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Zero a 300

O Hennessey VelociRaptoR 1000 | O Bertone movido a lixo | Um Tesla off-road e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.

O Zero a 300 é um oferecimento do Autoline, o site de compra e venda de veículos do Bradesco Financiamentos. Nesta parceria, o FlatOut também apresentará avaliações de diversos carros no canal de YouTube do Autoline – então, clique aqui e se inscreva agora mesmo (e não esqueça de ativar o sininho)!

 

Este é o Hennessey VelociRaptoR 1000

OK, qualquer pessoa normal acharia que os 456 cv do Ford F-150 Raptor “básico”, vindos de um V6 twin-turbo que normalmente mora na traseira do supercarro Ford GT, são suficientes. Mas neste mundo o suficiente não é suficiente para a maioria; não chama a atenção dos vizinhos virtuais que habitam as redes sociais.

Por isso, este ano a Ford foi além disso e pegou o V8 supercharged do Mustang Shelby GT500 e o introduziu sem cerimônia ou preliminares no cofre da pobre picape saltadora de dunas. O resultado, o Raptor R, tem 710 cv, o que é muito mais do que qualquer caminhão de 50 toneladas jamais sonhou em ter. Suficiente, não?

Um Raptor R “normal, de só 710 cv, coitado…

Bem, não. No dicionário do preparador texano Hennessey, esta palavra, “suficiente”, foi abolida. Deletada, riscada, defenestrada, kaput. Exagero é um meio de vida para esses caras, e potência inacreditavelmente absurda é o trabalho do dia a dia. Mas isso não quer dizer que são malucos-beleza que apenas gostam de meter pressão excessiva em coletores de admissão desavisados: a empresa faz conversões padronizadas, engenheiradas, testadas, com garantia, e vendidas em concessionárias normais nos EUA.

Pois bem, o que aconteceria se esse povo se debruçasse sobre um F-150 Raptor R? Não precisa imaginar: isto aqui. O nome é tão estrambólico quanto o veículo: Hennessey VelociRaptoR 1000. E tenho certeza de que você já imaginou o que significa este mil aí.

Sim, esta é uma picape que além de ter todo luxo climatizado e informatizado para cinco pessoas na cabine, é capaz de carregar cargas pesadas, transpor terrenos acidentados à velocidades inacreditáveis, e ainda por cima vencer carros esporte italianos no Grande Prêmio da luz verde. O que pede em troca? Apenas dinheiro, pilhas dele, seja para comprar, seja para abastecer o monstro debaixo do capô.

Por meio de um compressor maior, um sistema de admissão de alto fluxo, injetores de combustível maiores, uma nova correia do compressor, linhas de combustível atualizadas e um computador recalibrado, o V8 DOHC/32 válvulas de 5,2 litros fornece nada menos que 1014 cv (exatos 1000 hp), e um torque monstruoso de fazer a terra girar ao contrário: nada menos que 117,5 mkgf.

O VelociRaptoR 1000 fará sua estreia oficial no primeiro trimestre do próximo ano, antes do início da produção em 2023. A garantia é de fábrica para o carro todo menos o motor e câmbio, que recebe garantia da Hennessey de dois anos e/ou 24.000 milhas (38.400 km).

A empresa já está aceitando pedidos para o carro, mas não revelou o preço. Mas senão vejamos: uma F-150 Raptor R novinha custa nos EUA US$ 109.145 (R$ 567.554). A conversão do Mustang GT500 para 1000 cv na Henessey custa US$ 59.950 (R$ 311.740). O que significa que estamos falando de uma picape que custará, noves fora, algo em torno de R$ 900.000 lá no seu país de origem. Barrabás! (MAO)

 

Radical mostra o seu melhorado SR3 XXR

Mundo afora, os ratos de pista amadores mais dedicados à atividade progridem de uma variedade de carros de rua modificados e/ou especiais (pense Sandero R.S.) para carros esporte de primeira linha como os 911 RS, para finalmente virarem pilotos de verdade, comprando Caterham Super Sevens e Ultima GTR. Mas este caminho fatalmente os levam ao ápice, para a porta da pequena empresa inglesa Radical Motorsports.

Fundada em 1997, a empresa sempre fez carros, bem, radicais. São criações exclusivamente para pista, embora alguns corajosos mundo afora tenham conseguido emplacar alguns deles.

O seu carro de maior sucesso é o SR3, que representa 1500 dos 2000 carros que a empresa fez até hoje. Existem 12 diferentes campeonatos registrados mundo afora para correr com um SR3, e, para a temporada de 2023, a empresa tem uma nova versão dele. Trata-se do SR3 XXR, uma versão mais hardcore do carro existente que agora está disponível para encomenda.

O destaque é o novo motor de 1,5 litro, desenvolvido internamente a partir de motores de motocicleta da Suzuki. O motor aspirado dá incríveis 232 cv e é acoplado a um transeixo sequencial de seis marchas com paddle shift e diferencial autoblocante Quaife. Com o baixo peso do carro de corrida, são 350 cv/tonelada.

O novo SR3 vem de série com um novo limitador de velocidade que mantém o veículo no limite de velocidade do box em um ambiente de corrida. Outra novidade é a traseira inspirada em LMP, com um estabilizador vertical.  A lista de extras opcionais inclui um splitter de fibra de carbono e um difusor traseiro de fibra de carbono. O sistema de freio da AP Racing é novo, e deve oferecer melhor desempenho graças a uma redução nas massas não suspensas e melhor sensação de pedal.

