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Vazam planos do Renault Sandero “RS” Alpine
Uma apresentação PPT enviada por engano de Thomas Tourbain, diretor de produto da Alpine, para o editor Manon H. Romeo, da revista Le Volant, trouxe uma excelente notícia aos entusiastas: ao contrário do que muitos pensavam, a Renault não abandonou os planos para o Sandero RS. E o que está a caminho será simplesmente brutal.
A apresentação, dividida em três partes, consiste de um pequeno portfólio do Sandero Alpine, que é tratado como um produto já em desenvolvimento em Dieppe para o mercado da América Latina. Os blocos são: “transition conceptuelle” (algo como transição de conceito), receita mecânica e versões.
No capítulo “transition conceptuelle”, Tourbain explica a importância de introduzir o brand Alpine em todos os mercados e que, embora o foco futuro da marca sejam os esportivos elétricos, é preciso um período de transição viável para os mercados emergentes, como os da América Latina. “A mensagem mais importante para a Alpine é a eficácia energética, mais até que a eletrificação”. Em sua arguição, Thomas reforça a importância de se utilizar plataformas e soluções de powertrain já existentes no Groupe Renault, mas com aplicações e propostas inéditas ligadas a outros desenvolvimentos mais estratégicos em termos de volume.
O capítulo seguinte trata as propostas mecânicas que estão sendo desenvolvidas em Dieppe e testadas no circuito de Dijon-Prenois. Em todas, o motor do Sandero Alpine será o 1.6 MR16DDT, turbo com injeção direta que equipa uma série de veículos, como o Nissan Juke e Renault Talisman. Na quarta página, há um slide com a silhueta de uma picape estilo Fiat Toro e um SUV médio que utilizarão uma versão menos potente do MR16DDT – é a introdução destes veículos que viabiliza a produção do Sandero Alpine com este powertrain. A Alpine está testando duas calibragens para o Sandero: uma de 191 e uma de 215 cv, todas com câmbio manual de seis marchas.
Na apresentação, são mencionados, mas não detalhados, um escalonamento de câmbio do tipo wide, o que aproveitaria melhor o torque do motor turbo, reduziria o consumo e melhoriaria o conforto em viagens; bem como amortecedores com duas cargas – uma solução já explorada pelo Civic Si de décima geração para transitar entre o conforto e a esportividade.
No último bloco, a apresentação mostra uma tabela com duas versões: Alpine e Alpine S, esta última acompanhada de uma interrogação – um indicativo de ser um estudo de caso. Note a ausência da sigla “RS” no sobrenome do Sandero. A “S” introduz diferencial autoblocante, bateria relocada para o porta-malas, bancos do Alpine A110. O documento menciona um opcional “Amortisseurs compétition” para a versão S, com carga maior e provavelmente sem a carga variável citada no parágrafo acima.
Talvez seja melhor o Polo GTS cuidar de seus espelhos retrovisores… (Juliano Barata)
Depois da NASCAR, Fórmula 1 também terá prova na terra
Quando os americanos da Liberty Media assumiram o controle da Fórmula 1, todos esperaram mudanças radicais na forma com a qual a categoria é administrada. Afinal, se há alguém que sabe como espetacularizar um esporte, estes são os americanos. Foram eles que criaram o Basquete de quatro períodos para inserir “shows do intervalo”, foram eles que transformaram a Nascar com o esporte de maior público presente no evento do planeta e são eles que transformaram até mesmo competições de crossfit em um evento de grande audiência global.
As mudanças na Fórmula 1 começaram logo nos primeiros meses da nova administração: mais interação com as redes sociais, presença maciça na internet (incluindo o YouTube, local proibido pela F1 de Ecclestone) e até mesmo uma inimaginável, ainda que muito aguardada, transmissão por streaming via aplicativo para dispositivos móveis.
