hoje em dia e bem mais dificil ainda que nao impossivel uma especie animal realmente desaparecer basta entrar na lista das especies em risco de extinçao que imediatamente um movimento aparece para preserva la efetivamente diminuindo sensivelmente este risco tem gente que ve isso como uma subversao das leis evolutivas da natureza que extinguiria milhares de especies diariamente mesmo sem a predatoria presença humana nesse mundo mas realmente isso pouco importa; somos assim queremos preservar o mundo natural com todas as nossas forças mesmo que o mundo natural naturalmente nao se preocupe la muito com esse tipo de coisa ja no mundo do automovel as leis naturais de seleçao natural extinçao e sobrevivencia dos mais adaptados a uma realidade sempre em mutaçao tal qual expostos por charles darwin em seu famoso estudo sobre a origem das especies por meio da seleçao natural ou a preservaçao das raças favorecidas na luta pela vida continuam atuando sem perturbaçao nenhuma externa um entusiasta ou outro distribui adesivos save the wagons por ai mas nao chega a ser um movimento ; esta mais para ranhetices e reclamaçoes sem consequencia alguma no grande esquema das coisas por algum motivo salvar criaçoes humanas e menos importante algo sem importancia no grande esquema das coisas nao que seja necessario chorar por isso; a unica coisa realmente constante e imutavel e a mudança em si mas ainda assim nos gostamos de lembra las ainda que seja para preservar sua memoria ainda esta semana lembramos do carro americano tradicional de chassi separado e dimensoes inimaginavelmente paquidermicas hoje vamos lembrar de outra especie extinta o carro esporte ingles sim ainda existem carros esporte ingleses mas de nacionalidade apenas nao de espirito; um mclaren e um supercarro um caterham em seu amago algo produzido em kit em baixo volume mesmo a morgan vem se tornando uma boutique irrelevante de saudosismo sem substancia carro esporte ingles como genero e algo diferente produzido em serie em massa como um qualquer gol ou corolla motor e cambio derivado de sedas familiares baratos vendido a preços similares a eles com capacidade menor de passageiros mas diversao superior simples facil de consertar se nao totalmente confiavel um desenho externo unico e diferente esse tipo de carro existiu aos milhares de 1945 ate 1980 para depois sumir por completo austin healey e jensen healey reliant daimler triumph mg todas elas hoje desaparecidas o mais proximo que temos disso hoje e o mazda miata uma copia japonesa da especie que ainda tem sucesso mostrando que o mercado existe; mas por motivos obvios algo essencial falta nela para ser classificada como carro esporte ingles hoje vamos contar a historia da ultima tentativa real de se trazer este tipo de coisa de volta talvez a mais emblematica das marcas inglesas a mg por muito pouco nao conseguiu nos anos 1990 voltar ao centro do mundo do carro esporte certa vez o maior produtor mundial deste tipo de coisa a mg voltava com grandes esperanças mas na verdade esta nao e uma historia de retorno; e uma historia de evoluçao constante que como acontece tao frequentemente no mundo natural tomou uma curva errara em certo ponto acelerando seu fim para muita gente olhando de fora o mgf de 1995 era a volta da mg depois do fim do mgb em 1980 a realidade porem e bem mais darwiniana que isso a evoluçao do mg mg e a sigla de morris garages uma empresa criada por cecil kimber para fazer carros esporte baseados em morris em abdington uma cidade a 100km oeste de londres perto de oxford em 1935 ja era parte da morris que passava a usa la como sua marca de carro esporte entao o destino da mg e compartilhado com toda a industria inglesa como sabemos lentamente vai se amalgamando em uma so entidade uma litania de inumeras empresas pequenas que tenta ser grande junta mas na verdade nunca deixou de ser completamente independente e ineficiente [caption id= attachment_294465 align= aligncenter width= 999 ] mgb 1963[/caption] morris se junta com a arquirrival austin em 1952 para formar a bmc british motor corporation em 1966 com a compra da jaguar e da pressed steel produtora de praticamente todas as carrocerias estampadas da ilha aparece a bmh british motor corporation holdings a fabricante de caminhoes leyland compra o conglomerado em 1968 formando a british leyland uma olhada nas marcas que formam esta companhia mostra o quao complexa era esta organizaçao ainda que pequena centrada entao em vendas domesticas respire fundo austin rover morris land rover austin healey leyland mg riley wolseley vanden plas jaguar daimler mini triumph [caption id= attachment_294464 align= aligncenter width= 940 ] mgb 1980[/caption] em 1975 prestes a colapsar e