FlatOut!
Image default
Zero a 300

Ford Bronco Sport chega por R$ 257.000, a nova Ford F-150 Lightning elétrica, o visual do novo Citroën C3 brasileiro e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco!

O Zero a 300 é um oferecimento do Autoline, o site de compra e venda de veículos do Bradesco Financiamentos. Nesta parceria, o FlatOut também apresentará avaliações de diversos carros no canal de YouTube do Autoline – então, clique aqui e se inscreva agora mesmo (e não esqueça de ativar o sininho)!

 

Ford Bronco Sport chega por R$ 257.000

Não sei se você estava entre os que acreditaram que o Ford Bronco Sport poderia chegar ao Brasil por R$ 200.000 ou para concorrer com o Compass. Essa informação foi divulgada com alguma frequência no passado, mas uma espiada rápida nos preços do modelo nos EUA já entregavam que a estratégia da Ford no Brasil seria outra — especialmente depois do anúncio do fim da produção nacional.

Falamos sobre isso pela primeira vez em julho de 2020, quando o Bronco Sport foi apresentado nos EUA. Na ocasião dissemos que o modelo “poderia concorrer com outros SUV premium de marcas mais prestigiadas nesse segmento” e que “o design do carro realmente passa a impressão de um produto premium, então pode ser que ele funcione nesta faixa de preços”.

Depois, quando a Ford confirmou sua intenção de trazer o Bronco Sport, mesmo após o fim da produção local, dissemos que o modelo, dentro da nova estratégia de Ford, que pretende oferecer apenas carros importados, “pode ser uma boa surpresa caso a marca consiga oferecê-lo a um preço competitivo — leia: cerca de R$ 220.000 a R$ 240.000 — por ser um carro de imagem como o Defender ou o Wrangler”. Àquela altura, no fim de janeiro deste ano, já estava claro que o Bronco não seria um carro da velha Ford, feito para concorrer com Compass, Tiguan e Equinox, e sim um produto com aspirações maiores, posicionando-se como um meio termo entre estes três crossovers e modelos premium como Volvo XC60 e Land Rover Discovery Sport e Evoque.

Foi exatamente o que aconteceu: a Ford está lançando nesta quinta-feira (20) o Bronco Sport no Brasil por R$ 257.000. Esse preço é menos de 10% mais alto que o Jeep Compass Trailhawk, o que, apesar de lhe dar potencial para roubar clientes da versão diesel de topo do Jeep, deixa claro que seus concorrentes têm mais pedigree.

Como dissemos anteriormente, o Bronco é claramente um modelo premium para o padrão brasileiro, e isso não se deve apenas ao seu preço ou aos itens de conveniência, como o quadro de instrumentos digital, o sistema multimídia com tela de oito polegadas ou os sistemas de frenagem autônoma de emergência, assistente de permanência na faixa e de manobras evasivas ou o acesso remoto por aplicativo para smartphone.

A pegada premium está na qualidade técnica do carro, que tem braços de alumínio na suspensão, sistema 4×4 com embreagem dupla no diferencial traseiro, diferencial GKN do Focus RS com direito a bloqueio manual do diferencial e sete modos de condução predefinidos, tração integral e câmbio de oito marchas combinado ao motor 2.0 turbo de 240 cv (veja os detalhes na avaliação abaixo).

O modelo será oferecido em apenas uma versão, a Wildtrack — ao menos por enquanto. Praticamente todos os modelos com a mesma capacidade offroad e mesmo nível de potência têm preços acima dos R$ 300.000, caso do Discovery Sport que parte desta marca, mas chega aos R$ 350.000 como o Volvo XC60 e o Range Rover Evoque. O Compass, apenas para não esquecê-lo no início do argumento, tem apenas 170 cv na versão diesel e chega aos R$ 240.000 quando equipado com todos os opcionais. É uma diferença de cerca de 7% por um carro que é superior em praticamente todos os aspectos, ainda que sejam diferenciados pelo tipo de motor (diesel e gasolina).

