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O último Nissan GT-R já foi encomendado
Parece uma mensagem, uma coincidência grande demais para ser somente uma coincidência. Ao mesmo tempo que a crise na Nissan fica pior, com a colaboração com a Honda indo para o buraco e o CEO da Nissan prestes a ser demitido, vem a notícia de que o último Nissan GT-R já foi encomendado.
Sim: de acordo com uma declaração publicada no site japonês da Nissan, não há mais pedidos sendo feitos para a produção do GT-R da geração R35. Ou você já tem seu nome na lista, ou esquece. Não há substituto previsto, por enquanto.
Novas regulamentações europeias sobre ruído forçaram a Nissan a retirar o GT-R do mercado em julho de 2021. Padrões mais rigorosos para impactos laterais na Austrália acabaram com o supercarro naquele continente em novembro de 2021. Claro: o GT-R é um carro de quase 20 anos de idade. O mundo mudou muito desde que o R35 apareceu em 2007; era por exemplo incrivelmente pesado então; hoje 1700 kg não espantam ninguém.
Mas foi um dos primeiros caros esporte no esquema atual; o desempenho é via motor forte e o peso alto, junto com pneus modernos, ajuda sobremaneira no grip, o que faz carros muito velozes de verdade, em toda situação. Sim, em pista o peso destrói pneus e freios e quando ele finalmente derrapa, é uma catástrofe a velocidades inigualáveis. Mas um pouco desse último problema é mitigado com controles eletrônicos de estabilidade. De qualquer forma, o GT-R R35 é a definição do produto revolucionário e visionário: mudou o mundo do carro esporte. Goste ou não, é o que ele fez.
O R35 sempre teve o mesmo motor: o sensacional V6 “VQ” da Nissan, em sua versão mais extrema. Feito à mão com cuidado, este V6 sensacional tem 3,8 litros, e dois turbos. Foi colocado à venda pela primeira vez com 471 cv; o GT-R Nismo atual dá 600 cv. Também sempre teve o mesmo chassi: transeixo traseiro e tração nas quatro rodas. Embora o design possa não ter mudado muito ao longo de sua vida, o carro evoluiu mecanicamente, claro. Também virou, no fim, em exclusivo e caríssimo supercarro feito em poucas unidades.
É o fim de verdade? Bom, o diretor de design da empresa sugeriu que o próximo GT-R será lançado em algum momento antes de 2030, mas não há um sucessor imediato planejado. Até bem pouco tempo atrás, falava-se de um novo R36 elétrico. Mas na situação da empresa agora, ninguém sabe do futuro. Um chute bom é esse: se existir uma Nissan ainda ano que vem, quem sabe aparecerá outro GT-R até 2030… (MAO)
O último sedã da Ford
Em todo mercado de primeiro mundo, não há mais um sedã, hatchback ou perua Ford. É uma situação que poucos anos atrás pareceria inimaginável, mas é verdade. A singularidade SUV continua chegando, cada vez mais perto de nós. Veja que até o carro mais barato do Brasil, o Renault Kwid, é altinho e diz ser um SUV. E o Polo que vende mesmo aqui agora é “Track”, com toques visuais de SUV.
Mas ainda existe um sedã Ford. É um carro desenvolvido e fabricado na China, e vendido em alguns países além dela, como no Oriente Médio. Trata-se do Ford Taurus/Mondeo; na verdade uma evolução modesta do antigo Mondeo europeu. Na China, sedãs ainda são populares, o que justifica sua existência; lá é o Mondeo. Em outros mercados, Taurus.
Dependendo do mercado, a Ford vende o Taurus/Mondeo com motores a gasolina EcoBoost de 1,5 e 2,0 litros e tração dianteira. No Oriente Médio, o motor 2.0 vem com 242 cv e 39 mkgf. A transmissão é somente uma automática de oito velocidades. Um híbrido mais econômico, somente FWD, combina um 1,5 litro com um motor elétrico e uma transmissão CVT.
É um carro grande: mede quase cinco metros de comprimento, maior que o Mondeo/Fusion da geração anterior, mas ainda menor do que o último Taurus vendido nos EUA. Ele segue algumas das últimas tendências ao apresentar faróis divididos, ponteiras de escapamento falsas, maçanetas de porta pop-out e um interior simplificado com poucos botões convencionais.
O primo menos famoso do comediante Chris Farley, o CEO da Ford Jim Farley, sugeriu em uma entrevista no ano passado que, embora carros como o Mondeo e o Fiesta “fossem amados por muitos clientes”, a empresa não estava realmente ganhando dinheiro com eles. Mas lembrem-se que há boatos sobre um Mustang sedã rolando por aí; a marca “Mach 4” foi registrada recentemente nos EUA, e os boatos dizem ser este o nome do novo sedã.
Mas enquanto isso, se você quiser ter um sedã Ford, tem que morar na China, ou no Oriente médio. Que situação. (MAO)
O Audi R8 pode voltar na plataforma do Temerario
Segundo a Autocar inglesa, a Audi está preparando um retorno do R8. O novo R8 seria um híbrido plug-in, e derivaria do Lamborghini Temerario. Pretende, como o anterior, ser o Audi mais rápido e veloz.
O novo R8 estaria programado para estrear no final de 2027. Criado para rivalizar diretamente o Mercedes-AMG GT e o Porsche 911, o desenvolvimento teria progredido além do estágio de viabilidade, segundo a publicação inglesa, e o seu projeto estaria em andamento.
Tudo que você precisa saber sobre: O Audi R8 de primeira geração
Como os R8 anteriores, este aproveitaria a plataforma já criada para o carro esporte Lamborghini de entrada, hoje o Temerario. Lembrem-se que a Audi é dona da marca italiana desde 1998. O primeiro R8 apareceu em 2006 e era mecanicamente um Lamborghini Gallardo. A colaboração foi renovada em 2015 para a segunda geração do R8 e do Huracán. Em suas duas primeiras gerações, de 2007 a 2023, um total de 44.418 R8s foram vendidos globalmente.
De novo, a Audi pretende diferenciar o Lamborghini do Audi fazendo o último mais usável e prático em uso diário; o R8 original, apesar de uma fera em desempenho, era confortável e luxuoso. O V10 ficou um pouco mais violento e duro, mas ainda menos que seu irmão italiano. Espere também as mesmas versões cupê e cabriolet das versões anteriores.

