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Renault Kardian lançado no Rio de Janeiro
Este é o novo Renault Kardian, o primeiro produto do novo plano de renovação da marca, e será vendido globalmente depois de seu lançamento no Brasil, no início de 2024.
Desenvolvido de olho no Fiat Pulse e no Volkswagen Nivus, ele combina características dos dois carros, como o porte do Fiat e o padrão de acabamento do VW, e tem o novo motor 1.0 turbo de três cilindros, 125 cv e 220 Nm combinado a uma caixa automatizada de embreagem dupla (banhada a óleo) e seis marchas.
A Renault afirma que ele traz equipamentos inéditos no segmento, normalmente encontrados em segmentos superiores, caso do radar para cruise control adaptativo entre outras assistências de condução — são 17 no total. Ele também traz algumas conveniências como freio de mão com acionamento elétrico e o seletor de marchas eletrônico, o que libera espaço no console central para guardar objetos.
O cara ainda está na fase final de desenvolvimento, então ainda não há dados de desempenho ou consumo, mas considerando que ele terá o motor mais potente de sua categoria, ele tem potencial para ter os melhores números de aceleração, com um consumo na média do segmento.
A Renault ainda não divulgou preços e data de lançamento, mas ele deve chegar ao mercado logo nos primeiros meses de 2024 na faixa dos R$ 110.000 a R$ 130.000, como seus rivais.
Além dele, a Renault também mostrou o segundo dos oito modelos que farão parte desta renovação da marca até 2027: a picape Niagara, um conceito que antecipa a próxima geração da Oroch.
A picape deriva da mesma plataforma modular CMA, que é uma das bases deste plano da Renault. A plataforma será produzida apenas na Coreia do Sul, Turquia, Marrocos, América Latina e Índia, e sua renovação foi o motivo do atraso no lançamento desta nova linha de produtos por aqui — segundo nossa apuração, a Renault parou o projeto por cerca de um ano para decidir pelo investimento local.
Essa plataforma permite variação dimensional do entre-eixos (serão quatro variações, segundo a Renault) e da porção traseira (outras três variações), incluindo a picape que chega aos 4,90 m de comprimento (o Kardian, como comparação, tem 4,12), além da capacidade de receber tração 4WD.
A picape Niagara está sendo desenvolvida no Brasil e terá um porte mais imponente que a atual Oroch, certamente equipada com os motores 1.0 turbo de 125 cv e 1.3 turbo de 170 cv, este já usado atualmente na linha Renault.
Considerando que o carro apresentado era um conceito muito próximo de um modelo de produção, apesar da decoração pesada, não seria surpresa se ele aparecesse até o final de 2024. (Leo Contesini)
Mais detalhes do Mazda Iconic SP Concept
Alguns detalhes sobre o novo carro esporte da Mazda mostrado no Japan Mobility Show, o evento antes conhecido como Salão de Tóquio, foram reveladas. E não são lá muito entusiasmantes, infelizmente, principalmente para algo que supostamente pretende trazer de volta o entusiasmo pelos carros esporte na “era elétrica”.
O fato é que o Mazda Iconic SP Concept tem um sistema híbrido análogo ao do MX-30 R-EV que recentemente retornou o Wankel à produção em série em automóveis. O motor à combustão não traciona as rodas: é um gerador apenas, um range extender.
O motor em si é birrotor (o MX-30 R-EV tem apenas um rotor), e no novo carro esporte ele fica em posição central, mas não está claro se dianteiro ou traseiro. Também não sabemos a capacidade de baterias, nem a quantidade de motores elétricos, nem quais rodas tracionam. O chute é um motor só, e tração traseira, a julgar pelo peso. A bateria não deve ser grande, graças ao range extender Wankel. Mas poderá ser carregado no grid: tem tomada sim, é plug-in.
Então, deve dirigir como um carro elétrico, apenas um que carga seu próprio gerador que pode ser reabastecido. Uma pena que tenha que ser assim; pelo menos a Mazda tenta acertar no básico fazendo-o leve e de tração traseira. É o que tem para hoje.
