FlatOut!
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Zero a 300

Max Verstappen conquista o título da F1 // Tesla libera games nos carros em movimento // Lancia mira Mercedes-Benz e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.

O Zero a 300 é um oferecimento do Autoline, o site de compra e venda de veículos do Bradesco Financiamentos. Nesta parceria, o FlatOut também apresentará avaliações de diversos carros no canal de YouTube do Autoline – então, clique aqui e se inscreva agora mesmo (e não esqueça de ativar o sininho)!

 

Verstappen supera Hamilton e conquista o título de 2021

Depois de nove meses, 22 GP, 350 trocas de farpas, dois atropelos na pista e uma disputa ponto-a-ponto que levou o desempate do campeonato para a última corrida pela primeira vez desde 1974, Max Verstappen conquistou o título na última volta, ao ultrapassar Lewis Hamilton para assumir a primeira posição e vencer a corrida.

Apesar de ter conquistado a pole, Verstappen largou mal e Hamilton assumiu a ponta, de onde começou a imprimir um ritmo mais forte que o do holandês, chegando a abrir quase 5 segundos de vantagem, quando a Mercedes o chamou para os boxes para a troca de pneus.

Hamilton voltou atrás de Pérez, que assumiu a ponta, mas à frente de Max, que parou antes do britânico para colocar os pneus duros e voltou em quarto, atrás de Sainz. Àquela altura, Perez segurava Hamilton, enquanto Max tentava se livrar de Sainz. Na 20ª volta, Hamilton passou Perez, que logo cedeu a posição para Max, que retomou a disputa direta pelo título com uma diferença de 1,5 segundo.

Hamilton, contudo, tinha a pista livre e voltou a abrir vantagem sobre Max. Na volta 36, contudo, Giovinazzi abandonou com problemas no câmbio e a direção da prova teve de acionar o safety car virtual. Enquanto Hamilton se manteve na pista, Max colocou pneus novos e voltou em segundo lugar, agora 19 segundos atrás de Hamilton.

Com os pneus novos Max conseguiu diminuir a vantagem para 11 segundos na 50ª volta, a oito do fim da corrida. Foi quando Nicholas Latifi bateu forte na barreira de proteção. O safety car entrou em cena novamente e ali ficou até o fim da volta 57, quando a corrida foi retomada. Com o safety car, a vantagem de Hamilton foi anulada — especialmente por estar com pneus mais desgastados. Max, com pneus em melhor estado, conseguiu atacar Hamilton no início da volta final, ultrapassou o rival e terminou a prova em primeiro, conquistando seu primeiro título mundial.

Com a vitória, Max se tornou o 33º piloto a conquistar o título da Fórmula 1 e o quarto mais jovem a conseguir o feito, atrás de Vettel, Hamilton e Alonso, e logo à frente de Emerson Fittipaldi. (Leo Contesini)

 

Spectre: o primeiro Rolls-Royce elétrico

Depois dizem que nós somos cínicos demais. Mas o carro tem o nome da organização criminosa mais famosa do universo descrito por Ian Fleming em seus livros do agente secreto 007, nome este relembrado recentemente no título de um filme de James Bond estrelando Daniel Craig: Spectre. Aí, sinceramente, é impossível não ser.

O chefe desta organização nefasta fictícia, a Spectre, todos sabemos, é Ernst Stavro Blofeld. Um nome vilanesco que só Fleming conseguiria inventar. Mas nem a mente extremamente fértil de Mr. Fleming poderia ter bolado um nome como o do CEO atual da Rolls-Royce: Torsten Müller-Ötvös. Sério. Além de campeão mundial de número de tremas num só nome, Herr Müller-Ötvös comanda a empresa a partir de seu covil secreto dentro de uma montanha na Latvéria da fábrica em Goodwood.

