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BMW revela especificações do novo M240i, que abandona tração traseira
A nova geração do cupê Série 2 está para chegar, e a BMW já adiantou a ficha técnica de uma das versões mais importantes para os entusiastas – a M240i, imediatamente abaixo do M2.
A parte boa: o cupê continuará movido por um seis-em-linha turbinado – o motor de três litros B58 já usado no M440i, com os mesmos 374 cv. Também terá distribuição de peso perfeita, de 50:50.
A parte não-tão-boa-assim, ao menos para os mais apegados à tradição: dessa vez, o M240i terá apenas tração xDrive, nas quatro rodas, com câmbio automático de oito marchas. Ou seja, ele não será o cupê old school que era até agora.
Em compensação, a BMW garante que o sistema dará prioridade muito maior ao eixo traseiro, com blocante eletrônico no diferencial e, nas palavras da própria fabricante, “manobras de drift facilmente controláveis”. Eles também dizem que a nova geração do M240i terá a melhor dinâmica já vista no modelo, graças à direção com assistência progressiva, à rigidez 12% maior do monobloco e às bitolas mais largas para reduzir a rolagem da carroceria.
É de se supor que, a essa altura, nesse momento da indústria, a gente tenha que agradecer pelo simples fato de termos um novo M240i esportivo, com motor seis-em-linha e tração integral, para aguardar.
Quanto ao visual: por ora a BMW se limita a fotos com camuflagem dos protótipos em testes, mas projeções feitas por diversos veículos apontam para uma dianteira no mínimo diferente, com faróis menores e verticais. Não é um prospecto animador, mas também não é novidade, dada a recente leva de modelos com desenho polêmico vindos da BMW.
O novo M240i será apresentado no segundo semestre de 2021. (Dalmo Hernandes)
McLaren volta a vestir as cores da Gulf no GP de Mônaco
Geralmente associamos o clássico esquema de cores da Gulf Oil ao Ford GT40 e ao Porsche 917 – dois carros que realmente ficavam muito bem de azul e laranja.
Mas a McLaren também teve sua parceria histórica com a Gulf: em 1997, o McLaren F1 correu nas 24 Horas de Le Mans com uma variação da pintura, incluindo preto nas laterais. O carro de número 41, guiado por Jean-Marc Gounon, Pierre-Henri Raphanel e Anders Olofsson, garantiu o segundo lugar na classificação geral, atrás apenas do protótipo Porsche WSC-95 da Tom Walkinshaw Racing.
Apesar de não ter sido o vencedor, o McLaren F1 patrocinado pela Gulf inegavelmente tinha mais carisma que o Porsche da TWR, e acabou se tornando um dos favoritos do público naquele ano. Natural que a McLaren queira homenageá-lo agora.
A pintura inspirada pelo McLaren F1 será utilizada no Grande Prêmio de Mônaco, que será realizado no próximo domingo. E, cá para nós: caiu melhor que o esquema oficial para 2021, que também usa as cores laranja, azul e preto, porém com outra tonalidade e outro arranjo. Deveria aparecer mais vezes.
Em compensação, a McLaren também mostrou um 720S com as cores da Gulf Oil. O carro foi customizado pela MSO (McLaren Special Operations) e, de acordo com a fabricante, levou 20 dias para ficar pronto porque toda a pintura foi aplicada de forma artesanal.
A princípio a McLaren não diz se esse carro já pertence a alguém que fez a encomenda, mas garante que um número limitado de exemplares com a mesma customização será disponibilizado ao público no futuro. (Dalmo Hernandes)
Aston Martin muda de ideia e vai acabar mesmo com o câmbio manual
Você talvez lembre do que a Aston Martin falou sobre o câmbio manual em 2019, quando lançou o atual Vantage AMR: “seremos a última empresa a oferecer uma transmissão manual”. Na ocasião, o modelo recebeu a mesma transmissão Graziano de sete marchas “dog leg” que estreou em 2016 no Vantage S e parecia apenas o início da manualização da nova geração dos modelos da marca.
Mas… já diz a sabedoria popular: nunca diga nunca. O novo CEO da Aston Martin, Tobias Moers, decidiu desfazer a promessa de seu antecessor Andy Palmer, e irá começar a abandonar os pedais de embreagem e alavancas em H a partir de 2022. A decisão é um tanto intrigante, vinda do cara que transformou a Mercedes-AMG no que ela é hoje exatamente por ser um entusiasta de mão cheia. Infelizmente, a decisão é um reflexo das obsessivas normas de emissões, cada vez mais severas, combinadas à preferência do público que tira o smartphone do bolso e faz um pix para a Aston Martin.
