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Fiat diz que venderá apenas carros elétricos em 2030
A Fiat vem se juntar a outras fabricantes e prometeu que, entre 2025 e 2030, seus carros com motor a combustão interna serão descontinuados, híbridos ou não, restando apenas os carros elétricos.
O anúncio veio do próprio Oliver François, CEO global do grupo Stellantis. De acordo com o executivo, o recente lançamento do Fiat 500e – segunda geração do compacto urbano, que agora só tem propulsão elétrica e já está confirmado para o Brasil – já faz parte desta estratégia.
“Entre 2025 e 2030, nossa linha de produtos vai gradualmente se tornar totalmente elétrica. Será uma mudança radical para a Fiat”, declarou o executivo. “A decisão de lançar o novo 500 – elétrico e somente elétrico – na verdade foi tomada antes da Covid-19. Já naquela época estávamos cientes de que o mundo não fará mais concessões. A pandemia foi apenas o último aviso, nos lembrando que é preciso tomar uma atitude com urgência, e fazer algo pelo planeta Terra.”
Na prática, a decisão da Fiat se alinha com o que diversos países na Europa já anunciaram – o fim dos carros novos com motor a combustão interna a partir de 2030. Mas, ao que tudo indica, a decisão também vale para países que ainda não definiram um cronograma de transição.
Os colegas do Autos Segredos procuraram a Fiat no Brasil para descobrir a que pé anda a política interna da fabricante quanto à exclusividade dos carros elétricos. A assessoria da marca, em resposta, disse que até o momento não recebeu da matriz “nenhuma diretriz nesse sentido”. Nosso palpite é que, no mínimo, a transição para carros elétricos em nosso País acontecerá de forma muito mais lenta e gradual. Além de todo o custo envolvido nos carros em si – tanto para a fabricante quanto para o consumidor –, há todo um investimento em infraestrutura que precisa ser levado em consideração e depende não apenas da economia, mas também de questões técnicas, culturais e mesmo geográficas que, no Brasil, devem ter um peso bem maior que na Europa na hora de garantir que os carros elétricos sejam tão acessíveis quanto os automóveis tradicionais, e que possam ser recarregados de forma prática e eficiente. (Dalmo Hernandes)
Câmara aprova teto de R$ 140.000 para automóveis PCD
Foi aprovado na última quarta-feira (2) o texto-base para a Medida Provisória 1034, que aumenta de R$ 70.000 para R$ 140.000 o teto para carros PCD.
A MP, cujo relator é o deputado Moses Rodrigues (MDB), também reduz a duração do benefício de quatro para três anos; e passa a incluir pessoas com deficiência auditiva entre as que podem receber a isenção no IPI.
O texto agora será encaminhado para avaliação do Senado. Caso aprovada a Medida Provisória tem validade inicial até o dia 31 de dezembro de 2021. (Dalmo Hernandes)
Fábrica da Troller deve ser vendida ainda em junho
Desde que a Ford encerrou as atividades de suas fábricas no Brasil e se tornou importadora, o destino da Troller tornou-se uma grande dúvida. A empresa brasileira, adquirida pela Ford em 2007, tem sua fábrica instalada em Horizonta (CE) e lançou a segunda geração do jipe Troller em 2014 usando o mesmo motor da Ford Ranger – um 3.2 turbodiesel de 200 cv.
A possibilidade de fechar as portas pairava sobre a Troller desde o início do ano. Contudo, em entrevista à Rádio O Povo CBN, na semana passada, o secretário de Desenvolvimento Econômico e Trabalho no Ceará, Maia Júnior, deu a boa notícia: a Troller deve ser comprada ainda em junho.
Segundo Maia Júnior, que no momento é o mediador das negociações entre a Ford e os investidores interessados na Troller, a marca quer chegar a um desfecho favorável muito em breve, e fará o possível para fechar um acordo até o fim deste mês.
Maia diz que, inicialmente, eram quatro o compradores interessados na Troller. Agora, dois deles estão dando sequência aos procedimentos de compra – e a decisão final deve cair sobre aquele que oferecer melhores condições para manter as atividades da fábrica e preservar o quadro de funcionários.
Estamos de olho nos desdobramentos da compra da Troller – que, afinal, é um dos raros exemplos de prosperidade na indústria automobilística brasileira. (Dalmo Hernandes)
Morreu Mansour Ojjeh, acionista da McLaren, aos 68 anos
A McLaren anunciou, na manhã deste domingo (6), a morte de Mansour Ojjeh, empresário franco-árabe, que desde os anos 1980 é acionista e importante figura em sua história. Tinha apenas 68 anos de idade, mas sofria de uma rara doença degenerativa do pulmão, que o obrigou a fazer um transplante em 2013.
Filho de Akram Ojjeh, um empresário Saudita que fez fortuna com negociação de armas (especialmente aeronaves de guerra), Mansour passou a maior parte da vida na França, país natal de sua mãe. Profissionalmente, liderou a TAG (Techniques d’Avant Garde), empresa de investimento em tecnologia fundada por seu pai.
