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Verstappen vence em casa, Leclerc volta ao pódio
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A superioridade da Red Bull em pace de prova é tamanha neste momento que Max nem precisava do golinho de sorte que teve neste GP da Holanda. É difícil afirmar se Hamilton teria chances reais de vencer, mas o fato é que o VSC permitiu que Max fizesse um pit-stop lucrando de 5 a 7 segundos na volta 40, e assim ele manteve a ponta num momento em que o inglês estava quase 1s mais rápido por volta que a Red Bull. Isso tirou um pouco da graça da bagunça que estava se armando no horizonte final da corrida.
Mas iria piorar. Pra enterrar de vez o fim de semana de Lewis, o Safety Car AMG GT causado pela quebra de Bottas, poucas voltas depois. Nessa janela, uma escolha predatória da Mercedes levou Russell inteligentemente a botar os pneus macios, caindo de 2º para 3º naquele instante, deixando o então-lider Hamilton (de pneus médios com oito voltas) totalmente exposto a Max de pneus novos macios. Perdeu a posição antes mesmo da curva 1 na relargada. E depois perdeu para Russell. E depois para Leclerc. É raro ver Hamilton perder a compostura no rádio.
Max está pilotando de uma maneira impecável: velocidade, gerenciamento de pneus, pace de prova, casamento de estratégia e setup de carro. Méritos à parte, a superioridade técnica do casamento da Red Bull e Max neste momento está deixando o campeonato sem sal, lembrando a era de dominância de Hamilton e Mercedes de alguns anos atrás. Bom para os fãs de Max, ruim para quem gosta de corrida. A Ferrari tem velocidade pra tiros curtos, mas não tem carro pra GP. A Mercedes está chegando lá, mas não parece que será ameaça este ano.
Em oposição a Max, Perez está apagado e distante, restando a ele ocasionais aparições com disputas calorosas como a que ele teve com Hamilton (clipe em destaque), lembrando seu papel de escudeiro no final da temporada de 2021 – nessa briga, ele deu mais 2 a 3 segundos de presente para Max no primeiro parágrafo deste texto. Mas ele precisa ser mais veloz que brigão em pista. Se a Ferrari estivesse mais competitiva e lembrasse que seus carros usam quatro pneus nos pit-stops, esse abismo entre Perez e Vestappen deixaria Max exposto nas disputas e estratégias. (Juliano Barata)
Piastri confirmado na McLaren, Gasly pode ir para Alpine
A McLaren confirmou neste último fim de semana que Oscar Piastri irá disputar a Fórmula 1, formando a dupla de pilotos da equipe com Lando Norris. Piastri irá substituir Daniel Ricciardo, que chegou a um acordo com a McLaren para rescindir seu contrato com um ano de antecipação.
Piastri tinha um acordo com a Alpine, que bancou seu desenvolvimento poro meio do seu programa de jovens pilotos, mas uma manobra da equipe francesa acabou desagradando Piastri e seu empresário, o ex-piloto australiano Mark Webber. A Alpine, segundo consta, tentou manter Fernando Alonso por mais um ano na equipe enquanto colocaria Piastri para um ano de adaptação em alguma equipe menor da Fórmula 1 como meio de cumprir o acordo com o jovem australiano, que previa um lugar na F1 em 2023.
Depois desse ano de adaptação de Piastri, a Alpine remanejaria Alonso para o Mundial de Endurance (WEC) e o substituiria por Piastri. Webber, ao perceber a manobra, começou a negociar a ida de Piastri para a McLaren, hoje chefiada por Andreas Seidl, amigo de Webber. Quando Alonso sacou que estava sendo cozinhado pela Alpine, fez seu arranjo com a Aston Martin depois que Vettel anunciou a aposentadoria. E a Alpine, tratou de anunciar Piastri como seu substituto.
Só que Piastri já estava pronto para ir para a McLaren e, como você deve lembrar, desmentiu a Alpine publicamente, em um dos episódios mais controversos e, talvez, constrangedores, da F1 recente. A agitação no mercado dos pilotos parecia uma simples troca de cadeiras: se Piastri iria para a McLaren no lugar de Ricciardo, bastaria a Alpine trazer Ricciardo de volta. Mas Ricciardo desagradou os franceses quando deixou a equipe para correr pela McLaren, o que dificulta sua volta.
Uma evidência disso são os rumores quase confirmados de que é Pierre Gasly quem irá substituir Alonso/Piastri na Alpine. Sim, a Alpine será uma equipe bastante francesa, com rocquefort e camembert no buffet da área VIP, Pierre Gasly e Esteban Ocon ao volante dos carros.
E os rumores e a provável contratação de Gasly para a Alpine ajudam a bagunçar o mercado. Para onde irá Ricciardo? Não espere que um cara que foi criado pela Red Bull volte depois de tanto tempo à equipe de apoio, substituindo Gasly. Até por que Helmut Marko, consultor da Red Bull, disse que a Alpha Tauri já fechou um acordo com Colton Herta para 2023.
Considerando essa manobra de Gasly e Herta, os lugares abertos para 2023 são limitados ao segundo posto na Williams, na Alfa Romeo e na Haas. A Williams confirmou apenas Albon, mas não Latifi. Ricciardo poderia levar sua experiência à Williams, mas a equipe britânica tem Logan Sargeant como candidato vindo do seu programa de jovens pilotos. Jenson Button se manifestou recentemente sobre a Williams e Ricciardo, e disse que seria o cenário ideal, para a equipe e para o piloto, se Ricciardo formasse a dupla com Albon.