Agora, eles parecem querer mudar um pouco a mesmice dos circuitos de asfalto hiperseguros e previsíveis, com áreas de escape que não punem espalhadas (não é mesmo, Lewis?). Depois do sucesso de público e crítica da prova da NASCAR no oval de Bristol, a Fórmula 1 anunciou que também irá realizar uma prova do tipo, em uma pista com superfície de baixa aderência, ou seja: na terra/areia.
Chase Carey, o portador do bigode mais garboso do automobilismo desde Harald Ertl, anunciou nesta semana em suas redes sociais que a Fórmula 1 continuará inovando para atrair novos segmentos do público e, por isso, futuramente teremos uma prova em um circuito de terra.
A ideia de uma prova de F1 em pista de terra não é exatamente uma novidade, embora não deixe de ser uma surpresa. Em janeiro, o jornalista Danielle Menzogna da revista italiana Quattroruotte, descobriu o registro de uma patente da Pirelli nos EUA para um pneu off-road de alto desempenho, que pode ser uma espécie de “P-Zero Scorpion” para os carros de F1.
Carey não especificou onde será este circuito, nem se ele já existe, mas há cerca de dois meses ele esteve em uma reunião com o ministro do turismo dos Emirados Árabes Unidos, o vice-príncipe Mohamad bin Dir Tr’ahk, o que nos leva a crer que a prova poderá acontecer naquele país.
Outra possibilidade, é de aproveitar o embalo da NASCAR e realizar a prova nos EUA. Há pouco mais de um ano, o pessoal da Motor Trend flagrou um carro da Red Bull em testes no trecho de terra do Circuito das Américas, no Texas. Fala-se ainda na possibilidade de realizar a prova no circuito de Spreewald, na Alemanha (foto acima).
Seja onde for, uma coisa é certa: a Fórmula 1 terá sua corrida mais disputada em 20 anos. (Leo Contesini)
Porsche pode estar testando 911 de oito cilindros
A Porsche realmente parece estar apostando em todas as frentes possíveis para o futuro incerto que nos espera. Depois da linha de híbridos, da família Taycan e do combustível sintético que promete ser mais limpo que o fóssil, a fabricante mais esportiva de Stuttgart agora parece que irá dar um grande salto evolutivo em seu 911.
Uma mula de testes flagrada pelo pessoal do site Total 911 mostra um 992 com uma traseira um tanto estranha para um 911. Se compararmos as proporções deste 992 flagrado em testes com o 992 convencional no mesmo ângulo, fica claro que a traseira do carro foi sutilmente alongada, o que pode indicar que a Porsche finalmente terá um motor de oito cilindros no 911.
Ainda não se sabe qual motor a Porsche poderia usar, pois as opções são várias — desde os V8 da linha Panamera/Cayenne, até variações dos motores flat-4 e flat-6 da linha 718/911, ou mesmo um motor inédito. A proporção da traseira também sugere uma possível inversão do powertrain, na qual a caixa vai para a traseira e o motor para o centro do carro, algo que já foi feito no 911 RSR e que, finalmente, poderia ser adotado no carro de rua.
Se este suposto 911 com motor oito-cilindros realmente se concretizar, veremos o fim das duas últimas tradições do 911 — o motor traseiro e o flat-6. Será o fim de uma era — ou o início de uma ainda melhor? (Leo Contesini)
Caso Voltswagen: VW vai mesmo mudar de nome – negativa era pegadinha de 1º de abril
Começou com ares de pegadinha de 1º de abril: a Volkswagen, uma das maiores fabricantes do planeta, anunciou (antes de 1º de abril) que iria mudar seu nome para Voltswagen devido à guinada em direção aos carros elétricos que pretende adotar nos próximos anos.
A proximidade com a data festiva, na qual os fabricantes sempre divulgam suas notícias falsas como pegadinhas, levou muita gente a apostar que aquela era a brincadeira da Volkswagen neste ano de 2021. O presidente da Volkswagen até mesmo usou os canais oficiais da marca para confirmar a mudança, mas assim mesmo, as pessoas não acreditavam que aquela era sua pegadinha de 1º de abril.
