Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco!
O Zero a 300 é um oferecimento do Autoline, o site de compra e venda de veículos do Bradesco Financiamentos. Nesta parceria, o FlatOut também apresentará avaliações de diversos carros no canal de YouTube do Autoline – então, clique aqui e se inscreva agora mesmo (e não esqueça de ativar o sininho)!
Audi Grand Sphere é o futuro elétrico do A8
A Audi apresentou ontem (2) o segundo dos três conceitos elétricos que prometeu para esse ano: o Grand Sphere. Se o Sky Sphere propunha um roadster esportivo com entre-eixos variável, o Grand Sphere é um GT elétrico capaz de encarar as longas Autobahnen sem qualquer comando do motorista – e o volante até se esconde no painel quando o modo autônomo está ativado.
Mas o Grand Sphere não é um cupê – está mais para um sedã fastback, com quatro portas, entre-eixos longo e terceiro volume inexistente. Na prática, isso faz dele um preview do que aguarda o Audi A8, topo de linha da marca das quatro argolas.
De acordo com a Audi, a ideia do Grand Sphere é apresentar o sedã de luxo a um novo tipo de consumidor – algo necessário atualmente, pois o segmento envelheceu junto com seu público. Por isso, ele rompe completamente com a tradição dos sedãs alemães e assume essa silhueta de GT, com capô longo, balanços longos e traseira curta. Repare, porém, que o vigia traseiro é na verdade uma pequena janela vertical, e não acompanha as linhas gerais do carro.
Na dianteira, a grade continua enorme e mantém um formato próximo do que se vê nos Audi atuais. Porém, seu posicionamento é mais baixo, deixando os faróis afilados no “andar de cima”. É um efeito que lembra um pouco o Audi R8, porém em uma interpretação mais elegante.
Por dentro, o conceito de lounge, tão popular entre as fabricantes nos últimos anos, continua com força. O carro tem cinco lugares, assoalho completamente plano e cabine arejada. O painel de instrumentos exibe informações em toda sua extensão horizontal, sem fazer uso de telas retangulares em profusão – em vez disso, a superfície lisa atua como um projetor com o qual se pode interagir por meio de gestos. Fora isso, não há muito mais no interior – exceto quando a pessoa sentada no banco do motorista decide assumir o volante. Volante que, aliás, fica oculto e só aparece quando desejado através de um mecanismo sob o painel.
O powertrain acaba parecendo um mero detalhe nesse mar conceitual, mas também é importante – afinal, é elétrico e esse ainda é o mote da indústria. O Audi Grand Sphere é movido por dois motores elétricos, um em cada eixo, ambos alimentados por uma bateria de 120 kWh. Eles entregam, juntos, 720 cv e 97,8 kgfm de torque – o bastante para ir de zero a 100 km/h em pouco mais de quatro segundos.
A Audi afirma que o Grand Sphere foi pensado para equilibrar desempenho e autonomia, e que ele será feito sobre a plataforma PPE, desenvolvida em parceria com a Porsche. De arquitetura modular, a plataforma também será usada no Porsche Macan e nos futuros Audi A6 e-tron e Q6 e-tron.
Nissan encerra produção do Versa V-Drive
A antiga geração do Nissan Versa, recebeu o sobrenome V-Drive e se tornou uma alternativa mais em conta ao modelo atual, deixou de ser produzida.
A fabricante diz que a decisão foi necessária para dar prioridade à fabricação do SUV compacto Kicks, que atualmente é o modelo mais vendido da Nissan no Brasil. Faz todo o sentido – especialmente em tempos de estoques vazios nas concessionárias. Colocar o foco no modelo mais popular e mais lucrativo é o caminho óbvio.
A Nissan deixa claro que os serviços de manutenção e revisões, bem como a produção de peças de reposição, não serão afetados pelo fim da produção do Versa V-Drive.
Os carros mais vendidos em agosto de 2021
Foi divulgado o levantamento dos carros mais vendidos em agosto de 2021. E o top 10, apesar de manter-se dominado pelo grupo Stellantis com modelos da Fiat e da Jeep, traz algumas surpresas curiosas. No total, 158.514 carros foram emplacados – uma queda de 2,3% em relação a julho, quando foram vendidos 162.224 automóveis no Brasil.
As três primeiras posições, segundo o padrão quase infalível dos últimos meses, são da Fiat. A picape Strada retoma a liderança com 9.111 unidades vendidas – apesar disso, no mês passado as vendas foram ligeiramente melhores, com 9.439 exemplares.
