Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.
Conheça o Aston Martin DBS 770 Ultimate Volante
A Aston Martin apresentou o DBS 770 Ultimate em janeiro. Disse também que existiria uma versão conversível, que em língua Aston Martin chama “Volante”. Agora a marca revela a versão em uma série de fotos e especificações.
Como seu irmão cupê, é o Aston mais potente de todos os tempos, com um V12 de 5,2 litros Twin-turbo de 770 cv e inacreditáveis 91,7 mkgf de torque a partir de baixos 1800 rpm. A transmissão é a onipresente ZF automática de oito velocidades, controladas também por borboletas atrás do volante. É um carro de quase duas toneladas aos 1945 kg em curb, mas para o uso GT, e com todo esse torque e potência, isso pouco importa, vamos combinar.
Apenas 199 conversíveis serão produzidos, menos que os 300 cupês a serem feitos. Todos os 499 carros já estão vendidos. Ainda assim, a empresa se deu ao trabalho de lançar um configurador online com todas as infinitas combinações de cores disponíveis. Presumivelmente para que os meros mortais como nós possam brincar de pedir um Aston zero, como se fosse o configurador um videogame. Um esporte estranhamente popular hoje em dia, mas um que meu pai, que Deus o tenha, certamente chamaria de “masturbação pura”. Fun, but pointless.
Todos os cupês e conversíveis são montados em rodas de 21 polegadas especiais, com um complexo design multi-raio, que a empresa diz ser “derivada das instaladas no Valkyrie e no exclusivo Victor”. Em desenho só, né? Os pneus são Pirelli P Zero medindo 265/35 R21 na frente e 305/30 R21 na traseira.
Obviamente, logotipos “770 Ultimate” abundam, e, não podia faltar, uma plaquinha diz qual dos últimos 199 Volantes é o seu. A incrivelmente ridiculamente nomeada “divisão Q by Aston Martin” tem mais uma vasta gama de personalizações extras para quem acha que ter apenas um carro de edição especial com 770 cv e conversível ainda não é exclusivo o suficiente.
A produção já começou e as primeiras entregas aos clientes estão programadas para o terceiro trimestre de 2023. Termino dizendo que a Aston perde a chance de se juntar com a Lamborghini só pela chance de nomear um carro o “Ultimate Ultimae Volante Performante”. Pronto, falei! (MAO)
Vigilante 4×4 é um Restomod do Jeep Gladiator 1966
O negócio de Restomod só faz aumentar hoje em dia; com o aumento do desejo de personalização, e o design do carro mais moderno… bem, não há outra forma de dizer isso, cada vez mais feio mesmo, os Restomods parecem ter vindo para ficar.
Veja por exemplo este das fotos, feito pela “Vigilante 4×4” americana. Existe hoje, zero km, uma picape de linhas tão econômicas, e ao mesmo tempo tão perfeitas em linha e proporção? Repare como não há quase decoração nenhuma, nenhuma tentativa de flame surfacing, nenhum desenho estrambólico de farol, nenhuma grade de dois andares. Linhas simples e bem feitas e só. É linda.
O desenho é de 1962, mas ainda é belo, e, parece, ainda atrai compradores de caros restomods em 2023. É um Jeep Gladiator, a versão picape do Jeep Wagoneer da geração SJ, corrente até o ano de 1991. Coisa bonita e boa dura no mercado, mesmo mercado de primeiro mundo.
Confesso que gostaria mais de ter um original, e com o seis em linha “Tornado”, o OHC Hemi que depois acabou na Argentina debaixo dos capôs do IKA Torino. Talvez transformado num motor com três Webers duplos na especificação do Torino 380W… Mas divago. Como todo restomod moderno, este recebe um motor moderno de sua marca, no caso, a Jeep.
A Vigilante 4×4 oferece várias opções de trem de força, todos V8 Hemi da Chrysler. Inclusive o motor Hellcat, o 6,2 litros Supercharged de mas de 700 cv que conhecemos tão bem. Felizmente, a linda picape azul das fotos tem um V8 normal de 485 cv, aspirado: já é motor demais para um carro assim, sinceramente. O câmbio pode ser manual de seis velocidades ou automático de quatro, e tração 4×4 selecionável, com caixa de redução. Escolha o automático, o V8 menos potente, ande tranquilo com o braço esquerdo permanentemente apoiado na janela aberta, e seja feliz.
A carroceria é de um modelo 1966, com acabamento em Empire Blue por fora com um interior branco creme com uma mistura de couro bege e Alcantara. A melhor parte é que o design clássico, por dentro e por fora, é mantido em sua forma original com todos os emblemas e logotipos Jeep originais.
A suspensão é também toda nova, uma moderna four-link de dois eixos rígidos, molas helicoidais Eibach e amortecedores Fox 2.0. Mas o foco aqui é o off-road, claro. Os freios são a disco nas quatro rodas, com pinças Baer de seis pistões, escondidas atrás de rodas de 17 polegadas que emulam as originais de 1966, em aço.
A restauração começa com um escaneamento 3D completo da carroceria do veículo existente para validar a instalação na nova plataforma. A carroceira é então desmontada completamente, e cada parte submetida a jateamento e preparação detalhada para restauração. Um processo longo e minucioso, e obviamente caro.
