Este é o Zero a 300, nossa rica mistura das principais notícias automotivas (ou não) do Brasil e de todo o mundo, caro car lover. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere com a gente!
Ainda não é assinante do FlatOut? Considere fazê-lo: além de nos ajudar a manter o site e o nosso canal funcionando, você terá acesso a uma série de matérias exclusivas para assinantes – como conteúdos técnicos, histórias de carros e pilotos, avaliações e muito mais!
Ford e Volkswagen anunciam aliança global e divulgam detalhes da parceria
Já circulava havia algum tempo a notícia de que a Ford e a Volkswagen preparavam uma nova aliança, o que imediatamente nos fez lembrar da Autolatina, joint venture entre as duas fabricantes que atuou no Brasil na década de 1990. Agora, porém, sabemos mais detalhes a respeito da manobra, que foi detalhada na última terça-feira (15) no Salão de Detroit.
Trata-se de uma parceria puramente técnica, sem a criação de uma nova empresa (como aconteceu com a Autolatina) ou participações acionárias entre as duas companhias (como é o caso da aliança entre a Renault e a Nissan, por exemplo). O que acontecerá, porém, será o compartilhamento de plataformas entre a Ford e a Volks para reduzir o custo no desenvolvimento de novos modelos – inicialmente, com foco na criação de novas picapes e veículos comerciais.
O primeiro dos novos modelos deverá ser uma picape média, a sucessora da atual Ford Ranger – que também deverá dar origem à nova Volkswagen Amarok. A previsão é que ambas as picapes comecem a ser vendidas em 2022. A Ford já deixou claro que os modelos terão características diferentes, compatíveis com a identidade de cada uma das fabricantes.
Paralelamente, a Volkswagen ficará encarregada do desenvolvimento de uma nova van urbana, que também terá sua versão Ford. Futuramente, a Ford criará uma nova linha de vans comerciais de grande porte com modelos vendidos sob ambas as marcas. E, ainda mais adiante, as duas companhias trabalharão juntas na criação de automóveis de passeio elétricos e com condução autônoma. (DH)
Nova geração do Peugeot 208 já está pronta
Um tanto esquecido no Brasil — em parte pelo encolhimento da PSA nos últimos anos — a nova geração do Peugeot 208 já está pronta para o lançamento europeu, que deve acontecer em março no Salão de Genebra.
O modelo foi flagrado durante algum tipo de apresentação para concessionários e revelado pelo site italiano Carblogitalia.it na semana passada. A foto tem baixa qualidade e mostra o carro à distância, mas é suficientemente clara para mostrar um distanciamento significativo em relação à atual geração. O formato trapezoidal da grade foi mantido, mas os faróis e o capô ficaram mais agressivos, com vincos bem demarcados e uma forma mais incisiva do conjunto óptico.
O conjunto, aliás, inclui uma ousada linha vertical de LEDs que, além de servir como DRL, também ajuda o desenho agressivo da dianteira.
Segundo o Carblogit, a nova geração do 208 será mais longa e mais leve que a atual. Baseado na plataforma CMP, ele deverá chegar aos 4,05 metros, colocando-se no mesmo patamar do Audi A1, e deverá ficar 100 kg mais leve, o que ajudará a reduzir emissões e consumo, além de beneficiar o desempenho.
Os motores serão os mesmos dos atuais, ao menos na Europa, onde ele é oferecido com um 1.2 de 82 cv e um 1.5 diesel de 75 e 120 cv. Ele também terá uma nova versão híbrida, que deverá chegar aos 136 cv com, e terá uma bateria de 50kWh para rodar até 300 km com propulsão elétrica. Já o GTi terá duas variações: uma com o atual 1.6 turbo com 220 cv, e outra elétrica que poderá ser rebatizada GTe.