Com um visual de carro premium — que até remete ao novo Defender, se você tiver boa vontade —, a Ford parece ter acertado em cheio no posicionamento e tem um grande potencial de vendas com o Bronco Sport. Resta saber se o público também verá desta forma. (Leo Contesini)

 

Ford apresenta F-150 Lightning, sua nova picape elétrica

A Ford F-150 é a picape mais vendida do planeta, e o automóvel mais vendido dos Estados Unidos – sim, eles gostam de picapes. Então, em sua investida recente no segmento de elétricos, era natural que a Ford criasse uma versão a bateria da F-150. E ela chegou: eis a Ford F-150 Lightning.

O nome é clássico – vem de uma linhagem de picapes esportivas que data da década de 1990 e teve duas gerações com motor V8, uma aspirada e outra com supercharger. É inegável que a ideia de usar uma nomenclatura conhecida e aproveitar seu significado para associá-lo à eletricidade (lightning, afinal, é “relâmpago” em inglês) foi bem sacada, à parte da tradição.

Vamos começar por algo que gostamos: a F-150 Lightning não parece uma picape elétrica logo de cara. Parece… uma F-150. Simples assim. Claro, ela tem seus toques exclusivos – principalmente os faróis e lanternas, que receberam o tratamento da moda e são ligados por uma barra de LEDs. Mas ela tem uma grade (que é falsa), uma dianteira alta e vertical, formas quadradonas e a mesma postura robusta. Os emblemas, nas saídas de ar dos para-lamas dianteiros e na tampa da caçamba, são o que não nos deixa esquecer que esta picape é movida a baterias.

Então, você abre o capô. Não há motor lá – apenas um porta-malas dianteiro razoavelmente grande, com capacidade para 400 litros de bagagem. Sim, mais que na maioria dos hatchbacks e SUVs compactos que, no Brasil, costumam ser o único carro de muitas famílias. Fora isso, ela ainda pode levar 900 kg de carga útil – a mesma capacidade da vesão a combustão.

Os motores ficam nos eixos – um na frente, outro atrás, e juntos eles entregam até 571 cv e 107 kgfm de torque. É o suficiente para ir de zero a 100 km/h em cinco segundos, segundo estimativas da Ford. Já é meio segundo mais rápida que a Raptor.

A Ford ainda não deu detalhes a respeito dos conjuntos de baterias, mas adiantou que, de série, a F-150 Lightning terá autonomia de 370 km. Um conjunto de maior capacidade, disponível como opcional, poderá elevar esse número para até 500 km, e ainda aumenta a capacidade de reboque para 4.500 kg. A Ford ainda não se pronunciou a respeito do impacto que a carga terá na autonomia – o que, junto com a capacidade das próprias baterias, é um dado crucial que deve ser divulgado em breve.

O que a Ford afirma, porém, é que as baterias ficam alojadas em um compartimento à prova de líquidos e protegidas por skid plates de metal. E que a Lightning vem com um carregador de  80 ampères – com ele, é possível ir de 15% a 100% de carga nas baterias em oito horas. Em uma estação de recarga DC, como as que ficam em estacionamentos e rodovias dos EUA, é possível ir de 15% a 80% da carga em cerca de 40 minutos.

Fora isso, a F-150 também pode ser usada como gerador de energia – ela tem nada menos que 11 saídas de energia que podem ser usadas normalmente como tomadas de força.

Sinceramente? Com essas informações preliminares, a Ford parece ter acertado na receita da F-150 Lightning para os Estados Unidos, onde apostamos que boa parte delas será usada como daily driver nas cidades e provavelmente nunca vai ficar sem bateria. Ela se parece com uma F-150 normal, tem o mesmo conforto de uma (incluindo a mesma central multimídia com tela vertical usada no Mustang Mach-E) e, em certos aspectos, pode ser até mais prática.

Como veículo, bem que a Ford poderia ter aproveitado seu sobrenome para dar à F-150 Lightning elétrica uma pegada mais esportiva – não com vocação off-road, como a Raptor, mas sim aproveitando o torque instantâneo dos motores elétricos para fazer um monstro capaz de surpeender incautos nas saídas de semáforo, disparando à frente sem fazer qualquer ruído de motor. Uma muscle truck do século 21.

