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Charles Leclerc arrebenta Ferrari de Niki Lauda em Mônaco – e o FlatOut capturou tudo ao vivo!
Charles Leclerc não tem sorte em Mônaco mesmo. Desde 2017 ele não consegue terminar uma corrida em sua própria casa, e mesmo quando pega o carro só para uma apresentação, as coisas dão errado. É quase um karma.
Durante uma volta de apresentação no GP histórico de Mônaco, evento anual no qual os carros clássicos disputam uma corrida real — real mesmo, acelerando pra valer e até batendo os carros, em alguns casos —, Leclerc perdeu os freios na entrada da Rascasse e acabou rodando e batendo de traseira na barreira de proteção. Felizmente o único dano visível foi à asa traseira, que foi deslocada. O carro continuou andando.
No momento do acidente, o Juliano Barata e os FlatOuters que foram para a Special Trip estavam presentes e gravaram tudo ao vivo. Veja só:
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A Ferrari 312 do Lauda também tem um histórico de azar no circuito: no ano passado Jean Alesi bateu o carro ao se enroscar com Marco Werner em um Lotus 77 na reta. Agora, junte um carro azarado em Mônaco a um piloto azarado em Mônaco e está feita a receita do desastre.
Quanto ao pobre Leclerc, ele jamais conseguiu terminar uma única corrida oficial que disputou em Mônaco, sua própria casa.
Veja só: em 2017 ele fez as duas rodadas da Fórmula 2 em Mônaco — a corrida principal e a sprint. Ele foi pole position na corrida principal, largou em primeiro, liderou a prova e, na volta 26, teve uma quebra na suspensão e abandonou. Por causa disso, no dia seguinte, na sprint race, largou em 17º e se recuperou bem quando um problema elétrico o tirou da pista depois de 20 voltas.
Em 2018, já na Fórmula 1, ele estava na fraca Sauber, sem chances de ganhar, claro. Mas mesmo ali ele teve problemas e não terminou a prova: a oito voltas do final ele teve um problema no disco de freio dianteiro esquerdo e passou reto na Nouvelle Chicane, acertando a traseira de Brandon Hartley.
Em 2019, agora com a Ferrari, ele tinha um carro competitivo que poderia brigar pela vitória, finalmente. Mas deu tudo errado. Um erro da Ferrari o tirou do Q2 e ele largou na 16ª posição.
Mesmo com as dificuldades de se ganhar posições em Mônaco, ele começou uma escalada que, infelizmente, acabou na 12ª posição: quando estava tentando ultrapassar Nico Hulkenberg, ele acabou tocando o muro na curva 17, furou o pneu e rodou. Depois de fazer a volta toda com o pneu dilacerado, ele ainda tentou voltar após a troca de pneus nos boxes, mas o acidente danificou demasiadamente o fundo do carro e ele abandonou a corrida com apenas 16 voltas.
Na temporada seguinte a pandemia levou o Automóvel Clube de Mônaco a cancelar o GP, então não houve corrida. Em 2021, Leclerc começou bem o final de semana, conquistando a pole com a Ferrari, com grandes chances de vencer. Mas… novamente, o azar falou mais alto: no final dos treinos de classificação ele bateu o carro e, apesar de a Ferrari tentar consertá-lo durante a noite, na volta de instalação ficou claro que havia um problema com a transmissão (uma semi-árvore danificada) e ele simplesmente não largou.
Agora, em um final de semana que deveria ser divertido durante o GP histórico de Mônaco, acontece essa. Torço para que ele consiga acabar com essa maré de azar. Lembra até um certo piloto brasileiro, que levou sete temporadas para vencer em sua própria casa… (Leo Contesini)
Porsche Mission R evolui para 718 Cayman GT4 ePerformance – e irá correr em Goodwood
Agora tudo faz sentido. O Cayman GT4 RS e seu motor 4.0 do 911 GT3, todo aquele avanço e desempenho visceral. Ele pode ser simplesmente o canto do cisne, o auge de um carro que nasceu incrível e só foi melhorando a cada atualização.
Porque já vimos anteriormente que a Porsche tem planos para eletrificar o Cayman, e isso ficou claro com o Mission R, que é um esportivo elétrico de motor central traseiro, posicionado exatamente como o flat-6 (e os flat-4) do Cayman.
Agora, a Porsche o transformou em um Cayman propriamente dito. E não qualquer Cayman, mas no Cayman GT4 ePerformance. Ou seja: um Cayman GT4 elétrico. E ele irá estrear em Goodwood.