Por isso, uma picape que em 1966 era totalmente acessível, hoje é um artigo de luxo, se você a deseja zero km novamente. O preço inicial para se repetir a picape das fotos é nada menos que US$ 295.000 (R$ 1.448.450), nos EUA. Ouch!
Caterham expande instalações e completa 50 anos de idade
Algumas notícias vem para aquecer nossos coraçõezinhos em tempos difíceis; esta é definitivamente uma delas. A Caterham, a empresa herdeira do Lotus Seven, este ano está fazendo 50 anos produzindo o clássico Lotus initerruptamente. E está em pleno progresso: se mudou para novas e maiores instalações em Dartford, Kent, um prédio abrigará toda a produção, engenharia, e funcionários comerciais da Caterham sob o mesmo teto. O novo parque industrial é chamado Dartford X e está localizado perto da fábrica existente da empresa. Meio que restaura nossa fé na humanidade, não?
A instalação ainda não está totalmente concluída, mas a Caterham espera ter todas as operações concluídas no final deste ano. A mudança para uma nova sede faz parte de um plano maior da fabricante de aumentar sua capacidade de produção em 50%, para aproximadamente 750 carros por ano. Além de aumentar a capacidade de produção, a nova instalação também oferecerá visitas à fábrica, eventos especiais e entrega de veículos.
A instalação de mais de 5000 metros quadrados foi construída depois que os proprietários da Caterham, VT Holdings – um dos maiores grupos varejistas do Japão – fizeram um investimento de vulto na empresa. A Caterham fabrica carros desde 1973; inicialmente, a empresa estava sediada na cidade de Caterham, mas mudou-se para Kennet Road em Dartford em 1987.
E o seu produto sempre foi o mesmo: o aparentemente imortal Lotus Super Seven. Lentamente evoluído, numa miríade de versões e motores, mas sempre fiel ao princípio e desenho básico que Graham Nearn comprou de Colin Chapman em 1973, mas que foi colocado em produção pela primeira vez em 1957. Vida longa ao número sete! (MAO)
Gigante fora de estrada: o Chevrolet Silverado HD ZR2
O que a GM faz de melhor? Não é o Corvette ou o Camaro, nem a miríade de carros mais baratos, hoje quase todos SUVs, que fazem o seu pão diário. Onde a GM (e o resto dos americanos, na verdade) é imbatível mundialmente, é em picapes grandes. Ninguém faz picapes grandes como os americanos; a maioria até desistiu de tentar.
A Silverado atual não é das de maior sucesso, porém; provavelmente algo relacionado ao seu estilo, que nunca agradou a todos desse seu lançamento. Mas a GM tenta melhorar o apelo do seu carro mais importante agora, com o lançamento de duas versões especiais interessantes, ano/modelo 2024.
São o Chevrolet Silverado HD ZR2 e ZR2 Bison. São versões mais focadas em alta performance no fora de estrada. Tanto o ZR2 quanto a versão Bison estão disponíveis apenas ma configuração 2500 Crew Cab do Silverado HD. O motor básico, nestas picapes HD que são as maiores delas, é o V8 de 6,6 litros. Este famoso motor da família LS dá 406 cv a 5.200 rpm e 64,1 mkgf a 4.000 rpm. É opcional o turbodiesel Duramax V8 de 6,6 litros com 470 cv a 2.800 rpm e nada menos que 135 mkgf de torque a 1.600 rpm. Ambos os motores são acoplados a uma caixa automática de 10 velocidades com tração nas quatro rodas. Um diferencial traseiro de travamento eletrônico traseiro é equipamento básico, acionado por botão no painel.
Os amortecedores são os já lendários Multimatic DSSV. A suspensão é cerca de 38 mm mais alta que as outras Silverados grandes, as HD, nas quais são baseadas essas. Um modo de condução off-road exclusivo ajusta elementos como freios ABS, controle de tração, controle de estabilidade, resposta do acelerador, pontos de mudança e travamento do diferencial traseiro, otimizando a performance no meio da quiçaça.
A grade frontal é exclusiva, e os para-lamas tem alargadores, necessários para abrigar os grandes pneus Goodyear Wrangler Territory MT de 35 polegadas em rodas de 18 polegadas. Diversas placas metálicas protegem as partes vitais do veículo por baixo.
A parceria da GM com a American Expedition Vehicles (AEV) retorna para criar uma versão Bison do HD ZR2, tal qual acontece nas menores Silverado 1500 e Colorado. É o topo da linha off road da marca, com rodas de 18 polegadas com acabamento em preto brilhante, um para-choque dianteiro de aço estampado exclusivo, um para-choque traseiro também diferente, placas inferiores adicionais que protegem o rack de direção , caixa de transferência e escapamento.
Esses literais gigantes do Off-Road (um HD ZR2 Diesel pesa, vazio, mais de 3500 kg) entrarão em produção no meio do ano. Os preços ainda não foram definidos, mas um Silverado HD 2500 High Country começa em US$ 82.385 (R$ 404.510), então espera-se algo em torno de US$ 90.000 (R$ 441.900), nos EUA. (MAO)