De todo modo, a F-150 Lightning só começará a ser vendida no terceiro trimestre de 2022 nos Estados Unidos. Até lá, quem sabe se a Ford não está preparando uma surpresa?

Ah, e não se fala nada a respeito do Brasil, por enquanto – até porque nós ainda estamos esperando o Bronco Sport, que vai inaugurar a nova fase de importadora “premium” da Ford. Mas ficaremos atentos. (Dalmo Hernandes)

 

Novo Citroën C3 é revelado em miniatura

Não é novidade que a Citroën não está em seu melhor momento no Brasil. A fabricante, que já chegou a ter um portfólio com quase 10 modelos, atualmente oferece apenas o C4 Cactus depois que Aircross, C3 e C4 Lounge deixaram de ser produzidos.

A situação, contudo, é temporária, pois a Stellantis tem uma nova estratégia para a Citroën no Brasil, e ela inclui a produção do C3 como um produto regional. É um caminho diferente do que foi feito com Peugeot 208, que é o mesmo modelo vendido na Europa, porém com um motor local.

Até agora tínhamos uma vaga ideia de como seria a nova geração do C3 brasileiro, mas ele acabou revelado por uma miniatura asiática que entrega bons detalhes – e revela que o hatchback terá pegada aventureira, quase de mini-SUV, sob medida para encarar o Fiat Argo Trekking, o Hyundai HB20X e o Renault Stepway, por exemplo.

Com cores vibrantes – na miniatura, temos teto, retrovisores e detalhes nos para-choques e saias laterais na cor laranja – o novo C3 manterá o aspecto lúdico do C4 Cactus. Contudo, os faróis em dois níveis e o formato da grade injetam uma dose maior de agressividade na dianteira.

As colunas traseiras entregam a origem do carro, que será construído sobre a plataforma modular CMP – a mesma do Peugeot 208 – devidamente adaptada para o mercado local (ou seja, para custar menos). Quanto à mecânica, não fica difícil deduzir que ele usará o 1.6 16v aspirado do Peugeot 208, com 118 cv logo de cara. Mas não descarta-se a adoção da nova família de motores turbo GSE da Stellantis, que cairia como uma luva não só no novo C3, mas também no próprio 208. (Leo Contesini e Dalmo Hernandes)

 

Range Rover Evoque tem produção retomada no Brasil

Após um hiato de dois anos, a Jaguar Land Rover anunciou a retomada da produção do Range Rover Evoque no Brasil. A fábrica em Itatiaia (RJ) receberá o modelo, que se juntará ao Discovery Sport na linha de produção.

A atualmente importado de Halewood, Inglaterra, atualmente o Evoque é vendido no Brasil nas versões R-Dynamic SE, de R$ 357.950; e R-Dynamic HSE, que custa R$ 369.950. Por ora, a Land Rover não diz se os preços vão cair com a nacionalização.

O que a fabricante conta, porém, é que a linha em Itatiaia recebeu uma grande atualização para poder produzir o Evoque – como parte do investimento que também possibilitou a abertura do recém-inaugurado centro de restauração de clássicos da marca.

Com queda nos preços ou não, é uma notícia animadora em tempos de fábricas se fechando e linhas paralisadas. (Dalmo Hernandes)

 

BMW X5M Competition é lançado no Brasil por quase R$ 1 milhão

Mais uma semana, mais um novo BMW à venda no Brasil por quase R$ 1 milhão. Dessa vez é o X5M Competition, versão mais potente e nervosa do SUV, que chega às concessionárias brasileiras importado dos EUA por R$ 973.950. Como é praxe nessas situações, lá vai: “Crise? Que crise?”