Além disso, outro detalhe revelado: o carro tem faróis escondidos, que só aparecem em uso. Uma piscadela para o Miata original, e o último RX-7. É bem legal, ainda que não seja exatamente esta característica do RX-7 que gostaríamos realmente de ter de volta. Mas a gente tem que agradecer o que tem; pelo menos ainda existe um Miata à venda. Ainda. (MAO)
Subaru também mostra “carro esporte” em Tóquio
Um novo BRZ? A volta do SVX? Um carro que presta homenagem à carreira de rali da marca? Um carro de rali futurista para as ruas? Este é o Sport Mobility Concept da Subaru, mostrado esta semana no Japan Mobility Show. Se você pesquisar, vai ver que já foi chamado de tudo isso ai em cima.
A Subaru não quis ficar de fora deste renascimento conceitual de esportivos neste salão, e esta é a sua resposta. É elétrico, claro, ainda que na verdade seja nada neste ponto: é um mock-up de estilo, como todos os outros. Pode ser qualquer coisa que você diga que é.
Não há números de potência ou informações de configuração do motor, apenas o conhecimento de que em algum lugar ali, provavelmente no assoalho, vai existir uma bateria.
Segundo a marca, o conceito “expressa o prazer que a Subaru oferece na era da eletrificação, personificando o prazer de ir a qualquer lugar, a qualquer hora, e dirigir à vontade no dia a dia para ambientes extraordinários”. Tá bom.
Provavelmente é o mais sonhador de todos os conceitos mostrados, um mock-up de idéia, e nada além disso. Tanto que foi mostrado junto com outro conceito chamado Air Mobility Concept: um carro voador, elétrico. Motorama 1953 mandou lembranças. (MAO)
Stellantis lança 12 vans de seis marcas diferentes, tudo ao mesmo tempo agora
Isso que é economizar dinheiro em lançamento. A Stellantis revelou nada menos que 12 novas vans comerciais, tudo de uma vez só. O recado parece ser que ninguém liga para esses modelos e variações, e vans comerciais em geral, então vai assim mesmo. É admirável esse mundo novo.
As veículos de “emissões zero”, e são todas baseadas na plataforma elétrica de segunda geração da marca, ou célula de combustível de hidrogênio. Serão vendidas pela Citroen, Fiat Professional, Opel, Peugeot e Vauxhall. Sugestão: chama tudo de “Vellantis”, ou “Generic Van” e boa, ué. Só vende nas concessionárias da marca. Dá para economizar algum em logotipo e design, já que parece ser este o mote.
Os novos veículos fazem parte da ofensiva Pro One da Stellantis, que procura tornar os seus veículos comerciais eléctricos líderes na Europa. Para esta segunda geração de vans elétricas, usa baterias próprias que oferecem autonomias mais longas.
Entre as 12 vans, a Stellantis oferecerá três tamanhos de veículos totalmente elétricos. Suas menores vans oferecerão até 330 km de autonomia. A van de tamanho médio pode percorrer até 350 km por carga, graças a baterias maiores de 50 ou 65 kWh, e suas vans maiores oferecerão até 420 km de autonomia graças a uma bateria de 110 kWh. A grande van também será oferecida com carregamento de 150 kW, o que permitirá ir de 0-80% de carga em menos de uma hora.
As vans movidas a hidrogênio vem em dois tamanhos. Os veículos de tamanho médio virão com um sistema de potência média que oferece 400 km de autonomia, enquanto a van grande será capaz de percorrer até 500 km por abastecimento. Mas aqui o reabastecimento é como gasolina, 5 min, apesar de não ser veículo á combustão: a célula de combustível (literalmente tecnologia “da NASA” dos anos 1960) transforma hidrogênio em eletricidade e água. O duro é achar posto de hidrogênio, e ele não explodir feito um Hindernburg moderno, claro.
As vans lançadas agora são (respire fundo) Citroen Berlingo, Jumpy e Jumper; Novo FIAT Professional Doblò, Scudo e Ducato; Novo Opel/Vauxhall Combo, Vivaro e Movano. Os novos Peugeot Partner, Expert e Boxer deverão chegar até ao final de 2023.
Além desses, a dona Stellantis acrescenta que o Ram ProMaster EV totalmente elétrico será vendido na América do Norte antes do final de 2023, e será acompanhado pelo Ram 1500 REV no final de 2024. Os veículos com célula de combustível de hidrogênio também chegarão aos Estados Unidos “num futuro próximo”. (MAO)