O carro é simplesmente um Cayman GT4 Clubsport com o powertrain do Mission R, o que significa que ele troca o ronco do flat-6 aspirado por 1.000 cv elétricos no modo de classificação ou 612 cv elétricos por 30 minutos, que é o tempo de uma corrida da Carrera Cup. Segundo a Porsche, esse protótipo pode fazer tempos de volta quase idênticos aos do GT3 Cup.
Apesar de ser “apenas” um GT4 Clubsport como powertrain do Mission R, ele precisou de 6.000 novos componentes e acabou 140 mm mais largo que o Clubsport original. O powertrain é baseado em uma tecnologia de 900 volts e suas baterias podem ir de 5% para 80% da capacidade em apenas 15 minutos de recarga.
Sendo um carro elétrico, ele tem também aquela função de ser sustentável, que é uma exigência geral do público da Porsche. Apesar dos pneus de 18 polegadas, ele tem carroceria feita de compósitos de fibras naturais e de fibra de carbono reciclada.
Novamente de acordo com a Porsche, a versão produzida em série deve sair em três anos. Enquanto isso o protótipo elétrico irá fazer sua turnê mundial, começando em junho no Goodwood Festival of Speed, onde participará da subida de montanha. Depois, ele irá para a fábrica da Porsche em Leipzig em agosto, quando será celebrado o 20º aniversário daquela unidade.
Em seguida, o carro fará o circuito europeu de eventos e depois virá para a América em 2023, primeiro nos EUA. Quem sabe ele passa por aqui, não? Então ele irá para o outro lado do planeta, fazer sua turnê asiática em 2024, e finalmente, abrirá as portas para o modelo produzido em série. É um longo trabalho de convencimento, não? (Leo Contesini)
Nissan Z custa menos que um Supra quatro cilindros.
A Nissan revelou os últimos detalhes do novo Nissan Z, e os preços do carro para o mercado americano. Confirma o que já se sabia do mercado japonês: o Nissan Z é um carro esporte com uma política agressiva de preços, que pretende dominar sua categoria.
Quão agressiva? Lembre-se: o Nissan Z agora virá com um redesenho da carroceria um V6 biturbo de 400 cv; ainda assim, será vendido nos EUA a partir de US$ 41.150,00. É mais de dez mil dólares mais barato do que seu concorrente mais próximo, o Toyota Supra de seis cilindros. Na verdade, é mais barato até que um Supra de quatro cilindros, que custa a partir de US$ 43.540,00.
E a julgar pelas primeiras avaliações do modelo de produção na imprensa americana, o carro parece ter acertado na mosca. Diz a Car and Driver: “A estrutura da carroceria tem mais rigidez torsional, mas os pontos de fixação da suspensão permanecem inalterados. Mas a Nissan ajustou seletivamente e cirurgicamente o chassi do Z a partir do 370Z.
O ângulo do caster dianteiro aumenta através de um novo braço de controle superior e uma direção eletricamente assistida substitui a antiga unidade hidráulica. Os amortecedores de tubo duplo do 370Z são trocados por unidades monotubo mais precisas que desenvolvem força de amortecimento muito mais rapidamente.
O Sport recebe quatro pneus 245/45R-18, enquanto o Performance vem com dianteiro 255/40R-19 e traseiro 275/35R-19. Tudo isso resulta em um carro que agarra firmemente à pista, com limites acessíveis que são fáceis de atingir, ultrapassar e corrigir depois. Há um pouco de subesterço se você carregar muito forte em uma curva, mas a frente volta obedientemente se você soltar o acelerador.”
Os compradores podem escolher entre câmbio manual de seis velocidades ou automático de nove, sem pagar diferença alguma no preço. Existe uma versão “Performance” por dez mil dólares a mais, com diferencial mecânico autoblocante, rodas Rays forjadas de 19 polegadas e freios maiores. A versão mais cara vem também com assentos aquecidos em couro, um sistema de som Bose de oito alto-falantes e uma tela sensível ao toque de nove polegadas em vez da normal de oito polegadas.
