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Zero a 300

O teaser do Corvette ZR1 | Salão de Genebra morreu | Subaru WRX e BRZ não vendem e mais!

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Corvette C8 ZR1 pode vir com dois turbos e 1000 cv

A gente já sabe que em breve aparecerá mais uma versão do atual Corvette C8: o ZR1, sigla que normalmente é reservada para o mais potente de todos os Corvette. A Chevrolet americana mostrou um teaser do novo carro, e, as teasers go, é bem fraquinho. Mostra basicamente um barulho de motor acelerando, e imagens de símbolos apenas.

A Chevrolet disse que há um easter egg no vídeo. Ainda bem, pois é quase impossível de ver. Aos 10 segundos, um pequeno foguete decola no meio da cena. É o mesmo foguete que a GM coloca em várias partes do LT6 V-8 do Z06 atual, aquele V8 exclusivo do Z06, com virabrequim plano, DOHC, 8500 rpm e 679 cv.

LT6: o V8 “Gemini”

 

Este sensacional V8 de 5,5 litros aspirado é chamado de Gemini, pois essencialmente é dois quatro cilindros iguais, “gêmeos”, unidos em um V a 90°.  E, também, para lembrar de uma era de ouro da engenharia americana. O projeto Gemini da NASA é a ponte entre os primeiros voos tripulados ao espaço (Mercury) e o projeto Apolo que levou o homem à Lua. A nave espacial Gemini transportava uma tripulação de dois astronautas em missões de órbita da Terra durante 1965 e 1966.

O foguetinho-ovo de páscoa.

O tal foguetinho ester egg (a gente merece) é provavelmente uma confirmação de que o ZR1 terá uma versão mais potente do LT6. Some isso com o som que ouvimos, e a conclusão que se chega é que será a adição de dois turbocompressores a ele. O treco azul revirando feito fumaça pode aludir a turbocompressores também.

O C8 Z06

Se for verdade, quando for lançado em breve, o novo C8 ZR1 será o primeiro Corvette turbo da história. Com o motor aspirado já fornecendo quase 700 cv, imaginamos também que facilmente pode ser o primeiro a passar dos 1000 cv. É um número importante, em termos de marketing, e seria uma chance perdida se não for alcançado. Veremos. (MAO)

 

Subaru WRX e BRZ em queda de vendas

A Subaru sempre foi uma marca japonesa diferente, que manteve lugar cativo no coração do entusiasta justamente por isso. Hoje tem uma linha de veículos que permanece interessante, principalmente por oferecer carros dedicados para quem gosta de dirigir, sem cobrar fortuna por eles: o BRZ, irmão gêmeo univitelino do Toyota GR86, é um carro esporte dedicado de motor forte aspirado e câmbio manual, mas também cupê 2+2 fechado, prático e espaçoso. E há o WRX, um sedã turbo 4×4 nascido em rali que pode também ser usado como um carro da família.

O Forester: esse vende bem

Mas o mundo hoje parece aceitar apenas o enfadonho SUV familiar como proposta viável. O modelo da Subaru, o Forester, que foi renovado em 2025, é um sucesso nos EUA: as vendas aumentaram 45% em maio em comparação com o ano passado, e 61% no acumulado do ano, e no primeiro semestre já foram vendidos 81,741 carros.

Mas não se pode dizer o mesmo dos carros “entusiastas” da marca, infelizmente. As vendas do WRX caíram quase 40% em maio, para 1.673 carros (contra mais de 15 mil Foresters, por exemplo), e, provando que não foi apenas um contratempo, 39% no acumulado do ano. Sim, um sedã familiar japonês relativamente barato, de 270 cv, câmbio manual, e tração total permanente, que não vende nada. É mole?

Mas triste mesmo é a situação do BRZ. O carro já está oficialmente morto na Europa e, a julgar pelos últimos números de vendas, nos EUA seu futuro não parece brilhante. Os revendedores Subaru venderam apenas 227 dos cupês em maio, um número 64% abaixo dos 638 que venderam em maio de 2023, e contribuindo para uma queda de 45% na contagem do ano até o momento.

É uma vergonha para a humanidade, isso. Pequeno, leve, e eficiente, o BRZ atual é quase perfeito como uma máquina para se dirigir, e até como um carro para uma família pequena. Seu boxer de 2,4 litros dá 231 cv a 7000 rpm, e generoso torque em toda faixa de uso.

BRZ: não vende

O carro anda como um Lamborghini V12 dos anos 1960, mas custa preço de Toyota. Tem câmbio manual (ou auto, se você gosta dele), e o tipo de comportamento em curvas fechadas que faz a gente sorrir e nunca querer chegar em casa. Não consome muito combustível se você andar na boa, e é totalmente confiável. Como isso não é um sucesso? (MAO)

 

O fim do Salão de Genebra (ou dos Salões?)

