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FedEx envolvida em escândalo de adulteração de quilometragem
Esta notícia beira o inacreditável, mas é verdade. Parece que a FedEx, famosa empresa de transporte de encomendas americana, está envolvida no maior escândalo de adulteração de odômetros da história. Nem o comerciante da boca dos mais sacanas, durante uma vida toda, conseguiria chegar perto disso, aparentemente.
Um processo judicial acusa a FedEx de substituir os odômetros em muitas de suas vans por novos que marcam zero milhas, usando as vans por um pouco mais de tempo depois disso e depois vendendo-as em leilão com 100.000 milhas ou menos, nos novos odômetros.
Com uma quilometragem indicada tão baixa, seu valor subia. No entanto, a realidade das vans era uma que às vezes chegava a quatro vezes a leitura do odômetro. Fraude. Das mais espúrias.
De acordo com a emissora de TV KTNV de Las Vegas, um certo Tom Layton de Henderson, Nevada notou pela primeira vez as reversões do hodômetro da FedEx em 2017. Layton, que compra e vende caminhões e vans há 36 anos, comprou uma van Freightliner da empresa com cerca de 180.000 milhas indicadas. Quando ele vendeu o veículo, seu comprador o conectou a um computador que disse a eles que a quilometragem real era de cerca de 400.000 milhas. Layton entrou com seu próprio processo na época, que é separado do processo de ação coletiva que a FedEx está enfrentando atualmente.
Desde então, clientes da Califórnia, Tennessee, Nova Jersey, Flórida e Virgínia notaram adulteração nos odômetros dos antigos veículos da FedEx.
A FedEx costumava descartar as Vans quando atingiam 350.000 milhas (560.000 km). Em 2011 a empresa começou a leiloar vans antigas por meio de sua empresa de frotas, a Holman Fleet Leasing (também ré no processo). O processo alega que tanto a FedEx quanto a Holman substituíram intencionalmente os hodômetros para inflar artificialmente os valores das vans, para que fossem vendidas por preços mais altos em vários leilões nos Estados Unidos. Então, de acordo com as acusações, ambas as empresas dividiriam os lucros.
A FedEx nega as acusações. “Estamos cientes das alegações feitas na denúncia e defenderemos vigorosamente o processo”, disse um representante da FedEx ao Spectrum News. Que coisa feia, isso. (MAO)
Fiat não fará mais carros cinza
Uma grande verdade essa: ninguém aguenta mais prata, preto, e os vários tons de cinza e prata em automóveis. O que há de errado, afinal de contas, em um pouco de cor nos carros? Mas ainda assim, um carro discreto numa cor invisível é sempre algo bom para se ter na garagem: velocidade de verdade requer discrição. É só olhar os recordes do Cannonball Run: carros discretos, em cores discretas. Não é assim que queremos proibir o cinza, ou coisa do tipo.
Oi? Como é que é? Bem pessoal, de acordo com uma notícia que acaba de chegar aqui na redação, parece que a Fiat fez exatamente isso. Foi adiante e proibiu o cinza! Bem, pelo menos dentro de suas próprias instalações, que é onde ela pode proibir ou permitir algo. A Fiat, de acordo com o filme acima, não fará mais carros na cor cinza.
É parte da promoção do novo slogan da empresa: “Itália. A terra das cores. Fiat. A marca das cores”. No filme, a empresa mostra um novo Fiat 600 cinza sendo mergulhado, narrador dentro e tudo, numa enorme banheira de tinta laranja.
Uma estreia completa e oficial deste carro, o 600, que aparentemente será feito na base do Jeep Avenger, está prevista para o início de julho, quando conheceremos tudo sobre ele, incluindo suas opções de cores. Que certamente não incluirá o cinza, pelo jeito.
“A Itália é o país das cores e, a partir de hoje, os carros da Fiat também”, comenta Olivier Francois, CEO da Fiat. “Esta escolha comunica ainda mais às pessoas os valores do Novo Dolce Vita e o DNA italiano incorporado pela marca. A Fiat quer inspirar as pessoas a viverem com otimismo e positividade e essa também será uma das missões do novo Fiat 600e, o elétrico para famílias e amigos, que será apresentado no dia 4 de julho.” Novo Dolce Vita, sei.
