nao bastasse o panico com o virus com nome de chuveiro o mundo arranjou um novo problema para esta semana a guerra dos preços do petroleo que fez a cotaçao do barril despencar assim que as bolsas asiaticas abriram nesta segunda feira a associaçao dos fatores — covid 19 e queda do barril de petroleo — deixou o mercado euforico e muita gente preocupada afinal como aprendemos no noticiario de economia a variaçao do dolar e do petroleo podem impactar significativamente o nosso bolso a historia toda começou com um cartel dentro de um cartel em 2016 quando o barril do petroleo chegou a menos de us$ 30 a russia e a opep se aliaram na chamada opep+ orquestrando uma reduçao de 2 1 milhoes de barris na produçao diaria dos paises membros da opep e da russia a arabia saudita maior produtor da opep pretendia cortar ainda mais a produçao diaria chegando a uma reduçao diaria de 3 6 milhoes de barris a intençao claro era manter os preços elevados porque ainda que tenha uma produçao muito barata cerca de us$ 2 a us$ 6 o custo da monarquia saudita e seus subsidios dependem de um preço de venda na casa dos us$ 70 o problema e que o barril caro favorecia os produtores americanos e fez a russia perder mercado os eua ultrapassaram a arabia saudita e se tornou o maior produtor do planeta e ampliaram sua participaçao ate mesmo no mercado russo cansada de perder dinheiro a russia decidiu encerrar o acordo com a opep e anunciou na ultima sexta feira 6 que ira voltar a produzir o quanto puder a partir de 1º de abril em retaliaçao a arabia saudita começou a vender barris com descontos de us$ 4 a us$ 7 e ainda planeja aumentar a produçao de petroleo diaria para mais de 10 milhoes de barris por dia uma leitura mais fatalista poderia levar a crer que a arabia saudita ira causar o colapso do mercado de petroleo — afinal como competir com 10 milhoes de barris vendidos a menos de us$ 10 quando este valor e menor que o custo de produçao para a maioria dos produtores a questao e que a russia nao pretende realmente entrar em conflito permanente com a opep que por sua vez nao pretende quebrar o mercado global de petroleo ao que tudo indica a russia e a arabia saudita acabarao renegociando os termos do acordo para defender seus interesses individuais isso porque ha muito o que perder com uma guerra de preços — a arabia saudita seria a primeira visto que depende do preço elevado e esta torrando seu petroleo como retaliaçao a russia que pode operar por entre seis e dez anos com o barril a menos de us$ 40 e nao apenas as duas potencias petroliferas ira kuwait emirados arabes unidos e venezuela poderiam ser dizimados com o colapso do mercado — sem contar que a china e a alemanha dependem diretamente destes mercados para produçao energetica o efeito imediato desta desvalorizaçao do barril de petroleo esta nas bolsas de valores as açoes das petroliferas — a petrobras inclusive — acabam desvalorizadas pela falta de perspectiva de lucratividade com a queda das açoes ha menos dinheiro no mercado — ele fica mais escasso; dai o outro efeito a alta do dolar outra consequencia desta guerra de preços e a reduçao dos preços da gasolina nas refinarias e possivelmente nas bombas ainda que o dolar tenha valorizado a desvalorizaçao do barril de petroleo foi maior a petrobras ate poderia segurar o valor da gasolina nas refinarias para nao prejudicar o valor de mercado da empresa contudo esta interferencia nao seria vista com bons olhos pelos acionistas porque indica intervençao estatal no comando da empresa alem disso a atual politica de preços da petrobras visa repassar a variaçao das cotaçoes do petroleo e do dolar o que significa que mesmo com a desvalorizaçao do real — o dolar bateu r$ 4 79 e fechou o dia a r$ 4 72 — os preços devem ser reduzidos nas refinarias e nas bombas aparentemente o governo preve um aumento no consumo de combustivel caso os preços acabem reduzidos porque o executivo ja descartou aumentar a cide para compensar uma eventual reduçao dos preços dos combustiveis alem disso aumentar a aliquota do tributo poderia encarecer a gasolina e o diesel o que afetaria a inflaçao e novamente a percepçao de intervençao na petrobras a situaçao portanto e mais ruidosa do que danosa as projeçoes economicas para 2020 foram mantidas pelos principais analistas de mercado e pelo ministerio da economia — pib dolar taxa de juros e inflaçao nao deverao ser alterados pela instabilidade causada pelo covid 19 e pela guerra do petroleo neste inicio de ano de acordo com os cenarios projetados com base nos dados ate agora alem disso o valor de mercado da petrobras que caiu 24% nesta segunda feira 9 devera ser recuperado assim que a crise for estabilizada — algo que segundo os analistas de mercado deve levar cerca de dois meses a questao e que a combinaçao das consequencias do coronavirus e desta guerra de preços de petroleo remete a cenarios anteriores as grandes crises economicas mundiais e ate alimenta teorias conspiratorias que colocam o publico em panico e histeria fazendo a situaçao parecer pior mas a realidade e que o mercado petrolifero ja passou por isso em 2016 — foi o ponto de origem deste acordo que causou a atual instabilidade — e passada esta turbulencia o mercado tende a voltar ao normal em pouco tempo nao sera o colapso da economia do petroleo nem o fim da petrobras nem o crash de 2020 nem havera inflaçao galopante
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