De acordo com uma entrevista de Moers aos australianos do site Motoring.au, o câmbio manual se torna um investimento muito pesado porque a ampla maioria dos clientes da marca opta pela versão automática. Ainda que o V8 de origem AMG seja homologado pela Mercedes, a única aplicação com o câmbio manual de sete marchas é feita pela Aston Martin, o que significa que ela precisa homologar o motor anualmente para se adequar à paranoia emissionista da União Europeia, elevando os custos de forma inviável devido ao baixíssimo volume de produção.
Além disso, há uma questão que Moers mencionou sutilmente, mas que vai ao encontro do que já foi dito anteriormente por este que vos escreve: “As pessoas têm que entender que os esportivos mudaram”, disse o alemão à frente da Aston Martin. Ele não se aprofundou no assunto, mas posso recapitular o que já foi dito pela equipe do FlatOut anteriormente: há 30 anos, um esportivo de 400 cv era um carro difícil de guiar, com público restrito às pessoas que conseguiam domá-los ou tinham dinheiro o bastante para usá-los como carros de passeio convencionais.
À medida em que a tecnologia foi integrada aos esportivos, foi possível elevar a potência a níveis jamais vistos ao mesmo tempo em que todo esse desempenho se tornou mais acessível a motoristas comuns — tanto pela segurança quanto pela automação, e aqui me refiro às transmissões automáticas, semi-automáticas ou automatizadas.
O câmbio manual, em 2021, é restrito a apenas carros de baixíssimo custo e a alguns esportivos. Isso, infelizmente, não é suficiente para mantê-los vivos. Ar limpo, clima controlado, segurança integrada, consumo baixo e facilidade de operação mataram o câmbio manual. Não se pode ter tudo o que se quer. (Leo Contesini)
Renault Alaskan pode ser lançada no Brasil, importada da Argentina
Quem achou que a novela da Renault Alaskan havia acabado acaba de ganhar um novo capítulo para acompanhar. Isso porque, de acordo com os hermanos do Argentina Autoblog, a divisão argentina da Renault quer fabricar a picape em território portenho e exportá-la para outros países do Mercosul, incluindo o Brasil.
Para quem não lembra, a Alaskan é a versão Renault da Nissan Frontier, com outra dianteira, porém todo o resto praticamente igual. Há quase um ano, em junho de 2020, a Renault brasileira afirmou ter desistido de vendê-la por aqui. Àquela altura a picape já havia aparecido no Salão do Automóvel, em 2018, e a própria Renault já havia confirmado sua chegada em 2019. Até rodavam alguns exemplares no Brasil, inclusive, mas a Renault disse que os testes faziam parte do desenvolvimento da caminhonete para países vizinhos, e que não eram necessariamente voltados para o lançamento no Brasil.
Agora, porém, o presidente da Renault Argentina, Pablo Sibila, disse que a operação local quer retomar os planos. “Estamos falando sore exportações com nossos sócios do Brasil, do Chile e da Colômbia, e procurando um modelo de negócio que torne a picape argentina viável para eles”, declarou o executivo. “A ideia é levar toda a produção argentina para esses mercados, começando em 2022 por questões de homologação, que levam tempo.”
A Renault diz que, caso concretizados, os planos têm potencial para gerar ao menos 1.000 empregos naquele país, entre diretos e indiretos. (Dalmo Hernandes)
Alfa Romeo surpreende com conceito inspirado nos Abarth do passado
O Alfa Romeo 4C, tristemente, já não está mais entre nós – ele foi descontinuado em 2019 na versão cupê e, em 2020, o conversível teve as vendas encerradas. Mas os italianos sabem que seu peso-pena de motor central-traseiro tem muito potencial (afinal, são cerca de 1.000 kg empurrados por um 1.75 turbo de 240 cv) e, por isso, decidiram dar a ele um último suspiro.
E esse suspiro veio na forma de um conceito retrô surpreendentemente bem resolvido, com uma inspiração inesperada: o Abarth 1000 SP – de Sport Prototipo.
O original foi feito de 1966, projetado pelo engenheiro milanês Mario Colucci, e participou de provas de longa duração na Itália sob as regras do Grupo 6. O motor era baseado no propulsor do Fiat 600D, com 1 litro de deslocamento e potência de 105 cv. Foram feitos poucos exemplares para venda a pilotos, e também houve versões com motor 1.3 e 2.0. Com estrutura tubular e um conjunto mecânico compacto, incluindo radiadores ao lado do motor, o resultado era um protótipo baixo, minimalista e muito leve: tinha só 480 kg.
