FlatOut!
Image default
Projetos Vídeo

Este hot rod com carroceria de Ford 1928, motor de Supra e 1.000 cv é insano — e incontrolável

Quando você pensa em hot rods, logo imagina um “calhambeque” sem para-lamas ou capô, com teto rebaixado e um V8 Flathead (ou qualquer outro V8 americano clássico) à mostra, embaralhando na lenta. O que você não espera é um Ford 1928 totalmente modificado com um seis-em-linha japonês encarregado de fornecer a potência, e é exatamente isto que este carro é!

O motor em questão é o emblemático 2Jz-GTE, o seis-em-linha de três litros biturbo que equipava o Toyota Supra de quarta geração — aquele mesmo que você adora. Dotado de comando de válvulas duplo variável, cabeçote de alumínio e intercooler, o 2JZ-GTE é famoso por ter sua capacidade real bem limitada na configuração de fábrica (280 cv, devido a um acordo entre os fabricantes japoneses na época).

hot-rod (3)

Não é preciso preparação de outro mundo para chegar aos 600 cv e, com novo (e gigantesco) turbocompressor Exile 4708, pistões Wiseco e algumas modificações no coletor de admissão, os caras da White Goose Bar Racing conseguiram extrair mais de 1.000 cv do motor, que ainda recebeu um sistema de lubrificação por cárter seco e foi acoplado a uma transmissão Kilgore TH400, automática de três marchas baseada na caixa original Turbo-Hydramatic 400 da General Motors.

O conjunto é capaz de levar o carro a mais de 360 km/h — o carro compete já há alguns anos nas competições de velocidade organizadas pela South California Timing Association (SCTA), responsável pelos eventos em Bonneville Salt Flats (leia a primeira e a segunda partes da história), Muroc e El Mirage, que recebeu o último evento no fim de semana passado. Segundo o próprio piloto, John Romero, o carro tinha “potência demais” e acabou rodando a 225 km/h. Talvez seja hora de fazer mais alguns acertos…

É impressionante ver como tudo está relativamente “calmo” até que tudo parece ter sido engolido por uma tempestade de areia e, no fim do vídeo, um dos pneus traseiros explode bem ao lado do capacete do piloto — dá para ver seu capacete se mexendo no momento exato. Se até mesmo um acidente leve na cidade já é o suficiente para deixar muita gente assustada, imagine perder o controle de um carro de 1.000 cv a mais de 220 km/h!

hot-rod (4)

Os caras da White Goose Bar Racing também têm outros dois carros — uma picape VW Caddy, derivada do Golf de primeira geração, equipada com um motor VR6 de 2,8 litros e turbocompressor Garrett, e um streamliner chamado Nebulous Theorem III, que é praticamente vestido pelo piloto de tão pequeno e é movido por um V8 de dois litros feito com dois motores de moto — mais especificamente, da Suzuki GSX-R 1000.