A Rolls-Royce, como já dissemos, tem toda a sua tradição, missão e produtos alinhadíssimos com a tão propagada singularidade elétrica; Sir Henry Royce, começou a vida como um fabricante de equipamentos elétricos, afinal de contas. Apenas o simbolismo deste nome do CEO impede os conhecedores da marca abraçarem o futuro elétrico da marca como algo em linha com sua tradição e princípios. Isto somente porque, não podemos esquecer, a maior tradição da Rolls-Royce é ser inglesa. Na verdade, era.

Mas ninguém liga mais para tradições, ou se importa de ser governado por vilões de um filme B sobre espiões da época da guerra fria, Bezos, Musk e Gates que o digam. O fato é que a Rolls-Royce em breve começará os testes de rodagem de seu primeiro carro totalmente elétrico, o Spectre, que será lançado no quarto trimestre de 2023. Até lá, os protótipos terão coberto 240 milhões de km em uma variedade de condições, que a Rolls-Royce diz equivaler a uma simulação de 400 anos de uso. Quatrocentos anos? Só um vilão de Bond exigiria algo assim.

Rolls Royce Wraith

Herr Müller-Ötvös diz que o protótipo apresentado para a Autocar é uma representação fiel do carro de produção. Isso significa que o Spectre será um GT de duas portas com um capô longo, com toda cara de um substituto para o atual Wraith. Apesar do capô enorme, não deve ter motor embaixo dele, claro. A Rolls-Royce está comprometida com trens de força puramente elétricos, contrariando a tendência de usar híbridos. Mas Müller-Ötvös (acariciando seu gato pelado no colo, aparentemente) prometeu à revista inglesa Autocar uma “transição suave” da gasolina para a eletricidade pura, e que o V12 estará disponível por “muito tempo”. Claro: muitos países ainda comprarão carros a gasolina, por tempo indeterminado. A Europa não é o mundo.

Em 2030, porém, a empresa será totalmente elétrica, encerrando 126 anos de produção de automóveis com motor de combustão. Não se sabe exatamente ainda como será o motor elétrico do Spectre, mas é provável que a configuração de dois motores do novo BMW iX M60, que promete entregar mais de 600 cv em tração nas quatro rodas, seja a configuração usada.

Rolls Royce Wraith Red

Isso, claro, se o reator de propulsão geotérmica do vulcão de Blofeld não ficar pronto a tempo. E neste caso, o pobre Müller-Ötvös deve ser jogado no tanque de tubarões com armas laser na cabeça. (MAO)

 

Mercedes-Benz é exemplo para a Lancia da Stellantis

Enquanto isso, na Itália, Signore Luca Napolitano, o CEO da Lancia, continua se esforçando em manter sua marca moribunda, mas com dinheiro para se reerguer, nas notícias. De acordo com a Automotive News, Napolitano apresentou seu plano de dez anos para a marca a Carlos Tavares, CEO da Stellantis e seu chefe.

Aparentemente, a Lancia vai visar lucratividade em vez de volume. O que significa: carros caros, artigos de luxo. Napolitano diz que para isso o primeiro passo foi achar o benchmark certo. Aparentemente, essa referência é a Mercedes-Benz. “Não quero dizer que queremos competir contra a Mercedes, isso seria ingênuo, mas é um exemplo do que vemos como objetivo”, disse ele.

A estratégia inclui a meta de ter 100 pontos de venda Lancia na Europa em cerca de 60 cidades. Essas lojas serão compartilhadas com as marcas Stellantis. A marca italiana também está procurando fortalecer seus canais online. “Minha meta é possibilitar a compra de um carro com apenas três cliques”, disse Napolitano à publicação.

Lancia que todos lembram: o Delta integrale. Mercedes? ein?

A expansão de modelos também foi explicada. Um crossover compacto chegará em 2026, seguido por um hatchback compacto em 2028. Ambos os veículos serão totalmente elétricos. O Ypsilon, único modelo da marca hoje, à venda só na Itália como um compacto de luxo, será substituído também em 2024, por um híbrido, e um elétrico a bateria. (MAO)

 

Tesla libera jogos de videogame nos carros – mesmo em movimento

A mais recente atualização do software dos modelos Tesla, permitiu a instalação de games na maioria dos carros da marca. Com isso, será possível jogar os jogos na tela central dos carros, mesmo com os carros em movimento.

