidade é o reposicionamento dos amortecedores para suavizar a rodagem tanto em estrada quanto fora dela. Falando sobre off-road, a Ranger terá dois sistemas 4×4 dierentes. O primeiro é um 4×4 com acionamento eletrônico, e o segundo é um sistema integral permanente.

Nos dois eixos as bitolas estão 50 mm mais largas, o que serviu especialmente para aumentar o espaço da caçamba. Outra novidade, foi a modificação da tampa da caçamba para que ela possa ser usada como uma bancada improvisada, além da instalação de pontos de suporte de ferramentas e mais pontos de amarração na caçamba.

O estilo mais moderno da carroceria foi acompanhado pelo visual mais sóbrio da cabine — um padrão comum na atual geração de automóveis, já que o estilo clean e a sobriedade são frequentemente associados à modernidade. Como esperado, a picape ganhou um quadro de instrumentos digital e um novo sistema multimídia, com uma tela vertical de 10,1 ou 12,1 polegadas (de acordo com a versão).

O sistema tem uma tela dedicada aos modos off-road, com monitoramento da tração, ângulo da direção, inclinações e rolagem do carro. Ele também tem integração com o aplicativo FordPass, que permite controlar remotamente algumas funções do carro, como a partida e o ar-condicionado, além de acessar informações do carro.

Julgando pelas fotos, os materiais da cabine parecem ter ficado mais refinados, como algo que normalmente se encontraria no Focus e no Fusion, e não em uma picape. Ainda não há muitos detalhes sobre versões e pacote de equipamentos, mas a Ford já confirmou que a Ranger terá uma base de recarga por indução para smartphones e mais compartimentos de armazenamento sob os bancos traseiros.

Sob o capô, a versão de topo agora tem um V6 turbodiesel de três litros no lugar do Duratorq 3.2. A Ford diz que ele tem “níveis intermináveis de potência e torque”, mas não diz quanto exatamente. É a Rollsroycização da potência na Ford. Quanto tem? “O suficiente”.

O motor 2.2 também foi para o espaço, e no lugar dele veremos três variações de um 2.0 de quatro cilindros. Uma delas usa dois turbos, e a outra tem um só turbo, porém será oferecida com dois níveis de potência.

Ela também terá um motor a gasolina, o mesmo 2.3 EcoBoost do Bronco e do Mustang e que, desconfio, não será oferecido por aqui devido ao nosso anacrônico e insensato, empoeirado e conveniente IPI baseado no deslocamento dos motores em vez de qualquer outro fator mais sensato a essa altura de 2030. Aqui vale notar que nem todas as versões da Ranger com motor a diesel serão oferecidas em todos os mercados. A Ford, evidentemente, fará um mix de versões mais adequado a cada mercado.

As transmissões serão três: manual de seis marchas, automática de seis marchas, e uma versão atualizada do automático de dez marchas. (Leo Contesini)

 

Toyota GR86/Subaru BRZ tem primeiros testes publicados

Poucos carros causam tanta paixão entre os entusiastas de direção esportiva atualmente quanto a dupla de “Toyobaru”, a segunda geração dos gêmeos Toyota 86 (agora GR86) e Subaru BRZ. A primeira geração já era um carro sensacional, mas o novo é ainda mais: continua com todas as coisas boas do anterior, mas agora com um motor que desloca 2,4 litros, e tem um torque muito mais bem distribuído. Nada de turbo: faria um carro mais caro, maior, mais pesado, e existem desses aos montes por aí. Quer mais potência pegue um Supra, ou um Mustang, e deixe o Toyobaru quieto.

O carro sempre foi mais que números: a distribuição de peso ótima, a tração traseira, o câmbio manual, o motor animado e girador. É um carro para derrapar, soltar a traseira, não fazer tempos cada vez melhores. Diversão despretensiosa, não seriedade. Mas os primeiros testes da nova geração do carro nos deixam pasmos. Parece que o carro é bem mais sério que imaginávamos.

A Car & Driver americana fez o 0-96 km/h (60mph) em apenas 5,4 segundos. O quarto de milha a partir da imobilidade foi realizado em 13,9 segundos a 163 km/h. Isto significa que este pequeno Toyota/Subaru acelera até 100km/h quase no tempo de um Supra 2.0 Turbo (5 segundos). E que é mais rápido que qualquer supercarro de doze cilindros dos anos 1970, inclusive Countach e 512 BB. Acelera no mesmo tempo do mítico 930 Turbo da mesma época. Uau.