O carro não é leve (pesa ao redor dos 1600 kg), mas com o novo motor isso não parece ser impedimento à uma performance invejável: 0-100 km/h em 4,4 segundos e velocidade final de 250 km/h. A revista Car and Driver diz que o novo motor biturbo, com by-pass eletrônico para que o turbo não perca rotação com o acelerador fechado, “faz uma imitação bem convincente de um motor aspirado”. (MAO)
Edição de lançamento da LiveWire S2 Del Mar esgota em 18 minutos
A Harley-Davidson continua num esforço de revitalizar sua imagem, e se distanciar do cliente tradicional da marca. Simplesmente pelo motivo que este cliente está ficando cada vez mais raro, morando hoje em casas de repouso, ou, como dizem lá, “six feet under”. A LiveWire, submarca de motocicletas elétricas, é uma dessas iniciativas diferentes da empresa.
Não, não são motos Custom elétricas. A nova LiveWire S2 Del Mar, por exemplo, tem um design moderno e leve, com pouca carga histórica na Harley a não ser um quê de moto de Dirt-Track. É um pacote bem mais ligado à realidade atual, e jovem em espírito: claramente urbana, é relativamente leve (199 kg, numa elétrica, lembre), tem saudáveis 80 cv e o famoso torque constante desde zero rpm das elétricas: aqui generosos 60,8 mkgf. A autonomia para uma carga completa também é suficiente para uma moto urbana: 160 km.
O nome Del Mar já indica o espírito “praiano” e de diversão da moto, projetada para as necessidades e anseios de uma juventude diferente daquela que encheu Woodstock em 1969. E se Woodstock forneceu 50 anos de clientes “jovens” para a Harley, agora parece que esses jovens se aposentaram, de qualquer forma. A estratégia parece ter acertado em cheio: as 100 unidades iniciais, a “Launch Edition”, se esgotaram 18 minutos depois do site de reserva ir ao ar.
A LiveWire S2 Del Mar custará aos americanos US$ 15.000 (aprox. R$ 77.000), mas esta “Launch Edition” saiu por módicos US$ 17.699 (aprox. R$ 90.000). Um sucesso garantido então? Essas edições especiais sempre vendem rápido; vamos ter que esperar para ver as vendas normais dela. Mas parece promissor. (MAO)
Coleção de carros raros da AMC vai à leilão nos EUA
A “American Motors Corporation”, AMC, era uma empresa muito, mas muito menor em volume de produção que as tradicionais três grandes americanas (Chrysler, Ford, GM), pelo período que existiu. A AMC é formada pela fusão da Nash-Kelvinator Corporation e da Hudson Motor Car Company em 1954.
Fica famosa por seus carros compactos Rambler por um tempo, e depois, quando compra a Kaiser, pelos Jeep. Em 1979, foi comprada pela Renault, e em 1987, impulsionada pelo sucesso da Jeep nos anos 1970 e 1980, é comprada pela Chrysler. Na Chrysler, a AMC desaparece, a marca Jeep seu último vestígio, ainda um sucesso até hoje. Inclusive no Brasil!
Os carros clássicos da AMC são hoje menos conhecidos e amados que os das três grandes, claro; mas os EUA sendo o que são, existe uma ativa comunidade de amantes do peculiar jeito de fazer carros da empresa, especialmente focado nos anos 1960 e 1970.
E agora, vem a notícia que a mais cobiçada coleção de carros da AMC será colocada a venda, num leilão da Mecum em Indianápolis que está ocorrendo agora, do dia 13 ao 21 de maio.
O lote mais importante é o AMC Javelin usado para bater recordes de velocidade em Bonneville Salt Flats por Craig Breedlove. O Javelin era a tardia resposta da AMC para o Mustang e o Camaro, e o esforço para bater recordes necessário para estabelecer suas credenciais no mercado. O hodômetro do carro atualmente mostra apenas 22 milhas, 19 delas batendo o recorde para carros de produção: 260,284 km/h. Certamente será o carro mais valioso do leilão.
Também serão vendidos uma dupla de Hurst SC/Ramblers, de 1969, e um AMC Rebel Machine de 1970. Os três vem com o mais potente motor da AMC, o V8 de 390 cid (6,4 litros) e carburador quádruplo: 315 cv no Hurst S/C e 340 cv no Rebel Machine, talvez o carro com o nome mais atunado ao espírito de sua época que já existiu.
Mas não é só isso. Hornet S/C 360, um par de AMX “Super Stock” com histórico de competição, um maluco Gremlin “Super Stock”, e um monte de outros. Todos os carros podem ser vistos no site da Mecum. O meu preferido é o lote F202: um AMX 390 com câmbio manual de quatro marchas e num sensacional tom de azul sólido. Realmente um lote de carros para lá de especial. (MAO)
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