Um dos mais antigos e relevantes Salões do automóvel do mundo, o Salão de Genebra, está morto depois de 119 anos. Seu organizadores anunciaram pelos canais oficiais do evento que ele não terá uma próxima edição, pois está sendo “descontinuado”. O motivo, segundo os organizadores, são “os atuais desafios da indústria e a concorrência”.

O Salão era realizado anualmente em março desde 1905, o que fez dele um dos Salões mais relevantes da história. Nele foram revelados carros como o Porsche 356, o Fiat 8V, Alfa Romeo GIulietta SZ, Jaguar E-Type, Lamborghini Countach, Ferrari Dino, Porsche 928, Audi Quattro, Lancia Delta Integrale, BMW E36, Ferrari F355, Ford Focus, Pagani Zonda, Lamborghini Gallardo, todos os Bugatti desde os anos 1990 (incluindo os conceitos), 500 Abarth, Aston Martin One 77 entre outros.

Nestes 119 anos, ele só não foi realizado durante as duas grandes guerras e durante a pandemia recente, tendo sido cancelado entre 2020 e 2023. Ainda em 2023, os organizadores realizaram uma espécie de “spin-off” do evento no Qatar, que será o sucessor de fato do Salão de Genebra, apesar de este último ter sido realizado em 2024.

Como já dissemos anteriormente, estamos chegando ao fim da era dos Salões do automóvel. O formato, que nasceu no final do século XIX, permaneceu basicamente o mesmo desde então e deixou de ser atraente para o público. Em tempos de realidade aumentada, inteligência artificial e imersão multimídia, pagar para ver um carro parado na sua frente, sem poder interagir com eles, tem pouquíssima atratividade. Além disso, o formato de Salão para automóveis foi criado quando eles eram escassos e uma grande novidade tecnológica, e a relevância que eles tiveram no passado, hoje está em feiras de tecnologia onde os consumidores podem, de fato, experimentar as novidades, como a Consumer Electronics Show (a CES, abaixo).

Provavelmente é a esse tipo de concorrência que os organizadores de Genebra se referem. É difícil concorrer com um evento onde um gadgetmóvel pode ser apreciado de outra forma pelo público. O Salão de Detroit percebeu isso há algum tempo e, por isso, mudou seu formato para algo mais parecido como o Goodwood Revival e o Festival of Speed, mais atraente e mais interativo, com uma atmosfera mais envolvente que um “catálogo 3D”. (Leo Contesini)

 

Fabricantes japonesas fraudaram testes de homologação, segundo Ministério

Eita… lá vamos nós novamente com outra polêmica de homologações. O Ministério dos Transportes do Japão anunciou que está investigando as principais fabricantes locais por uma suposta fraude nos testes de homologação. A investigação envolve Toyota, Mazda, Honda e Suzuki e poderá incluir também Mitsubishi, Nissan, Subaru e Daihatsu, pois ela está analisando as práticas das fabricantes desde 2014.

Por ora, as quatro citadas já admitiram conduta fraudulenta em outros testes de certos modelos e, por isso, foram obrigados a cessar a produção, distribuição e vendas dos veículos afetados. No caso da Toyota, a fraude se refere aos dados de testes de segurança para pedestres e ocupantes realizados com o Corolla Fielder, Corolla Axio e Yaris Cross, e também dos já descontinuados Crown, Isis, Sienta e Lexus RX. Apesar de admitir os dados manipulados, a Toyota disse que sua investigação interna confirmou a adequação dos modelos à legislação vigente.

No caso da Mazda, o problema está nos softwares da ECU do motor do MX-5 RF e do Mazda2, que foram reescritos durante o teste oficial. A fabricante também fez modificações nos carros usados em testes de impacto do Atenza, Mazda6 e Axela, mas também alegou que os carros vendidos atendiam à legislação vigente.

O problema com a Honda foram os resultados de testes de ruído de 22 modelos já descontinuados: Inspire, Fit, Fit Shuttle, CR-Z, Acty, Vamos, Stepwagn, Legend, Accord, Insight, Exclusive, CR-V, Freed, N-Box, N-One, Odyssey, N-Wgn, Vezel, Grace, S660, Jade, e NSX. A fabricante admitiu ter usado dados adulterados.

A Suzuki, por sua vez, diz que a conduta fraudulenta se limitou a um único modelo: a versão comercial do Suzuki Alto da geração passada. A adulteração foi feita na distância de frenagem, medida nos testes de superaquecimento de freios, que era menor que a real. Segundo a Suzuki, a pressão sobre o pedal de freios durante os testes não foi suficientemente intensa para que o carro atingisse os padrões legais e, para conseguir homologar o carro no prazo imposto, eles “ajustaram” os números porque o veículo poderia frear melhor com um teste refeito com a pressão adequada.

O passo seguinte das autoridades japonesas é conduzir investigações dentro das próprias fabricantes, baseados nas alegações e justificativas apresentadas. Os fabricantes, por ora, também foram instruídos a fornecer informação e assistência aos proprietários que eventualmente foram afetados. (Leo Contesini)