No caso do Argo, aconteceu a mesma coisa, mas o contraste é ainda maior: no mês passado, quando foi líder do mercado, o hatchback da Fiat vendeu 10.873 exemplares. Em agosto, na vice-liderança, 7.711 unidades do Argo foram vendidas. O Fiat Mobi, por sua vez, segue em terceiro com 7.538 unidades – uma queda de pouco mais de 500 carros em relação ao mês passado.
O Jeep Compass pulou do 7º para o 4º lugar em agosto, trocando de posição do Hyundai HB20 – vendeu 6.819 unidades. O hatchback da Hyundai, por sua vez, emplacou 6.759 exemplares, uma queda de mais de 1.000 unidades.
O Jeep Renegade manteve o 6º lugar com quase a mesma quantidade de unidades vendidas: 6.710. Atrás dele, vem a primeira surpresa: o Volkswagen T-Cross, que no mês passado ficou em 15º no ranking geral com 3.392 exemplares vendidos, e neste mês chegou a 6.698 – praticamente o dobro.
Apesar de suas vendas não cairem tanto, Fiat Toro desceu da 5ª posição de julho para a 8ª em agosto, com 6.685 exemplares – no mês passado foram 7.030. Logo depois vem o Creta, que garantiu o 9º lugar com 4.822 carros – e deve ganhar uma injeção de ânimo com o modelo 2022, completamente reestilizado, em setembro.
O top 10 é fechado com outra surpresa: a Chevrolet S10, que foi a 12ª colocada em julho com 4.142 exemplares vendidos, e em agosto conseguiu emplacar 4.798 unidades. Por outro lado, a retomada da produção de carros como o Toyota Corolla Cross e a família Onix da Chevrolet deve dar uma boa mexida no ranking em setembro.
Smart anuncia seu primeiro SUV elétrico
Faz pouco tempo que contei aqui a história do SUV da Smart que quase foi fabricado no Brasil, e acabou cancelado no último instante – lá nos anos 2000. Pois parece que agora vai… ou quase: a fabricante vai apresentar seu SUV na semana que vem, no Salão de Munique, na Alemanha. Mas, obviamente, ele não será fabricado no Brasil.
O SUV será elétrico, claro, usando como base a plataforma SEA da chinesa Geely. O design, contudo, ficou a cargo dos estúdios da Mercedes-Benz – e, pelo que mostram os teasers, seguirá um direcionamento diferente do que se vê nos atuais ForTwo e ForFour. Ele terá faróis afilados ligados por um elemento horizontal e teto “flutuante”, tudo emoldurado por linhas robustas e levemente futuristas.
O carro revelado em Munique será um conceito, claro, mas aparentemente já está bem próximo da versão de produção. A Smart não falou sobre o powertrain, mas sinalizou que o SUV elétrico começará a ser fabricado em 2022.
Empresa americana transforma BMW Z4 no Z8 cupê que nunca existiu
O BMW Z8 é considerado um dos carros mais bonitos dos últimos 30 anos – e, conceitualmente, um dos mais interessantes: um roadster retrofuturista com desempenho próximo ao de alguns supercarros graças ao motor V8 de 4,9 litros S62 do BMW M5 E39, que dispunha de 400 cv.
O BMW Z8 nunca teve uma versão fechada – apenas uma capota rígida para os dias mais frios. Mas uma empresa americana chamada Smit Vehicle Engineering tem a solução: o Oletha Coupé. Ele parece bastante uma versão fechada de fábrica do Z8, mas tudo indica se tratar de um Z4 cupê com dianteira e traseira remodeladas.
Não há emblemas BMW em lugar algum, e o site da Smit também deixa claro que não há qualquer tipo de associação com a fabricante da Baviera. A empresa, aliás, sequer confirma que a base do carro é o Z4 – mas isto é algo que dá para deduzir facilmente.
O motor também é BMW, claro, e também é um V8 – o S65 de 4,4 litros usado pelo M3 E92, acertado para entregar pelo menos 450 cv e ligado a uma caixa manual de seis marchas. A força é levada para as rodas traseiras através de um diferencial com autoblocante.
A Smit não mostra o interior do carro – o que pode muito bem ser outra forma de revelar que o Z4 é usado como base. Em compensação, o design ficou bem resolvido e a conversão para usar faróis e lanternas semelhantes às peças do Z8 ficou muito bem feita. Se os emblemas da BMW estivessem ali, poderia até passar por algo de fábrica.
A Smit diz que, com carroceria toda de fibra de carbono, o Oletha Coupe pesa 1.400 kg. Eles não mencionam o desempenho, mas há potencial para superar o próprio M3 E92, que tinha quase 1.600 kg em ordem de marcha e levava menos de cinco segundos para ir de zero a 100 km/h.