Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco!
O Zero a 300 é um oferecimento do Autoline, o site de compra e venda de veículos do Bradesco Financiamentos. Nesta parceria, o FlatOut também apresentará avaliações de diversos carros no canal de YouTube do Autoline – então, clique aqui e se inscreva agora mesmo (e não esqueça de ativar o sininho)!
Jeep Wrangler Rubicon é apresentado com motor Hemi de 481 cv
Há alguns dias a Jeep anunciou uma novidade para a data de hoje (17). Havia suspeitas de que a fabricante apresentaria o novo Grand Cherokee, ou mesmo o novo Compass. Mas, no fim das contas, é algo bem mais interessante: o Wrangler Rubicon 392. A revelação veio poucos dias depois da confirmação de que a versão V8 do Wrangler seria produzida.
O Wrangler não era oferecido com um motor V8 havia mais de quatro décadas, e por isso a Jeep fez questão de tornar o Wrangler Rubicon 392 a versão mais potente já feita. Assim, ele tem 481 cv a 6.000 rpm e 64,9 kgfm de torque no motor Hemi de 6,4 litros (392 pol³). Sem surpresas, o câmbio é automático de oito marchas com reduzida – obviamente com tração 4×4 e caixa de transferência ativa. Com este conjunto, o Rubicon 392 vai de zero a 96 km/h em 4,5 segundos.
O visual não mudou tanto – apenas detalhes estéticos como pintura na cor bronze em alguns elementos – o gancho no para-choque dianteiro e as rodas, por exemplo. O capô é o mesmo da picape Gladiator Mohave, 4 cm mais alto e com um scoop para melhorar a ventilação do motor.
Naturalmente, como será a versão de topo do Wrangler, o Rubicon 392 trará todos os equipamentos possíveis, incluindo central multimídia com tela de 8,4 polegadas e assistentes semi-autônomos. O preço ainda não foi divulgado – isto deve ficar para o primeiro trimestre de 2021, quando inciam-se as vendas.
Nissan diz que não vai vender sua parte da Mitsubishi
Esta não durou muito: depois que o site Bloomberg noticiou que a Nissan pretendia vender sua parte da Mitsubishi, a fabricante veio a público para desmentir os rumores.
Em seu site de imprensa, a Nissan disse que “não há planos para reformular a relação com a Mitsubishi Motors”. Em outras palavras, “não, não vamos vender a Mitsubishi”.
A Nissan também aproveitou par reafirmar seu compromisso com a reestruturação da aliança que foi anunciada há alguns meses, na qual cada uma das partes explorará suas maiores competências em diferentes mercados – ou seja, cada região do planeta terá maior presença da Renault, da Nissan ou da Mitsubishi, dependendo da demanda do público e da percepção de cada marca pelo consumidor.
Novo Jaguar F-Type chega ao Brasil por R$ 404.000
A Jaguar lançou ontem (16) no Brasil o novo F-Type, esportivo que conseguiu ficar ainda mais bonito com sua reestilização. O carro está disponível com as duas opções de carroceria – cupê e roadster – e pode ser equipado com um 2.0 turbo ou um V6 supercharged de três litros. A opção com motor V8, porém, deixa de ser oferecida.
O motor 2.0 turbo é oferecido na versão R-Dynamic 300, que tem 300 cv e 40,7 kgfm de torque. Com carroceria cupê, o F-Type 2.0 custa R$ 404.166. O conversível é um pouco mais caro: parte de R$ 418.082.
Com motor V6, o cupê sai por R$ 537.351 e o roadster custa R$ 551.250. O motor de três litros entrega 380 cv e 46,8 kgfm, e leva o carro de zero a 100 km/h em 5,1 segundos – 0,6 s mais rápido que a versão 2.0 turbo.
Há um pacote de opcionais que aumenta o preço do F-Type em cerca de R$ 15.000 a R$ 20.000, e inclui itens como etrovisores rebatíveis com anti-embaçamento, interior revestido de couro especial preto, iluminação ambiente configurável, rodas diamantadas de 20 polegadas, teto solar panorâmico (no cupê) e assistente de ponto cego.
Por ora não há planos de voltar a vender o F-Type com motor V8 no Brasil. A razão é simples: ele ficaria muito caro – segundo a lógica das outras versões, o F-Type V8 custaria mais de R$ 800.000 no Brasil.
Projeto de Lei quer proibir estepe temporário no Brasil (de novo…)
Você deve lembrar que, em 2017, a Câmara dos Deputados aprovou um Projeto de Lei que proibia o estepe temporário e obrigava as fabricantes a fornecer seus carros com o pneu sobressalente – o popular estepe – com as mesmas dimensões dos demais pneus. A decisão gerou uma discussão enorme entre os entusiastas, incluindo na área de comentários do FlatOut, e nós até abordamos a questão em uma matéria por conta disto.
