Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.
O Zero a 300 é um oferecimento do Autoline, o site de compra e venda de veículos do Bradesco Financiamentos. Nesta parceria, o FlatOut também apresentará avaliações de diversos carros no canal de YouTube do Autoline – então, clique aqui e se inscreva agora mesmo (e não esqueça de ativar o sininho)!
Dodge Challenger ACR pode ser apenas um boato
No início da semana vimos que a Dodge estava supostamente preparando uma versão ACR para o Challenger, algo que poderia muito bem ser uma despedida em grande estilo para o modelo que já está em seu décimo-terceiro ano. Contudo, o pessoal do site Autoweek diz que ouviu de um porta-voz da Dodge — não identificado — que o carro não está nos planos da marca.
A negativa discreta, digamos, é um tanto intrigante, porque os rumores traziam detalhes demais para ser apenas um rumor infundado. Lembre-se que as informações falavam em duas opções de motorização, freios maiores, aerodinâmica avançada e até uma meta de peso de 4.000 libras (1.815 kg), algo ousado para uma plataforma antiga e destinada originalmente a sedãs de luxo.
Contudo, a Dodge já atingiu a marca das 4.300 libras (1.920 kg) com o Dodge Demon, que nem precisou da custosa fibra de carbono para isso. Além disso, o Challenger ACR seria um rival para o Shelby GT500 e o Camaro ZL1 1LE, dois carros igualmente pesados — o Chevrolet tem 1.750 kg e o Ford 1.915 kg. Com a mesma dieta do Demon, somada a rodas de liga super leve (ou mesmo de fibra de carbono) e um pouco de fibra de carbono na carroceria, a Dodge certamente conseguiria chegar muito próximo da meta de 1.820 kg — considere uma redução de 10 kg a 15 kg nas rodas e entre 60 e 70 kg usando painéis de fibra de carbono na carroceria e temos uma redução de entre 70 e 80 kg neste hipotético ACR, o que o tornaria ainda mais leve que o Shelby GT500.
Infelizmente, por ora tudo isso é apenas especulação — e muito provavelmente apenas isso. Será possível que a Dodge vai deixar o Challenger partir sem uma versão de despedida para representar seu auge? (Leo Contesini)
Mudanças no Código de Trânsito terão prioridade na Câmara
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (3) um requerimento de urgência para o projeto de lei que altera o Código de Trânsito Brasileiro. Com isso, a tramitação do projeto será acelerada, permitindo que ele seja colocado em pauta no plenário mesmo sem aprovação das comissões. Embora não haja data para a votação, fala-se que ela poderá acontecer na próxima semana.
A proposta foi entregue pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro da Infraestrutura e Transportes, Tarcísio de Freitas, e visa modificar o sistema de pontuação e suspensão da CNH, além de prever advertência em vez de multa para os condutores que transportarem crianças com menos de 10 anos sem assentos adequados.
O projeto original previa a ampliação do sistema de pontuação de 20 para 40 pontos — um a proposta da qual o FlatOut discorda, conforme explicado anteriormente neste post. A justificativa para a ampliação é que o uso de radares ocultos faz com que os caminhoneiros sejam mais facilmente multados e, com isso, estejam mais sujeitos a atingir o limite de pontos. Contudo, como a Polícia Rodoviária Federal já racionalizou a fiscalização nos últimos meses, focando apenas nos pontos críticos e nas lombadas eletrônicas, tal medida é desnecessária.
Além disso, a proposta foi modificada pelo relator da proposta, o deputado Juscelino Filho, que propõe que o limite de pontos seja de 40 pontos somente se o motorista não tiver nenhuma infração gravíssima em 12 meses, 30 pontos se ele tiver somente uma infração gravíssima, e 20 pontos se tiver duas infrações gravíssimas. Uma mudança ainda desnecessária e permissiva demais, em nosso ponto de vista.
Quanto às cadeirinhas, atualmente ocorre a chamada “insegurança jurídica”. O Código de Trânsito Brasileiro prevê o uso do equipamento adequado às crianças menores de 10 anos, porém não regulamente o uso nem a punição aos infratores. Em 2010 tivemos a chamada “lei das cadeirinhas”, que era, na verdade, uma resolução do Contran para regulamentar a utilização e a punição.
Contudo, legalmente a imposição de penalidade não pode ser regulamentada por uma resolução; apenas por força de lei — o que torna a cobrança de multa inconstitucional. Com a alteração, a previsão de penalidade será incluída no Código de Trânsito, porém a proposta original prevê apenas a advertência por escrito, que isenta do pagamento da multa, mas mantém a pontuação na CNH. (Leo Contesini)
Próxima geração do BMW M5 deverá ser híbrida plug-in
A BMW deve apresentar o M5 reestilizado nas próximas semanas, mas já começaram a circular informações sobre a próxima geração, que deve chegar em 2024. E o que se fala é algo que a gente já espera: ele deverá ser um híbrido plug-in.
