FlatOut!
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Zero a 300

A volta do Mustang Mach 1, BMW M5 vazado, uma reviravolta no caso Carlos Ghosn e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.

O Zero a 300 é um oferecimento do Autoline, o site de compra e venda de veículos do Bradesco Financiamentos. Nesta parceria, o FlatOut também apresentará avaliações de diversos carros no canal de YouTube do Autoline – então, clique aqui e se inscreva agora mesmo (e não esqueça de ativar o sininho)!

 

O Mustang Mach 1 está de volta depois de 16 anos

A Ford anunciou nesta terça-feira (16) o retorno do Mustang Mach 1 depois de 16 anos de ausência. O modelo, como o original de 1969 e seu antecessor de 2003, irá preencher a lacuna de desempenho entre o Mustang GT e o Shelby GT350, exatamente como há 51 anos.

Pense nele como o Mustang que qualquer entusiasta montaria na garagem: o motor é o mesmo Coyote de 5 litros do GT, porém na configuração de 487 cv e 57,9 kgfm do Mustang Bullitt. O câmbio é manual de seis marchas, mas não é o oferecido no GT, e sim a mesma caixa do Shelby GT350 — que também cedeu os sistemas de arrefecimento do lubrificante da transmissão e do motor, e os dutos de arrefecimento dos freios.

Além disso, o sistema de arrefecimento do diferencial é o mesmo do GT500. O Mach 1 também recebe o pacote Handling do GT500, que adiciona uma asa traseira com Gurney flap para aumentar a downforce em 150% quando comparado ao GT básico.

Claro, como estamos em 2020, ele também terá a opção do câmbio automático de dez marchas para os mercados mais nichados — segundo a Ford, os mercados internacionais em que o Mach 1 será oferecido exigem esse tipo de transmissão. Além disso, me parece que esta transmissão é mais rápida quando se fala em tempos de volta.

A suspensão ganhou barras estabilizadoras mais rígidas e molas dianteiras com maior carga. Quanto aos pneus, há duas opções da Michelin: Pilot Sport 4S de série, ou Pilot Sport Cup 2 como opcionais.

No campo visual, o Mach 1 tem a grade exclusiva com duas tomadas de ar expostas, para-choques dianteiro exclusivo com splitter e aleta. Há ainda pacote Appearance que dá ao Mach 1 a cor cinza “Fighter Jet” com faixas vermelhas, brancas ou laranja.

Por dentro, o pacote inclui um acabamento no painel batizado “Dark Spindrift”, e bancos com costuras retrô, além da manopla de câmbio tipo “cue ball” (a bola branca de snooker), criando uma atmosfera que remete ao modelo dos anos 1960 sem ser necessariamente retrô.

Infelizmente a Ford não divulgou os preços, mas espera-se que ele chegue ao mercado americano na faixa dos US$ 45.000 — cerca de US$ 10.000 a mais que o GT na configuração vendida no Brasil. Isso significa que, caso a Ford decida vendê-lo no Brasil, não espere que ele chegue por menos de R$ 380.000. (Leo Contesini)

 

BMW M5 tem foto vazada antes da hora

Sem surpresa nenhuma, o BMW M5 reestilizado decidiu dar as caras antes da hora marcada – uma foto vazada foi publicada na Internet ontem (15).

O visual também não surpreende, para falar a verdade – o facelift segue o que se viu no novo Série 5 2021, com faróis redesenhados, de formato mais afilado e com elementos internos de LED mais angulosos e marcantes. Marcas estilísticas típicas do M5 se fazem presentes, claro, como a grade totalmente preta, o para-choque dianteiro redesenhado e as rodas de desenho exclusivo. A traseira e o interior, por enquanto, ainda não apareceram, mas não devemos esperar mudanças radicais em relação ao que já se conhece. Apesar da cor vermelha chamativa da imagem (que caiu muito bem, diga-se), um dos chamarizes do M5 sempre foi seu visual mais discreto, com uma veia mais esporte-fino, e isto deve ser mantido.

O motor deve continuar sendo o V8 biturbo de 4,4 litros usado até agora, com câmbio automático de oito marchas e tração nas quatro rodas. Fala-se em 600 cv para a versão comum e 625 cv na versão Competition – que deverá ser capaz de chegar aos 100 km/h em 3,3 segundos.

Teremos mais detalhes amanhã (17), quando a apresentação oficial acontecer. (Dalmo Hernandes)

 

Encontro de clássicos de Araxá foi adiado para 2021

A edição deste ano do Brazil Classics Show — também conhecido como encontro de Araxá — foi adiada para 2021 devido à quarentena e à necessidade de distanciamento social da pandemia do coronavírus.

