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Mil Milhas Brasileiras 2025 aconteceu este fim de semana
As Mil Milhas Brasileiras, uma das mais tradicionais provas de automobilismo de nosso país, aconteceu neste fim de semana, terminando no domingo, dia 26 de janeiro. Oficialmente é o “Grande Prêmio Cidade de São Paulo Mil Milhas Chevrolet Absoluta”.
É uma longa tradição brasileira: foi criada em 1956 por Wilson “Barão” Fittipaldi Sr. e Eloy Gogliano, piloto de motocicleta e presidente do Centauro Motor Clube. A edição deste ano homenageou esta história sensacional da prova, com uma exposição de carro de corrida antigos no autódromo; destaque para o Allard-Cadillac J2X branco que foi de Cyro Caires, além de um Jaguar C-type.
O protótipo AJR conduzido por Emílio Padron, Fernando Fortes, Fernando Ohashi e Henrique Assumpção venceu a prova na geral. Ainda na segunda hora da corrida, o AJR teve problemas em uma parada nos boxes e chegou a cair para a 12ª colocação. A liderança só foi retomada na volta 157. A única oposição veio na forma do Sigma P1 G5 de Bia Figueiredo, Aldo Piedade Jr., Jindra Kraucher, Pedro Queirolo e Sergio Jimenez, que perdeu 15 voltas com um problema de alternador, e deixou a disputa já com o dia claro com falha na suspensão.
A segunda posição ficou com um Porsche 718 Cayman GT4 da Stuttgart, time que contou com Danilo Dirani, Dennis Dirani e Jacques Quartiero, seis voltas atrás dos vencedores. Na terceira posição ficou um BMW M2 CS GT4 pilotado por Lucas Foresti, Henry Visconde, Enzo Visconde e Lucca Visconde.
A prova sempre conta com uma fauna variada e interessante de carros nacionais; grande atração este ano foi um Fiat Pulse Abarth. O Pulse teve suspensão rebaixada, a gaiola regulamentar de proteção, além do escape dimensionado e módulo de potência, elevando os 185cv para 205 cv e 30 mkgf de torque. Mas era largamente original, inclusive nos freios a tambor atrás. O carro conseguiu terminar a prova sem problemas. A equipe contava com Edu Bernasconi, da Fullpower, e o Ricardo Dilser, do Auto Esporte, além de Victor e Roberto Manzini.
Os nossos amigos e participantes do Hot Lap Limeira, a Lira Racing, ganharam a categoria TN1A com sua famosa Ford Courier, pilotada por Augusto Santin, Alessandra Menini, Vinícius Lira, Iures Delfino e José Santiago. Parabéns a todos os participantes, e em especial aos vencedores. (MAO)
Felipe Nasr vence com Porsche em Daytona
A tradicional prova de 24 horas de Daytona, na Flórida, teve sua edição de 2025 este fim de semana também, praticamente ao mesmo tempo das Mil Milhas Brasileiras. A corrida ficou marcada por uma batalha entre os carros Porsche 963 da equipe Penske; no fim a vitória ficou com o brasileiro Felipe Nasr, pela segunda vez consecutiva.
A luta entre os dois carros da equipe Penske começou horas antes. Após acidentes, problemas mecânicos e uma variedade de outros problemas tirarem oito dos outros nove carros GTP do grid da disputa no início da corrida, esse problema deixou apenas o Acura nº 60 da Meyer Shank Racing para lutar contra os Porsches.
Com pouca ameaça à Penske, Nasr se sentiu fortalecido e pressionou o companheiro de equipe Matt Campbell, por algumas voltas, até passar por dentro na “Le Mans chicane” para assumir a vaga. Campbell voltou para lutar com Nasr lado a lado na curva 1 na volta seguinte, mas Nasr manteve a liderança e venceu a corrida. Seus co-pilotos foram Laurens Vanthoor e Nick Tandy. É a 20ª vez que a Porsche ganha a famosa prova.
O Porsche nº 6 de Campbell acabou sendo ultrapassado por Tom Blomqvist no Acura, o que acabou com o sonho de uma dobradinha Porsche. O resultado significa que Blomqvist, terminou em primeiro ou segundo em cada uma das últimas quatro corridas.
No GTD Pro, os Mustangs Multimatic da Ford triunfaram com o trio Dennis Olsen, Christopher Mies e Frederic Verviesch. O Corvette Z06.R nº 3 da Pratt Miller ficou em segundo, e o Mustang nº 64 em terceiro.