Segundo o jornal The New York Times, os jogos podem ser jogados mesmo pelo motorista, pois o único impedimento para usá-los é uma mensagem de esclarecimento. No caso do jogo de paciência, por exemplo, é exibida uma mensagem antes do início do app: “Paciência é um jogo para todos, mas jogar no carro em movimento é apenas para os passageiros”. E esta é a única medida para impedir que os motoristas joguem paciência enquanto dirigem — afinal, basta ignorar o aviso.

Segundo a Administração de Segurança Rodoviária dos EUA, a NHTSA, mais de 3.100 morreram nos EUA em 2019 em acidentes causados por motoristas distraídos. Além disso, o problema é agravado pela possibilidade de se combinar o modo Auto Pilot com a execução dos jogos — ou seja: é possível abrir jogos com o modo Auto Pilot ativado, e também é possível ativar o modo Auto Pilot com os jogos abertos. Com isso, um motorista mais destemido poderia simplesmente ativar o modo de condução semi-autônoma para jogar enquanto deveria estar dirigindo.

Nos últimos cinco anos 12 pessoas morreram em acidentes causados pela falta de monitoramento de veículos operando em modo semi-autônomo. A Tesla não comentou o caso, mas a NHTSA deverá intervir nesta questão e fazer uso de seu poder regulatório para impedir a combinação dos jogos com os modos semi-autônomos. (Leo Contesini)

 

Porsche celebra 70 anos na Austrália com 911 GT3 especial

Corria o ano de 1951, e Norman McKinnon Hamilton, um distribuidor de bombas hidráulicas de Melbourne, Australia, estava a caminho da Suíça  a partir da Áustria para investigar as últimas novidades em tecnologia de bombas. No famoso passo de Grossglockner na Áustria, seu pesado Oldsmobile 88 alugado negociava as curvas fechadas daquela montanha calmamente, quando um pequeno carro prateado, parecendo uma nave espacial minúscula vinda direto do planeta Germânia II na constelação de Suábe, passa ele por fora da curva e acelera furiosamente, o barulhinho de um motor pequeno a alto giro enchendo o ar frio da montanha.

Em uma vila mais acima no vale, ele se deparou com o famoso piloto de corridas alemão e diretor da Porsche, Richard von Frankenberg, com seu carrinho prateado estacionado, ainda estalando, quente do lado de fora de uma pousada, enquanto esfriava do passeio à moda. Norman para para conversar. Uma coisa leva a outra e em pouco tempo se tornavam amigos, e com interesses mútuos.

A história da Porsche na Austrália começa então naquele momento, a 70 anos atrás. Norman Hamilton traz dois 356s ao país em 1951. Isso o tornou o primeiro mercado com volante à direita a receber Porsches e o segundo mercado não europeu, depois da América, a receber os carros. E agora a Porsche comemora a data com uma edição especial do 911 GT3.

Os dois primeiros 356 eram marrom e um cinza prateado chamado “Fish Silver Grey”. Essa cor é celebrada pelo novo (respire fundo) Porsche 911 GT3 70 Years Porsche Australia Edition, que é pintado em “Fish Silver Grey”, na verdade uma interpretação moderna da cor original de 1951, desenvolvida pela Porsche Exclusive Manufaktur especificamente para este modelo.

Baseado no 911 GT3 Touring, o modelo apresenta emblemas especiais com a bandeira do país, bem como assentos xadrez e um interior exclusivo. O fabricante também realizou um evento para comemorar seu 70º aniversário no mercado, que contou com a presença de convidados especiais, incluindo o ex-piloto de Fórmula 1 e Campeão Mundial de Endurance Mark Webber. Uma seleção de Porsches clássicos, incluindo o 356 e o 928, estava em exibição. A Porsche Cars Australia também criou um livro comemorativo para marcar a ocasião. (MAO)