A boa notícia é que a patrocinadora do evento neste ano, a Audi, irá manter o apoio para a realização do evento entre os dias 3 e 5 de junho de 2021. (Leo Contesini)

 

Emails vazados indicam que Carlos Ghosn pode ter sido vítima de conspiração

O caso da prisão e fuga de Carlos Ghosn acaba de ganhar um plot twist digna dos melhores filmes policiais. Uma série de emails internos vazados da Nissan apontam que os executivos da fabricante podem ter tramado uma conspiração para incriminá-lo.

Segundo o site Bloomberg, executivos sêniores da Nissan manifestaram preocupação sobre a intenção de Ghosn em fortalecer a aliança Renault-Nissan e torná-la irreversível. As conversas entre Hari Nada, então diretor do escritório de Ghosn, e Hitoshi Kawaguchi, gerente sênior da Nissan responsável pelas relações governamentais, diziam que era preciso “neutralizar as iniciativas” de Ghosn antes que fosse “tarde demais”.

Além disso, no dia anterior à prisão de Carlos Ghosn, 18 de novembro de 2018, Nada enviou um memorando ao então CEO da Nissan, Hiroto Saikawa, pedindo o encerramento do acordo da Aliança e a restauração dos direitos da Nissan de comprar ações da Renault ou mesmo assumir a companhia francesa. Ele também forçou a mudança de termos para que a Nissan pudesse impedir a Renault de nomear executivos na Aliança.

E não para por aí: enquanto tramava tudo isso, Nada aumentou as acusações contra Ghosn dizendo a Saikawa que a fabricante deveria reforçar a acusação de quebra de confiança (em Ghosn) para constrangê-lo publicamente ao se explicar sobre as supostas compensações não declaradas. Esta manobra ainda deveria ser “apoiada por uma campanha midiática para garantir a destruição da reputação de CG”, segundo as palavras do próprio Nada em seus emails.

Em sua defesa, Saikawa diz que “não houve nenhum plano para reduzir a influência da Renault” na Aliança. Saikawa já havia sido depois do cargo de diretor executivo em setembro de 2019, depois que uma investigação da Nissan descobriu que ele havia recebido valores acima dos devidos juntamente de outros executivos.

Ghosn fugiu do Japão em 2019, em uma fuga cinematográfica, e desde então vive no Líbano, onde nasceu. Ele mantém sua declaração de inocência desde então e, graças à falta de um acordo de extradição entre o Líbano e o Japão, ele se mantém livre e não deve enfrentar um julgamento no Japão, a menos que entre em algum país que tenha o acordo. Resta saber agora quais serão os desdobramentos desta reviravolta no caso. (Leo Contesini)

 

BMW i8 tem produção encerrada

A BMW anunciou o fim da produção do i8, seu esportivo híbrido de motor central-traseiro. Na verdade, o carro até ganhou uma sobrevida por conta da pandemia de covid-19 – o plano era encerrar a produção em abril, mas agora é para valer. A última unidade deixou na última quinta-feira (11) a linha de produção em Leipzig, na Alemanha – e foi o único pintado na belíssima tonalidade azul “Portimao Blue”. Foram feitos 20.488 exemplares entre 2014 e 2020.

Embora tivesse motor central-traseiro, o BMW i8 ele não podia ser considerado um supercarro. Seu conjunto motriz era composto por um motor três-cilindros turbo de 1,5 litro, mais um motor elétrico na dianteira, entregando potência combinada de 374 cv. Era o bastante para ir de zero a 100 km/h em 4,4 segundos, com máxima limitada em 250 km/h. Seu desempenho nas curvas também não era exatamente empolgante – o peso elevado (1.540 kg) e os pneus finos meio que matavam a dinâmica de um projeto que tinha potencial para ser matador. A impressão que temos é que o i8 era uma espécie de halo car que impressionava pelo design e tecnologia, mas que não entregava em experiência. E, para um BMW esportivo, isto é um pecado mortal.

Por ora, o i8 não deixa sucessor. Contudo, rumores dizem que o conceito Vision M Next (acima), apresentado em 2019, dará origem a um novo esportivo de motor central-traseiro – e que ele talvez até seja totalmente elétrico, com mais de 600 cv. (Dalmo Hernandes)

 

Triumph Tiger 900 será lançada amanhã

Ontem (15) a Triumph anunciou em suas redes sociais que a nova Tiger 900 será lançada na próxima quarta-feira (17). A moto adventure, que será rival direta da BMW F850 GS, vai ser mostrada em uma apresentação online marcada para as 19h.

A Triumph Tiger 900 é uma evolução direta da Tiger 800, usando o mesmo quadro, porém com diversas mudanças – incluindo um motor maior, visual renovado e maior oferta de equipamentos.

O motor três cilindros DOHC passa de 800 cm³ para 888 cm³. A potência da Tiger 900 é a mesma, de 95 cv, mas agora aparece mais cedo – às 8.750 rpm, e não a 9.500 rpm como na Tiger 800. Já o torque aumentou de 8,01 kgfm a 8.050 rpm para 8,84 kgfm a 7.250 rpm. A Triumph diz que, de forma geral, a Tiger 900 tem 9% mais força que a antecessora em todas as faixas de rotação. O câmbio continua sendo de seis marchas.

