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Dê um passeio virtual pelo Museu da Alfa Romeo agora mesmo!

A Alfa Romeo reabriu seu museu no último dia 24 de junho – exatamente na data de seu aniversário de 110 anos. O Museo Storico Alfa Romeo fica em Arese, nos arredores de Milão, e é um destino obrigatório para qualquer entusiasta que estiver na Europa e puder dar uma conferida de perto.

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Nestes tempos de pandemia, com muitas pessoas ainda impossibilitadas de visitar museus, a Alfa Romeo pensou em todos os entusiastas pelo mundo e fez uma espécie de tour virtual pelo complexo. Nada muito produzido ou complexo – apenas uma turnê guiada pelas alas do museu. E não é preciso mais que isto: os objetos em exibição, entre carros clássicos, conceitos e motores, dão conta do espetáculo sozinhos.

Se você quiser ver de perto, saiba que a FlatOut Special Trip – um passeio guiado pela Europa, com direito a passagens por Nürburgring Nordschleife e vários museus de fabricantes – foi reagendada para 2021 por conta do coronavírus. Para ter mais informações e baixar a programação completa, acesse este link. O passeio inclui, claro, o Museo Storico Alfa Romeo. Então você pode encarar esta matéria como uma pequena prévia!

Inaugurado em 1976, quando o complexo da Alfa Romeo em Arese ainda produzia automóveis, o museu da fabricante tornou-se uma bela documentação de tudo o que a Alfa fez ao longo de seus 110 anos de história. Quando a fábrica foi desativada em 2002, o local passou a dedicar-se exclusivamente à preservação da memória da Alfa. Entre 2009 e 2014, a Alfa Romeo fechou o museu para uma extensiva reforma, dando a ele a configuração que tem hoje.

O Museo Storico Alfa Romeo é dividido em três pavilhões principais – Timeline, Belleza e Speed (Velocitá). Elas se complementam: a primeira é dá um panorama geral dos carros e motores que a Alfa Romeo produziu ao longo de todas as suas eras em mais de um século de existência. A história da fabricante está representada do início até os dias atuais, com 19 carro selecionados para ilustrar suas 11 décadas. Há carros realmente antigos, como o primeiro Alfa da história (ainda sem o Romeo) – o 24HP, com seu motor quatro-cilindros cuja potência inspirava seu nome; o Alfa Romeo 8C 2300 que venceu as 24 Horas de Le Mans de 1931; o Alfa Romeo 1900, que foi o primeiro carro produzido em larga escala na década de 1950; o belíssimo cupê Giulietta e os Giulia sedã e cupê.

Ícones dos anos 1970 e 1980, como o Montreal, o Alfetta e 75; além de representantes de tração dianteira da década de 1990, como o 164 e o 156; também estão presentes. E o belíssimo e malfadado Alfa Romeo 8C Competizione fecha a sequência.

Além dos carros, o pavilão Timeline também conta com fotografias e documentos sobre as fábricas da Alfa Romeo na itália, os projetistas e engenheiros que deram forma e função a seus carros, e até mesmo uma parte dedicada aos funcionários anônimos, que não ficaram famosos mas colocaram a mão na massa para transformar estes projetos em realidade.

O segundo pavilhão é o Belleza – que a Alfa fez questão de não traduzir. Nela encontram-se carros-conceito notáveis e também modelos de produção que estão entre os automóveis mais bonitos do mundo para boa parte dos entusiastas.

É lá que está, por exemplo, o Alfa Romeo Carabo, desenhado por Marcello Gandini no Estúdio Bertone – um dos pioneiros da carroceria em forma de cunha. Também é nesta seção que ficam o Alfa Romeo 8C 2900, grand tourer baseado nos 8C de Grand Prix; o primeiro Alfa Romeo TZ; mais um Giulia coupé (e sua belíssima versão Junior Zagato) e, claro, o Alfa Romeo Spider Duetto original.

A seção Speed é dedicada aos carros de competição – basicamente todos aqueles Alfa que você achou que faltaram nos dois pavilhões anteriores estão aqui.

