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Zero a 300

O novo Nissan Z Nismo | A Harley mais barata do Brasil | Um novo Pantera e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere com a gente!

 

Conheça o novo Nissan Z Nismo

A Nissan lançou a versão mais radical de seu carro esporte, o Nissan Z. É o Nissan Z Nismo, que vem com mais potência, mais aero, e mais aderência.

Basicamente é o mesmo carro e o mesmo motor, claro; se você se lembra, o Z normal tem um V6 de 3 litros com dois turbocompressores, e 400 cv. O motor aqui é o mesmo, mas com mais pressão de turbo, recalibragem, e algumas alterações no sistema de arrefecimento. Agora fornece 420 cv e 39,1 mkgf de torque, disponíveis de 2000 a 5200 rpm.

Infelizmente, para esse motor mais forte, apenas a transmissão automática de nove marchas é oferecida. A Nissan não explicou o motivo, mas é provável que o câmbio manual oferecido no Z normal não esteja preparado para o aumento de força do motor. A calibração do câmbio automático é diferente e exclusiva no Nismo, claro.

As rodas agora são Rays de 19 polegadas, específicas do Nismo, calçadas com Dunlop SP Sport Maxx GT600s. Esses pneus são o mesmo tipo usado no GT-R, mas são menores, claro: medem 285/35 na traseira.

Por fora há mudanças de design. A frente é diferente, e a Nissan a chama de Grand-Nose ou G-Nose para abreviar. Narigudo? Não parece pelas fotos, mas o nome evoca memórias divertidas de Hector Savinien de Cyrano de Bergerac, o mais famoso e orgulhoso nariz extra-proeminente da história. Seria bem mais legal e divertido chamar essa frente de “HSCB-nose”, ou “The Bergerac”, não? Cyrano-Nose, talvez? Grand-Nose é um eufemismo pomposo e sem graça demais para “narigudo”; existem melhores. E seria uma ofensa para um narigudo! Monsieur de Bergerac duelou por muito menos! Tá bom, parei. Sorry for that.

Na verdade, essa nova frente de nariz ligeiramente mais comprido visa lembrar o Z original, que no Japão se chamava Fairlady 240ZG. É aproximadamente uma polegada mais longo em comparação com o Z normal.

Um spoiler proeminente fica na base do painel frontal. Canards funcionais estão nas laterais, adicionando downforce.  As soleiras laterais são exclusivas do Nismo, e na parte traseira, o carro ganha um spoiler maior de três peças, mais largo e mais alto. De acordo com a Nissan, o downforce é aumentado, ao mesmo tempo que o arrasto é diminuído.

Atualizações na suspensão e nos freios também existem. Barras estabilizadoras exclusivas, amortecedores reajustados e molas mais rígidas. A estrutura do carro também é reforçada para lidar melhor com o uso extremo.

A Nissan diz que o Z Nismo é 2,5% mais rígido que um Z normal, o que é algo que o torna realmente diferente, e não apenas um monte de peças de alta performance. Os freios cresceram também: agora tem discos de 15 polegadas na frente e 13,8 polegadas atrás. Para ajudar a gerenciar e aproveitar tudo isso, a Nissan adiciona um novo modo de direção Sport +, projetado para extrair o máximo do pacote Nismo em pista.

O preço será anunciado mais próximo da data de venda, que deve ser no último trimestre do ano, no Japão, EUA e Europa. (MAO)

 

Mazda MX-30 descontinuado nos EUA

Na Europa a Maxda lançou uma versão híbrida do seu interessante cupezinho-SUV elétrico, o MX-30, que trouxe de volta o amado motor rotativo Wankel para a linha da marca. O motor de um rotor é apenas um gerador de energia elétrica neste carro, chamado Mazda MX-30 e-Skyactiv R-EV.

Wankel de volta! Os detalhes do novo motor rotativo Mazda

É fácil esquecer que existia um MX-30 100% elétrico, antes do motor híbrido aumentar sua desejabilidade, mas sim, ele existe. Ou melhor, existia. Pelo menos nos EUA, ele será descontinuado; o que deve acontecer em outros mercados em breve. Não há outra forma de dizer isso: o carro é um fracasso de vendas.

Durante cerca de dois anos (desde setembro de 2021, quando as primeiras unidades surgiram nas estatísticas de vendas), a empresa japonesa vendeu apenas 571 unidades do MX-30 elétrico nos EUA. Mesmo considerando que o carro era uma proposta de baixo volume, e apenas a venda na Califórnia, muito pouco.

O carrinho é bonito e interessante, e não era caro aos US$ 34.110 (R$ 160.999). Era um veículo que parecia ter grande importância para a Mazda: portas traseiras pequenas suicidas como o RX8, e detalhes em cortiça no console; cortiça foi o primeiro produto da Mazda, muito antes dos automóveis. Então qual o motivo desse fracasso? Um motivo provável é que era um carro para uso restrito: a autonomia era de apenas 160 km no ciclo EPA. A menor autonomia entre os elétricos modernos vendidos nos EUA.