Então é isso, nenhum Fiat será cinza. Seremos obrigados a ser felizes e vibrantes e cor-de-laranja pelo jeito. Bom, se quisermos ter Fiat; tenho certeza que as outras concessionárias vizinhas serão capazes de te vender carros parecidos, na cor que você quiser, e não a que eles querem que você goste.
E gostaríamos muito de saber o que a Fiat brasileira, que vende sua cota de cinzas diversos em volumes claramente grandes por aqui, tem a dizer a respeito deste novo decreto. Já peguei uma latinha de água tônica gelada, minha cadeira de praia, meus óculos escuros, e estou esperando para ver. (MAO)
BMW M5 Touring vai voltar
A BMW faz o que era bom ainda melhor anunciando que a M5 Touring retornará em 2024. O modelo estava em hiato desde a geração E60, tendo sido descontinuado em 2010. A BMW também confirmou que o novo M5, tanto sedã quanto perua, utilizará motores elétricos auxiliares para ainda mais potência.
Será um híbrido plug-in, combinando o potente V8 biturbo de 4,4 litros S63 com um motor elétrico. A Autocar inglesa diz que suas fontes prometem 800 cv e 102 mkgf. Barrabás, 800cv!
A revista diz também que os primeiros protótipos do novo M5 usavam uma bateria de íon de lítio semelhante em capacidade à unidade de 12,0kWh encontrada no BMW 545e. Ainda não se sabe se este item será usado para versões de produção do próximo M5, embora boatos digam que a divisão M está desenvolvendo sua própria bateria.
O câmbio deve ser o onipresente automático ZF de oito velocidades, com um sistema de tração nas quatro rodas xDrive, com a maior parte do torque nas rodas traseiras. O próximo M5 também deve adotar um chassi fortemente retrabalhado, com características especiais como bitola dianteira e traseira mais largas, como é praxe nesses carros.
O BMW M5 Touring original foi lançado em 1992, na geração E34. A perua M5 pulou a geração E39, voltando apenas na na quarta geração E60/E61, mas era exclusivo para a Europa e apenas 1009 delas foram vendidas. Que seja bem-vinda de volta! (MAO)
Um raríssimo VW Pé de Boi a venda
Pense num carro nacional raro. Não, não esportivos e carros especiais de baixa produção: hoje em dia raro mesmo é encontrar um dos famosos “populares” dos anos 1960, carros depenadíssimos para serem vendidos a preços reduzidos, em estado original. Coisas como o Willys Teimoso, o DKW Pracinha, e, é claro, o carro que daria seu nome a todo carro sem opcional nenhum dali em diante: o VW Pé-de-Boi.
São raros pelo simples motivo de que, assim que saíam da loja, começavam a ser transformados em Gordini, Vemaguet e Fuscas normais. A venda de acessórios para esses populares depenados fez a vida de muito comerciante, e praticamente nenhum deles sobreviveu na configuração espartana original.
Mas assim parece ser este carro que apareceu, paradoxalmente, anunciado pela loja de carros de luxo antigos paulista L’Art. Um VW Pé de Boi 1965/1966 original.
Segundo a loja, o carro tem motor e câmbio originais do carro, e foi restaurado no padrão original de fábrica. Também lista o que ele não tem: nada de retrovisores, frisos ou piscas nos para-lamas dianteiros. O carro não contava nem com o emblema VW no capô. Nada de cromados também: aros dos faróis, calotas e para-choques eram pintados de branco. Os tubos superiores e as garras dos para-choques também foram deixados de lado. O encosto não tinha regulagem e a forração dos bancos eram mais simples. Não existe nem tampa para o porta-luvas, ou apoio para braço nas portas. Básico aqui é realmente básico.
O carro parece uma viagem no tempo, e nos lembra o que significa realmente ser um carro básico, apenas para transporte e mais nada. Aposto que ainda serviria perfeitamente para isso, mesmo hoje, por sinal. E até o preço, apesar de alto em termos absolutos, nem parece caro em vista do preço dos carros zero km de hoje em dia; daqui a pouco vai ser a base, certamente: R$ 130.000. (MAO)