Passou a semana acompanhando o debate político e esqueceu do universo automobilístico? Ficou fazendo hora-extra e chegou quebrado em casa? Não se preocupe: estamos com mais uma edição do nosso resumo da semana, para você ficar por dentro de tudo o que rolou ao longo dos últimos sete dias.
Como dito na semana passada, diferentemente da seleção que fazíamos em 2014, o “Melhor da Semana” agora tem um resumo das notícias mais importantes, seguido pelos posts especiais do site e pelos lançamentos em nosso canal. Vamos nessa?
Nova geração do BMW Z4 revelada
Diferentemente da Toyota, que continua abusando dos protótipos, teasers e conceitos do Supra, a BMW revelou nesta semana as primeiras imagens oficiais do novo Z4, seu irmão de projeto. Elas mostraram o roadster por vários ângulos na versão M40i, mas nada da dianteira do carro.
O modelo final acabou bem próximo do conceito, com as lanternas horizontalizadas como nos demais cupês da marca, um grande respiro na parte posterior dos para-lamas dianteiros e a silhueta tradicional dos roadsters da série Z, com o capô alongado, para-brisa inclinado e traseira curta, com os bancos quase sobre o eixo traseiro. Também ficam evidentes o sistema de freios M Performance — algo esperado em um modelo com a letra M à frente do nome —, o para-choques traseiro com respiros e a saída dupla de escape.
A maior novidade trazida pelas fotos é o interior do carro, que ganhou um quadro de instrumentos digital, volante de três raios, um sistema multimídia com uma tela “ultrawide” integrada na porção superior do painel e até uma base de recarga de celulares por indução.
Os motores não foram confirmados, mas o carro das fotos usa um seis-em-linha que, como a BMW já confirmou, “será extremamente potente”. Ainda não se sabe se ele será uma versão mais potente do 3.0 turbo do M340i ou se ele terá uma versão amansada do 3.0 biturbo do M2 e M4, com algo em torno de 385 cv.
Também não há dados de desempenho, mas a BMW já confirmou que ele terá um diferencial com bloqueio e suspensão com amortecedores ajustáveis eletronicamente. A estreia oficial do modelo acontece no próximo dia 23, em Pebble Beach.
Fernando Alonso fora da Fórmula 1 – e mais perto da Indy
A grande notícia da semana foi mesmo a saída de Fernando Alonso da Fórmula 1 em 2019. O comunicado foi publicado pela McLaren e pelo próprio Fernando Alonso em suas redes sociais com um vídeo intitulado “Querida F1…” em espanhol e inglês, no qual relembra sua trajetória até a Fórmula 1 e durante os 17 anos em que disputou a categoria máxima.
A saída de Alonso da Fórmula 1 acontece justamente em um momento no qual a categoria passa por questionamentos sobre seu futuro, sua atratividade ao público, mas principalmente, em meio a rumores do retorno da McLaren à Indy e sobre uma eventual carreira de Alonso no WEC, onde teria tranquilamente mais 5 ou 10 anos de competitividade pela frente. Especialmente com o novo regulamento dos hipercarros se aproximando.
E mais: com a agenda bastante espaçada do Mundial de Endurance, Alonso poderia intercalar as categorias com provas na Indy — ou talvez até mesmo uma temporada inteira nos EUA. Segundo o site americano Racer, Alonso fará um teste com um Andretti Dallara DW-12 com motor Honda e o pacote aerodinâmico para circuitos mistos provavelmente no Barber Motorsports Park em Atlanta, no dia 2 de setembro.
Como sabemos, Alonso está em busca da tríplice coroa do automobilismo, que consiste na vitória nas três provas mais tradicionais do automobilismo mundial, a 24 Horas de Le Mans, a 500 Milhas de Indianápolis e o GP de Mônaco. O único piloto a vencê-la até hoje foi Graham Hill, e atualmente Alonso e Montoya são os pilotos mais próximos de repetir o feito, com duas conquistas cada um: Alonso com as 24 Horas de Le Mans de 2018 e o GP de Mônaco de 2006 e 2007; e Juan Pablo Montoya, com a Indy 500 de 2000 e 2015 e o GP de Mônaco de 2003.
Considerando essa situação e a agenda espaçada do Mundial de Endurance, não estranhe se Alonso decidir disputar as duas categorias simultaneamente a partir de 2019.
Nova geração do Porsche Cayenne no Brasil por R$ 433.000
A Porsche apresentou nesta semana a nova geração do Cayenne no Brasil. O modelo foi lançado em agosto de 2017 na Europa, mas só agora desembarcou por aqui. Como nas gerações anteriores, o Cayenne será oferecido inicialmente em três versões — básica, S e Turbo, com motores V6 e V8.
Os preços partem de R$ 433.000 para o modelo básico, equipado com o V6 3.0 turbo da geração anterior porém com 40 cv a mais, chegando aos 345 cv e 45,9 kgfm. Logo acima, por R$ 523.000 está o Cayenne S, equipado com o novo V6 2.9 biturbo (o mesmo do Panamera), de 446 cv e 56,1 kgfm.
No topo da linha, por ora, está o Cayenne Turbo de R$ 733.000, que mantém o V8 4.0 biturbo, porém agora com 550 cv (30 cv a mais que o antecessor) e 78,5 kgfm. Todos eles usam câmbio automático de oito marchas e tração nas quatro rodas e podem ser equipados com esterçamento das rodas traseiras, rodas de 20 ou 21 polegadas e sistema elétrico de 48 volts. O FlatOut esteve presente no evento de lançamento do carro e, em breve, traremos nossas impressões sobre o novo SUV da Porsche.