Ao Brasil, o modelo deverá levar algum tempo para dar as caras, uma vez que o atual 208 está entrando agora em seu sexto ano de mercado. Como o ciclo de vida médio tem 7 anos, é provável que o atual 208 seja mantido até 2020 ou 2021, quando o novo modelo finalmente será lançado por aqui. (LC)
BMW revela o novo Série 7
Depois de teasers, flagras e vazamentos, a BMW finalmente revelou o facelift da Série 7, com sua nova e vistosa grade dianteira.
Segundo a BMW, a nova grade “ficou 40% maior e 50 mm mais elevada, tornando a dianteira mais imponente”. A grade duplo-rim, aliás, parece ser a prioridade da BMW e um motivo de orgulho para a marca, que já havia valorizado o elemento estético-funcional no X7, quando fez questão de dizer que ele tinha “a maior grade duplo-rim da história da BMW”.
Além da grade duplo-rim, o Série 7 também teve retoques nos faróis, que estão mais finos para criar um “contraste estilístico” com a grade, segundo a BMW. A traseira ganhou elementos cromados mais largos ao redor das saídas de escape e lanternas de LED 35 mm mais finas, com elementos em preto e vermelho, e unidas por uma linha de LED que se alonga pela face traseira do carro.
A BMW ainda diz que a cabine ficou mais silenciosa com a refinamentos aerodinâmicos nos para-lamas, nas colunas B, nas frestas de saída dos cintos de segurança e pela adoção de vidros mais espessos nas janelas laterais e na traseira.
Para o motorista há um novo volante com um novo arranjo dos controles multifuncionais e um novo quadro de instrumentos de 12,3 polegadas que é combinado ao sistema multimídia-informativo de 10,25 polegadas. Na traseira também há duas telas de 10 polegadas com leitor de Blu-ray.
Sob o capô ele adota o novo V8 de 4,4 litros biturbo que, apesar de ter a mesma configuração do antecessor, foi desenvolvido recentemente para o Série 8 e tem 530 cv na versão 750i xDrive e 750Li xDrive. O V12 da versão de topo 760Li xDrive foi mantido, com 6,6 litros e 585 cv, capazes de levar o Série 7 de zero a 100 km/h em 3,8 segundos e à máxima de 305 km/h. A novidade é o seis-em-linha híbrido, que é combinado a um motor elétrico de 48 volts para, juntos, produzirem 394 cv. (LC)
Mini apresenta edição especial do Cooper S para comemorar 60 anos
Lançado em 1959, o Mini original completa 60 décadas em 2019. Para marcar a data, a Mini apresentou ontem (15) o Mini Cooper “60 Years Edition”, uma singela homenagem à tradição do modelo.
Como não poderia deixar de ser, a série especial vem na cor British Racing Green, com faixas longitudinais em preto-e-branco e emblemas alusivos ao aniversário no capô e nos para-lamas dianteiros.
O interior conta com revestimento de couro marrom nos bancos e forrações das portas, além de detalhes em verde e emblemas bordados nos encostos. O teto é pintado de preto, e as rodas de 17 polegadas com desenho exclusivo têm acabamento bicolor. Na especificação britânica, o Mini 60 Years Edition ainda conta com faróis auxiliares inspirados pelos carros de rali.
O Mini 60 Years Edition tem o mesmo motor 2.0 turbo utilizado na versão comum do Cooper S, com 192 cv e câmbio automático de sete marchas. É o bastante para acelerar de zero a 100 km/h em 6,8 segundos, com máxima de 233 km/h. A quantidade total de exemplares ainda não foi divulgada, mas a Mini já adianta que 500 deles serão destinados ao mercado britânico. (DH)
Shelby GT500 Super Snake 1967 tornou-se o Mustang mais caro da história (de novo)
Você deve lembrar que, no início de dezembro passado, contamos a história do único Shelby GT500 Super Snake 1967 que existe no mundo. O carro foi criado por Carroll Shelby para demonstrar um conjunto de pneus em uma pista de testes oval. Para tal, ele recebeu um motor mais do que especial: o V8 FE Cobra de 427 pol³ utilizado pelo GT40 em 1966, ano de sua primeira vitória nas 24 Horas de Le Mans – que, por sua vez, era derivado do motor utilizado pelo Ford Galaxie na Nascar.