A revista não testou velocidade final, mas acredita que 230 km/h serão facilmente atingidos. Mas tem mais. Os cupezinhos de 228cv e limite de rotação nos 7500rpm também tem uma aderência em curvas que é novidade: com pneus Michelin Pilot Sport 4 na medida 215/40R-18, o GR86 chegou a 0,99 no skidpad da revista. De novo praticamente empatados com o Supra, um carro bem mais caro.

 

Santos boxers giradores Batman! Continuamos aqui rezando todo dia para Nossa Senhora da Combustão Interna interceder lá na Toyota do Brasil, para que ela importe um lote que seja. A gente pelo menos pode pedir com fé, ainda que a realidade deponha contra. (MAO)

 

Chefe da engenharia deixa a JLR depois de 37 anos

O chefe de engenharia da Jaguar Land Rover, Nick Rogers, que supervisionou o desenvolvimento de veículos como o Jaguar I-Pace, F-Pace e Land Rover Defender, anunciou que deixará a empresa após 37 anos, no final deste ano.

Nomeado para o cargo em 2015, Rogers liderou a equipe de engenharia da JLR em um momento crucial da história da empresa, não apenas desenvolvendo o I-Pace elétrico e lançando-o à frente de seus principais rivais, mas também supervisionando a reencarnação do tão aguardado Land Rover Defender. Seu último projeto a ser revelado é o novo Range Rover.

Os motivos da mudança ainda não são claros, e não há substituto anunciado por enquanto. A empresa não teve exatamente um sucesso estrondoso com os carros supervisionados por Rogers, o que geram especulações a respeito dos motivos da saída. Mas de novo, são apenas especulações; o tempo nos dirá a verdade. (MAO)

 

Alpine A110 revisado será mostrado hoje

A Alpine confirmou que vai revelar uma versão atualizada do seu coupé A110. A empresa francesa, parte da Renault, adicionou várias variantes do A110 à sua linha desde o lançamento em 2018, mas dado que o carro está quase na metade de seu ciclo de vida, espera-se que seja uma atualização extensa para toda a linha.

Mudanças mecânicas podem acontecer, mas a aplicação de qualquer hibridização é improvável neste momento. Embora exista o boato do interesse da Nissan em utilizar a leve base de alumínio do Alpine para um modelo esportivo híbrido próprio, é improvável que algo neste sentido apareça agora.

A mudança no A110 provavelmente será mais sutil, com foco em estilo e tecnologia. O interior está particularmente desatualizado, já que o atual sistema de infotainment já é meio antigo, tendo sido originado da geração anterior do Clio, que foi colocado à venda em 2018. De qualquer forma, deve apenas melhorar um carro que já é simplesmente sensacional. E que poderia se transformar num Interlagos moderno só se pintando ele de amarelo com faixa verde. Ouviu Renault? (MAO)

 

Boxster e Cayman podem ser elétricos já a partir de 2025

A dupla Porsche Boxster (roadster) e Cayman (cupê), quando receberam motores de quatro cilindros turbo em 2017, tiveram pouco sucesso de público e de crítica. Apesar de quatro cilindros estarem na tradição deste tipo de Porsche, e os carros objetivamente serem mais rápidos, depois de 3 gerações de deliciosos seis cilindros aspirados giradores e vocais, a alma de Subaru dos novos 718 agradou pouca gente. O que certamente abalou os prospectos de continuidade de uma linha já em lenta decadência de vendas. Em 2017, a Porsche mostrou um conceito de Cayman elétrico também; agora parece que vai acontecer.

A Automotive News reporta que os concessionários foram informados de que o 718 Cayman e o 718 Boxster totalmente elétricos seriam lançados por volta de 2025. Parece que foram mostrados à revendedores, e a aparência é de um Taycan fastback, com um design frontal semelhante ao sedã elétrico. Um revendedor disse à publicação que o Boxster “parece impressionante” e “tem aparência esportiva”. O recentemente mostrado Mission R Concept parece que é uma boa previsão do que será este novo elétrico da empresa.

Mission R Concept

A Porsche tem alguns obstáculos a superar antes que o carro elétrico de duas portas chegue às ruas. O peso preocupa:  as baterias são pesadas e colocar um trem de força totalmente elétrico em um esportivo e compacto de duas portas não é uma tarefa fácil. Mas a Porsche sendo o que é, certamente está à altura do desafio técnico. Se a gente aqui fora está pronto para algo assim, é outro assunto.

Uma pena não termos mais Porsches “pequenos” (na verdade, mais baratos por equipamento e configuração apenas) com motor a combustão interna. Mas provavelmente inevitável. (MAO)