um cara pode ser perdoado se disser que o novo ferrari 849 testarossa lançado recentemente e um testarossa apenas em nome e o substituto da ferrari sf90 stradale na verdade falemos serio e basicamente uma evoluçao do carro antigo com um novo nome e aparencia o motor e o mesmo v8 biturbo de 4 litros f154 com turbos maiores e reforçado para aguenta los os mesmos 3 motores eletricos dois na frente outro no cambio mesmo transeixo dct de 8 marchas e traçao integral ferrari 849 testarossa e um carro sensacional claro com nada menos que 1050 cv e aceleraçao de 0 100 km/h em 2 3 segundos mas o ferrarista ai em cima esta chateado por ela nao ter 12 cilindros nem ter nada a ver com o testarossa mais famoso o lançado em 1984 500 tr o primeiro testarossa bom sem querer encaroçar este angu por mexer demais nele mas ja o fazendo ha duas semanas atras ja contamos a historia do primeiro testarossa o 500 tr de 1956; nada menos que uma versao mais potente do ferrari 500 mondial que para ser diferenciado recebeu pintura vermelha no cabeçote uma testa rossa e este primeiro testarossa era vejam so um quatro cilindros em linha de dois litros aspirado https //flatout com br/motores lendarios o ferrari sim ferrari quatro em linha/ o tal mais conhecido testarossa o carro de rua de 1984 nao tinha nada a ver tambem com os testarossa dos anos 1950; era o substituto do 512 bb um larguissimo cupe com raladores de queijo na lateral que escondiam os radiadores antes na frente nas berlinetta boxer/brigitte bardot de resto era o mesmo v12 a 180° contraposto em cima do transeixo e com o virabrequim a um metro do chao nao era exatamente central os ultimos cilindros estao em cima do eixo traseiro as evoluçoes desta testarossa se chamaram 512 tr e finalmente abandonando o nome f512m ferrari testarossa 1984 entao ta valendo o moderno 849 testarossa o nome ja foi usado em tanta coisa que ja nao significa nada mas um significou senao nao seria lembrado ate hoje ne sim faltou falar de mais um testarossa aqui e justamente o mais importante deles o carro que praticamente consolidou a liderança da ferrari em competiçoes de carros esporte nos anos 1950 e no inicio dos 1960 venceu le mans nada menos que quatro vezes e e um dos maiores icones de uma empresa cheia de icones o 250 testarossa o super testarossa e o limite de 3 litros em 1957 voce poderia competir nas corridas de carros esporte com basicamente qualquer motor que voce quisesse serio a maserati respondeu com o seu 450s efetivamente a barchetta 300 s mas com um v8 de 4 5 litros e 450 cv num carro de pouco mais de 800 kg os seis em linha xk dos jaguar d type eram aumentados para 3 8 litros de deslocamento e para la de 310 cv o fearsome ferrari 335 s a ferrari obviamente nao ficaria parada desde 1955 quando ganhou os carros da antiga equipe lancia de f1 ganha tambem com isso os serviços de vittorio jano famoso nos alfa romeo pre guerra aurelio lampredi vai embora e jano com andrea fraschitti e franco rocchi desenha um novo v12 com base no existente v12 grande da ferrari o lampredi v12 o 4 litros do 335 s o novo motor duraria apenas um ano por motivos que veremos adiante mas seria um sucesso imediato era na verdade o bloco lampredi com um novo cabeçote dohc seguindo as tradiçoes de jano este cabeçote parecidissimo com o v8 do lancia d50 tinha tuchos aparafusados na valvula como os antigos alfa romeo e este v12 em uma versao de 77 x 72 mm e 4023 cm³ e nada menos que 400 cv a 7500 rpm que aparece na grande arma da ferrari para o ano de 1957 o 335 s o 335 s era uma fera um carro simplesmente inacreditavel em 1957 o roadster aberto de dois lugares como todo carro esporte de competiçao entao era essencialmente um carro de rua que corria essencialmente em ruas sim ruas le mans e rua no resto do ano nurburgring era rua que foi fechada