O campeonato IMSA agora fará uma pausa antes de retornar nas 12 Horas de Sebring em março. Essa corrida marcará a estreia americana de uma variante de corrida do Aston Martin Valkyrie, o primeiro carro IMSA GTP construído de acordo com as regras da especificação LMH e o primeiro Le Mans Hypercar baseado em um carro “de produção” em décadas. (MAO)
Lister para investimentos por insegurança quanto a legislação
A Lister é uma marca pequena, mas famosa. Foi fundada por Brian Lister em 1954 em Cambridge, Inglaterra, e ficou famosa pelos seus carros de corrida com motor Jaguar, e Chevrolet V8, o “Lister Knobbly”. Após comprar a empresa em 1986, Laurence Pearce mudou foco para preparação de Jaguar XJ-S; o que acaba culminando no supercarro baseado nele, o Lister Storm. Em 2013, a Lister Cars foi adquirida pela empresa Warrantywise de Lawrence Whittaker. A produção do Lister Jaguar Knobblys “continuation” recomeçou, e recentemente a empresa prometia um novo supercarro de rua.
Mas não mais. Em um comunicado, a empresa disse que não vai mais investir em novidades se o governo inglês não continuar dando isenção nas legislações de emissão para fabricantes pequenos, uma tradição que criou a indústria de carros esporte artesanais do país. Até agora, não há confirmação que esses fabricantes estão fora do mandato de somente carros 100% elétricos em 2035, naquele país. É uma situação tão triste que não vamos comentar; melhor reproduzir a nota na íntegra, e só:
“Como a mais antiga fabricante de carros de corrida da Grã-Bretanha, a Lister Motor Company tem orgulhosamente produzido versões de corrida e de rua de nossos carros de continuação Knobbly e Costin nos últimos 10 anos. Temos orgulho de obter nossa matéria-prima da Grã-Bretanha, não apenas para apoiar empresas britânicas, mas porque é assim que nossos carros sempre foram construídos.
O mandato do Veículo de Emissão Zero (ZEV), lançado em 3 de janeiro de 2024, determina que todos os carros novos devem produzir zero emissões até 2035 – uma data que nosso atual governo disse que antecipará para 2030. Isso significa que em apenas 5 anos todos os carros vendidos no Reino Unido provavelmente serão elétricos.
No passado, pequenos fabricantes de automóveis britânicos, como nós, Morgan, Caterham, Ginetta, etc., estavam isentos de exigências de emissão, porque produzimos menos de 1000 carros por ano sob a Aprovação de Tipo IVA ou SVA. No entanto, até agora, o Governo do Reino Unido ainda não declarou se essa isenção continuará.
Este ano, nosso 71º ano de atividade, tínhamos planos de criar um carro de rua com a marca Lister, nosso primeiro modelo novo em mais de 32 anos. Este investimento multimilionário não apenas garantiria o futuro da Lister, mas criaria muitos novos empregos, não apenas em nossa sede e fábrica, mas com muitos fornecedores em todo o Reino Unido.
Do jeito que estamos, sem clareza sobre as regras futuras para carros com aprovação de tipo IVA ou SVA, tomamos a decisão incrivelmente difícil e dolorosa de colocar todos os planos em modo espera. Financeiramente, a Lister está em uma posição muito forte, com zero empréstimos fora do nosso grupo de empresas, mas, ao contrário de fabricantes maiores, simplesmente não podemos nos dar ao luxo de apostar no futuro do nosso negócio.
Como um fabricante de automóveis do Reino Unido lucrativo e pagador de impostos, solicitamos uma atualização urgente da legislação para que saibamos como planejar os próximos 5 anos. Toda manufatura precisa de tempo para mudar, a de carros mais do que a maioria, e no momento estamos tristemente em um impasse. Assinado: Lawrence Whittaker, CEO Lister Motor Company.” (MAO)
Acredite: alguém “modernizou” um Ferrari F40
O Ferrari F40 é reconhecido como o último dos carros esporte analógicos, uma incrível volta ao passado, com tecnologia moderna e desempenho que, mesmo hoje, quase 40 anos depois, espanta. É um carro visceral, vocal, manual. Bravo, indomado, direto, honesto. Nada ali é para impressionar os outros, ainda que todos se impressionam; foi criado tão somente para dar o mais puro prazer ao volante, e nada mais. A última prova de que Enzo realmente sabia dos parangolé.
