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Conheça o Ford Transit Custom MS-RT
Você que acompanha o FlatOut sabe que adoramos vans como veículo de uso diário aqui. Muito mais lógicas que as picapes neste sentido, só não são mais populares pela imagem que projetam: enquanto picapes evocam fazendeiros e fazendeiras jovens e bonitos de chapéu e botas, vans evocam trabalho braçal aboletado em postes da rede de telefonia.
Mas aqui está um veículo que pode apagar um pouco dessa imagem indesejável de van. Lançada na Inglaterra, esta é a Ford Transit Custom MS-RT. Recebe um extenso bodykit que o faz parecer um caixote de corrida, se é que coisas assim existem; uma forma da Ford capitalizar com sua grande tradição de Supervans.
O carro é um pouco mais largo graças aos grandes para-lamas que abrigam rodas de 19 polegadas, calçadas com Goodyears 235/45 que a Ford diz serem esportivos, mas ainda com classificação comercial, o que deve ser uma novidade.
Os compradores podem escolher entre uma variedade de cores exteriores vibrantes e, no interior, você encontrará bancos esportivos MS-RT. Este Transit pode vir com apenas o banco do motorista para carga, ou até cinco lugares para um misto de gente + carga. Todos os bancos serão os esportivos MS-RT neste caso. Sim, é apenas um kit de aparência, mas pelo menos é uma maneira de fugir um pouco da aura profissional dos carros. Se você liga para este tipo de coisa…
Os motores são os mesmos disponíveis na Inglaterra para o Transit normal, portanto: um 2.0 turbodiesel de até 170 cv, ou elétrico de 281 cv. O Transit diesel tem motor dianteiro e tração traseira, e pode vir com câmbio auto de 10 marchas, ou manual de seis. (MAO)
Conheça o novo Skoda Octavia RS
O Skoda Octavia costumava ser a versão tcheca do VW Passat; hoje é a do Golf. O popular veículo acaba de receber um face-lift, e aparece com mais potência em sua interessante versão perua “RS”. Vem com revisões de estilo, uma tela central maior no painel e uma linha de motores simplificada.
O Octavia ganha novos faróis de LED-matrix, com têm farol alto adaptativo e anti-reflexo. É opcional em todo Octavia, mas equipamento básico do RS. Também agora pode vir com novas rodas de liga leve variando em tamanho de 16 a 19 polegadas, junto com cores ousadas como Phoenix Orange e Mamba Green. Na cabine, tudo permanece igual fora um novo sistema de infoentretenimento com tela ampliada de 13 polegadas. Até o modo básico agora possui um painel de instrumentos digital de 10 polegadas e controle de temperatura automático dual-zone.
A linha Octavia começa agora com o motor quatro em linha 1.5 TSI. Pode vir com 114 cv e 23 mkgf na versão básica, ou mild Hybrid de 148 cv e 26 mkgf. Sempre com tração dianteira, a versão básica é manual de seis marchas, e a outra, automática DSG de sete marchas. Um motor diesel ainda está disponível para este modelo, um 2.0 TDI com 114 cv e 30 mkgf ou 148 cv e 37 mkgf. O primeiro segue uma caixa de câmbio manual, enquanto o último é apenas DSG, ambos com tração dianteira apenas.
O Octavia RS vem somente com tração dianteira, e usa um motor 2.0 TSI atualizado que agora produz 261 cv, 20 cv extras em comparação com o modelo pré-facelift. É o mesmo do novo Golf GTI e oferece 38 mkgf de torque. O câmbio, como o GTI, é somente o DSG de sete marchas. É prometido uma versão 4×4 permanente menos potente (201 cv) para 2025. (MAO)
SV Rover by Scarbo Vintage: o super-Defender de mais de 1000 cv
Se você adora o Land Rover Defender original, mas gosta mesmo de alta velocidade e potência, algo que nunca foi o forte do jipe da antiga Rover, seus pobremas se acabaram-se. A empresa que construiu o “Hoonipegasus” de Ken Block agora tem um Defender personalizado que canaliza o estilo clássico da Land Rover, mas é um monstro de potência e velocidade off-road. E custa módicos US$ 1,5 milhão nos EUA, veja só.