Lá fora a Triumph Tiger 900 é vendida em cinco versões diferentes: básica; GT e GT Pro (voltadas para uso no asfalto, em longas viagens); Rally e Rally Pro (para uso off-road, mais robustas). Todas elas contam com iluminação full-LED, tanque de combustível de vinte litros e freios a disco de 320 mm na frente e 255 mm atrás, mordidos por pinças Brembo.

As versões GT e GT Pro têm uma pegada mais sport touring, com painel de TFT de sete polegadas (a básica tem painel de 5 polegadas), mais modos de condução, banco ajustável em altura e suspensão traseira com ajuste de compressão e retorno. Na GT Pro ainda há sistema quick shifter para trocas ascendentes e reduções, que dispensa o uso da embreagem.

Já as versões Rally e Rally Pro trazem suspensão com maior curso (240 mm na dianteira e 230 mm na traseira, enquanto as demais têm 180 mm e 170 mm, respectivamente) e rodas raiadas, sendo que a dianteira é maior, de 21 polegadas.

A Triumph deve esclarecer quais versões chegarão ao Brasil na apresentação de amanhã. (Dalmo Hernandes)

 

Donkervoort D8 GTO JD70 é apresentado

A Donkervoort apresentou a nova versão de seu track toy D8 – que foi lançado em 1993 como uma evolução do Lotus Seven. Hoje, embora ainda traga um pouco do clássico britânico em sua fórmula, o Donkervoort D8 é um carro muito mais radical, com aerodinâmica refinada e uma boa dose de tecnologia.

A versão GTO JD70 foi mostrada como conceito no ano passado, e agora teve a versão de produção revelada. Trata-se da variante mais radical que o D8 já teve até agora. O motor é um cinco-cilindros Audi de 2,5 litros com turbo, 420 cv e 53 kgfm de torque – ligado a uma caixa manual Tremec de cinco marchas. Sim, só cinco: a fabricante diz que, com a ampla curva de torque do motor, só são necessárias cinco marchas.

Pesando apenas 700 kg graças ao uso generoso de fibra de carbono por toda a estrutura e carroceria, o Donkervoort D8 GTO JD70 é capaz de ir de zero a 100 km/h em 2,7 segundos, de zero a 200 km/h em 7,7 segundos, e de continuar acelerando até os 280 km/h.

Contudo, a Donkervoort diz que suas capacidades em linha reta são só um aperitivo – o que encanta mesmo no D8 é sua capacidade de fazer curvas. Segundo os holandeses, o D8 GTO JD70 é o único carro produzido em série capaz de gerar 2G de aceleração lateral em uma curva de alta velocidade. Para se ter ideia, o 911 GT2 RS 991 é capaz de gerar 1,17G. A Donkervoort garante que os pneus Nankang AR-1 – que são legalizados para as ruas, mas são praticamente slicks riscados – dão conta do recado.

O Donkervoort D8 GTO JD70 terá apenas 70 exemplares produzidos, cada um custando a partir de € 163.600, o que dá mais de R$ 935.000 em conversão direta. Ele já pode ser encomendado – na verdade, a fabricante avisa que metade deles já foi reservada. É melhor correr, então! (Dalmo Hernandes)

 

Ford Edge pode ser descontinuado nos EUA

A Ford está muito perto de ter apenas SUVs e crossovers à venda nos Estados Unidos – o Fusion já está no fim do estoque e o Mustang é o único carro de passeio da linha. Mas parece que nem os próprios utilitários estão imunes à guilhotina: rumores dizem que o Ford Edge será o próximo modelo a deixar o mercado norte-americano.

De acordo com o site Auto News Canada, o Ford Edge tem vendas modestas – em 2019 foram emplacados pouco mais de 131.000 exemplares, enquanto o Ford Escape, por exemplo, vendeu mais de 241.000 unidades. Pelo que se diz, a Ford sabe que possui outros modelos capazes de preencher o nicho deixado pelo Edge, como o Explorer e o próprio Escape.

Se o Edge sair mesmo de linha, a Ford deverá fechar sua fábrica em Ontario, no Canadá – de onde já saíram o Ford Flex e o Lincoln MKT, mas que atualmente produz apenas o Ford Edge e o Lincoln Nautilus. Com isto, a produção do Nautilus seria transferida para a China – onde o Edge já é produzido para abastecer o mercado local.

A questão é que, saindo de linha nos EUA, o Ford Edge também deverá deixar de ser vendido aqui – afinal, é do Canadá que o modelo é importado na versão ST, com motor V6 turbo de 2,7 litros e 335 cv. Por enquanto, porém, nada foi confirmado oficialmente. (Dalmo Hernandes)