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Motos

Como os japoneses (re)inventaram as motos modernas

Vamos fazer um exercício de retórica e semântica: o que é uma moto, se não uma bicicleta com motor? Na verdade, é uma questão filosófica relacionada aos conceitos de potência e ato: uma bicicleta é uma bicicleta, mas ela também pode ser algo além de uma bicicleta. Se você der a ela um motor, ela se torna outra coisa, que não uma bicicleta. Essa outra coisa, no caso, é uma bicicleta motorizada. Ou uma moto-cicleta. E a motocicleta é um bom exemplo desta questão de potência e ato no âmbito filosófico: a bicicleta motorizada mudou tanto que se tornou outra coisa, totalmente diversa de uma bicicleta. É como uma árvore, que tem potencial de ser palito de fósforo. Mas divago, como diria o MAO. A questão aqui é que a moto se tornou algo tão diferente da bicicleta que é inadequado chamá-la de bicicleta motorizada — ainda que seu nome tenha vindo dali. Não é por acaso que, em inglês, um dos sinônimos de motorcycle é motorbike – ou só bike.  A primeira moto surgiu na Euro