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Zero a 300

O G63 AMG no Brasil | O Suzuki Jimny 2024 | Alpine e Lotus separadas e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.

 

Mercedes-AMG G63 lançado no Brasil

Quando o Mercedes-Benz G-class parecia estar no fim de sua vida útil nos anos 1980, a Mercedes começou a introduzir itens de luxo nele para tentar aquecer as vendas. Primeiro ar-condicionado e direção hidráulica apenas, a partir de 1982, o que já acusou melhora na procura do jipe outrora extremamente espartano. O processo então continuou, assim como o sucesso renovado do modelo. Em 1998, aparece uma série especial chamada G500, com um V8 de 300 cv, e é inesperado sucesso, os modelos usados valendo mais que zero km. Em seguida aparece o impensável: o jipe outrora diesel de 74 cv e eixos rígidos recebia uma versão de alto desempenho AMG: G 55 AMG, cm 354 cv. Por incrível que pareça, aí que se tornou imortal.

O nascimento do Mercedes-Benz G-class

Agora os AMG não são mais sufixo, e sim marca, e a Mercedes-AMG oficializa no Brasil a chegada do seu classe G, o G 63. Começa a chegar à rede de concessionários de todo o país durante o mês de maio. O G-class atual, o W463 lançado em 2018, é na verdade um carro todo novo com a cara do antigo; mas um que foi feito com todo cuidado para que não parecesse outra coisa, até no cúmulo de imitar o barulho característico das travas elétricas de porta do antigo. Viu como se faz, Land Rover?

O motor é um 4.0 V8 biturbo que dá inacreditáveis 585 cv e 86,6 mkgf, uma potência que deixaria qualquer carreta Scania orgulhosa. O 0-100 km/h é em 4,5 segundos e velocidade máxima é limitada aos 240 km/h. Tração nas quatro rodas, três bloqueios de diferencial, transmissão automática de 9 velocidades, suspensão dianteira independente com duplo braço triangular e amortecimento adaptável fazem parte do pacote.

A tração nas quatro rodas é permanente, dividida 40/60% frente/trás, mas os três diferenciais podem ser bloqueados manualmente no off-road, algo que parece difícil de acontecer com esses carros. A suspensão tem amortecimento ajustável adaptável, totalmente automático e controlado eletronicamente, ajusta o amortecimento em cada roda a cada situação.

O preço? Módicos R$ 1.869.900. Barrabás. (MAO)

 

Conheça a linha 2024 do Suzuki Jimny

O novo 4style

Achou o Mercedes-AMG G63 muito caro? Não tema, caro fã de veículos off-road modernos extremamente quadrados e retos em seu desenho externo; seus pobremas se acabaram-se!

A Suzuki está lançando no Brasil a linha 2024 do seu popular Jimny. É um jipe que tem uma semelhança realmente impressionante em estilo com  G-class; parece o mesmo carro, em escala 1:2. A diferença só é as duas portas, algo que deve ser resolvido em breve: na India a versão de 4 portas vai começar a ser vendida em 7 de junho (e já tem mais de 30.000 pedidos firmes em carteira!), e o Brasil não deve estar muito atrás na fila para receber esta esperada versão. Mas por enquanto, só duas portas.

O futuro 4 portas

A grande coisa aqui é que o carrinho, embora caro para a maioria dos brasileiros ainda, é relativamente baratíssimo se comparado ao Mercedes. Sim, não é barato, custando uma faixa que vai de R$ 162.990 até R$ 218.990. Mas o preço básico é apenas 8,7% do preço do Mercedes. E aos 108 cv, tem quase 20% de sua potência, e 76% de seu comprimento! Uma pechincha!

São quatro versões: a básica 4You, careca, de R$ 162.990, que vem com transmissão manual, ou automática por R$ 10.000 a mais. Depois vem a 4Sport, que ganha bagageiro, banco de revestimento superior, e pneus ATR, por R$ 187.990.

Existe agora, em seguida, uma versão “urbana”, a 4Style, que vem com todos os para-choques e paralamas na cor do carro, ar condicionado digital, rodas pintadas de piano-black, e iluminação interna por LED. Custa R$ 203.990. E finalmente, a topo de linha 4Expedition de R$ 218.990, com kit elevação da suspensão, pneus MTR fora de estrada, snorkel com novo design, skid plate em alumínio, rock slider e escada na tampa traseira com acabamento exclusivo.

Todos eles vem com o mesmo quatro em linha aspirado de 1,5 litro, 108 cv e 14,1 mkgf. O câmbio manual do mais básico é de cinco marchas, e todos os outros vem com automático de 4 marchas. Todos eles vem com o sistema 4×4 AllGrip Pro, com reduzida. Há também controle de estabilidade (ESP), Hill Hold (assistente de partida em rampas) e Hill Descent (assistente de descida). (MAO)

 

Lotus e Alpine desistem de carro esporte conjunto

Se você assina o FlatOut, sabe que o sensacional Alpine A110 foi criado inicialmente em parceria com outra empresa, com objetivo de redução de custos de projeto em um veículo que inevitavelmente venderia em quantidades limitadas. O parceiro na época era a Caterham inglesa, mas depois de um ano juntos, a separação litigiosa se seguiu. Agora parece que a história se repete.

O que faz o Alpine A110 único e genial?

Os planos para o novo “A110” elétrico desenvolvido em conjunto com a Lotus acaba de ser descartado. A colaboração terminou em termos amigáveis de acordo com o Automotive News Europe, embora um motivo específico para a decisão não tenha sido mencionado.

