FlatOut!
Image default
Pensatas

Felicidade improvável: minha paixão por dois carros comuns

Há sete anos, depois de muito tempo vivendo em um apartamento em São Paulo, nos mudamos para uma casa no interior. Mudar de cidade e modo de vida assim pode parecer interessante, mas só para quem não o fez várias vezes. Em minha modesta opinião, mudança constante é boa somente em livros de auto-ajuda: todo mundo quer, em algum ponto da vida, alguma estabilidade. Mas enfim, para amenizar a mudança, algo sempre traumático para crianças e adolescentes, perguntamos aos dois filhos se queriam algo em especial agora que moraríamos em uma casa. Ambos responderam em uma voz só: um cachorro. Eu sei como a maioria das pessoas que conheço enfrentam esse tipo de coisa. Primeiro, escolhem uma raça depois de extensivas buscas na internet que detalham comportamento, tamanho, cuidados necessários, aparência, origem. Depois procuram um criador de reputação, visitam canis, descobrem o que querem e, findo o longo projeto, levam o bicho para casa. Mas eu não sou este tipo de pessoa. Não mesmo: eu gosto me