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Este é o Hennessey VelociRaptoR 1000
OK, qualquer pessoa normal acharia que os 456 cv do Ford F-150 Raptor “básico”, vindos de um V6 twin-turbo que normalmente mora na traseira do supercarro Ford GT, são suficientes. Mas neste mundo o suficiente não é suficiente para a maioria; não chama a atenção dos vizinhos virtuais que habitam as redes sociais.
Por isso, este ano a Ford foi além disso e pegou o V8 supercharged do Mustang Shelby GT500 e o introduziu sem cerimônia ou preliminares no cofre da pobre picape saltadora de dunas. O resultado, o Raptor R, tem 710 cv, o que é muito mais do que qualquer caminhão de 50 toneladas jamais sonhou em ter. Suficiente, não?
Bem, não. No dicionário do preparador texano Hennessey, esta palavra, “suficiente”, foi abolida. Deletada, riscada, defenestrada, kaput. Exagero é um meio de vida para esses caras, e potência inacreditavelmente absurda é o trabalho do dia a dia. Mas isso não quer dizer que são malucos-beleza que apenas gostam de meter pressão excessiva em coletores de admissão desavisados: a empresa faz conversões padronizadas, engenheiradas, testadas, com garantia, e vendidas em concessionárias normais nos EUA.
Pois bem, o que aconteceria se esse povo se debruçasse sobre um F-150 Raptor R? Não precisa imaginar: isto aqui. O nome é tão estrambólico quanto o veículo: Hennessey VelociRaptoR 1000. E tenho certeza de que você já imaginou o que significa este mil aí.
Sim, esta é uma picape que além de ter todo luxo climatizado e informatizado para cinco pessoas na cabine, é capaz de carregar cargas pesadas, transpor terrenos acidentados à velocidades inacreditáveis, e ainda por cima vencer carros esporte italianos no Grande Prêmio da luz verde. O que pede em troca? Apenas dinheiro, pilhas dele, seja para comprar, seja para abastecer o monstro debaixo do capô.
Por meio de um compressor maior, um sistema de admissão de alto fluxo, injetores de combustível maiores, uma nova correia do compressor, linhas de combustível atualizadas e um computador recalibrado, o V8 DOHC/32 válvulas de 5,2 litros fornece nada menos que 1014 cv (exatos 1000 hp), e um torque monstruoso de fazer a terra girar ao contrário: nada menos que 117,5 mkgf.
O VelociRaptoR 1000 fará sua estreia oficial no primeiro trimestre do próximo ano, antes do início da produção em 2023. A garantia é de fábrica para o carro todo menos o motor e câmbio, que recebe garantia da Hennessey de dois anos e/ou 24.000 milhas (38.400 km).
A empresa já está aceitando pedidos para o carro, mas não revelou o preço. Mas senão vejamos: uma F-150 Raptor R novinha custa nos EUA US$ 109.145 (R$ 567.554). A conversão do Mustang GT500 para 1000 cv na Henessey custa US$ 59.950 (R$ 311.740). O que significa que estamos falando de uma picape que custará, noves fora, algo em torno de R$ 900.000 lá no seu país de origem. Barrabás! (MAO)
Radical mostra o seu melhorado SR3 XXR
Mundo afora, os ratos de pista amadores mais dedicados à atividade progridem de uma variedade de carros de rua modificados e/ou especiais (pense Sandero R.S.) para carros esporte de primeira linha como os 911 RS, para finalmente virarem pilotos de verdade, comprando Caterham Super Sevens e Ultima GTR. Mas este caminho fatalmente os levam ao ápice, para a porta da pequena empresa inglesa Radical Motorsports.
Fundada em 1997, a empresa sempre fez carros, bem, radicais. São criações exclusivamente para pista, embora alguns corajosos mundo afora tenham conseguido emplacar alguns deles.
O seu carro de maior sucesso é o SR3, que representa 1500 dos 2000 carros que a empresa fez até hoje. Existem 12 diferentes campeonatos registrados mundo afora para correr com um SR3, e, para a temporada de 2023, a empresa tem uma nova versão dele. Trata-se do SR3 XXR, uma versão mais hardcore do carro existente que agora está disponível para encomenda.
O destaque é o novo motor de 1,5 litro, desenvolvido internamente a partir de motores de motocicleta da Suzuki. O motor aspirado dá incríveis 232 cv e é acoplado a um transeixo sequencial de seis marchas com paddle shift e diferencial autoblocante Quaife. Com o baixo peso do carro de corrida, são 350 cv/tonelada.
O novo SR3 vem de série com um novo limitador de velocidade que mantém o veículo no limite de velocidade do box em um ambiente de corrida. Outra novidade é a traseira inspirada em LMP, com um estabilizador vertical. A lista de extras opcionais inclui um splitter de fibra de carbono e um difusor traseiro de fibra de carbono. O sistema de freio da AP Racing é novo, e deve oferecer melhor desempenho graças a uma redução nas massas não suspensas e melhor sensação de pedal.