O carro tem uma miríade de pequenas melhorias além disso, incluindo um sistema de lubrificação redesenhado, nova calibração de motor e caixa de câmbio, sensores de composição de combustível que permitem o uso de biocombustíveis (flex!) e outros.

O novo SR3 XXR já está disponível para encomenda através da rede global de varejo da Radical com revendedores em 21 países ao redor do mundo. O carro de corrida entrará em produção em fevereiro do próximo ano, com as primeiras entregas previstas para o mesmo mês. O preço ainda não foi revelado, mas um SR3 “normal” custa aproximadamente US$ 170.000 (R$ 884.000) nos EUA. E múltiplos disso para ser mantido em condições de vitória por uma temporada inteira. Sim, este é um Hobby muito sério. (MAO)

 

Bertone volta com supercarro movido a lixo

Esse papo de salvar o mundo cuidando da emissão de automóveis é cada vez mais cômico, se não fosse trágico. Se não bastasse o armazenamento químico com metais raros das baterias dos carros normais, e produtores de carro esporte fazendo combustível sintético movido a catavento no deserto Chileno, agora mais uma novidade: um supercarro movido a combustível derivado de lixo. A gente merece.

A história é a seguinte: a Bertone, que faliu em 2014, está de volta com um novo supercarro. Os detalhes técnicos sobre ele são escassos, mas o que se sabe é o seguinte: é um motor à combustão interna, desenvolve 1100 cv e 112 mkgf, e gira até 8.400 rpm. Mas como carro novo a combustão é tabu, a empresa diz mais o seguinte: é projetado para funcionar com combustíveis sintéticos feitos de resíduos de plástico. Quem faz, onde compra e como é esse combustível? Nosso chute não seria melhor que o seu. O que se sabe, é só isso que disse.

Melhor se concentrar no carro em si. Chamado de GB110, o carro de dois lugares com motor central mergulha na piscina gigante da história da companhia para emergir do outro lado com uma lista de influências prontinha para impressionar incautos:  diz que é inspirado nos Alfa BAT da década de 1950, no Carabo, no Stratos Zero.

Com portas estilo Lamborghini, tração nas quatro rodas e transmissão de sete marchas DCT, o GB110, segundo a Bertone, fará o 0-100 km/h em 2,79 segundos, o 0-200 km/h em 6,79 segundos, e chegará a 380 km/h.

A Bertone diz que construirá 33 carros, mas não revela quanto custarão, ou vários outros detalhes importantes sobre sua nova criação. Mas vai ser movido a lixo, e chegar a 380 km/h. O ceticismo, aqui, é desculpável. (MAO)

 

Delta4x4 cria um Tesla model Y off-road na Alemanha

A birra com carro elétrico existe pela proibição do carro à combustão interna que ele traz, somente. Se você não percebeu como o caro carro de luxo americano da Tesla é uma proposta interessantíssima, e um veículo extremamente capaz, está tapando o sol com a peneira. É sensacional, e transformou o mundo, ainda que não de uma forma boa; é um ótimo carro de luxo, mas não deveria ter sido levado a sério como uma solução de transporte universal.

Mas enfim, foi, e a realidade é que estão aqui para ficar. E de novo, o Tesla é um veículo que não cessa em espantar, e ser imitado. E a sua incrível capacidade de espantar acaba de ficar ainda maior: já não bastasse ser um dos carros mais fortes e rápidos que existe, agora também, veja só, aparece em versão off-road! Se Porsche e Lamborghini podem, por que não a Tesla?

O preparador alemão Delta4x4 é especializado em extensas conversões radicais, como montar um Mercedes-Benz G 500 com lagarta ao invés de pneus, e transformar um Rolls-Royce Cullinan em um overlander com uma tenda no teto. A última criação da empresa é este Tesla Model Y para andar fora de estrada.

A suspensão foi levantada em 35 mm, e os paralamas alargados em 60 mm para dar espaço para enormes pneus especiais 265/45R20 Continental Cross Contact ATR. A marca alemã de pneus, a julgar pela decoração do carro, é parceira do projeto.

Este Model Y usa um rack de teto para guardar equipamentos como trilhos, pás, latas de água, uma roda sobressalente, e coisas do tipo. Um light bar de LED também está montado no teto. Para ainda mais iluminação off-road, a Delta4x4 monta quatro faróis de LED PIAA no para-choque dianteiro.

Na Alemanha, a Delta4x4 cobra € 900 (R$ 4.968) pelo levantamento da suspensão. A combinação de roda e pneu começa em € 4.500 (R$ 24.840). O rack de teto custa € 2.900 (R$ 16.008) e o light bar custa € 900 (R$ 4.968). Os faróis no para-choque, incluindo montagem, custam € 1.800 (R$ 9.936).

O que significa que o carro das fotos custa R$ 60.720 a mais que um Tesla Y normal, com cara de nada. Na Alemanha, um Model Y Performance, com tração nas quatro rodas e 580 cv, custa € 68.465 (R$ 377.926), o que significa que convertido, custa o equivalente a R$ 438.646, ou algo em torno de 14% a mais. Não parece caro, para um Tesla que parece legal finalmente, sem a cara de bagre ensaboado sem graça! (MAO)