Na Haas, Magnussen mantém um contrato de vários anos, mas Mick Schumacher ainda é dúvida. Sua atuação nesta temporada alternou muitos altos e baixos, como os pontos na Grã-Bretanha e na Áustria, e os erros em Mônaco e no Canadá. Na Alfa Romeo, o contrato de Zhou Guanyu foi assinado apenas para 2022, mas a equipe, segundo a imprensa europeia, está satisfeita com o piloto chinês. (Leo Contesini)
Conheça o Ruf 3.4 RSR
Um cara não consegue manter a seriedade quando mais um fantasticamente caro restomod baseado em Porsche 911 antigo aparece. A demanda por este tipo de coisa parece não ter fim. Agora é a vez da mais tradicional preparadora de Porsches: a RUF. Não, pera; a RUF diz ser um construtor, que emite seus próprios VIN. Mas nesse caso, não tem como, acredita-se: é um Porsche antigo preparado.
Mas enfim: conheça o Ruf 3.4 RSR. Reportadamente construído pacientemente para um cliente nos últimos dez anos, a Ruf diz que agora tem a capacidade de fazer mais um deles por ano, pela bagatela de € 600.000 (R$ 3.078.000) cada.
O carro pode ser descrito como um Carrera RSR de 1973, modernizado e pasteurizado para 2022. O Carrera RSR original de 2,8 litros era versão de corrida do Carrera RS de 2,7 litros homologado para o Grupo 4. Hoje um RS original vale perto de um milhão de dólares, mas o RSR, que foi feito em apenas 55 unidades, pode valer o dobro.
Partindo de um 911 dos anos 1970, o novo RSR é criado começando pelo motor, um bloco Carrera 3.2 aumentado para 3,4 litros, com novos pistões, comandos, taxa de compressão, e seis cornetas de admissão individuais com suas próprias borboletas. A injeção, claro, não é mecânica como a dos anos 1970: agora é uma eletrônica digital moderna. São 320 cv aspirados, bem mais que, por exemplo, o 930 Turbo original. O câmbio é um transeixo Porsche G50 de cinco velocidades.
O interior é uma réplica do RSR de 1973, mas tudo é moderno e de melhor qualidade. A Ruf reforça a carroceria do carro doador da mesma forma que a Porsche fez para o 2.7 RS original. O rollcage interno é lindamente perfeito para o efeito RSR. Os modernos pneus também lembram a época do RSR: são Pirelli P7. O carro pesa apenas 1095 kg.
Ao todo, uma forma de se ter a experiência de um RSR, em um carro zero km para todos os efeitos, apesar de dizer 1973 no documento. E com a grife Ruf. (MAO)
Último trabalho de Materazzi: o Ferrari 308 restomod “Maggiore Gran TurismO”
A empresa italiana Maggiore mostrou um restomod radical baseado no Ferrari 308. Com motor longitudinal ao invés de transversal, e com dois turbos, é muito próximo de um Ferrari 288 GTO. Inclusive a empresa diz que as modificações de motor foram supervisionadas por Nicola Materazzi, o criador do GTO que faleceu recentemente. A empresa chama o carro de Gran TurismO.
O motor é baseado no V8 turbo de 2,9 litros mas com novos cabeçotes, oito corpos de borboleta individuais, um novo intercooler, um plenum de fibra de carbono e turbocompressores sequenciais. O resultado são 536 cv, com tração traseira via um transeixo de seis velocidades.
As bitolas são alargadas também, dando a aparência widebody de 288 GTO. Freios Brembo e uma suspensão feita de Ergal, uma liga de alumínio desenvolvida para a indústria aeroespacial, fazem parte da especificação. O que resta do carro doador (qualquer membro da família Ferrari 208/308/328 servirá), é “completamente restaurado e reforçado para suportar os novos níveis de estresse”.
Gianluca Maggiore, o dono da empresa por trás deste restomod, ao lançar o carro disse que sua maior tristeza é não “poder compartilhar este momento” com Materazzi. Nenhum preço ainda foi revelado, e nenhuma data definida para o início da produção, mas Maggiore acredita que o final de 2023 é uma data viável. (MAO)
Honda CG chega à marca de 14 milhões de unidades produzidas
A Honda CG é um fenômeno brasileiro incrível: sozinho foi por muito tempo mais da metade do mercado nacional de motocicletas. Foi também a primeira motocicleta Honda brasileira, em 1976, quando a fábrica de Manaus, no Amazonas, começou a operar. È de longe o veículo brasileiro mais comum: se o Fusca é o automóvel mais popular aos 3,3 milhões, a Honda o bate de longe. Chegou aos 14 milhões!
A moto está em produção a 46 anos, mas nem de longe é a mesma; mas é claramente uma evolução, uma moto que sempre seguiu à risaco sua fórmula vitoriosa de durabilidade, confiabilidade e qualidade, a preços baixos. A versão atual apareceu em 2015, e vem evoluindo lentamente desde então como sempre fez.
“A CG é um ícone absoluto, não apenas para a Honda, mas também para o mercado de duas rodas, e completar os 14 milhões de unidades produzidas reforça esse destaque. Sinônimo de motocicleta para os brasileiros, não é exagero dizer que muitos aprenderam a pilotar em uma CG, por isso ela ganhou a garagem e o coração de milhões de motociclistas, que guardam histórias com o modelo.”, afirma Marcelo Langrafe, Diretor Comercial da Moto Honda e Diretor de Gestão de Relacionamento com o Cliente da Honda South America.
As comemorações são importantes para nos lembrar que, quando queremos, criamos veículos baratos de brasileiros para brasileiros, e temos imenso sucesso com eles. Parabéns à Honda; a CG já virou um clássico brasileiro. (MAO)
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