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Zero a 300

Morreu Sabine Schmitz aos 51 anos de idade, BMW i4 de produção é revelado, a volta da Aston Martin ao Brasil e mais

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco!

O Zero a 300 é um oferecimento do Autoline, o site de compra e venda de veículos do Bradesco Financiamentos. Nesta parceria, o FlatOut também apresentará avaliações de diversos carros no canal de YouTube do Autoline – então, clique aqui e se inscreva agora mesmo (e não esqueça de ativar o sininho)!

 

Morreu Sabine Schmitz, a rainha de Nürburgring

A esta altura já estamos ficando habituados a notícias ruins, mas algumas realmente nos pegam de surpresa. Hoje (17) morreu Sabine Schmitz, pilota, ex-apresentadora do Top Gear e rainha de Nürburgring Nordschleife – pouco depois do Dia Internacional da Mulher, em uma triste coincidência.

Sabine tinha 51 anos de idade e lutava contra um câncer desde 2017. Ela revelou o diagnóstico em julho de 2020, mas acabou não resistindo e morreu nas primeiras horas desta manhã. A notícia foi dada pela administração de Nürburgring através das sociais, o que só mostra o quão forte era a ligação da pilota com o circuito.

Sabine Schmitz nasceu e cresceu nos arredores de Nürburgring, teve um restaurante chamado Fuchsröhre (por causa do trecho do circuito com este nome) e, depois de dirigir algumas vezes pelo trajeto, começou a disputar corridas –. Ela acabou virando especialista no Inferno Verde e, no começo dos anos 2000, começou a ganhar projeção por ser a “taxista” de Nürburgring, levando as pessoas para conhecer o circuito no banco do carona em um BMW M5 E60.

Mas, apesar de aparecer na TV algumas vezes, o negócio de Sabine eram as corridas: ela venceu duas vezes as 24 Horas de Nürburgring (1996 e 1997); foi campeã da VLN, a categoria de longa duração do circuito, em 1998; e seguiu correndo até quando conseguiu ir até a pista, sendo interrompida apenas pela pandemia.

A morte de Sabine Schmitz, com seu carisma, seu grande talento ao volante e seu profundo conhecimento de um dos circuitos mais icônicos e desafiadores do planeta, é uma perda lamentável para o mundo do automobilismo.

 

BMW i4 aparece em versão de produção

A BMW revelou hoje (17) a versão de produção do i4, seu novo sedã elétrico. O carro é, em essência, uma versão elétrica do Série 4 Gran Coupé – uma solução para dar a ele um visual mais ousado do que se ele fosse feito com base no sedã Série 3.

O parentesco fica bem evidente – as formas da carroceria são praticamente as mesmas, incluindo faróis, lanternas e desenho da grade. O i4, porém, tem para-choque exclusivo com entradas de ar menores, grade com contorno azul e elementos em azul nas laterais. As rodas têm raios “negativos”, com acabamento em preto e prata, como já se via no i3 e no antigo i8.

A BMW ainda não deu detalhes do powertrain, das versões disponíveis, e sequer divulgou imagens do interior. Fala-se em uma possível versão i4M, com visual mais agressivo e um conjunto elétrico com potência equivalente a 530 cv, mas por ora não há palavra oficial.

O que existe, porém, é um visível esforço da BMW para mostrar um modelo elétrico de alto volume feito sob medida para encarar o Tesla Model 3, e também para lidar com o iminente protocolo Euro 7, que tornará ainda mais acelerada a migração da indústria para os carros elétricos, ao menos na Europa. O BMW i4 foi apresentado três meses antes do previsto, e este pode ser apenas um entre vários movimentos da fabricante alemã para, a partir de 2025, oferecer opções elétricas para 90% de sua linha – incluindo a Mini.

 

Aston Martin volta ao Brasil com nova representante

A Aston Martin, aproveitando seu momento de exposição global, decidiu voltar a atuar no Brasil. A marca agora será representada pela UK Motors, de São Paulo (SP), onde será inaugurada uma concessionária nos próximos meses. A iniciativa vem de uma parceria com a Eurobike, importadora oficial da McLaren no Brasil; e com a Stuttgart, que é a maior rede de concessionárias Porsche do País e foi representante oficial da fabricante até 2015.

