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Toyota GR Corolla já está no Brasil
A resposta ao lançamento do Civic Type R no Brasil foi nada menos que o esperado: um monte de gente reclamando de preço, disponibilidade, etc. Não que as reclamações não sejam válidas: o carro é caro sim, e para conseguir um, não vai ser fácil. Mas é sempre bom lembrar a alternativa: nada. É como ficar velho: sim, é ruim, mas é muito melhor que a alternativa.
Nós, os entusiastas, não devíamos reclamar. Os problemas de se vender carros desses por aqui já são inúmeros, mas são vendidos para que nós, entusiastas e formadores de opinião, fiquemos felizes. Se nem isso acontece, você pode imaginar o que vai acontecer em seguida.
Então vamos tentar de novo: a Toyota está mostrando teasers do GR Corolla nas redes sociais, e os carros, aparentemente, já estão por aqui. O lançamento é iminente. A empresa mostrou três fotos no escuro e disse: “Quebre as expectativas. Quebre os limites. Veja uma nova era.”
Toyota GR Corolla: os detalhes técnicos que fazem dele o carro mais especial do ano
Sim, todo mundo já conhece o carro e não há motivo para mistério. Mas não vamos reclamar. Ter o Type R, e agora, o sensacional GR Corolla por aqui, é algo para festejar. A quantidade é pequena e o preço, exclusivo? Gente, qual é a novidade disso? Não podemos deixar de ficar felizes só porque está fora de nossas possibilidades pessoais. O GR Corolla vem para o Brasil! Poxa!
Relembrando, se você acabou de voltar de uma viagem de 20 anos à Plutão: é um Corolla Hatchback, com a mecânica do carro de rali da Toyota, o GR Yaris. Trata-se de um tricilíndrico turbo de 1,6 litros de 304 cv a 6.500 rpm e 37,7 mkgf num patamar entre 3.000 e 5.500 rpm. A tração é nas quatro rodas com proporção selecionável frente-trás em 60-40, 50-50 e 30-70. O 0-100 km/h se dá em 5,5 segundos. O Câmbio? Manual de seis marchas. Sim, com pedal de embreagem. Paralamas alargados, pneus enormes, freios gigantes, e tudo mais que a gente sempre sonhou desde o Lancia Delta Integrale, mas nunca pode ver de perto em terra brasilis.
Receberemos algo em torno de 300 unidades dele, o que é bastante. Serão duas versões: a básica “Core”, e a “Circuit Edition”, cujo conteúdo ainda não está claro.
Seja bem-vindo GR Corolla. Nós vamos te receber de braços abertos e sorriso no rosto. Qualquer que seja o preço. E Toyota: OBRIGADO! Quando alguém faz o que a gente pede, não reclamamos se não foi exatamente da forma que imaginávamos: agradecemos. Assim manda a educação. (MAO)
Toyota Gazoo Racing está testando esportivo elétrico com câmbio manual
Akio “Morizo” Toyoda, disse à Autocar inglesa que teve a oportunidade de dirigir um protótipo do novo carro esporte elétrico da Gazoo Racing, mas não tem certeza se é esse projeto que se concretizará. O ex-CEO disse também que o dia que for lançado um elétrico GR, tem que ser algo especial, digno do selo. Mesmo elétrico.
Uma das formas que a Toyota persegue para chegar nisso é colocar um câmbio manual no carro elétrico. Uma coisa muito esquisita para a mente técnica: não há necessidade de câmbio com motores elétricos, já que o torque é constante desde zero rpm. No máximo reduções ou uma relação final dupla, como um Overdrive.
Mas o ato de se usar uma embreagem e um câmbio manual imediatamente torna o ato de dirigir mais envolvente; uma necessidade subjetiva e não objetiva. Mas não somente isso vai ser tentado pela Toyota.
Além do câmbio, o carro esporte elétrico da GR fará todos os sons de um motor de combustão interna, mas reproduzidos artificialmente. Segundo a empresa, as semelhanças com um carro esportivo convencional serão tão significativas que as pessoas não conseguirão dizer se o veículo é ICE ou EV. Esta parece mais difícil de acreditar. E por princípio, parece meio esquisita. Vamos ter que esperar para ver se funciona.
