Ainda sobre seriados que estão em evidência e carros: no último dia 19 de abril estreou no Netflix The Last Dance, um documentário em dez partes sobre o lendário Michael Jordan. Embora seja um apanhado geral da carreira do jogador no Chicago Bulls, o documentário dá mais destaque à temporada de 1997-98 da NBA – a última de MJ com os Bulls.
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Por mais que o basquete não seja tão popular no Brasil, o nome de Michael Jordan é conhecido por todos – mesmo que seja por causa do clássico Space Jam. E estamos falando dele aqui no FlatOut por causa de seus carros, claro.
O documentário é ótimo, contando com entrevistas de várias personalidades envolvidas com Michael Jordan na época, e também muitas cenas nunca antes divulgadas da temporada de 1997-98 da NBA. E mesmo que Michael Jordan geralmente não seja famoso por causa de seus carros, eles aparecem com relativa frequência – e são sensacionais.
O mais bacana deles provavelmente é o Porsche 911 Turbo conversível branco de Jordan, que ele dirige pouco depois que o Chicago Bulls conquista seu terceiro título da NBA. Já seria legal se fosse um 911 Turbo conversível comum, mas não: ele é um slant nose – a versão inspirada pelo Porsche 935 com dianteira baixa e faróis escamoteáveis, convertida pela Kremer Racing. Tudo indica se tratar de um exemplar do fim da década de 1980, equipado com motor de 3,3 litros e 286 cv, capaz de ir de zero a 100 km/h em menos de cinco segundos.
Mas o 911 branco que aparece no documentário não foi o ínico nine-eleven que Jordan teve: ele também dirigiu um 911 Carrera S 993 vermelho – o qual serviu de inspiração, aliás, para o Nike Air Jordan VI. O designer do tênis, Tinker Hatfield, até incluiu uma versão modificada do emblema da Porsche na parte de trás do calçado.
Jordan também aparece dirigindo pelo menos três Corvette – dois C4 ZR1 em diferentes tonalidades de vermelho e um C5 preto. Aliás, Michael Jordan chegou a assinar um contrato de publicidade com a Chevrolet em 1984 (ano em que o C4 foi lançado) e foi o “garoto propaganda” do ‘Vette até seus últimos anos com o Chicago Bulls. O primeiro carro que ele ganhou de presente depois do acordo foi justamente um C4 prata, que recebeu a placa “JUMP 23” em referência a seu famoso voo e ao número de sua camisa.
Mas nem só de Corvette vivia Jordan na década de 1980 – não era um contrato de exclusividade. Ele já foi fotografado em uma Testarossa vermelha, equipada com um flat-12 de 4,9 litros e 390 cv, e por muitas vezes ele apareceu publicamente conduzindo uma Ferrari 512TR (a sucessora da Testerossa) preta, que usava uma versão de 434 cv do mesmo motor.
A Ferrari que aparece em The Last Dance, porém, é outra – uma 550 Maranello que Michael Jordan tinha em 1998. Ela também tinha 12 cilindros, porém deslocando 5,5 litros para entregar 485 cv. E ela também inspirou um Air Jordan – o modelo XIV, que tinha um pequeno emblema na lateral muito parecido com o cavallino rampante.
De vez em quando, porém, Jordan deixava os esportivos de lado para rodar com conforto. Em uma das cenas, ele aparece ao volante de um Mercedes-Benz S600 W140 – um carro que, pelas rodas e pela saída de escape, pode muito bem ser um exemplar modificado pela Lorinser, que usava um V12 de sete litros e 395 cv.
Outro Mercedes que Jordan teve nas antigas foi um 380SL conversível, código R107. Fabricado entre 1971 e 1989, ele é o segundo Mercedes que passou mais tempo em produção, sendo ultrapassado apenas pelo G-Wagen.
Mas, nos anos 1990, Jordan também gostava dos SUV da Land Rover – aparecem Range Rover no documentário, um vermelho e um preto. O primeiro é um Range Rover HSE de segunda geração, movido por um V8 de 4,6 litros e 228 cv (enquanto o outro não é identificável, mas é visivelmente um exemplar mais antigo, da primeira geração.
Os carros mais recentes de Michael Jordan também são bem interessantes – ainda que típicos para uma personalidade de sua estatura (pun intended).
Nos últimos anos, MJ já foi flagrado ao volante de um Aston Martin DB9 Volante, que tem um V12 de 5,9 litros e 456 cv, e podia vir equipado com câmbio automático ou manual de seis marchas.
Jordan também teve um SLR McLaren – flagship da Mercedes-Benz que foi substituído pelo SLS em 2010. O carro de Jordan era um 722 Edition, criado em homenagem ao Mercedes 300 SLR 722 que Stirling Moss conduziu na Mille Miglia de 1955.
O carro foi anunciado no eBay em 2017, na época custando US$ 625.000.