Será a segunda tentativa da Aston Martin de se instalar no Brasil. A primeira foi de 2010 a 2017, sob o comando do empresário Sérgio Habib – cuja empresa também representa a JAC Motors por aqui. A fabricante ainda não falou sobre os modelos que serão oferecidos, mas é bem provável que o SUV DBX, grande aposta da Aston para aumentar sua participação no segmento de forma global, seja trazido em maior número.

A nova loja da Aston Martin, ainda sem data para inauguração, oferecerá manutenção e assistência técnica para proprietários de modelos mais antigos, comprados na empreitada anterior.

 

Ford F-150 Raptor pode ser vendida no Brasil para encarar a Ram 1500

Bastou a Ram trazer para o Brasil a picape 1500 com motor V8 para a concorrência se mexer, e a Ford pode trazer ao Brasil a F-150 Raptor – versão mais radical da picape que é um fenômeno de vendas nos Estados Unidos.

Descoberto pelo site MobiAuto, o registro junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) não traz o modelo completo, mas diversos componentes externos – faróis, lanternas, grade, capô e tampa traseira. Também foi registrada a grade do modelo comum.

Embora este tipo de registro seja comum e não garanta que o modelo será vendido no Brasil, faz sentido que a Ford esteja pensando em trazer para cá um veículo com tamanha presença e apelo tanto para os entusiastas quanto para a fatia mais abastada do mercado (basta lembrar que a Ram 1500 começa em R$ 400.000). Com o encerramento de sua produção nacional, a Ford agora é uma importadora e deve apostar em modelos com maior valor agregado que também contribuam para mudar a percepção da marca para algo mais “premium” e exclusivo.

Se vai dar certo, é outra história. Mas vai ser bacana ver a Raptor no Brasil (se ela vier, claro), apesar do contexto turbulento.

 

Audi encerra desenvolvimento de novos motores a combustão

Outra fabricante alemã de olho no futuro elétrico, a Audi deve encerrar o desenvolvimento de novos motores a combustão em breve. A notícia foi confirmada ao site alemão Automobilwoche pelo próprio presidente do conselho de diretores da Audi, Markus Duesmann.

Claramente contrariado, Duesmann citou as normas cada vez mais restritivas para emissões de poluentes, com a chegada iminente do Euro 7 em 2025, como um “um imenso desafio técnico que tem pouco benefício prático para o meio ambiente e restringe de forma extrema o motor a combustão interna.”

“Não vamos mais desenvolver novos motores a combustão interna, mas vamos adaptar nossos motores atuais para as novas regras para emissões”, declarou o executivo. A boa notícia é que isto inclui todos os motores, dos 1.0 turbo do grupo VW ao V10 de 5,2 litros dividido por Lamborghini Huracán e Audi R8 – que poderá muito bem receber tecnologia híbrida para continuar existindo.

 

Kia Rio agora é vendido em versão única por R$ 82.000

Um carro competente amaldiçoado por um timing terrível, a partir de agora o Kia Rio é vendido em versão única, a EX, por R$ 81.990.

O Kia Rio foi lançado em janeiro de 2020, semanas antes do início da pandemia de coronavírus, em um momento no qual o mercado se afasta dos hatchbacks para priorizar SUVs. A boa plataforma (que tem elementos em comum com o Hyundai HB20), o desenho agradável e a boa – mas não espetacular – lista de equipamentos não garantiram boa participação no segmento. Inicialmente ele custava R$ 69.990 na versão LX e R$ 78.990 na versão EX, ambas com o mesmo motor 1.6 aspirado de 130 cv.

Agora apenas na versão EX e custando um pouco mais caro, o Kia Rio vem equipado com ar-condicionado digital, bancos de couro, cruise control, controles eletrônicos de tração e estabilidade, câmera de ré, retrovisores externos com ajuste elétrico, hill-holder e central multimídia de sete polegadas.

Quando acabarem os estoques, o futuro do Kia Rio é incerto. Vendendo pouquíssimo, sem sequer chegar ao top 50 mensal, o hatchback foi reestilizado lá fora e está obsoleto no Brasil, mas a Kia ainda não decidiu se o modelo 2021 será comercializado aqui.