FlatOut!
Image default
Zero a 300

O BYD de baixo arrasto | A RE Hunter finalmente à venda | Ferrari-on-fire e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere com a gente!

 

BYD se prepara para lançar o sedã mais aerodinâmico do mundo

Algo interessante nesta nova leva de veículos elétricos é o interesse renovado em aerodinâmica. Especialmente por ser justamente a pior hora para o elétrico: eles são eficientes no trânsito, onde gastam muito pouco no anda e para. Na estrada, obrigados a dar potência constante, menos; o menor arrasto aerodinâmico ajuda muito aqui.

Agora chega a notícia da China que a YangWang, uma marca premium recém-criada pela BYD, está começando a mostrar seu novo sedã U6. A empresa declara que este sedã de luxo tem o menor coeficiente de arrasto aerodinâmico entre os carros de produção normal, em todo mundo: 0,195.

Isso significa que será mais aerodinâmico que o Mercedes-Benz EQS, atualmente com um Cx de 0,20. O Porsche Taycan, por exemplo, tem excelentes 0,22, mas longe do novo chinês. O carro ainda não foi apresentado oficialmente; apenas registros de propriedade intelectual e algumas imagens em apresentações existem por enquanto. Seu nome e coeficiente de arrasto foram anunciados durante a Conferência Anual Acadêmica do Comitê de Aerodinâmica Automotiva na China.

Obviamente então não existem muitos dados sobre o carro; suas proporções são semelhantes às do BYD Chaser 07, que tem 4.980 mm de comprimento, embora possa ser ainda maior. A versão totalmente elétrica provavelmente será como os outros YangWang (o SUV U8 e o supercarro U9): quatro motores, 1115 cv.

A mídia chinesa sugere que o YangWang U6 terá um preço em torno do equivalente a R$ 550.000, bem mais barato que todos seus concorrentes diretos. O futuro elétrico é realmente a chance da China acabar com todas as marcas tradicionais do ocidente. Não há como competir com eles, neste caso. (MAO)

 

Royal Enfield Hunter começa a ser vendida no Brasil

A marca inglesa que hoje é indiana, a Royal Enfield, finalmente inicia as vendas de sua motocicleta mais barata aqui no Brasil: A Hunter 350. A moto é basicamente a já conhecida Meteor/Classic 350, numa roupagem diferente, para um público dito “urbano” e mais “jovem”. Que para este tipo de moto significa algo mais perto de 55 que 25 anos de idade, a gente pode imaginar.

É uma moto que provavelmente terá comportamento mais agradável também: o cáster é mais normal, menos acentuado como é nas outras. As rodas são de liga leve, com 17 polegadas e pneus 110/70 na dianteira e 140/70 na traseira. Na traseira, nada de monochoque: dois amortecedores com ajuste de pré-carga de mola em seis níveis. Os freios são discos simples nas duas rodas.

O motor é o mesmo monocilíndrico de 349 cm³, arrefecido a ar; a empresa tem mania de declarar que é um arrefecimento “misto ar-óleo”, mas isso é tão comum para motor “a ar” que raramente é mencionado por outros. Enfim: são 20,2 cv a 6.100 rpm e 2,7 mkgf a 4.000 rpm, números idênticos aos de suas irmãs Meteor e Classic. O câmbio tem cinco marchas.

De série itens como tomada USB e freios com ABS. O painel de instrumentos é bem simples, contando com velocímetro analógico e uma pequena tela acumulando as funções de odômetro, odômetro parcial e marcador do nível de combustível.

Preço: parte de R$ 19.990, e chega a R$ 21.990 na outra configuração mais completa, a Rebel. Um concorrente tradicionalista em design e missão das mais modernas Honda CB 300F Twister (R$ 21.720) e a Yamaha FZ25 (R$ 22.090). (MAO)

 

Ferrari 250 GTO trava motor e pega fogo em Goodwood

Muita gente quando vê carros como este, um Ferrari 250 GTO, competindo seriamente em pista, trinca os dentes em ansiedade. Afinal de contas um GTO original é algo que vale mais de 50 milhões de dólares americanos no mercado internacional; coisa próxima de 250 milhões de reais. Um orçamento generoso anual para um pequeno país africano, por exemplo.