tour de france era em rua e a targa florio e a mille miglia eram corridas em lugares que hoje nos arrepiam de medo pelo meio de vilas e cidades e em estradas abertas frequentemente entre caminhoes e tratores que nao sabiam o que acontecia ali naquele dia especifico mas era uma fera o roadster 335 s o exotico v12 de 4 litros com tres weber quadruplos ficava atras do eixo dianteiro a suspensao traseira era do tipo de dion e o pequeno carro com entre eixos de 2350 mm pesava apenas 880 kg chegava a 300 km/h com uma facilidade incrivel e podia ficar o dia inteiro nessa velocidade alfonso de portago e o 335 s mas todo mundo ate minha filha que assistiu comigo no cinema o filme ferrari de james mangold sabe o que aconteceu com o 335 s com um jovem marques espanhol ao volante durante a mille miglia voou em cima de uma multidao quando estava numa reta a mais de 300 km/h e foi uma carnificina a corrida foi cancelada para sempre e para 1958 havia um novo limite de cilindrada para a categoria de carro esporte 3 litros aspirado no maximo https //www youtube com/watch v=hkbpqd4lh4k nao que a potencia extra do 335 s tenha sido fator determinante no acidente; mas assim como uma mare alta levanta todos os navios a baixa encalha todos eles tambem algo tinha que ser feito depois da tragedia da mille miglia e um limite de cilindrada pareceu pouco ate foi rapidamente aceito o 335 s e contemporaneo do 500 tr; por isso quando apareceu para a mille miglia foi chamado por muitos de super testarossa o que adiciona mais um modelo na nossa historia das testarossas ainda que esse totalmente extra oficial o cabeçote nao era pintado de vermelho afinal nem era este seu nome hawthorne e o 335 s super testarossa mas super testarossa ele era o v12 deslocava o dobro comparado aos 2 litros do quatro em linha do 500 tr e a potencia era mais que o dobro ja que o 500 tr tinha 180 cv mas o substituto do 335 s realmente seria um super testarossa em nome e tudo mesmo com 3 litros apenas a tecnologia avançava como sempre faz e o novo 250 testarossa deveria pouco em velocidade ao antigo 335 s o 250 testarossa a escolha de motor para a nova formula de 3 litros parece obvia hoje mas em 1957 1958 nem tanto o v12 colombo de 3 litros continuava algo especial pequeno leve e potente; mas ja era um motor de 10 anos de idade o que pesava no nivel maximo da competiçao mundial o v12 colombo com cabeçote vermelho testarossa entao o motor foi atacado primeiro pelo engenheiro carlo chiti o v12 ainda era o mesmo motor que pesava ao redor de 200 kg apenas todo em aluminio e com um v de 60° e o cabeçote com um so comando operando valvulas opostas via balancins chiti acreditava esta uma soluçao mais leve e tao boa quanto um dohc neste motor mas e claro que alterou bastante o v12 para esta nova versao de cabeçote vermelho os dutos do cabeçote eram agora individuais e nao mais siameses ; pela primeira vez as molas de valvula tipo hairpin seriam abandonadas em favor de molas convencionais duplas importadas dos eua as medidas internas continuavam as de sempre 73 x 58 8 mm para um total de 2953 cm³ como todo colombo 250 um acerto cuidadoso do motor se seguiu com novos comandos e uma magnifica bateria de seis weber 38 dcn e uma taxa de 9 8 1 o motor final dava exatos 300 cv a 7200 rpm e era extremamente tratavel liso e duravel fruto de anos de desenvolvimento em competiçao e uso nas ruas o v12 colombo na configuraçao testarossa se provaria imbativel em prova de longa duraçao o carro base era o 500 tr; o objetivo aqui basico ditado por enzo sendo um 500 tr com o v12 de 3 litros o carro era maior no fim para acomodar o motor mais comprido o entre eixos era agora de 2350 mm 100 mm maior que o 500 tr tambem o peso aumentou claro mas ainda assim o roadster aberto com estrutura tubular em treliça pesava apenas 