De acordo com os britânicos da Car Magazine, a nova geração do Série 5 deverá ter o código G60 e estrear em 2023. Um ano depois será a vez do M5 – que, de acordo com as famigeradas “fontes ligadas à marca”, será definitivamente eletrificado. Daí, há duas opções: um M5 híbrido plug-in, mais provável, ou um M5 totalmente elétrico.
No primeiro caso, a publicação fala em um V8 biturbo ligado a dois motores elétricos, em um conjunto compartilhado com um hipotético BMW X8M. A potência ficaria na casa dos 750 cv, um aumento generoso se comparado ao 625 cv do atual BMW M5 Competition.
No segundo caso, a Car cita um conjunto ousado, com dois motores elétricos – um para cada eixo –, uma bateria de 135 kWh e autonomia de até 700 km. Tudo isto com potência equivalente a 1.000 cv. E mais: eles dizem que a BMW pode muito bem oferecer os dois conjuntos em paralelo.
Nossos 2 cents: se a migração para um conjunto híbrido plug-in na próxima geração do M5 soa até óbvia, a segunda parece um tanto exagerada. O M5 é uma instituição da BMW, um carro de enorme importância para a imagem da marca junto aos entusiastas e com uma carga histórica gigantesca. É o tipo de produto que pede por mudanças graduais, e a adoção de tecnologia híbrida é perfeitamente alinhada com esta visão. Um M5 elétrico… nem tanto.
Embora acreditemos que seja perfeitamente possível para a BMW fazer um super-sedã elétrico, achamos improvável que um carro assim carregue o nome M5. A BMW já tem sua linha i para isto, e faz muito mais sentido criar um super sedã elétrico equivalente ao Série 8, em termos de posicionamento no mercado. Como acontecerá, aliás, com o futudo BMW i4 Gran Coupé. (Dalmo Hernandes)
Mini Jonn Cooper Works GP será vendido no Brasil
A Mini confirmou ontem (3) a chegada do Mini John Cooper Works GP ao mercado brasileiro ainda neste ano. O hot hatch chega no quarto trimestre, em uma série limitada a 25 unidades. Esta é a terceira geração do Mini JCW GP, que é inspirado pelas vitórias do Mini clássico no Rali Monte Carlo e tem um total de 3.000 exemplares numerados.
Além do visual ousado, com para-lamas bem mais largos em fibra de carbono e asa traseira dupla, ele é equipado com um motor 2.0 turbo de 306 cv e 45,7 kgfm de torque – é o Mini produzido em série mais potente da história. Ele vai de zero a 100 km/h em 5,2 segundos, com velocidade máxima de 265 km/h. Só é uma pena que ele não tenha câmbio manual, ficando limitado a uma caixa automática de oito marchas. Por outro lado, ele vem sem o banco traseiro para reduzir peso (uma barra transversal é instalada em seu lugar), tem bancos dianteiros do tipo concha revestidos de Alcantara, tem suspensão 10 mm mais baixa que o Mini JCW comum, e é equipado com rodas de 18 polegadas.
O Mini JCW GP também é o único da família a virar uma volta em Nürburgring Nordschleife em menos de oito minutos – mais precisamente, em 7min56s69, cerca de 30 segundos a menos que a geração anterior. Aliás, com certeza ele é a mais radical das três gerações – falamos sobre todas elas neste post. E o Juliano Barata já andou protótipo no fim de 2019 – se ainda não conferiu o vídeo no canal, corre lá!
O preço ainda não foi divulgado, mas não deve ficar abaixo dos R$ 300.000 (rumores sugerem R$ 350.000) – o Mini JCW normal parte de R$ 221.990 no Brasil. (Dalmo Hernandes)
Toyota Hilux reestilizada é apresentada na Tailândia e deve chegar ao Brasil neste ano
A Toyota Hilux acaba de ganhar seu segundo facelift nesta geração. As mudanças concentram-se na dianteira, com uma nova grade maior, que lembra bastante a Toyota Tacoma. Mas as lanternas traseiras também mudaram – elas mantém o mesmo contorno, mas agora seus elementos internos são mais retilíneos.
O desenho do interior permanece praticamente o mesmo, mas agora o painel de instrumentos tem uma nova central multimídia, com integração com smartphones Android e iOS e botões físicos para ligar/desligar e controlar o volume.
A parte mecânica traz como destaque um novo motor 2.8 turbodiesel, agora com 204 cv e 51 kgfm de torque – o motor usado até agora dispunha de 177 cv e 45,9 kgfm de torque. Mas a Toyota diz que também fez ajustes na geometria da suspensão, com amortecedores recalibrados e novas molas e buchas. Como de praxe, a fabricante diz que as mudanças melhoram o conforto ao rodar sem reduzir a capacidade de enfrentar terrenos difíceis.
O novo visual da picape foi apresentado na Tailândia, mas não deve levar muito tempo para que ela seja atualizada em outros mercados – no Brasil, por exemplo, ela pode estrear ainda em 2020. Ou no início de 2021, se os planos da Toyota forem adiados por causa da pandemia. (Dalmo Hernandes)