estatizada para salvar a industria local a administraçao estatal estranhamente e mais eficiente que a privada; em 1982 muda o nome para austin rover group e em 1986 e privatizada como o rover group estre e o grupo comprado pela bmw em 1994 e depois acaba em 2000 suas marcas vendidas no varejo e separadas definitivamente de 1945 ate 1980 porem a mg mesmo parte disso vivia independente progride do arcaico mg tc ate os mgb e mgc arquetipos do carro esporte ingles vendendo os mundo afora com algum sucesso e so durante as sucessivas crises dos anos 1970 que perde a força; o mgb lançado em 1963 fica sem substituto ate 1980 e com o seu fim fecha se a fabrica de abdington e a mg acaba [caption id= attachment_294446 align= aligncenter width= 999 ] mg metro 1981 um hot hatch[/caption] so que nao o novo austin rover group revitalizado por reorganizaçoes lança tambem em 1980 o carro que deveria ser o novo mini o austin metro quase imediatamente a marca mg e revivida nas versoes esportivas com o nome mg metro eventualmente maestro e montego modernos carros de traçao dianteira da austin rover nos anos 1980 receberiam versoes com a marca mg e motores turbo realmente potentes podia nao ser mais uma empresa de carro esporte mas continuava cuidando do entusiasta os hot hatches afinal de contas efetivamente substituiram os carros esporte nos anos 1980 [caption id= attachment_294443 align= aligncenter width= 999 ] mg metro 6r4[/caption] o que nos leva ao mg metro 6r4 em 1980 a austin rover decide parar de competir em rali com o triumph tr7 v 8 o motivo era simples com o aparecimento do lancia 037 e do audi quattro as chances do tradicional roadster ingles de vitoria eram pifias mesmo contando com o excelente v 8 rover de aluminio e 3 5 litros a empresa inicia um programa entao para criar um carro dedicado para rali uma homologaçao para o grupo b da fia que na epoca pedia apenas 200 carros vendidos ao publico para homologaçao como tambem estavam fazendo peugeot lancia e ford a austin rover começa a desenvolver um carro de motor central traseiro e traçao nas 4 rodas com uma carroceria que lembrava os veiculos de produçao da marca no caso da austin rover um metro mas ao contrario de todos os outros que usariam como motor versoes extremamente sobrealimentadas de motores existentes pequenos 4 cilindros em linha por meio de turbocompressores no caso da lancia junto com compressor tipo roots a austin rover decide desde bem cedo que queria um motor de aspiraçao natural a ideia era que a curva mais plana de torque do motor grande desse alguma vantagem ao metro de corrida o resultado e talvez o unico motor desenvolvido exclusivamente para competiçao de rali em toda a historia um v6 obra de david wood um engenheiro ex cosworth tem muito em comum com o famoso ford cosworth dfv v 8 de formula 1 noventa graus entre bancadas duplo comando de valvulas no cabeçote acionado por correia quatro valvulas por cilindro todo em aluminio 3 litros de cilindrada na configuraçao international este v 6 de competiçao sem superalimentaçao dava 410 cv e girava de forma segura ate 9 000 rpm mas nao foi um sucesso; os carros turbo dos rivais simplesmente eram muito mais potentes frequentemente passando dos 600 cv e todos sabemos que em 1986 acabava tambem a incrivel aventura do grupo b [caption id= attachment_294438 align= aligncenter width= 640 ] mg ex e 1985 mg fica moderna de repente[/caption] mas nesse ponto dentro da austin rover crescia a vontade de se fazer um novo carro esporte mg para mostrar que a empresa ainda estava viva e prospera o sucesso do 6r4 entre os entusiastas da o impulso que faltava durante 1984 se inicia dentro da empresa o projeto do mg e o nome seguia a ordem iniciada pelo mga e acabada no mgc em produçao; mgd provavelmente e algum projeto interno natimorto que nao conhecemos em uma quebra de uma tradiçao e da ma fama de antiquado que o mgb ganhou ao fim de sua vida seria um carro esporte moderno e tecnicamente avançado usava todo o powertrain do metro 6r4 v6 de corrida em posiçao central traseira e traçao total intactos era carro do tamanho e categoria do lotus esprit mas com desenho extremamente aerodinamico cd de 0 24 segundo a empresa e muito mais avançado que o lotus um trabalho interno dos designers roy axe e gerry mcgovern mostrado no salao de frankfurt em 1985 como o mg ex e experimental e era realmente bonito e extremamente interessante o v6 seria amansado para 250hp nas ruas mas ainda assim daria um desempenho impressionante 5 segundos de 0 100km/h e 290 km/h de final o carro todo ate hoje tem mais cara de 1998 do que de 1985; finalmente um mg centrado no futuro e nao no passado foi um imenso sucesso patrick le quement disse em 1985 logo quando pensavamos