O ressuscitado Audi R8 virá com o V8 biturbo de 4,0 litros da Audi que está no Lamborghini Temerario, claro. A unidade de virabrequim plano produz 800cv no Lambo, mas é ajudado por um trio de motores elétricos que o fazem chegar a 920 cv.

No Temerario, dois motores são montados no eixo dianteiro para criar uma configuração de tração nas quatro rodas. O terceiro motor é posicionado entre o V8 e um transeixo traseiro automático de dupla embreagem de oito velocidades. O retorno do R8 em 2027, diz a revista, deve coincidir com o lançamento de modelos Temerario mais potentes. (MAO)
Honda prepara versão moderna da CB 750

Não há moto japonesa mais clássica e amada que a Honda CB750. Lançada em 1969, era tão superior em qualidade e desempenho em relação ao resto do mundo, que quase matou, sozinha, a indústria de motos de alto desempenho europeia. E ao mesmo tempo, sendo imediatamente copiada (e superada) pelo resto da indústria japonesa, criou o tipo de moto que se conhece hoje como “UJM” (Universal Japanese Motorcycle). Você sabe, aquela com um quatro em linha forte atravessado no quadro, mas ciclística e aparência tradicional, e que serve para uso diário, viagens e até para pista.

Esse tipo de moto sempre foi popular, mas ultimamente vem sumindo. Agora, há um novo boato, reportado pela Cycle World americana, de que a Honda está preparando uma nova CB 1000. Há muitas evidências, e os boatos aceleraram agora no lançamento das versões Final Edition da CB1300 Super Four exclusiva para o Japão e sua irmã com carenagem parcial, a CB1300 Super Bol d’Or, ambas anunciadas em 21 de fevereiro de 2025.

Esses modelos CB1300 são descendentes diretos da CB1000 Super Four de 1992, que foi o primeiro roadster retrô da Honda a remontar à CB750. Em 1998, com o motor aumentado, ganhou o nome CB1300 e permaneceu na linha de produtos da Honda para o mercado japonês desde então. O lançamento de uma versão Final Edition confirma que 2025 é o último ano da CB1300, no entanto, e com outros modelos retrô de quatro cilindros (CB1100 e CB400) já fora da linha da Honda, seu fim deixará a empresa sem um roadster retrô estilo CB750 em sua linha pela primeira vez em mais de três décadas.
É aí que o boato da nova CB1000F entra em cena. É uma ideia que a Honda já havia sugerido, mostrando o CB-F Concept em março de 2020. Com um quatro em linha de um litro, quadro em espinha dorsal e o braço oscilante unilateral da CB1000R, empacotado com desenho retrô inspirado na CB750F pilotada por Freddie Spencer em competição, era dada como certa para produção. O que nunca aconteceu.

Mas agora, há a CB1000 Hornet em produção. Baseada no motor Fireblade da CBR1000RR de última geração, a CB1000 Hornet usa um chassi simples de tubo de aço e braço oscilante de dois lados. O resultado é uma moto potente, mais leve e muito mais barata do que a CB1000R. Uma CB1000F baseada na plataforma Hornet parece fácil demais para não acontecer.
Resta saber se essa nova CB será exclusiva para o Japão como era a CB 1300 até hoje, ou será um produto vendido mundialmente. O sucesso das Triumph e Royal Enfield neste terreno pedem para que apareça não uma CB 1000, mas uma nova CB 750, ainda mais simples e mais barata que a moto de um litro. Se a CB 750 praticamente matou a Triumph nos anos 1970, será que o faria de novo? (MAO)