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Zero a 300

O Renault Kardian brasileiro | O 911 de 846 kg | O Defender conversível e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere com a gente!

 

Renault nomeia o novo carro brasileiro: Kardian

A Renault está se preparando para apresentar um novo crossover no Rio de Janeiro no dia 25 de outubro. Será o Renault Kardian, um “modelo crossover do segmento B projetado para mercados internacionais”. Entenda aqui “Internacionais” como fora do primeiro mundo. Pobres. Sim, nós mesmos. Será lançado inicialmente na América Latina e a Renault disse que o modelo “incorpora o início da nova ofensiva de produtos da marca em mercados fora da Europa”.

Será um novo produto de São José dos Pinhais e a expectativa é que chegue às concessionárias já no início de 2024. A fanfarra é grande, mas já sabemos o que esperar: uma nova geração do hatch Sandero, agora SUVizado pelas tradicionais características do gênero, pneus maiores que o necessário, e molduras pretas nas aberturas de roda. Talvez um rack de teto estilizado que não leva carga. Pronto! Um NOVO SUV.

Sabemos até o desenho dele, pelas imagens do registro público de propriedade industrial no Brasil, que ilustram esta nota. Provavelmente será competidor do Pulse e Nivus, e terá, rufem os tambores… um tricilíndrico turbo de 1 litro acoplado a uma transeixo de tração dianteira automático, nesse caso um CVT. Quem diria ein?

O motor 1.0 turbo é um dos frutos do investimento de R$ 2 bilhões feito no complexo paranaense. Ainda não se sabe a potência e torque, mas se alguém quiser apostar meu número é 115 cv e 20 mkgf.

A plataforma não será a do Sandero: será a CMF-B, uma arquitetura modular e mais moderna, pelo menos. A Renault indica que num futuro não muito distante todos os Renault nacionais serão compartilhamentos desta plataforma, como acontece com a VW por exemplo. Yay. (MAO)

 

 

Veja os detalhes do Porsche 911K da Tuthill

Um 911 Turbo S 2023 zero km pesa nada menos que 1650 kg. Isto significa que este Porsche 911 dos anos 1970 modificado pela empresa inglesa de Richard Tuthill pesa basicamente a metade do peso dele. Na verdade, não exatamente: os 846 kg do 911K de Tuthill é a metade de 1692 kg. Perto suficiente para mim, porém, para dizer que o 911 moderno “pesa o dobro”.

O 911K não é uma modificação qualquer. Praticamente tudo foi alterado para ser leve aqui, tirando a estrutura original do carro. Todos os painéis externos, as rodas e os freios são de carbono. O rollcage é de titânio. O câmbio é feito sob medida, baseado numa caixa 915 com carcaça de magnésio, e é, segundo Tuthill, “o mais leve transeixo Porsche de seis marchas”. A ré é pequena e acionada não pela alavanca principal, mas a alavanca que antes era do aquecedor interno.

Depois, há o motor. Feito também especialmente para o carro, o seis contraposto é arrefecido à ar, mas tem cabeçotes DOHC de 4 válvulas por cilindro. É aspirado, tem curso de pistão reduzido para alto giro, 3,1 litros e 350 cv. Gira tranquilamente até 11.000 rpm, mas “cruza em sexta a 2500 rpm tranquilamente”, diz Tuthill.

Os bancos são especiais e pesam seis kg cada; as barras de torção e estabilizadoras são de titânio. O volante é de fibra de carbono. Um verdadeiro festival de atenção ao detalhe, para se chegar num carro realmente leve. Não, não tem ar-condicionado nem assistência de direção; mas cospe fogo pelo escapamento em desaceleração violenta, então acho que está tudo bem. Chris Harris publicou as impressões ao dirigir no vídeo abaixo, e ele parece ter apreciado a experiência, não acham?

Apenas 33 carros serão feitos, e o preço não foi divulgado, mas que algumas publicações estimam ficar acima do meio milhão de libras esterlinas, ou em torno de três milhões de reais. O mundo precisa de mais um restomod milionário de Porsche 911? Normalmente a resposta seria um sonoro “Não”. Mas em raríssimas instâncias, como esta, por incrível que pareça, temos que dizer SIM! (MAO)

 

Porsche 911 Carrera RS 1973 a venda em SP

Mora em São Paulo? Gosta de 911 antigo, e pirou com o 911K de Tuthill, mas acha que toda a história de restomod ficou over demais para você? Adora carros realmente leves, mas sinceramente não precisa de um motor feito de puro unobtanium que gira a mais de 10.000 rpm? Curte medidas extremas de redução de peso do restomod inglês, como o interior espartano, bancos leves e logotipo Porsche adesivo no capô, mas não quer ter todo o trabalho e espera para encomendar um 911K, e depois importá-lo e emplacá-lo aqui? Quando compra um carro, quer tê-lo imediatamente, e acha personalização uma frescura sem tamanho?

