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Mercado de motocicletas cresceu no Brasil em 2024
A associação de classe dos fabricantes brasileiros de motocicletas, a Abraciclo, divulgou os resultados da indústria para o ano de 2024. Foram excepcionalmente bons, ao mesmo tempo que a indústria de automóveis nem tanto. Nada menos que 1.748.317 motocicletas foram produzidas no Brasil ano passado.
De acordo com a entidade, isto significa um crescimento de 11,1% em relação à 2023, e é o melhor ano desde 2010, quando foram feitas 1,83 milhões de unidades. No varejo, 1.876.427 motos foram vendidas, uma alta de 18,6% na comparação com o ano anterior, e o melhor resultado desde 2011. Também 30.986 motocicletas foram exportadas, neste caso uma retração de 5,9% em relação ao ano anterior.
Nenhuma novidade na distribuição desses volumes em relação ao preço: 78% deste total, ou nada menos que 1.365.323 motocicletas, são dos modelos mais baratos, de baixa cilindrada (de 50 a 160 cm³). Vale notar que dessas motos de baixa cilindrada, mais de 60% são Hondas.
As médias cilindradas registraram aumento de volume de 25,9% na comparação com 2023, muito pelo aparecimento de mais opções relativamente baratas na categoria. As motocicletas de alta cilindrada (acima de 450 cm³) representam 3,2% da produção.
As previsões da entidade para 2025 são otimistas. Espera produzir 1.880.000 motocicletas, e vender no varejo 2.020.000 motocicletas, alta de 7,7% em relação a 2024. As exportações deverão somar 35.000 unidades, crescimento de 13%. (MAO)
Conheça o Aston Martin Vantage Roadster
A Aston Martin mostrou agora o novo Vantage Roadster, coisa de um ano depois de lançar o cupê Vantage. Mas o carro, logicamente, foi projetado junto com o cupê e sempre foi parte do plano; por isso a estrutura foi otimizada e o conversível é apenas 60 kg mais pesado que o cupê. É então um carro de 1.665 kg, o que hoje, nem parece tanto.
A base continua a mesma, claro: usa o V-8 biturbo de 4,0 litros da AMG, que fornece 665 cv e 81,6 mKgf, conectado à um transeixo traseiro automático de oito velocidades, controlado por borboletas atrás do volante. O diferencial traseiro tem função autoblocante eletrônica. Faz o 0-96 km/h em 3,5 segundos, e chega a 325 km/h.
O projeto visou manter o roadster o mais leve possível em relação ao cupê, diz a Aston. Para isso, o teto tem um desenho diferente e mais leve que o tradicional. Mesmo assim, a empresa afirma que o Vantage Roadster tem o teto conversível automático mais rápido do mercado com 6,8 segundos de abertura para fechamento e vice-versa. O teto pode ser aberto ou fechado em movimento, desde que o carro esteja andando abaixo de 50 km/h.
Além do peso, a rigidez estrutural era importante, claro; os refoços adicionados foram otimizados, num fino balanço entre massa e rigidez. O software dos amortecedores traseiros foram alterados, e os coxins do transeixo traseiro são diferentes, ajustes sempre necessários quando se muda a estrutura e a distribuição de peso; esta agora está em 49/51%, frente/trás.
O porta-malas é 41% menor para acomodar o teto, um preço inevitável a pagar pelo espaço infinito acima da cabeça em carros assim. O novo Aston conversível vem também com um sistema de som de 11 alto-falantes e 390 watts, e se isso não for suficiente (neste tipo de coisa, raramente é), há upgrade opcional da grife Bowers & Wilkins. De teto baixado a 325 km/h, é necessário toda potência de som possível, não?
A Aston diz que as entregas começarão no segundo trimestre deste ano, mas não divulgou nenhuma informação sobre preços; um cupê Vantage custa R$ 1.872.075 no Brasil. E o Vantage cupê, não esqueça, é o mais barato dos Aston Martin. Barrabás… (MAO)
GR Yaris de motor central pode ser mula de novo MR2
Esta semana já falamos sobre o GR Yaris de motor central-traseiro mostrado no Salão de Tóquio; o Leo inclusive aproveitou para falar um pouco sobre a hoje morta, mas sensacional tradição de se fazer um carro de motor central-traseiro a partir de um hatchback, pelo simples expediente de transferir o motor e transeixo dianteiros para onde normalmente está o banco traseiro.
O novo Toyota e o extinto universo dos hot hatches de motor central-traseiro
Mas o boato que apareceu em paralelo é bom demais para deixar de comentar. Tem gente dizendo que este carro é, na verdade, uma mula do novo MR2!