Uma visita ao GP de Mônaco em 1978 o faz fã de Fórmula 1. Investimentos importantes na categoria se seguem: primeiro patrocinando a equipe de Frank Williams, depois financiando um motor V6 Turbo projetado pela Porsche, que foi usado na McLaren. Mansur Ojjeh se torna acionista da McLaren em 1985, e dali em diante tem influência decisiva e ativa nos planos futuros da empresa.
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Mansour Ojjeh estava do lado de Ron Dennis na sala de espera do aeroporto de Milão, depois do Grande Prêmio da Itália em 1988, quando Gordon Murray aproveitou a chance e expôs a sua ideia do supercarro de volante central, o futuro McLaren F1. Ojjeh desde esse dia foi um entusiasmado apoiador do projeto, e portanto, instrumental para que se tornasse realidade. Também foi a única pessoa para quem a Porsche fez um 935 de rua. Nosso tipo de bilionário.
Uma grande perda para a F1, a McLaren, e todo o entusiasta do automóvel. RIP, Monsieur Ojjeh. (Marco Antônio Oliveira)
Lotus mostra volante e painel do Emira, sucessor do Elise
Enquanto o sucessor do Lotus Elise não é revelado por completo, a fabricante britânica decidiu nos provocar com alguns de seus detalhes. O Lotus Emira, anunciado há pouco tempo, substituirá de uma vez só o Elise, o Exige e o Evora e deverá ser o último modelo com motor de combustão interna feito pela Lotus.
A mais recente novidade são imagens que mostram o volante e o quadro de instrumentos do Emira. São fotos escuras que não revelam muitos detalhes, mas é possível ver que o volante terá formato levemente hexagonal, com revestimento em Alcantara e a marca do “meio-dia” em amarelo no topo, indicando quando o volante está centralizado. O quadro de instrumentos é totalmente digital, e as fotos mostram a tela exibindo o nome do carro e também os gráficos dos mostradores.
O detalhe mais importante, porém, está atrás do volante: as aletas para trocas de marcha, que dão a primeira pista sobre o powertrain: ele terá câmbio automático ou de dupla embreagem. Ainda não está descartada, porém, a oferta de câmbio manual. Que é algo que um Lotus precisa, se a proposta é seguir a tradição uma última vez.
Para relembrar, os rumores mais recentes dizem que o Emira usará um novo motor 2.0 turbo, de um fornecedor ainda não revelado. Possivelmente o já conhecido V6 Toyota de 3,5 litros, empregado no Evora, também estará disponível.
O Lotus Emira será revelado no próximo dia 6 de julho em um evento em Hethel, no Reino Unido, onde fica a sede da fabricante. Depois, ele será exibido ao público durante o Goodwood Festival of Speed, marcado para os dias 8 a 11 de julho. (Dalmo Hernandes)
24 Horas de Nürburgring 2021 foram a edição mais curta da história
Para quem não percebeu, as 24 Horas de Nürburgring 2021 foram realizadas no último fim de semana. E a edição de 2021 foi a mais curta da história, com apenas 9,5 horas de duração.
Não, os pilotos não estavam correndo em uma dimensão paralela onde o tempo passa mais rápido. O que aconteceu foi algo bem mais corriqueiro – ainda mais em Nürburgring no mês de junho: muita chuva e neblina, o que reduziu demais a visibilidade para os pilotos e deixou o circuito perigoso demais.
Quem acompanha a prova todos os anos já está acostumado a ver a pista molhada. Porém, por causa da enorme extensão do Nordschleife, é comum que partes do circuito estejam completamente secas e outras, cobertas de água – o que geralmente não impede a realização da corrida e, ao contrário, até torna as coisas mais interessantes para o público, pois obriga as equipes a traçar diferentes estratégias e torna o resultado mais imprevisível.
Só que dessa vez São Pedro exagerou e o circuito todo foi tomado pela queda d’água, que também trouxe consigo uma neblina bastante densa. A chuva começou nos 45 minutos de corrida e não parou mais. O que se seguiu depois foram diversas colisões, mas nada que impedisse a continuidade do evento.
Quando tornou-se evidente que a chuva não pararia tão cedo, trechos com velocidade limitada em 60 km/h foram estipulados (Dottinger Hohe e Schwedenkreuz). Não foi o suficiente, porém – na verdade, ficou até perigoso, porque os pneus dos carros esfriavam demais nos trechos lentos, o que comprometia sua eficácia. Assim, às 21h30 (horário local), a prova foi interrompida com a bandeira vermelha.
A corrida só foi retomada por volta das 12h do domingo, e terminou com 59 voltas percorridas e cerca de 9h30 de duração. Com isso, a edição 2021 foi a mais curta na história das 24 Horas de Nürburgring. Antes, a marca ficava com a edição de 1992, que teve 76 voltas realizadas.
O vencedor foi o Porsche 911 da Manthey Racing, com o número 911 na lateral e os pilotos Matteo Cairoli (Itália), Michael Christensen (Dinamarca) e Kévin Estre (França) revezando ao volante. O alemão Lars Kern também foi inscrito na corrida, mas sequer chegou a participar.