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Car Culture

Carros que mudaram o mundo #24: o Shelby Cobra

A culpa é da angina pectoris. Foi ela quem forçou Carroll Shelby a abandonar o volante e passar para o outro lado do balcão em tempo integral. Ele até tentou, chegando ao ponto de levar comprimidos de nitroglicerina no bolso de seu macacão listrado, tipo jardineira para aliviar as dores que sentia no peito durante as corridas, mas não adiantou. Por orientação médica, depois do fim de semana de corridas em Laguna Seca, ele não deveria voltar a pilotar se quisesse continuar vivo. Aquela era uma decisão difícil. Shelby vinha de uma carreira razoavelmente bem-sucedida nos eventos do Sports Car Club of America (SCCA), onde ganhara mais de 30 corridas com as Ferrari de John Edgar entre 1954 e 1958, e havia chegado ao auge de sua carreira após vencer as 24 Horas de Le Mans de 1959 ao volante de um Aston Martin DBR1, dividido com Roy Salvadori. Isso, antes de ajudar a escrever a história do Maserati Birdcage nas pistas da Europa e dos EUA. Fora das pistas, ele passou a exercer seu lado empreende