O próprio Carroll Shelby estava envolvido no projeto do GT40, e conhecia bem o motor, que tinha cabeçotes de alumínio, componentes internos forjados, coletor de admissão com maior fluxo e coletor de escape bundle of snakes – o bastante para entregar uma potência bruta de quase 600 cv, ou cerca de 520 cv líquidos. Com isto, o Shelby GT500 Super Snake mostrou do que era capaz, atingindo um pico de impressionantes 273 km/h.
A Ford chegou a considerar uma série limitada do GT500 Super Snake pouco depois, mas logo abandonou a ideia – as modificações realizadas tornaram o Mustang caro demais para ser viável. Assim, ele permaneceu o único de sua espécie. E agora, é o Mustang mais valioso de todos os tempos.
Depois de trocar de mãos algumas vezes ao longo das décadas, o GT500 Super Snake 1967 foi restaurado nos padrões originais em algum momento e, em 2013, foi leiloado pela Mecum Auctions. Na ocasião o carro foi arrematado por US$ 1,3 milhão – cerca de R$ 4,82 milhões em conversão direta.
No último fim de semana ele foi arrematado novamente, em outro leilão da Mecum, durante um evento na Flórida. O valor? US$ 2,2 milhões, quase o dobro da última vez – e o equivalente a cerca de R$ 8,17 milhões. Com isto, pela segunda vez em seis anos, o único Shelby GT500 Super Snake 1967 que existe é o Mustang mais caro do planeta. Quanto será que ele vai valer daqui a mais seis anos? (DH)
Kia Telluride é o novo SUV de topo da marca coreana
Embora tenha sido marcado pelo novo Toyota Supra e pelo Shelby GT500 de sexta geração, o Salão de Detroit também foi palco de um lançamento marcante para a Kia: o SUV Telluride, com capacidade para até oito pessoas, criado para enfrentar nomes como o Ford Explorer e o Chevrolet Traverse.
Para tal, a fabricante coreana transferiu todo o processo de desenvolvimento e produção do Kia Telluride para os Estados Unidos – o SUV foi desenhado no estúdio da companhia na Califórnia, e será montado na fábrica da Kia no estado da Georgia, de onde já saem o SUV Sorento (com o qual o Telluride compartilha sua plataforma) e o sedã Optima.
O Kia Telluride foi batizado em homenagem à cidade de mesmo nome no estado do Colorado, e emula com eficácia o estilo “quadradão” de seus rivais, bem como o porte avantajado. São 5.000 mm de comprmento, 2.010 mm de largura, 1.800 mm de altura e 3.081 mm de entre-eixos e três fileiras de assentos. Nas fotos de divulgação, as duas fileiras traseiras são compostas por bancos individuais, mas deverá haver a possibilidade de trocá-los por bancos inteiriços, totalizando assim oito lugares.
O único motor disponível para o Kia Telluride, por enquanto, é o V6 Lambda GDi de 3,8 litros, já utilizado em outros modelos da Kia e da Hyundai. No Telluride, ele entrega 295 cv e 36,2 mkgf de torque e é ligado a uma caixa automática de oito marchas. Outras características são a suspensão independente nas quatro rodas, sendo que a suspensão traseira é auto-nivelante.
A tração nas quatro rodas possui distribuição ativa de torque entre os eixos, com acoplamento eletro-hidráulico, atuando sob demanda. Em condições normais, todo o torque é levado para o eixo dianteiro, mas dependendo do modo de condução, é possível repartir o torque igualmente entre os dois eixos. Em alguns modos é possível repartir o torque em 65/35% ou 80/20% entre os eixos dianteiro e traseiro.
Em alguns mercados, o Telluride atuará como substituto do Kia Mohave, que foi vendido no Brasil até 2016. Ainda não há qualquer indicativo oficial de que o Kia Telluride vá ser importado para cá. (DH)