É o novo “SV Rover by Scarbo Vintage “. Pode vir com um motor central V8 supercharged , ou elétrico. O V8 é acoplado a uma transmissão automática de oito marchas com paddle shifters, e tem 1.100 cv. A variante elétrica, com bateria de íon de lítio de 75 quilowatts-hora, produz 1.006 cv. É um chassi tubular de competição na verdade, com pouco do Defender a não ser a inspiração estilística. E as portas!
A suspensão é independente por longos braços e acionamento internos via pushrods tem um curso enorme, de nada menos que 760 mm, nas quatro rodas. Vem com tração nas quatro rodas part-time, selecionável, sem diferencial central, só para fora-de estrada. Os dois diferenciais nos eixos podem ser bloqueados, e há caixa reduzida.
As rodas são forjadas de 20 polegadas, e os pneus são de 40 polegadas. A suspensão tem altura ajustável via pneumática, e vem com direção nas quatro rodas. Os freios são Brembo de seis pistões com rotores de carbono-cerâmica de 400 mm de diâmetro.
Como não podia deixar de ser em algo tão exclusivo, o interior está longe de ser espartano: um painel de instrumentos digital de 12,3 polegadas e um sistema central de infoentretenimento de 12,8 polegadas. Eles são cercados por Alcântara e detalhes em alumínio ao lado de alguns outros confortos, como botão de partida, controles de temperatura, vidros elétricos e travas elétricas. Apenas dois lugares, mas há uma generosa área de carga atrás. (MAO)
Kia e VW fazem sucesso com comerciais do “Big Game”
A 58ª final do campeonato americano de “Football” aconteceu domingo passado. A coisa toda é de pouco interesse fora das fronteiras daquele país: o esporte é jogado seriamente apenas nos EUA, e o resto do mundo largamente o ignora. O esporte é difícil entender: apesar do nome, não usa bola (trocada por um treco oval esquisito), e apenas um dos jogadores pode chutar o treco-oval, muito esporadicamente, com “bola” parada. Sem Foot nem Ball envolvidos além do nome, a maioria decide que nem vale a pena entender o resto.
Mas é um evento de grande audiência ainda, e os comerciais que passam durante ele são famosos por serem superproduções. Todo ano a gente acaba por ficar sabendo deste jogo muito por eles: obviamente a indústria automobilística faz parte desta apoteose da propaganda americana, todo ano.
A receita de uma propaganda desse tipo é conhecida e repetitiva, seja qual for o produto: ou tenta ser engraçada, ou apelar para emoções profundas de família, história e tradição. Ou se ri, ou se chora, é o objetivo.
Conseguir provocar emoções é o cerne da arte. É propaganda arte? É uma fronteira difícil de definir, e um pântano que decididamente não vou entrar. Mas é certo que emoções desperta, nem que sejam ruins.
A Kia, por exemplo, no mais popular anúncio automotivo este ano, apelou para uma menina que perdeu a mãe; um pouco forte demais para tentar vender SUV elétrico, se você me perguntar. Já a VW acertou em cheio num formato bem conhecido: ao comemorar 75 anos nos EUA, mostrou história de gente e seus carros, através do tempo, ao som de “I am…I said” de Neil Diamond; não tem como errar nisso. A BMW conseguiu ser bem divertida usando o ator Christopher Walken imitado por todo mundo que encontra, mesmo que o carro tenha ficado em segundo plano por isso.
A Kawasaki conseguiu também ser divertida e leve evocando o penteado redneck mais famoso da história com seu “Mullets”. Ao todo, uma série de peças interessantes para alegrar ainda mais a vida dos americanos durante o tal jogo, sem muita controvérsia. A safra desse ano foi boa! (MAO)