No início do mês, o recém-nomeado CEO e presidente da Toyota, Koji Sato, anunciou que outros modelos GR estão planejados. Nas 24 Horas de Le Mans do último fim de semana, um GR Prius Concept foi exibido, embora ainda não haja nenhuma palavra sobre um modelo de produção. Seja qual for o próximo GR, esperamos ansiosamente: até hoje, não erraram em nenhum. (MAO)
Veja Tom Cruise dirigindo com uma mão só no novo Missão: Impossível
O filme “Top Gun: Maverick” foi um grande sucesso não por seu enredo ou a atuação dos protagonistas: é uma ação tão obviamente real e empolgante que é como uma brisa de ar fresco em meio à uma montanha absurda de ação falsa gerada em computador. Como sabemos, o filme foi filmado com aviões de verdade, voando de verdade.
Será o novo filme de Tom Cruise, “Mission Impossible: Fallout – Part one” (Missão:Impossível – Acerto De Contas – Parte 1), o mesmo tipo de coisa, mas com perseguições de automóvel? Os outros filmes da série mostraram perseguições empolgantes, mas a julgar sobre o novo teaser divulgado esta semana, parece que as filmadas em Roma para este filme realmente superarão tudo já visto antes.
No minidocumentário divulgado, vemos que o personagem de Cruise e o da atriz inglesa Hayley Atwell estão algemados: Cruise tem que dirigir com uma só mão. Sorte que o BMW é automático. Em certo ponto a dupla abandona o BMW por um Fiat 500 clássico… elétrico.
O carrinho parece possuído, e sai da vaga automaticamente sem motorista, sugerindo algo modificado no viés dos carros de James Bond. Pena que não é manual: com uma mão e câmbio manual ia ser ainda mais divertida a cena.
De qualquer forma, é um bom motivo para sairmos de casa e pegarmos um cineminha com a patroa num fim de tarde bobo. “Mission Impossible: Fallout- Part one” estreia dia 12 de julho nos EUA, e dia 13 de julho no Brasil. (MAO)
Jeep Cherokee Vigilante: um novo Restomod
Existem poucos SUV tão classicamente belos como o Jeep Wagoneer/Cherokee original, geração SJ, corrente de 1963 a 1991. Sua longevidade sozinha já mostra quão acertado foi seu desenho. O carro nasceu na Kaiser, que depois virou American Motors, e só foi morrer quatro anos depois da Jeep virar uma marca Chrysler!
Hoje, porém, é um veículo ultrapassado, pouco sofisticado ou confortável para uso mais constante. Em um esforço para dar nova vida a este Jeep, a empresa “Vigilante 4×4” americana equipou-o com uma infinidade de peças modernas que transformarão a maneira como ele dirige sem afetar negativamente o design atemporal. Sim: um restomod.
O trabalho começou com a instalação de um novo motor moderno: o V8 392 HEMI da Chrysler com 485 cv, acoplado a uma transmissão automática Bowler Performance 4L80E. O eixo dianteiro é agora um Dana 44 e o traseiro, Dana 60. Freios modernos da Baer, molas Eibach e amortecedores Fox Racing ajustáveis. As molas são helicoisais agora, e a suspensão inteira, apesar de ainda ser de eixos rígidos, é bem mais sofisticada, com 5-links, e certamente mais agradável.
Outra mudança importante feita pela Vigilante é uma nova caixa de transferência Advanced Adapter Atlas II. Rodas personalizadas de 17 × 9 polegadas feitas de alumínio também foram instaladas.
Adornando o exterior do carro está um lindo tom de Midnight Blue e ao contrário de outras peruas Jeep contemporâneas, não tem painéis de madeira nas laterais e, em vez disso, tem uma faixa Glacier White que lhe dá um toque sofisticado e mais moderno.
As alterações continuam na cabine do Jeep, onde a Vigilante desenvolveu uma cabine Slate Grey completa com um desenho floral em relevo nos bancos e painéis das portas. O proprietário deste Cherokee S não queria que o interior fosse equipado com uma série de eletrônicos modernos, mas inclui novos medidores digitais.
Como em toda modificação deste tipo, personalização e gosto pessoal mandam no preço final, claro. Mas a empresa diz que seus carros “começam em US$ 295.000”, ou o equivalente hoje de R$ 1.427.800. Barrabás… (MAO)