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Zero a 300

O Porsche 911 “Panamera” | O Hyundai Ioniq no Brasil | O Ineos Grenadier em produção e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.

O Zero a 300 é um oferecimento do Autoline, o site de compra e venda de veículos do Bradesco Financiamentos. Nesta parceria, o FlatOut também apresentará avaliações de diversos carros no canal de YouTube do Autoline – então, clique aqui e se inscreva agora mesmo (e não esqueça de ativar o sininho)!

 

Porsche comemora 70 anos da participação na Carrera Panamericana com 911 especial

Além do 911 Carrera T, no lançamento da linha 2023 do Porsche 911, a Porsche mostrou um carro comemorativo especial. Trata-se do (respire fundo) Porsche 911 Carrera S Cabriolet Panamera Special. Comemora os 70 anos da primeira participação da Porsche na corrida que depois viraria sobrenome pendurado atrás de um número desproporcional de Porsches durante toda sua história. A Carrera Panamericana.

A corrida era um evento do tipo que não existe mais: épico, perigoso, cheio de perigos desnecessários e desperdício explícito de recursos, mas que ainda assim criou lendas duradouras. Realizado no México em vias públicas, de fronteira a fronteira, era semelhante às famosas Mille Miglia e Targa Florio na Itália. Aconteceu por somente por cinco anos consecutivos de 1950 a 1954, e é amplamente considerada a corrida mais perigosa de qualquer tipo no mundo. Mas é algo lembrado e reverenciado até hoje.

O Porsche 356 mais potente, com o motor DOHC, se chamou “Carrera” depois de 1954, e dali em diante o nome virou sinônimo de Porsche realmente veloz. Bom, pelo menos era assim; hoje o 911 básico chama “Carrera”. Mas enfim…

O fato é que esta versão comemorativa de 2022 é conversível porque o carro que originalmente participou da prova em 1952 era um 356 conversível. Aquele Porsche de 1952 permitiu que o príncipe Paul Alfons von Metternich e o brasileiro Manuel de Teffé (o “Barão de Teffé”) conquistassem a vitória em sua classe, iniciando uma feliz história da Porsche na prova.

O novo carro de 2022 foi encomendado pela Porsche Latin America e Porsche México. Tem rodas dianteiras de 20 polegadas na cor da carroçaria e rodas traseiras Turbo de 21 polegadas com calotas centrais cinzas. As portas usam o número “11”, como o 356. A grafia dos números faz as fotos parecerem um video com botão “pause” no meio, mas paciência. Na traseira, as aletas verticais da tampa do motor são todas brancas, também homenagem ao carro antigo.

No interior, a Porsche bordou “La Carrera Panamericana” nos apoios de cabeça, abaixo de um logotipo representando um capacete de corrida da época. No lado do passageiro do painel, uma placa diz “911 Carrera S – La Carrera Panamericana 1952” para complementar a mesma inscrição que adorna as soleiras das portas.

A intenção aqui é leiloar o carro em 2023 e reservar uma parte dos lucros para uma boa causa. Não é o primeiro carro especial para a Porsche México; já foi feito um Turbo S Coupe com o famoso livery da Gulf Oil para homenagear o piloto mexicano Pedro Rodriguez. (MAO)

 

Produção do Ineos Grenadier é iniciada

O Land Rover original está de volta! OK, não chama Land Rover, nem Defender; não pode chamar por ser feito por uma empresa diferente. Mas o espírito é esse aí. Uma volta às origens, já que a Land Rover virou marca de luxo.

Chama-se agora Ineos Grenadier, e é feito na antiga fábrica da smart pela marca inglesa, antes de produtos químicos apenas. É o sonho do dono da Ineos, Sir James Arthur “Jim” Ratcliffe. Após meses de problemas relacionados a interrupções na cadeia de suprimentos global, o off-road finalmente chega ao estágio de produção em massa nas instalações da empresa em Hambach. As primeiras entregas aos clientes são esperadas no início de dezembro deste ano, na Inglaterra.

Ineos Grenadier: o Defender moderno que a Land Rover não quis fazer

A Ineos venderá o carro por meio de uma rede de mais de 200 centros de vendas e serviços em todo o mundo. A empresa já tem acordos assinados com varejistas na Europa, África, Ásia-Pacífico e Oriente Médio, com pelo menos 75.000 pessoas manifestando interesse em comprar o Grenadier nos últimos meses. Está procurando um parceiro para venda nos EUA também.