O que é um MR2? Um carro esporte da Toyota que usa justamente motor e transeixo transversal-dianteiro de carro de alto volume como o Corolla, para fazer um carro esporte barato de motor central-traseiro-transversal. Começou nos anos 1980 como um Fiat X1/9 japonês, usando o motor do Corolla AE86; depois na segunda geração virou supercarro-júnior com um 2-litros turbo; na terceira e última geração era um roadster que pretendia ser barato de novo. Os Toyota “MR” aparecem pela primeira vez em 1984 e acabam em 2007. O boato persistente é que está para voltar, com nome GR. MR-GR?
O que é uma mula, você pergunta? Uma forma dos fabricantes testarem carros dinamicamente, antes desses carros estarem prontos; usa os componentes mecânicos do carro final, mas não sua carroceria. Um exemplo clássico é a “Celtana”, um carro criado pela GM soldando-se a frente do Celta na caçamba da Montana de primeira geração pra testar o conceito que se tornaria a “Monstrana” (Montana de segunda geração, baseada no Agile, que é baseado no Celta). Olhando dessa forma, parece mesmo que este GR Yaris é uma mula do novo MR.
O novo MR, segundo os boatos, será a estreia em produção do novo motor quatro em linha da Toyota mostrado ano passado, turbo e com 2 litros, que leva o codinome G20E. E este motor está no Yaris de motor central mostrado no Salão de Tóquio agora.
No comunicado à imprensa, a Toyota não revelou a potência deste motor, mas sugeriu em uma entrevista com jornalistas japoneses durante o Salão de Tóquio que ele poderia gerar mais de 400 cv, e torque de mais de 50 mKgf. Um quatro em linha forte de verdade. Deve ser o novo motor-base da GR, e se ventila que, em versão aspirada de mais de 200 cv, seja o motor do novo GR86. E que, com 400 cv ou mais, esteja no novo Supra. Ambos os carros serão só Toyota nestas novas gerações, sem parceiros Subaru e BMW, segundo esta teoria.
Fontes informam ainda que uma versão turbo mais calma deste motor dará 300 cv e 40 mKgf de torque. Em competição, parece que o motor resiste regime de corrida por 24 horas dando potência acima dos 600 cv. Parece que mais um motor lendário da Toyota está a caminho de se tornar realidade. E se realmente estrear num novo MR2 Turbo, bem… Obrigado, Toyota! (MAO)
Alfa Romeo tenta ressuscitar vendas nos EUA com novas versões
A Alfa Romeo continua com problemas e baixas vendas, e seu futuro parece duvidoso. Mas não está pronta para desistir ainda; seus carros, principalmente o sensacional Giulia, merecem mais atenção. O Giulia pode ser um carro já antigo no mercado, lançado que foi em 2015, mas continua tão bom quanto era em seu lançamento.
A marca italiana começa 2025 com uma série especial para tentar reanimar as vendas; chama-se “Intensa” e está disponível para os modelos Giulia, Stelvio e Tonale ano/modelo 2025. Paralelo a isso, uma nova versão básica do Tonale baixa o preço de entrada nos EUA: agora a partir de US$ 36.535 (R$ 221.036), nada menos que US$ 9.500 (R$ 57.475) mais barato do que a variante híbrida plug-in. Esta versão básica vem com o 2.0 turbo de 272 cv.
Mas voltando à nova versão especial, nos EUA o novo Tonale Intensa começa em US$ 44.495 (R$ 269.194), enquanto o Giulia Intensa tem preço a partir de US$ 49.995 (R$ 302.469), e o Stelvio Intensa começa em US$ 55.395 (R$ 335.139).
Os Intensa vem com um tratamento interno e externo de dois tons distintos. Por exemplo, o Tonale é equipado com novas rodas de liga leve pretas de 20 polegadas com acabamento diamantado dourado claro e molduras pretas brilhantes. Detalhes Dark Miron nas pontas do escapamento, pinças de freio pretas com assinatura Alfa Romeo dourado claro, fazem parte do pacote. Na cabine do Tonale Intensa, os bancos são em Alcantara preta e detalhes em bege salpicados por todo lado, numa combinação interessante e chique. Os outros carros Intensa tem tratamentos semelhantes, mas em cores e detalhes diferentes: é uma série de acabamento mais apurado, basicamente.
O Tonale Intensa pode vir como híbrido 1,3 litro turbo de 289 cv, ou com o quatro em linha 2.0 de 272 cv. O Stelvio e o Giulia Intensa vem sempre com o 2.0, mas aqui com 284 cv. O Giulia vem até com a bandeira italiana nos espelhos (sim, como o Mini, ainda que bem mais discreta e pequena) e pedaleira em alumínio. Torcemos para que as novas tentativas ressuscitem as vendas da marca. Mas se fôssemos apostar… (MAO)