O conceito da Alfa Romeo, também chamado Abarth 1000 SP, é fortemente inspirado no protótipo, especialmente a dianteira – tem as mesmas formas arredondadas e fendas no capô e pequenos faróis redondos, abrindo mão apenas do mecanismo retrátil. Na traseira, a mesma coisa: lanternas redondas e duas saídas de ar retangulares imitam muito bem o visual do protótipo de 1955.
A Alfa Romeo limita-se a dizer que o carro tem o mesmo motor 1.75 turbo de 240 cv do 4C, bem como o mesmo câmbio de dupla embreagem e seis marchas. Eles também não dizem qual será o propósito do carro, sugerindo apenas que ele participará de eventos de clássicos nos próximos meses.
É bem provável que, infelizmente, ele permaneça como um one-off. Mas a gente torce para que a Stellantis se anime e faça uma série limitada – programas de clássicos e exclusivos não estão em alta ultimamente? A Porsche não vai começar a fazer carros sob medida para os clientes? Olha aí o exemplo, Alfa Romeo! (Dalmo Hernandes)
Transeixo do Porsche 550 Spyder de James Dean está à venda
Se você curte teorias obscuras e tem interesses mórbidos, ou simplesmente curte suvenires de celebridades, um item que apareceu recentemente à venda pode chamar sua atenção: o transeixo do Porsche 550 Spyder em que James Dean sofreu seu acidente fatal está à venda.
Como você deve lembrar, James Dean morreu em 30 de setembro de 1955, cerca de um mês antes da estreia de “Rebelde sem Causa” (Rebel Without a Cause) – filme que lhe rendeu a primeira indicação póstuma ao Oscar de melhor ator na história do cinema. Ele dirigia seu Porsche 550 Spyder, apelidado Little Bastard, quando bateu de frente em um Ford Tudor. Dean estava a caminho de uma corrida, e possivelmente se empolgou no acelerador. Com motor traseiro e apenas 550 kg, o Spyder sempre foi um carro traiçoeiro.
Em 2015, fizemos uma matéria dizendo que o carro, desaparecido havia décadas, foi supostamente encontrado em um galpão no estado de Washington, próximo à fronteira com o Canadá. Não se falou mais do Little Bastard depois daquilo, e a carroceria ainda não foi encontrada. Mas o transeixo do carro – com câmbio e eixo traseiro integrados – não só tem seu paradeiro conhecido como está à venda.
Ao contrário da carroceria, que foi comprada por George Barris (sim, o famoso customizador) pouco depois do acidente, o conjunto mecânico foi parar nas mãos de um homem chamado Dr. William F. Eschrich, que capotou o Lotus durante uma corrida. O motor desapareceu com o tempo – supostamente depois que o Dr. Eschrich sofreu seu acidente – mas o transeixo está à venda no site Bring a Trailer.
Embora não existam muitas informações no anúncio, o site diz que o atual proprietário está com o transeixo há cerca de um ano, e que a peça acompanha documentação que prova sua origem, tanto do DMV da Califórnia (órgão equivalente ao Detran nos Estados Unidos) quanto da própria Porsche.
O leilão para o transeixo está no ar – termina em 12 dias, e no momento o lance é de US$ 100.000 (cerca de R$ 525.000 em conversão direta, maio de 2021). É um valor alto, que indica que o comprador provavelmente está interessado no valor histórico da peça, e não na peça em si. Até porque, com a fama de amaldiçoados que os componentes do Little Bastard têm, talvez seja melhor não arriscar… (Dalmo Hernandes)
BMW vai reduzir pela metade oferta de motores a combustão nos próximos cinco anos
A BMW prepara uma mudança importante para os próximos anos. Em uma reunião com investidores, realizada na semana passada, a fabricante anunciou que vai reduzir pela metade o número de motores a combustão em sua linha até 2025. As palavras vieram do próprio Presidente do Conselho de Administração da BMW, Oliver Zipse.
De acordo com o executivo, a BMW projeta que metade de suas vendas será de carros elétricos em 2030. Em sintonia com essa demanda, a redução de opções de motores a combustão faz sentido – atualmente, com motores que vão de um três-cilindros turbo de 1,2 litro ao V12 N74 usado pelos Rolls-Royce, há uma série de configurações com mais uma enorme variedade de calibragens. Sem falar nos motores a diesel.
“Estamos reduzindo a complexidade, com menos variantes e menos powertrains”, disse Zitse. “Vamos manter apenas aqueles pelos quais há real demanda.” Essa redução vai começar com a Mini, que receberá seu último carro com motor a combustão em 2025 e, quando ele for descontinuado, ficará apenas com carros elétricos. BMW e Rolls-Royce deverão seguir um caminho parecido – a BMW, por exemplo, terá 13 veículos puramente elétricos em sua linha a partir de 2023, se tudo correr conforme planejado. (Dalmo Hernandes)