A parceria foi anunciada em 2021, ao mesmo tempo que a Renault anunciou uma marca Alpine totalmente elétrica, e com mais modelos. O carro esporte teria uma versão Alpine e outra Lotus; os antigos concorrentes decididos a tentar vender a mesma coisa em sabores diferentes. Parece que foi a Lotus que desistiu desta vez; da outra vez, a Renault abandonou uma Caterham que prometeu mais do que podia entregar.

O Lotus Emira atual

Vale a pena notar que a notícia menciona especificamente apenas o projeto de carro esporte. As futuras ambições elétricas da Alpine incluem SUVs maiores que podem utilizar plataformas Lotus. Mas de alguma forma, ambas as empresas precisam de um novo carro esporte: parece ridículo que tenham só SUV’s. Seria como a Porsche sem o 911. Vamos ter que esperar para descobrir como farão isso, agora sozinhas. (MAO)

 

Kode61 Birdcage é “Maserati” japonês

O designer japonês Ken Okuyama trabalhou na GM e na Porsche, antes de ficar famoso na Pininfarina, onde é o responsável pelas Ferrari Enzo, 599 GTB e 612 Scaglietti. Com a fama veio sua empresa independente de design, com o não muito imaginativo nome de Ken Okuyama Cars. Eu abreviaria para KOC. Pensando bem, melhor não.

Mas enfim, a notícia aqui é que Okuyama mostrou um conceito bastante interessante Concorso d’Eleganza Villa d’Este deste ano: um carro futurista de tema retrô que é uma reinterpretação do famoso Maserati tipo 61 “Birdcage”. Chama-se Kode61 Birdcage.

Para quem não conhece, o Maserati original derivava seu nome de seu spaceframe criado por uma miríade de tubos de aço finíssimos em treliça, parecendo uma gaiola de passarinhos, daí o “Birdcage”. É uma das obras primas do grande engenheiro da marca, Giulio Alfieri: um carro pequeno, minúsculo, mas capaz de vencer até as Ferrari V12 da época. O tipo 61 (existiram “Birdcage” tipo 60 e 63 também) tinha um quatro em linha DOHC dianteiro-central de 2,9 litros e 250 cv, inclinado para o lado à 45°; pesava só 600 kg e podia chegar a 285 km/h. Até hoje, 62 anos depois, um carro impressionante.

O Maserati tipo 61, 1961

O novo Birdcage japonês será um carro produzido sob encomenda, segundo seu criador. Detalhes técnicos são escassos ainda, mas o desenho é realmente interessante. Para-lamas salientes, extremidades dianteiras e traseiras afiladas e meias-portas que abrem para cima, estilo Lamborghini. No interior, o painel de estilo retrô apresenta elementos brilhantes, um câmbio manual, um painel de instrumentos analógico e uma tela voltada para o passageiro.

Não sabemos mais muito mas, além de que será um carro vendido ao público; Okuyama confirmou que o supercarro será produzido em quantidades limitadas, feito à mão na fábrica de Yamagata, no Japão. Meu chute? É baseado no Mazda Miata. (MAO)

 

Conheça a picape do Munro Mk1

Desde que a Land Rover abandonou o mercado do Defender original, várias empresa apareceram para tentar cobrir o buraco triste deixado no mercado pela falta de um Land-Rover tradicional. O Ineos Grenadier é a mais profissional e ambiciosa dessas tentativas, mas existem outras. Como a Munro da Escócia.

Ineos Grenadier: o Defender moderno que a Land Rover não quis fazer

A Escócia é famosa por uísque, ovelhas, e não muito mais que isso. Mas alguns fabricantes existiram lá na história. O Hillman Imp foi fabricado lá, assim como o AC 3000ME. No passado, Argyll, Galloway, Albion. Não é lá um lugar onde a indústria floresceu; é tudo tentativa que no fim deu errado. O que faz da nova Munro algo no mínimo corajoso.

E o que é um Munro, você pergunta? Engraçado, ia justamente lhe contar isso. É basicamente uma tentativa escocesa de se fazer um Land-Rover tradicional, bem espartano e de uso basicamente rural e profissional, mas elétrico.

A empresa já mostrou as peruas, mas agora começa as inevitáveis expansões da linha, como era o caso do Land-Rover: lançou a versão picape. O carro é um chassi tradicional, com eixos rígidos 4×4 com reduzida tradicionais, e uma carroceria quadrada, fácil de reparar, e barata, tudo no tema do Defender original. Só o motor é elétrico.

O carro foi projetado como um veículo de emissão zero para os setores de mineração, construção, serviços públicos, agricultura e defesa. A empresa promete até 50 anos de serviço para a perua e a picape, desde que os proprietários sigam uma “manutenções de rotina e reformas planejadas”.

A picape vem equipada com um único motor elétrico de 381 cv e 71,4 mkgf. Apesar de ter a aerodinâmica, forma e peso de um celeiro de tamanho médio, o 0-96 km/h se dá em apenas 4,9 segundos. A bateria de 82 kWh dá autonomia de 306 km, permitindo até 16 horas de operação off-road. Pode ir de 15% a 80% de carga da bateria em 36 minutos quando conectada a um carregador DC de 100kW.

A picape Munro MK_1 já está disponível para encomenda no Reino Unido ao preço de £49.995 (R$ 308.969). A empresa já garantiu mais de 200 pedidos que cobrem os próximos 1,5 anos de produção. As primeiras entregas são esperadas para o final de 2023. (MAO)