800 kg a suspensao dianteira era por duplo a sobreposto claro; na traseira um eixo rigido com diferencial de troca rapida de relaçoes e carcaça de aluminio; molas helicoidais novidade na ferrari e controle do eixo via um five link os freios ainda eram enormes tambores apesar da jaguar ja ter sucesso com discos e o cambio manual de quatro ou cinco marchas tinha alavanca com a plaquinha na base hoje famosa a carroceria tambem era inesquecivel neste primeiro ano a nova carroceria foi desenvolvida em colaboraçao entre sergio scaglietti e carlo chiti com diversas inovaçoes em vez da dianteira convencional totalmente fechada a nova carroceria tinha um nariz distinto e recortado que lembrava um carro de formula 1 a entrada de ar central protuberante agora era ladeada por canais profundos e os farois eram colocados em para lamas semelhantes a naceles ou pontoes que envolviam cada roda dianteira o objetivo desse projeto era canalizar o ar de resfriamento para dentro em direçao aos tambores de freio mitigando o problema persistente de fading dos tambores a parte inferior da carroceria era recuada para dentro atras das rodas dianteiras para liberar o calor dos freios e do escapamento o capo dianteiro era coberto por uma grande protuberancia e entrada de ar para fornecer espaço para a magnifica bateria de webers a parte traseira era mais convencional incluindo uma carenagem atras da cabeça do motorista que servia como encosto de cabeça o interior aberto do 250 tr era simples e utilitario claro a distinta carroceria dos carros de 1958 tornou se o estilo mais iconico do 250 tr e foi usada em todos os carros vendidos novos para clientes particulares sao chamadas hoje de pontoon fender mas como todo carro de corrida mudaria mais algumas vezes pois tinha muita resistencia aerodinamica e nao muita estabilidade ainda em 1958 perderia os ponton fazendo uma versao de lateral lisa chamada tr58 tr59 para a temporada de 1959 aparecem os discos de freio da dunlop no carro;o primeiro ferrari com freio a disco a carroceria entao e toda revisada pela pininfarina com a fabricaçao das carrocerias a cargo de fantuzzi era o tr59 tr59 freio a disco o tr60 para a temporada de 1960 tinha agora lubrificaçao do motor por carter seco e dois novos tipos de suspensao traseira foram tentados totalmente independente por duplo a sobreposto ou de dion um para brisa maior apareceu por causa de novos regulamentos de competiçao tr60 para 1961 uma carroceria totalmente nova aparece criada por giotto bizzarrini e carlo chiti com auxilio de tunel de vento para melhorar a aerodinamica; o sucesso dos jaguar de novo empurrando enzo a mudar seus metodos antigos o tr61 tambem ganhou uma suspensao traseira totalmente independente por duplo a sobreposto tr61 carroceria nova finalmente a ultima variaçao aparece em 1962 a 330 tri/lm para ela um novo motor colombo com distancia entre centros de cilindro maior resultou em 4 litros e 390 cv em 1962 se tornaria o ultimo carro de motor dianteiro a ganhar as 24 horas de le mans apenas um 330 tri/lm foi fabricado ferrari 330 tri/lm o 250 tr foi usado e continuamente desenvolvido pela scuderia ferrari de 1957 a 1962 portanto com imenso sucesso; e este carro que cria a mitica de invencibilidade da marca em le mans que a ford resolve acabar a partir de 1964 no total 33 250 trs de todos os tipos foram construidos entre 1957 e 1962 ganhou le mans em 1958 1960 1961 e 1962 entre outros inumeros feitos e um legado importantissimo; nao e a toa que de tempos em tempos e homenageado com um caro de rua pode este carro agora ficar longe das pistas e do tipo de ferrari simples e cru que era o testarossa original mas nao importa um legado assim nao pode ser esquecido https //www youtube com/watch v=gm0dfstqziy
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