De qualquer forma, vamos ao carro – que é interessante de todo jeito. O X5M Competition é movido pelo mesmo V8 biturbo de 4,4 litros S63 usado por outros modelos motorsport, como o M5 e o próprio X5 M “não-Competition”. Aqui, ele está em sua versão mais potente: entrega 625 cv a 6.000 rpm e 76,4 kgfm de torque entre 1.800 e 5.860 rpm. É o bastante para ir de zero a 100 km/h em 3,7 segundos (exatamente 0,1 s a menos que o X5 M). A velocidade máxima é de 290 km/h. Inegável que os números impressionam em um SUV de 2.300 kg.

Como de costume, o X5M Competition vem com câmbio automático de oito marchas da ZF e tração integral xDrive, que aqui também conta com diferencial autoblocante. A suspensão tem barras estabilizadoras e amortecedores ativos, e as rodas são de 21 polegadas na dianteira e 22 polegadas na traseira. Complementam a estética agressiva os para-choques exclusivos da versão M, bem como o sistema de escape com quatro saídas.

O BMW X5M Competition será vendido em oito cores: Branco Alpino, Carbon Black, Preto Safira, Branco Mineral, Marina Bay Blue (fotos), Cinza Donington, Cinza Manhattan e Toronto Red (não nos perguntem por que alguns nomes são traduzidos e outros não). (Dalmo Hernandes)

 

BMW i4 M50: esportivo elétrico vaza antes da hora

Marcado para estrear no dia 1º de junho, o primeiro sedã elétrico da BMW, o i4, apareceu em uma imagem vazada no Instagram, que foi deletada pouco depois. Mas você sabe como é: uma vez na Internet, sempre na Internet.

O carro, de acordo com o BMW Blog, será a versão mais potente do i4. Como dissemos na época do primeiro teaser, lá em novembro de 2019, o i4 M50 terá 390 kW/530 cv e contará com uma nova bateria com capacidade de 80 kWh, suficientes para garantir autonomia de 600 km velocidade máxima superior a 200 km/h.

Por ora, a versão M50 é a única confirmada. Ela tem o visual mais agressivo que se espera de um carro M, incluindo a grade gigantesca que estreou no M4 – exceto que, aqui, a rigor ela sequer é necessária. O BMW Blog diz que, segundo suas fontes, também haverá versões mais simples, apenas com tração traseira, como o eDrive35 e o eDrive40. Dados técnicos não foram confirmados, claro, mas a autonomia dessas versões deve ser menor – algo em torno de 450-500 km, o que ainda é respeitável.

Faltam pouco menos de duas semanas para o lançamento, e até lá mais informações podem aparecer. (Dalmo Hernandes)

 

Volkswagen ID.X: hot hatch elétrico conceitual é revelado

A Volkswagen revelou um novo conceito de forma inusitada: através do perfil do CEO Ralf Brandstätter, sucessor de Herbert Diess, no LinkedIn.

O conceito em questão é o ID.X, uma espécie de hot hatch elétrico conceitual que vem na rabeira do anúncio recente da linha GTX – a nova família de esportivos elétricos da Volks.

Segundo o executivo, o conceito usa o sistema de dois motores com tração integral do ID.4 GTX. As duas unidades entregam juntas 333 cv – 27 cv a mais que o próprio ID.4 GTX. É o suficiente para ir de zero a 100 km/h em 5,3 segundos. E o veículo também tem um modo drift dedicado, exatamente como o novo Golf R.

O visual, bem, é o que se espera de um conceito elétrico esportivo – rodas maiores, suspensão mais baixa e um esquema de cores modernoso que, no entender da indústria, é a cara do século 21 e dos carros elétricos de forma geral.

O que interessa: ele será produzido ou não? A princípio, a resposta é não. Brandstätter diz que o conceito nasceu da simples curiosidade dos engenheiros em fuçar com o powertrain elétrico. “Eles descobriram como é divertido desenvolver um carro elétrico de alto desempenho, então nós simplesmente deixamos eles fazerem.”

Storytelling ou não, percebe-se que a Volkswagen também está se esforçando para provar que elétricos podem ser divertidos e ter o mesmo apelo entusiasta que os esportivos a combustão. O tempo vai dizer se a aposta é certa. (Dalmo Hernandes)