Não se aflija, caro milionário porschista com necessidades bem específicas, pois seus pobremas se acabaram-se! O carro das fotos está à venda numa loja especializada em antigos de São Paulo: é pagar e levar. É simplesmente o maior clássico da história da Porsche, o Porsche RS original, e um carro que pesa não muito mais que o supersofisticado, e fibra de carbônico 911K: 900 kg. E é bem mais classudo.

911 Carrera RS: o Porsche perfeito

Tá, não tem 350 cv, e uma linha vermelha no contagiro que começa aos 11.000 rpm; tem um 2,7 litros aspirado de 210 cv a 6300 rpm, e o limite de giro é de 7250 rpm. Mas eu vou aqui dar uma de malucão e dizer que 900 kg, 210 cv e 7000 rpm são suficientes para entreter.

Não sabemos o estado do carro (e não temos ligação alguma com a loja), mas o que ela diz dá água na boca: é um carro importado novo para o Brasil, pela Dacon de São Paulo, e o “RS está com o atual proprietário a mais de 15 anos e intacta em todos os aspectos”.

A loja não divulga o preço pedido, mas a média internacional para este carro é de U$ 700.000, lá fora. Provavelmente não sairá mais caro que o restomod de Tuthill; e está aqui no Brasil já, é pagar e levar. E provavelmente, seu dinheiro está mais seguro com o RS: nunca vai desvalorizar. O que foi? Não gosta de amarelo? Aí não posso te ajudar. (MAO)

 

Ford vai descontinuar veículos e aposta nos elétricos, apesar de prejuízo bilionário

Transit Connect: RIP

A Ford admitiu que o seu negócio de veículos eléctricos deverá perder 4,5 mil milhões de dólares a mais do que o esperado anteriormente em 2023. Além disso, os seus planos de produção de veículos eléctricos também estão sendo adiados. Embora ainda pretenda construir 400.000 deles por ano num futuro próximo, já não acredita que será capaz de atingir essa marca em 2024, como inicialmente prometido. Isto significa que o seu objetivo de fabricar 2 milhões deles por ano até 2026 também deve ser reexaminado.

O plano da empresa agora inclui produzir novos veículos elétricos de “margem alta” (leia-se caros). Esses carros deverão reduzir a dependência do fabricante em veículos de combustão interna, que atualmente estão pagando as perdas geradas pelo seu departamento de veículos elétricos.

Edge: RIP

O plano também prevê descontinuação de carros a combustão. Eles são, por enquanto, o Escape, o Edge e o Transit Connect.

O Edge será descontinuado no próximo ano para permitir que a Ford reequipe sua fábrica em Oakville  para fazer um SUV elétrico de três fileiras. Da mesma forma, o Transit Connect não retornará aos EUA em 2024, embora permaneça nos showrooms europeus. A Escape ainda não tem uma data marcada para bater com as caçuletas. Apenas não há plano para um substituto, ou seja, continua enquanto vender.

Escape: futuro abreviado

Além dos EVs, o CEO da Ford, Jim Farley, disse recentemente que o fabricante planeja quadruplicar as vendas de seus modelos híbridos após o sucesso dos eletrificados Maverick e F-150.  Uma aposta em veículos mais caros é a estratégia brasileira também, desde que a empresa fechou suas fábricas aqui. Dizem que em Camaçari, esses problemas da Ford são chamados de “justiça divina”. (MAO)

 

Ares Modena mostra novo Defender conversível

Anos depois de seu fim, o Defender original continua cobiçado, com preços altos e extensamente modificado e atualizado por uma série de casas especializadas mundo afora. Isso sem falar na Ineos, um novo fabricante de renome que apareceu para fazer uma versão moderna dele, o Grenadier. Um cara podia dizer que descontinuar o Defender original foi uma péssima ideia, mas isso seria chutar quem está caído, e fazer isso não é de bom tom.

Agora aparece mais uma variação no tema: a Ares Modena (a casa de design anteriormente conhecida como Ares Design) apresentou um Defender diferente, com capota “biquíni” e, embora os detalhes sobre ele sejam escassos, é certamente bastante impressionante.

Conhecido simplesmente como Ares Defender Cabrio, é pintado em preto fosco, e tem uma frente reestilizada com nova grade e faróis.  A empresa não deu muitos detalhes, mas como ela já faz Defenders fechados personalizados, podemos especular que a mecânica não será muito diferente.

A Ares oferece duas opções V8 para seu Defender com teto. O primeiro é um Land Rover V8 de 4,7 litros aspirado com 282 cv e 45 mkgf, e o segundo é uma versão supercharged deste motor com 475 cv e 66 mkgf. Uma transmissão automática com seleção manual Tiptronic de seis velocidades é usada, assim como um sistema de escapamento esportivo Milltek.

A Ares é uma empresa de Dany Bahar; sim aquele Dany Bahar. O preço deste novo Landie da empresa também não foi revelado, mas certamente não será barato: a versão com capota não sai por menos de € 250.000 (R$ 1.320.000). Tá ouvindo, JLR? (MAO)