Mais adiante, o PL nº 82/2015 acabou rejeitado pelo Plenário. Mas um novo PL, com praticamente o mesmo teor, foi encaminhado novamente no início deste mês.
De autoria do deputado Gervásio Maia (PSB/PB), o PL nº 5098/2020 quer que todos os carros novos vendidos no País tenham pneus com medidas idênticas em diâmetro, largura e altura da banda de rodagem – incluindo o estepe. Com isto, o estepe temporário se tornaria automaticamente proibido.
Caso o projeto seja aprovado, fabricantes que descumprirem a exigência ficarão sujeitas a multa no valor predeterminado entre 2.000 e 10.000 UFIRs (Unidade Fiscal de Referência).
O deputado Gervásio Maia acredita que o estepe temporário “prejudica o desempenho do veículo e caracteriza uma prática abusiva por parte do fornecedor” e que representa uma “prática nefasta” por parte das fabricantes. Maia diz que, além do custo elevado, o estepe temporário traz riscos à segurança dos ocupantes do veículo e terceiros.
É importante lembrar que o estepe temporário é, bem, temporário. Ele só serve para que se possa chegar a uma oficina ou borracharia a fim de efetuar o reparo no pneu furado. Também dura menos, e por isso só pode ser utilizado a até 80 km/h – e deve ser substituído por um novo após o uso.
O projeto ainda precisa ser aprovado na Comissão de Viação e Transporte (CVT) e na Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJD) antes de seguir para votação no Senado Federal. Caso seja aprovado, o PL segue para a sanção do Presidente da República.
BMW lança campanha no Twitter para defender o visual do iX
Foi revelado há alguns dias o BMW iX, primeiro SUV elétrico da família “i”, com plataforma dedicada. E, como já virou rotina nos lançamentos recentes da fabricante, a recepção do público não foi das mais calorosas.
Não se trata nem de aversão à ideia de um BMW elétrico – o trauma, pelo visto, já foi enfim superado. O problema é mesmo o visual do carro, que traz proporções um tanto desajeitadas e uma a enorme grade dianteira – a mesma que, há poucos meses, os alemães disseram que não pretendiam colocar em outros modelos.
Não é preciso muito esforço para encontrar posts dizendo que o iX parece algo saído “de algum filme ruim de ficção científica dos anos 80”, ou que “falta inspiração”, ou que “não parece um BMW”.
OK, Boomer.
And what’s your reason not to change?The first-ever BMW iX.https://t.co/NhWosxWcxK#NEXTGen #THEiX pic.twitter.com/5Fvndzlzvi
— BMW (@BMW) November 15, 2020
Em resposta às publicações no Twitter, a BMW lançou uma campanha questionável, citando reações negativas publicadas por usuários e respondendo de forma mezzo irônica, mezzo condescendente. O resultado é no mínimo bizarro.
A BMW também divulgou um vídeo intitulado What’s your reason not to change? – algo como “qual é sua justificativa para não mudar?” em tradução livre. No vídeo, o narrador faz esta mesma pergunta, e diz que o problema somos nós, acostumados demais com nossa zona de conforto. “O BMW iX é bonito, sim! Vocês é que não entendem”, é como se eles dissessem.
Não nos parece a forma mais adequada de lidar com críticas. Rolou até um “OK, boomer” por parte da BMW – frase que foi bastante usada no ano passado para responder comentários e publicações de pessoas mais velhas que se recusam a acompanhar as mudanças do mundo. Considerando que o BMW iX ainda é um produto de nicho, caro, e que deverá ser comprado justamente por um público mais velho e com mais dinheiro para gastar, esta nova campanha mostra-se questionável.
Mazdaspeed, a divisão esportiva da Mazda, fecha as portas
Notícia triste para os entusiastas: a Mazdaspeed, divisão de alto desempenho da Mazda que tem sua origem em uma equipe de corrida dos anos 1960, foi desativada. A informação foi confirmada em uma coletiva de imprensa recente, segundo o CNET.
Através da Mazdaspeed, a Mazda lançou diversos carros esportivos interessantes nos últimos anos, como o Mazdaspeed3, o Mazdaspeed6 e várias edições especiais do MX-5 Miata. Contudo, em seus lançamentos mais recentes, a Mazda decidiu focar-se em carros mais confortáveis e luxuosos – o que acabou deixando a Mazdaspeed para escanteio. Então, a divisão esportiva foi silenciosamente desativada.
A Mazda, contudo, garante que o fim da Mazdaspeed não é necessariamente o fim dos modelos de alto desempenho – o próprio Mazda3 possui a versão Turbo, que tem motor 2.5 turbo de 250 cv e câmbio automático de seis marchas. Além disso, recentemente a fabricante mostrou uma nova família de motores seis-em-linha que deve passar dos 350 cv nas versões mais potentes.
Ainda assim, é uma pena que o Mazdaspeed acabe de um jeito tão insensível.