Nesta última quarta-feira (31/03) a Volkswagen então veio a público esclarecer que o nome Voltswagen era apenas uma piada de primeiro de abril, enfurecendo uma parcela menos cética do público e confirmando as suspeitas do público que já estava achando graça da brincadeira.
Contudo, na manhã desta quinta-feira (1º), o CEO da Volkswagen, Herbert Diess, publicou um comunicado aos acionistas confirmando a mudança do nome, e dizendo que a negativa da mudança do nome era apenas uma pegadinha de 1º de abril, mas que a fabricante vai mesmo mudar seu nome para Voltswagen.
Logo após o comunicado, enviado por volta das 10:00 no horário local (7:00 no horário de Brasília) o valor das ações da Volkswagen na bolsa europeia viu um aumento de 0,40%, passando de cerca de 234 Euros para quase 240 euros, o que sinaliza que a nova marca foi bem-recebida pelos investidores.
Por ora, este foi o único comunicado oficial emitido pela Volkswagen a respeito do nome até agora. Possivelmente eles estão esperando o 1º de abril passar para fazer o anúncio oficial, a fim de evitar qualquer mal-entendido como aconteceu nesta semana. (Leo Contesini)
Toyota vai transformar todos os seus carros em SUV
A Toyota certamente sabia que o Corolla Cross seria bem recebido no Brasil – afinal, é a versão SUV do sedã mais vendido no País. Mas, ainda assim, superou as expectativas: mais de 4.000 encomendas logo de cara, sendo que a fabricante esperava vender 3.500 unidades por mês.
Apesar da paralisação das fábricas, que pode afetar a demanda, a Toyota está otimista e, por isso, anunciou hoje (1) que todos os seus modelos no Brasil ganharão versões “Cross”. A decisão vale para a gama completa e, a partir de 2022, teremos o Yaris Cross nas versões sedã e hatchback; Camry Cross, que será um SUV full-size; e Cross Prius. Mesmo o Etios, que saiu de linha recentemente, pode ganhar uma sobrevida se receber uma versão Cross.
“Ficamos extremamente entusiasmados com a recepção positiva do Corolla Cross pelo público brasileiro – e até um pouco surpresos. Por isso, decidimos aplicar o mesmo tratamento aos demais modelos oferecidos hoje no Brasil: vender praticamente o mesmo carro, com a carroceria que está na moda. É evidente que estas versões ficarão em um patamar mais elevado quanto ao preço, afinal, possuem maior valor agregado”, declarou a porta-voz da Toyota no Brasil, Thais Palhano. “A ideia, a princípio, era manter tudo em segredo, mas acreditamos que boas notícias devem ser divulgadas o quanto antes.
“Todos eles seguirão exatamente a mesma receita que o Corolla Cross, aproveitando a plataforma, mecânica e interior dos modelos base, porém com uma nova carroceria e preço mais alto. Considerando a diferença de preço entre Corolla sedã e Corolla Cross, calculamos que o Yaris Cross poderá custar até R$ 10.000 a mais que o Yaris “normal”. No caso do Camry, que fica no topo de linha custa R$ 318.000, o Camry Cross deve ficar entre R$ 350.000 e R$ 400.000. (Dalmo Hernandes)
FlatOut Brasil terá nova logomarca
O FlatOut foi impactado pela quebra de paradigma dos novos logotipos minimalistas das fabricantes. “Sua mensagem de resiliência e mudança, da inovação e do respeito à tradição, inspirou uma mudança inevitável. Tudo isso apenas com uma mudança de logo. Não há nada mais importante que isso, como não sermos inspirados?” afirmou Juliano Barata. Após um complexo estudo de design, que envolveu 1.500 propostas diferentes, 15.000 horas-homem e US$ 450.000 em R&D, nosso site terá uma nova logomarca, que será introduzida em 1 de janeiro de 20222. (Juliano Barata)