Será que a versão híbrida será um sucesso na Europa? A Mazda agora está sem um veículo 100% elétrico em sua linha de produtos americana, e isso não deve mudar tão cedo. Existem híbridos plug-in, claro, mas não 100% elétricos. (MAO)

 

Ares Modena Panther Evo se inspira no De Tomaso Pantera

As pessoas, o toque humano e artístico na criação, ainda são o fator mais importante quando se fala da criação de automóveis. Sim, muitos carros modernos são produzidos tão ascética e clinicamente que parecem robóticos, perfeitos módulos de transporte eficientes e infalíveis, mas mesmo assim desprovidos da alma que gera o desejo. Sim, é a alma humana depositada na criação, nesse caso dessa máquina, que a faz desejável; não é eficiência ou qualquer coisa que possa ser medida em ficha técnica.

A história de Alejandro De Tomaso, o pai do Pantera

Um exemplo claro disso é o De Tomaso Pantera original. Uma carroceria belíssima desenhada pelo americano Tam Tjaarda na Ghia italiana; um chassi sublime criado pelo grande GianPaolo Dallara. Um V8 de alta performance americano, aqui no caso o Ford Cleveland de 5,7 litros e 330 cv, ligado a um transeixo ZF de cinco velocidades. Sim, a ergonomia da cabine é para gente de 1,7 m de altura, mas é um carro sensacional. Foi apenas a baixa qualidade de validação e construção (obra de uma pessoa, também, o argentino Alejandro De Tomaso) que impediu que fosse um imenso sucesso.

Alejandro De Tomaso, e o Pantera original

Hoje em dia, todos os De Tomaso já foram restaurados mais de uma vez, e no processo curados desses defeitos originais. São carros simplesmente sensacionais, supercarros italianos melhorados pelo coração valente americano. Todo mundo que já dirigiu um Pantera entende o quão sofisticado, e incrivelmente moderno, parece ao rodar. Parece um Audi R8 com mais personalidade, e defeitos que o tornam mais interessante e menos clinicamente limpo feito chão de laboratório.

Agora uma empresa chamada Ares Modena está trazendo o Pantera de volta. Há lugar para um Pantera moderno? Claro que sim, se for feito no espírito do original. O que, infelizmente, não parece ser o caso aqui.

O carro é baseado totalmente um Lamborghini Huracán (que, no frigir dos ovos, é um Audi R8 italiano). É basicamente a ideia estilística do Pantera, modernizada; nada de V8 americano aqui. Mostrado na forma de protótipo em 2019, esta é a versão final.

Chama-se Ares Panther Evo. A empresa não confessa a herança Lamborghini, mas parece clara externamente, e nas especificações que divulgou: o carro tem painéis de fibra de carbono, e um “chassi híbrido de alumínio e fibra de carbono”. O motor é um V10 de 5,2 litros produzindo 650 cv. O 0-100 km/h é em 3,1 segundos, e a velocidade máxima é de 325 km/h.

Não se engane com a alavanca que parece a manual do Pantera original: o câmbio é o do Huracán, DCT de sete velocidades. No todo, uma anticlimática volta de um carro que merecia algo mais que isso. Ou permanecer morto. RIP, de Tomaso Pantera. (MAO)

 

A Harley-Davidson mais barata do Brasil

Como sabemos, a Harley tem apostado em motos mais baratas nos mercados chineses e indianos. Aqui no Brasil, continua marca premium apesar disso, sem sinais de recuo. Mesmo assim, lançou agora a moto mais barata de sua linha atual.

Barato? Sim, é a Harley-Davidson Nightster Special, modelo apresentado nos EUA em abril do ano passado, e que chega aqui por apenas a módica bagatela de R$ 99.990. A Harley mais barata do Brasil, zero km.

E o que é uma Harley-Davidson Nightster Special, você pergunta? É tudo que se pode pedir numa Harley, inclusive o desenho tradicional de moto americana, o que nos faz pensar no motivo que alguém teria para comprar as mais caras.

Será vendida inicialmente apenas em preto, mede 1556 mm de entre-eixos e 705 mm de altura no assento; tem rodas de liga leve de 19 polegadas na frente e 16 atrás. Pesa 218 kg em ordem de marcha, um peso-pena para uma Harley.

Não, você não pode ter uma vermelha.

O corrente V-twin da Harley, “Revolution Max”, aqui vem com 975 cm³, 90 cv a 7.500 rpm e 9,6 mkgf de torque a 5.000 rpm. É arrefecido a líquido e é DOHC com oito válvulas. O câmbio tem seis marchas, e a transmissão final é por correia na tradição da marca.

Uma belíssima motocicleta, que é cara, mas parece a melhor opção na linha. Isso, claro, se você consegue ignorar a imagem que vem sempre atrelada à experiência de possuir uma Harley; aquela de uma pessoa que se imagina um rebelde Biker tatuado sem destino, mas que de fora é entendido como um estranho passatempo geriátrico.

Se você consegue ignorar esta imagem, e tem os meios para adquirir esta linda motocicleta, recomendamos fortemente. (MAO)