Hyundai Veloster e Kia Rio podem vir ao Brasil em breve
Nesta semana dois modelos do grupo Hyundai-Kia deram sinais de que podem estar perto de desembarcar por aqui. O primeiro deles foi a nova geração do Hyundai Veloster, que foi registrado pela marca coreana junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), o que pode sinalizar um dos retornos mais improváveis do mercado.
O motivo, claro, é que o modelo foi ridicularizado em sua primeira geração no Brasil depois que a representante da marca divulgou a potência do motor 1.6 GDI, com injeção direta, porém o vendeu com o motor 1.6 Gamma, o mesmo do Hyundai HB20 e do Kia Cerato e Soul, com apenas 128 cv e um câmbio automático de quatro marchas.
Nesta geração, contudo, o Veloster amadureceu e se tornou um carro mais refinado, e também abandonou o motor 1.6 aspirado para usar apenas um 1.6 turbo de 201 cv ou um 2.0 aspirado de 150 cv — além, claro, do 2.0 turbo de 275 cv da versão esportiva N.
O registro no INPI não significa que a Hyundai pretende mesmo vender o carro por aqui, mas a hipótese não deve ser descartada. Caso venha, é mais provável que seja oferecido com o motor 1.6 turbo para espantar de vez o fantasma da primeira geração que assombra o nome Veloster no mercado brasileiro, e o lançamento pode acontecer já em novembro, durante o Salão do Automóvel.
O outro coreano parece bem mais provável: o Kia Rio. Isso claro, se a instabilidade do Real e do câmbio não melarem os planos da marca. O modelo já passou pelos testes de consumo do Inmetro com um motor flex — o que indica que o carro já foi adaptado para o Brasil.
As médias do modelo manual são 7 km/l e 10,2 km/l na cidade, usando etanol e gasolina, respectivamente. Na estrada as médias são 9,4 km/l com etanol e 13,8 km/l com gasolina. O modelo automático na cidade roda 7,2 km/l com etanol e 10,5 km/l com gasolina, enquanto na estrada faz 9,3 km/l com etanol e 13,4 km/l com gasolina.
O modelo aparentemente é a aposta da Kia para enfrentar Argo e Polo, e a estreia deve acontecer no Salão do Automóvel.
As novidades no YouTube do FlatOut!
Nesta semana tivemos dois novos vídeos em nosso canal no YouTube: as novidades no Prelude do Barata…
… e o nosso VLOG do Speed Experience, que reuniu 192 Sandero RS em Interlagos — sendo um deles o nosso Sandero do Driving Academy.
Os Especiais do FlatOut
Nesta semana conhecemos o caminhão Chevrolet C68 “Rat Rod” mais brutal e insano do planeta, com um V12 marítimo com quatro turbos e potência estimada em 1.000 cv — e feito aqui mesmo no Brasil. Leia aqui.
Também conhecemos a verdadeira origem do nome Countach, depois de passar anos com versões apócrifas do surgimento do nome do supercarro mais icônico da Lamborghini. Leia aqui.
Relembramos que às vezes a beleza e o significado de um carro podem ser muito mais importantes que seu desempenho, relembrando o erótico Alfa Romeo 8C. Leia aqui.
Conhecemos (e encontramos uma forma de explorar) o impressionante e eficiente sistema de transporte do Império Romano, com uma organização que faria o DER morrer de inveja 2020 anos depois. De quebra, encontramos o “Google Maps” do Asterix. Leia aqui.
Vimos a história da mulher que foi a primeira pessoa a comprar um Mustang na história — conseguindo levar o carro pra casa dois dias antes do lançamento! — e que tem o carro até hoje! Leia aqui.
Aproveitando que a Bugatti voltou a falar no desempenho de seus carros em pista com o iminente lançamento do Divo, contamos a história do último Bugatti que disputou as 24 Horas de Le Mans aqui.
Com um número preocupante de carros não atendidos pelos recalls anunciados pelos fabricantes, explicamos como você faz para verificar se seu carro semi-novo ou usado esteve envolvido e se ele foi reparado ou não. Veja aqui.
Conhecemos o Fiat 147 Sorpasso, a versão mais potente e rara que o Fiat 147 teve… na Argentina. Mesmo nunca tendo passado perto do mercado brasileiro, é uma história bem interessante se você curte o 147, hot hatches, esportivos italianos ou clássicos obscuros. Veja aqui.
Publicamos nossa megagaleria dos Civic e demais Honda reunidos no Civic Nation 9 em Serra Negra/SP. Veja aqui.
Conhecemos o Mustang produzido em série mais raro da história: um exemplar conversível do Shelby GT500 feito em 1967 que nem deveria existir! Leia aqui.
E contamos a história do único Lamborghini Countach que foi para as pistas no Japão! Leia aqui.
Os Project Cars da semana
Nesta semana tivemos quatro Project Cars publicados — sendo dois deles o post de conclusão do projeto. Eles foram o belíssimo Corsa GSi de Júnior Zumpano, que foi restaurado completamente, com todo o processo documentado…
Os outros dois foram a terceira parte da história do Puma P052, contada pelo próprio piloto de testes da Puma Automóveis, Gabriel Maia…
