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If in doubt, FlatOut: os melhores vídeos do Rali Monte Carlo 2015

A temporada 2015 do Campeonato Mundial de Rali, o WRC, começou ontem (22) com o Rali de Monte Carlo. Mas a verdade é que a emoção começa dias antes, visto que os pilotos precisam de um tempo para treinar e se adaptar às condições dos estágios. Para nossa sorte, sempre há um louco por ralis com uma câmera na mão e um canal no YouTube.

Por isso antes mesmo de a prova começar, já havia alguns vídeos sensacionais circulando por aí. Este a seguir, por exemplo, mostra Robert Kubica desafiando as leis da física com seu Ford Fiesta WRC:

Como é que um cara consegue deixar a gente tão impressionado em um vídeo que não dura nem um minuto? Kubica, que em 2011 sofreu um acidente durante o Rali Ronde di Andora, na Itália, acabou abandonando a carreira na Fórmula 1 depois que se recuperou, dedicando-se aos ralis. A julgar pelo vídeo acima, ele fez a escolha certa.

O Rali Monte Carlo 2015 é a 83ª edição do evento mais tradicional do WRC, que foi disputado pela primeira vez em 1911 (quando, obviamente, ainda nem existia um capeonato mundial de Rali).

Se fosse para escolher uma coisa que faz do Rali Monte Carlo uma prova icônica, diríamos que foram as vitórias do Mini Cooper S, com tração dianteira e um pequeno motor 1.0 com dois carburadores e 70 cv. O baixo peso, a robustez e, claro, o talento de nomes como Timo Mäkinen e Paddy Hopkirk, deram ao Mini as vitórias de 1964, 1965 e 1967.

Hoje o WRC é disputado por carros bem diferentes daqueles que se encontra nas lojas, com motores turbo de 1,6 litro e cerca de 300 cv, que são levados para as quatro rodas através de uma caixa sequencial. Agora, se os carros são melhores e mais rápidos, significa também que o desafio aumentou proporcionalmente. E, sinceramente, vê-los acelerando quase nos faz superar o fim do Grupo B em 1986 — e ousar dizer que, em termos de velocidade e espetáculo, os carros atuais não devem muito aos verdadeiros monstros de motor central-traseiro feitos especialmente para as competições.

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Atualmente Monte Carlo é disputado principalmente no asfalto, mas isto não significa que não exista desafio: gelo no asfalto e a ocasional nevasca exigem muito cuidado na escolha dos pneus e domínio absoluto dos carros, que usam suspensão mais baixa, de asfalto. São 15 estágios que se estendem por mais de 355 km. Alguns deles noite adentro.

O vídeo acima mostra o shakedown — a última sessão de treinos antes do início do rali. Sim, a prova ainda não havia começado, mas os pilotos já estavam dando tudo de si. A prova disso é Sébastien Loeb, que se aposentou no fim de 2012 mas, desde então, participa de ralis como convidado. Mesmo sem brigar pelo título (que, neste ano, é defendido pelo seu compatriota e xará Sébastien Ogier, da Volkswagen), Loeb foi o mais rápido no treino, concluindo os pouco mais de 3,5 km do estágio em 2min21s.

Ogier, o segundo colocado, ficou 1,1 atrás de Loeb — que, bem, já venceu a prova sete vezes, então dá quase para dizer que ele não fez mais do que sua obrigação.

No primeiro dia de competição a situação se repetiu: Loeb está na ponta, concluindo o primeiro dia com uma vantagem de 13,3 segundos sobre o atual campeão, Ogier, que está na segunda colocação. Jari-Matti Latvala, finlandês que é o companheiro de equipe de Ogier, está em terceiro, 36,1 segundos atrás de Loeb. Kubica, que desafiou a física ali em cima, abandonou o rali por problemas elétricos em seu Fiesta.

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