A mostra é dividida em duas partes, com carros feitos antes e depois da Segunda Guerra Mundial. Na primeira parte, o mais antigo é o Alfa Romeo RL no qual Ugo Sivocci venceu a Targa Florio de 1923 – um carro que teve várias versões com diferentes carrocerias, mas sempre motores de seis cilindros em linha. Depois vieram os 6C e 8C, cujos nomes indicavam a quantidade de cilindros, e ajudaram a Alfa Romeo a tornar-se uma força do automobilismo europeu na primeira metade do século.

São carros que exploram a relação entre Ferrari e Alfa Romeo no início dos Grand Prix, e também o início da carreira de Enzo Ferrari, que foi piloto da Alfa antes de fundar sua própria Scuderia – aliás, a Scuderia Ferrari atuou como equipe de fábrica da Alfa Romeo antes da Segunda Guerra Mundial, e alguns carros do Museo trazem emblemas da Alfa e da Ferrari.

A era pós-Segunda Guerra também é muito bem representada, com carros importantíssimos – como o Alfa Romeo 158, com um motor 1.5 de oito cilindros em linha com supercharger e 350 cv. Com ele, Nino Farina venceu 11 de 11 corridas na primeira de todas as temporadas da Fórmula 1 moderna, em 1950, e tornou-se o primeiro campeão mundial de F1. E foi com um carro igual a este que Juan Manuel Fangio foi campeão em 1951.3

Os protótipos da Alfa Romeo na década de 1960, incluindo as versões Stradale e de pista do Tipo 33, também estão no pavilhão Speed, bem como os Giulia GTAm que correram em provas de turismo e os Alfa Romeo com motor turbo que disputaram a Fórmula 1. E não poderia faltar o Alfa Romeo 155 que correu no DTM, aqui representado por um exemplar com pintura Martini Racing.

Agora, estes três pavilhões principais eram os que já estavam abertos antes da pandemia. Durante o período de isolamento social da Itália, a Alfa aproveitou para organizar e abrir ao público dois setores opcionais: Backstage e Archives.

O Backstage certamente é o mais interessante: lá estão guardados carros que não estão nas exibições principais, mas também merecem ser admirados. Na verdade, estes são os carros que certamente vão atrair mais gente – eles são parte de uma história pouco contada. Há, por exemplo, o trator que a Alfa Romeo fez em 1970; o conceito Alfa Romeo Z33 Free Time, uma espécie de SUV; diversos exercícios de design e carros experimentais – como o icônico Alfa Romeo 164 com mecânica de Fórmula 1 e motor V10. Estes carros estão preservados (o que por si só já é raro, considerando que muitos conceitos antigos foram destruídos) e, sozinhos, já valem a visita.

Por fim, há o pavilhão Archive – que, como o nome diz, reúne milhares de documentos históricos da Alfa Romeo. Segundo a Alfa, são 6 km de estantes com testes, fichas técnicas e projetos da maior parte dos carros em 110 anos de história. Há fotografias antigas, tanto de conceitos quanto imagens de divulgação, além de fotos de corridas históricas; dados técnicos detalhados de centenas de modelos diferentes; e os números de produção de cada um dos Alfa Romeo, incluindo diferenças regionais, opções de cores e equipamentos disponíveis ano após ano em diferentes mercados.

Segundo a Alfa Romeo, estes dados são importantes em duas frentes: para ajudar a emitir certificados de origens de clássicos, e também para pesquisa – segundo a fabricante, basta entrar em contato para obter fotos, dados e informações direto com a fonte. Por mais que o acesso seja controlado e não haja tanta coisa para ver como nos outros pavilhões, o Archive certamente é o coração do museu, de acordo com a Alfa Romeo.

Por enquanto, só podemos ter um gostinho através destes vídeos que a Alfa Romeo produziu para marcar a reinauguração do museu. Mas no ano que vem, os que participarem da FlatOut Special Trip poderão experimentar tudo de perto.