Ainda mais numa situação como esta: o ex-piloto de Fórmula 1 Karun Chandok teve o motor travado ao mesmo tempo que o carro pegava fogo; rodou bonito por isso. A corrida acontecia em Goodwood, mas felizmente acabou bem: ninguém saiu ferido. Veja aos 1:12 min no video abaixo.

A rodada flamejante aconteceu durante a corrida “Lavant Cup”, um evento para Ferraris V-12 desta época. O carro começou a soltar fumaça primeiro, e depois a pegar fogo na saída de uma curva. As rodas traseiras travaram, fazendo o carro girar. Chandok de alguma forma recuperou o controle rapidamente, pensando rápido enquanto reorientava o carro e o dirigia direto para a grama externa, onde a equipe de emergência poderia atendê-lo.

Chandok disse, uma postagem nas redes sociais, que apenas sua bota foi vitimada: derreteu no fogo. Ele afirma que “algo explodiu” e travou a roda pouco antes da rodada. Provavelmente o V12 Ferrari travou e está perdido. Mas o fogo foi apagado, e o carro, salvo.

E não há nada que se preocupar, além do risco de vida para o piloto, aqui. Se o carro queimasse inteirinho ainda assim não seria mais que um contratempo financeiro irrelevante para o dono. Afinal de contas, fazer outra Ferrari 250 GTO do zero não custa muito mais que um milhão de dólares; a posse do número de chassi correto é que vale 50 milhões. Já você, se seu Celta explodir o motor em chamas no track-day, o pobre carrinho vira lixo imediatamente, o valor dele muito inferior aos reparos. Sim, vida de rico é diferente. (MAO)

 

A volta do Alpine A310

Vamos lá: o A310, sucessor do Alpine A110 original nos anos 1970, nunca foi um sucesso como o seu antecessor. O A110 era uma arma de rali que podia ser usado nas ruas; o A310 pretendia ser um carro de rua primeiro, um 2+2, um concorrente do Porsche 911. Principalmente quando apareceu a subsequente versão V6, com o motor de alumínio SOHC aspirado que conhecemos com o nome de PRV.

Alpine A310/ GTA/ A610: quando a Renault fez um 911 francês

Mas sucesso ou não, um dos sucessores do atual A110 será um 2+2 que espera ser um concorrente dos 911. Nada mais justo que o nome seja revivido: sim, de acordo com a revista Autocar, é justamente isso que vai acontecer.

Se você ficou animado, saiba que será diferente do atual A110 numa forma crucial: será somente elétrico. A empresa disse à revista que “o modelo permanecerá fiel aos princípios de leveza e agilidade que definiram a empresa francesa.” Será também um dos sete novos carros elétricos que serão lançados até 2030 como parte de um programa de “reinvenção” da marca esportiva do Grupo Renault.

A projeção da Autocar para o novo A310

No passado o A110 permaneceu em produção quando o A310 foi lançado como um Alpine de luxo; eventualmente o A110 morreu e ficou só o 2+2. Agora a estratégia é a mesma, mas sem morte do A110 no futuro, claro. Ambos serão baseados na mesma plataforma do próximo cupê elétrico A110, previsto para 2027, e os dois serão um espelho francês do esquema do Porsche 718 Cayman e 911. O novo A310 deve ser lançado em 2030.

A Alpine pretende deixar de ser um fabricante de nicho para se tornar um player de volume no cenário mundial. Uma linha diversificada de sete produtos incluirá o hot hatchback A290 baseado no Renault 5, o A110 (nas formas coupé e roadster), o A310, o SUV GT X-Over e até sedãs de luxo no idioma do Tesla S e Taycan. Todos elétricos apenas, claro. (MAO)