Os motores são BMW seis em linha turbo, a gasolina ou diesel. Ambos vem acoplados a uma transmissão automática de oito velocidades e tração nas quatro rodas permanente com caixa de transferência de duas velocidades. Todos os três diferenciais podem ser travados para uso pesado off-road.

Vamos observar com atenção esta start-up diferente, que não faz como todas as outras e cria algo elétrico com uma carinha moderna; não, ela busca algo que o fabricante tradicional acreditou ser irrelevante e abandonou. Tomara que dê certo! (MAO)

 

CEO da Stellantis pede o fim do Euro 7

De acordo com os planos divulgados, a Stellantis vai abandonar o motor a combustão interna em favor dos elétricos nos próximos oito anos. Sim, todas as inúmeras marcas da companhia: Abarth, Alfa Romeo, Citroën, DS, Fiat, Jeep, Lancia, Maserati, Opel e Vauxhall. Todos serão puramente elétricos até 2030.

Isso significa que a Stellantis estará pronta para uma proibição cada vez mais provável de vendas de novos carros movidos a ICE na União Europeia cinco anos antes da data de corte anunciada em 2035. Enquanto isso, os reguladores ainda querem aplicar o padrão Euro 7 para tornar os carros a gasolina mais eficientes na UE e, consequentemente, menos prejudiciais ao meio ambiente. Os novos padrões foram adiados várias vezes e é improvável que entrem em vigor até 2028. O que coloca em dúvida a inteligência de aplica-los: para ser efetivo apenas por um ou dois anos?

O CEO da Stellantis, o português Carlos Tavares, acredita que o EU7 deve ser descartado completamente. A lógica é irrefutável: criar motores que atendam esta legislação demanda um custo imenso, em uma indústria já pressionada para desenvolver carros elétricos para substituir toda sua linha em seguida. Melhor esquecer isso, e ir direto para a eletricidade.

“Do ponto de vista da indústria, não precisamos do EU7, pois atrairá recursos que deveríamos gastar em eletrificação. Gastar dinheiro desenvolvendo mais um passo para combustão interna para uma aplicação em 2028… não faz sentido. Por que usar recursos escassos para algo por um curto período de tempo? A indústria não precisa disso e é contraproducente.”- diz Tavares.

Tavares, em momento mais feliz.

Realmente chegamos à um ponto crítico neste assunto: se realmente se proibirá o motor à combustão na Europa, não faz mais sentido se preocupar com ele. O EU7 já foi adiado algumas vezes, e começa a parecer mais uma das várias maluquices legislatórias que invadem o mundo de hoje. (MAO)

 

Hyundai Ioniq chega ao Brasil; mas só alugado

Provavelmente por causa de seu alto preço de venda, Hyundai Ioniq híbrido nunca veio para venda oficial ao Brasil. Mas agora, a CAOA Locadora, braço do grupo que opera nos segmentos de locação de veículos, anunciou que já está oferecendo o Hyundai Ioniq híbrido no Brasil por meio de um contrato de assinatura para pessoas físicas.

O carro é um híbrido que combina um motor a gasolina de 1,6 litros aspirado, com 105 cv e 15 mkgf de torque, com um elétrico de 60 cv, dando potência combinada de 141 cv e torque de 27 mkgf. O câmbio é automatizado de dupla embreagem, e o carro de 4470 mm de comprimento num entre eixos de 2700 mm promete consumo de 18,9 km/l em uso urbano e de 18,8 km/l no ciclo rodoviário.

Para pessoas físicas, o plano de assinatura pode ter prazos de 12, 24 ou 36 meses. Em 36 meses, o carro custa R$ 3.990 por mês com franquia de 1.000 km mensais. O plano inclui cobertura de danos a terceiros, documentação, revisões periódicas, seguro e assistência 24 horas.

A CAOA emplacou 238 unidades do Hyundai Ioniq no mercado brasileiro, mas não vendeu nenhuma para o público, e agora, o carro foi descontinuado lá fora. Parece um estudo de oferta em nosso mercado que deu errado, e esta foi a maneira de reduzir as perdas. Mas de qualquer forma, é uma nova opção para o nosso mercado, ainda que não de forma completa. (MAO)