Precisa o F40 ser “modernizado”? Sim, o carro já é antigo, e a tecnologia evoluiu; certamente é possível hoje fazê-lo mais rápido, mais confortável, mais estável, mais tecnicamente melhor. Mas é o que queremos? Mais aderência de pneus, menos derrapagens, mais conforto, é o que o F40 precisa? E isso ainda seria um F40?
Bom, na verdade não importa o que a gente quer ou não quer. Tem gente fazendo isso já. Uma “boutique” italiana chamada Officine Fioravanti acredita ter melhorado a F40, atualizando o carro com várias peças modernas.
A empresa desenvolveu novos braços de suspensão, cubos e rolamentos para o carro. Eles também instalaram coilovers Ohlins TTX 36 ajustáveis de quatro vias em todos os quatro cantos, na intenção de domar o comportamento indomável no limite. Diz também que tudo isso faz dela algo mais confortável e refinado.
Também há novos freios. Eles consistem em discos de carbono-cerâmica com pinças de seis pistões na frente e, acredite, ABS. Um novo conjunto de rodas também foi desenvolvido. Embora imitem em estilo os originais de 17 polegadas, agora tem 18 polegadas na frente e 19 polegadas na traseira e vêm, claro, com os mais recentes pneus Michelin Pilot Sport Cup 2.
Não há informações sobre o preço da conversão. A Officine Fioravanti chama seu F40 modernizado de F40 Alte Prestazioni. Todo resto da humanidade deve chamar isso de “sacrilégio”. ABS num F40? Pneus Michelin de chiclete? Por favor, alguém mostre a esses caras onde fica a concessionária Porsche, e por favor deixem a F40 em paz. E, Senhora Officine Fioravanti, se prepare: o fogo do Inferno queima forte. (MAO)
Triumph Trident 660 2025 chega ao Brasil
A Triumph lançou no Brasil a nova versão da sua moto Trident 660. A “roadster” da marca inglesa passa a contar com novos itens de série como ABS e controle de tração com atuação em curvas, cruise-control e quickshifter.
No site brasileiro da Triumph, a Trident 660 2025 já aparece com as novidades e em quatro cores: Diablo Red, Cosmic Yellow, Cobalt Blue, Diablo Red e Jet Black. As encomendas já podem ser feitas nas concessionárias da marca, a partir de R$ 50.990.
O advento da Speed 400 e da Scrambler 400 X pode significar que a Trident 660 não é mais o modelo de entrada da marca, mas continua sendo a rota de menor custo para o tricilíndrico da marca. E a moto provou ser um grande sucesso desde sua estreia há quatro anos. As atualizações para 2025, embora não sejam visíveis, representam um avanço substancial em termos de tecnologia. O motor, porém, continua o três em linha de 660 cm³, 81 cv a 10.250 rpm, e 6,5 mkgf a 6.250 rpm. O fabricante declara que mais de 90% do torque é entregue entre 3.600 rpm e 9.750 rpm.
A adição de uma unidade sensora inercial de seis eixos, o tipo de coisa que era exclusiva de superbikes de ponta há apenas alguns anos, significa que a Trident 2025 ganha ABS sensível à inclinação e controle de tração. Há agora também um quickshifter Triumph Shift Assist (completo com blipper de redução de marcha) e cruise control.
O módulo de conectividade Bluetooth, anteriormente uma opção, foi tornado equipamento básico para fornecer conectividade de telefone e navegação curva a curva no pequeno display TFT que fica abaixo do LCD que mostra velocidade e rpm na seção superior do único instrumento circular. Um display de temperatura ambiente também é adicionado, bem como um modo de pilotagem Sport adicional.
O assento está a 805 mm do solo; as suspensões contam com garfos invertidos Showa SFF-BF de 41 mm na dianteira e monoamortecedor Showa com ajuste de pré-carga atrás. Os freios são discos duplos Nissin de 310 mm na frente e disco simples de 255 mm atrás. As rodas são de 17 polegadas com pneus Michelin Road 5 nas medidas 120/70 e 180/55, respectivamente.
O peso aumentou em 1 kg de componentes eletrônicos e quickshifter; ainda assim permanecem em bem decentes 190 kg em ordem de marcha. A moto parece bem interessante, a um preço honesto. (MAO)