que a marca estava morta de vez eles vem com o carro mais incrivelmente impressionante que vi em muito tempo o sucesso do carro porem nao impulsiona sua produçao mas cria uma serie de discussoes internas sobre o futuro da marca que recebem mais impulso com a privatizaçao e a criaçao do rover group em 1986 a decisao de voltar a fazer carros mg e tomada o que começa a tomar forma com o lançamento de um mgb modernizado em 1992 o rv8 o mgf mas o rv8 era apenas algo para lembrar a todos que a mg ainda existia o mg e nao tinha sido esquecido apesar de abandonado seu sucesso de critica tinha mostrado que um mg moderno seria bem recebido afastando qualquer medo de julgamentos a respeito de abandono de tradiçoes [caption id= attachment_294441 align= aligncenter width= 999 ] o mgf 1995[/caption] o novo mg entao seguiria o conceito do ex e mas mantendo uma tradiçao da marca que julgavam mais importante carros baratos baseados em mecanica de carros familiares como os rover agora tinham traçao dianteira o novo mg teria esta mecanica montada atras do motorista em posiçao central traseira mas outra tradiçao seria mantida que nao estava presente no ex e o mgf seria um roadster como todo mg de verdade era o motor vinha da nova geraçao de motores rover o k series criado usando novas tecnicas de fundiçao de aluminio a baixa pressao era um quatro em linha extremamente compacto leve e moderno apesar de desenhado para um maximo de 1 5 litros de deslocamento para o mgf foi desenvolvido uma versao de 1 8 litros 80 × 89 3mm 1796 cm3 dohc/16 valvulas com injeçao multiponto sequencial a versao basica dava 122 cv a 5600rpm e uma versao de comando de fase variavel vvc 145 cv a altos 7000rpm o transeixo era de desenho honda parceira da rover entao de cinco marchas uma nova e super rigida carroceria foi criada para ele com desenho de novo de gerry mcgovern para o mecanismo do teto conversivel foi contratado um parceiro de peso a pininfarina o desenho porem tinha bem menos impacto que o ex e anterior; alguns o chamaram de invisivel o carro era compacto 3912mm de comprimento em um entre eixos longo de 2388mm e um peso total de 1060kg a suspensao inovava de varias formas o carro usava dois subchassis de metro mas a suspensao por dois triangulos sobrepostos nas quatro rodas era totalmente nova e exclusiva exclusiva tambem era a suspensao hydragas o sistema criado pelo dr alex moulton o criador dos cones de borracha do mini original um sistema parecido em principio ao citroen hidropneumatico era porem mais simples e interconectava a frente e a traseira teoricamente nao necessitaria de amortecedores separados mas no mgf eles existiam para melhor acertar o compromisso de aderencia/conforto/controlabilidade a direçao era por pinhao e cremalheira sem assistencia; opcionalmente podia vir com assistencia eletrica uma novidade entao os pneus eram 205/55 r15 era realmente um grande carrinho que podia fazer o 0 100km/h em sete segundos e chegar a 210 km/h bem mais que o entao novo mazda mx5 mas apesar de seu relativo sucesso na inglaterra nao ajudou a empresa que vendida para a bmw logo entraria numa crise administrativa da qual nunca mais retornou a prometida volta ao mercado americano que sempre amou os mg por exemplo nunca aconteceu o carro recebeu uma serie de criticas tambem a sofisticada suspensao hydragas nao casava bem com um carro esporte sendo confortavel e isoladora demais do que acontecia no pavimento a direçao eletrica era horrivel em sensibilidade e a sem assistencia pesada ao estacionar embora fosse um carro moderno e rapido logo depois era lançada a lotus elise em 1996 que vendida ao mesmo preço do mgf mostrava como um carro esporte devia ser feito o mais incrivel e que o lotus usava o mesmo powertrain do mgf no fim um caso classico de quase la a empresa colapsa definitivamente ao chegar o ano 2000 apesar de ter certa sobrevida com donos chineses ate 2005 mudificaçoes ocorrem inclusive adoçao de molas de aço e versoes bravas do k series mas e claro que nao reverte a situaçao desta vez nao so a mg acabava mas toda a industria inglesa de massa uma epoca realmente triste o mgf quase acertou; seu desenvolvimento prometia um novo tipo de mg mas como sempre na natureza quase e a diferença entre ser predador ou almoço; a evoluçao e implacavel para quem e menos que absolutamente perfeito na hora certa e no lugar certo e e bem claro que o mundo de hoje nao e para a mg ainda que por incrivel que pareça a atual dona da marca a saic chinesa ainda venda mg’s em alguns mercados inclusive a inglaterra sedas peruas hatchs e ate sacrilegio inacreditavel esse suv’s como disse implacavel e sem alma essa tal de evoluçao
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