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Mauro Forghieri, lendário engenheiro da Ferrari, falece aos 87 anos
No final de 1961, o jovem Mauro Forghieri trabalhava na Ferrari há apenas um ano e pouco. Tinha sido indicado por seu pai, Reclus Forghieri, um torneiro mecânico desde o início da Ferrari.
Seu chefe era o autoritário, poderoso e rotundo Carlo Chiti, e o outro engenheiro da casa era o não menos importante Giotto Bizzarrini. Este último, a pedido de Enzo, estava naquele momento desenvolvendo uma evolução do Ferrari 250 para competição, que estava destinado a ser o carro mais lendário da história: o 250 GTO.
Mas em novembro, de um dia para outro, tudo mudou. Principalmente a vida e o futuro de Forghieri. Num episódio conhecido como “A noite do facão”, oito gerentes da empresa que tiveram a coragem de encostar Enzo na parede, foram demitidos, inclusos aí Chiti e Bizzarrini.
No dia seguinte, Enzo chama o único engenheiro “sobrevivente” da empresa, Mauro Forghieri, na sua sala, e pede que ajude a “responder as questões técnicas” da empresa. Aos 27 anos, era agora o diretor técnico da Ferrari. Um evento que definiria o resto de sua vida. Forghieri manteve o cargo até 1984, num total de 22 anos; sairia da Ferrari definitivamente em 1987.
Forghieri não parou, claro; depois disso trabalhou como diretor técnico da Lamborghini, quando a Chrysler era dona da marca, e depois na revivida Bugatti do EB110, ali perto em Campogalliano, passando toda sua vida profissional ao redor de Modena. Suas contribuições para a indústria são incontáveis, começando pelo término e lançamento do 250 GTO, e na Ferrari incluindo sete títulos mundiais de F1 sob sua tutela. Fez quatro pilotos campeões mundiais, e ganhou 54 grandes prêmios.
Ontem, o Engenheiro Mauro Forghieri veio a falecer, aos 87 anos de idade. Descanse em paz, Mauro Forghieri; definitivamente não será esquecido. (MAO)
Nissan Versa com câmbio manual também vai morrer
O Nissan Versa 2023 deverá começar a ser vendido ainda em novembro. As mudanças são pequenas, mas de qualquer forma importantes. Primeiro, a má notícia: a versão manual, já difícil de se achar a algum tempo, morre definitivamente no MY 2023. Depois do fim do VW Virtus manual, era a única opção de sedã familiar com câmbio manual. Era sendo a palavra-chave aqui.
Sim, agora será disponível apenas com o câmbio CVT. Mas para compensar ó que beleza: receberá um carregador de celular por indução de série. Fogos de artifício, festa, purpurina no ar, eeee… Além disso, o motor 1.6 litro aspirado foi recalibrado para atender o Proconve L7. E é só. O facelift do modelo, aparentemente, ficará para o modelo 2024.
Como o Kicks manual também foi descontinuado, agora somente transmissão automática do tipo CVT, com 6 velocidades simuladas, está disponível na Nissan. Sim, existe uma versão de entrada da picape Frontier manual, mas é algo irrelevante neste assunto.
O motor 1.6 16V flex recebe a mesma modificação realizada para atender legislação que foi feita no Kicks: reduz ligeiramente a potência de 114 cv para 113 cv, e o torque de 15,5 mkgf para 15,3 mkgf, com etanol. RIP, sedã “barato” manual. (MAO)
Biografia cinematográfica de Lamborghini estreia em novembro
Foi divulgado o trailer do filme “Lamborghini: The Man Behind The Legend”, a ser lançado oficialmente dia 18 de novembro. Pretende ser uma biografia cinematográfica do lendário fabricante de tratores que desafiou Enzo Ferrari.
O filme traz Frank Grillo como Lamborghini, e Gabriel Byrne como Enzo Ferrari. Mas a julgar pelo trailer, o orçamento parece estar longe de um Ford vs Ferrari, por exemplo. E as liberdades históricas famosas tomadas por Hollywood transbordam de tal forma até no trailer que dá medo de pensar em como será no filme.
O primeiro Lamborghini mostrado é na verdade a versão de produção e não o protótipo GTV; o encontro de Lamborghini e Ferrari se dá na porta de uma casa com Ferrari entrando no seu carro. As corridas antigas parecem pouquíssimo reais. E é mostrado repetidamente uma estranha competição entre Ferrari num Mondial V8 (ein? Não conseguiram grana para um 512 BB?) e Lamborghini num Countach. Dói de ver.