O carro tem uma miríade de pequenas melhorias além disso, incluindo um sistema de lubrificação redesenhado, nova calibração de motor e caixa de câmbio, sensores de composição de combustível que permitem o uso de biocombustíveis (flex!) e outros.
O novo SR3 XXR já está disponível para encomenda através da rede global de varejo da Radical com revendedores em 21 países ao redor do mundo. O carro de corrida entrará em produção em fevereiro do próximo ano, com as primeiras entregas previstas para o mesmo mês. O preço ainda não foi revelado, mas um SR3 “normal” custa aproximadamente US$ 170.000 (R$ 884.000) nos EUA. E múltiplos disso para ser mantido em condições de vitória por uma temporada inteira. Sim, este é um Hobby muito sério. (MAO)
Bertone volta com supercarro movido a lixo
Esse papo de salvar o mundo cuidando da emissão de automóveis é cada vez mais cômico, se não fosse trágico. Se não bastasse o armazenamento químico com metais raros das baterias dos carros normais, e produtores de carro esporte fazendo combustível sintético movido a catavento no deserto Chileno, agora mais uma novidade: um supercarro movido a combustível derivado de lixo. A gente merece.
A história é a seguinte: a Bertone, que faliu em 2014, está de volta com um novo supercarro. Os detalhes técnicos sobre ele são escassos, mas o que se sabe é o seguinte: é um motor à combustão interna, desenvolve 1100 cv e 112 mkgf, e gira até 8.400 rpm. Mas como carro novo a combustão é tabu, a empresa diz mais o seguinte: é projetado para funcionar com combustíveis sintéticos feitos de resíduos de plástico. Quem faz, onde compra e como é esse combustível? Nosso chute não seria melhor que o seu. O que se sabe, é só isso que disse.
Melhor se concentrar no carro em si. Chamado de GB110, o carro de dois lugares com motor central mergulha na piscina gigante da história da companhia para emergir do outro lado com uma lista de influências prontinha para impressionar incautos: diz que é inspirado nos Alfa BAT da década de 1950, no Carabo, no Stratos Zero.
Com portas estilo Lamborghini, tração nas quatro rodas e transmissão de sete marchas DCT, o GB110, segundo a Bertone, fará o 0-100 km/h em 2,79 segundos, o 0-200 km/h em 6,79 segundos, e chegará a 380 km/h.
A Bertone diz que construirá 33 carros, mas não revela quanto custarão, ou vários outros detalhes importantes sobre sua nova criação. Mas vai ser movido a lixo, e chegar a 380 km/h. O ceticismo, aqui, é desculpável. (MAO)
Delta4x4 cria um Tesla model Y off-road na Alemanha
A birra com carro elétrico existe pela proibição do carro à combustão interna que ele traz, somente. Se você não percebeu como o caro carro de luxo americano da Tesla é uma proposta interessantíssima, e um veículo extremamente capaz, está tapando o sol com a peneira. É sensacional, e transformou o mundo, ainda que não de uma forma boa; é um ótimo carro de luxo, mas não deveria ter sido levado a sério como uma solução de transporte universal.
Mas enfim, foi, e a realidade é que estão aqui para ficar. E de novo, o Tesla é um veículo que não cessa em espantar, e ser imitado. E a sua incrível capacidade de espantar acaba de ficar ainda maior: já não bastasse ser um dos carros mais fortes e rápidos que existe, agora também, veja só, aparece em versão off-road! Se Porsche e Lamborghini podem, por que não a Tesla?
O preparador alemão Delta4x4 é especializado em extensas conversões radicais, como montar um Mercedes-Benz G 500 com lagarta ao invés de pneus, e transformar um Rolls-Royce Cullinan em um overlander com uma tenda no teto. A última criação da empresa é este Tesla Model Y para andar fora de estrada.
A suspensão foi levantada em 35 mm, e os paralamas alargados em 60 mm para dar espaço para enormes pneus especiais 265/45R20 Continental Cross Contact ATR. A marca alemã de pneus, a julgar pela decoração do carro, é parceira do projeto.
Este Model Y usa um rack de teto para guardar equipamentos como trilhos, pás, latas de água, uma roda sobressalente, e coisas do tipo. Um light bar de LED também está montado no teto. Para ainda mais iluminação off-road, a Delta4x4 monta quatro faróis de LED PIAA no para-choque dianteiro.
Na Alemanha, a Delta4x4 cobra € 900 (R$ 4.968) pelo levantamento da suspensão. A combinação de roda e pneu começa em € 4.500 (R$ 24.840). O rack de teto custa € 2.900 (R$ 16.008) e o light bar custa € 900 (R$ 4.968). Os faróis no para-choque, incluindo montagem, custam € 1.800 (R$ 9.936).
O que significa que o carro das fotos custa R$ 60.720 a mais que um Tesla Y normal, com cara de nada. Na Alemanha, um Model Y Performance, com tração nas quatro rodas e 580 cv, custa € 68.465 (R$ 377.926), o que significa que convertido, custa o equivalente a R$ 438.646, ou algo em torno de 14% a mais. Não parece caro, para um Tesla que parece legal finalmente, sem a cara de bagre ensaboado sem graça! (MAO)