Mas pelo menos, parece que a estrela, o ponto de virada da história, será o Miura. Pessoalmente estou ansioso para ver esse conto de fadas de quatro jovens criando esta obra-prima chegar à telona. Tomara que não assassinem isso…
A vida de Enzo também está prestes a ir para os cinemas, e parece que pelo menos, com mais dinheiro na produção. Afinal de contas, Ferrari será representado por Adam Driver, um ator no auge de sua carreira, e de alto valor em tinseltown. Mas a baixa de qualidade das produções cinematográficas recentes nos faz tremer de medo com as possibilidades de se arruinar histórias tão interessantes. Veremos! (MAO)
Este é o Ford Transit Trail
Se você não percebeu, no primeiro mundo cresce a olhos vistos o mercado vans transformadas em motorhome, além de outros tipos de veículos com a mesma capacidade. Faz parte da receita a tração na quatro rodas e a capacidade off-road, também.
No primeiro mundo, é moda ficar off-grid, desaparecer no mato e nesse mundão afora, autossuficiente em sua van superequipada que custa mais que umas 50 casas populares no terceiro mundo. Chamado também de Overlanding, este novo passatempo de gente rica está ficando tão popular que logo teremos congestionamento no mato. Hashtag vanlife, bro!
A mais nova oferta oficial neste mercado crescente e obviamente lucrativo é da Ford. É o Ford Transit Trail. O vão livre é aumentado em 89 mm, e a bitola em 70 mm. As rodas são de 16 polegadas, pretas, e usam pneus off-road Goodyear Wrangler Workhorse de 30,5 polegadas.
A van pode vir com dois comprimentos totais (5982 e 6703 mm) num mesmo entre-eixos de 3749 mm, e teto alto ou baixo.
O motor é o V6 Ecoboost, um 3,5 litros biturbo de 310 cv e 55 mkgf de torque, o que deve fazer a vida fora do grid pelo menos rápida pacas. O câmbio é automático de 10 velocidades, e a tração é nas quatro rodas, com cinco modos selecionáveis: Normal, Eco, Mud/Ruts, Tow/Haul e Slippery.
No interior, o Transit Trail vem com uma tela de infotainment de 12 polegadas com o software Sync 4 da Ford. Existem tomadas de 110 volts, 12 volts e USB para conectar dispositivos, além de chave inteligente, assistente de ponto cego com detecção de ré e lateral e cruise control adaptativo.
A cabine também vem preparada para anexar armários, prateleiras, camas ou qualquer outra coisa que o proprietário deseje. Um pacote opcional Upfitter adiciona uma barra de luz externa, um console central, um painel de fusíveis auxiliar, baterias AGM duplas e fiação modificada para facilitar a construção de um motorhome.
O carro começa nos EUA num preço de US$ 65.975 (R$ 339.111) para a versão menor com teto baixo. Se você achou barato, saiba que a montagem da casa atrás pode dobrar facilmente este valor. A Ford começa as entregas na primavera americana de 2023. (MAO)
Enyo e Bully: os carros dos Ringbrothers no SEMA
Os irmãos Jim e Mike Ring são hot-rodders do Wisconsin, que mantém uma empresa de peças de customização chamada Ringbrothers; mas são mais famosos por seus Custom-Builds, carros feitos sob encomenda que custam fortunas, mas elevam a ideia do modelo original em que são baseados à alturas nunca antes imaginadas.
No SEMA deste ano, trouxeram quatro desses carros fantásticos. Um Camaro e um Mustang, coisas que estamos acostumados a ver saindo de suas instalações, mas também duas novidades interessantíssimas e criativas. O Blazer K5 “Bully”, e a caminhonete Chevrolet 1948 “Enyo”.
A picape na verdade é um mutante incrível, com muito pouco do original. Usa uma versão estreitada e alongada da cabine original, complementada por um chassi especial sob medida e muitas peças de fibra de carbono. Sob o capô está um LS V-8 de 510 cid (8,4 litros) aspirado da Goodwin Racing Engines que produz mais de 1000 cv, e oito borboletas individuais de injeção. A transmissão é automática 4L80 construída pela Bowler Performance.
Mas é a aparência que é incrível: rodas pretas e pneus slick larguíssimos, expostos, e uma carroceria que lembra tanto a picape de 1948, quanto um carro de Stock-car dos anos 1940. E a cor! Incrível, uma verdadeira obra de arte sobre rodas.
O Blazer “Bully” é também simplesmente incrível. É baseado num Chevrolet de 1972, mas pouco sobra dele. O teto semiconversível é diferente e exclusivo, com seções removíveis separadas. E o interior é simplesmente psicodélico, com bancos de faixas de lona trançadas que devem ser pouco confortáveis, mas são legais pacas e fáceis de lavar. O painel, volante, acabamento, tudo é novo, diferente, e original.
E mecanicamente é uma fera também, como você pode imaginar. Tem incríveis 1200 cv do seu LS3 de 6,8 litros supercharger construído pela Wegner Motorsports. O câmbio automático especial leva força para dois eixos Dana, dianteiro e traseiro. O chassi exclusivo é do Roadster Shop, e a suspensão tem coilovers da Fox Racing e rodas HRE personalizadas.
Um par de criações caríssimas e especiais, de mais um ateliê de alta costura automotivo, ainda que nesse caso com forte inspiração redneck. Sensacional. (MAO)