FlatOut!
Image default
Car Culture

Os melhores filmes sobre carros (e motos) disponíveis online

Acabou de chegar do trabalho e quer esquecer esta segunda-feira ingrata? Nada como uma boa dose de cultura automotiva cinematográfica para colocar a cabeça no lugar e relaxar. Por isso selecionamos os filmes mais legais sobre carros e motos disponíveis online para você assistir agora mesmo. Coloque a pipoca no micro-ondas, ajeite o sofá, clique em play e aproveite!

As 24 Horas de Le Mans (Le Mans – 1971)

Michael Delaney (Steve McQueen) é um piloto americano que retorna ao circuito de Le Mans, determinado a vencer depois de ter quase morrido em um acidente no ano anterior. Durante a corrida ele se sente atraído por Lisa Belgetti, que é a viúva do piloto que morreu no mesmo acidente — possivelmente causado pelo próprio Delaney.

A trama se desenrola entre os stints de Delaney, e é alternada por cenas reais da corrida de 1970. Ele “pilota” o Porsche 917K número 20, com a pintura clássica da Gulf Oil, que foi pilotado na corrida real por Jo Siffert e Brian Redman. As demais cenas de corrida foram filmadas com carros verdadeiros, caracterizados como os competidores, e encenaram a rivalidade principal do filme, entre o Porsche de Delaney e a Ferrari de Erich Stahler. Enzo Ferrari declinou o convite da produção para ceder seus carros quando descobriu que o filme terminaria com a vitória da Porsche (quem não faria o mesmo?). A Ferrari 512 usada nas filmagens foi emprestada por Jacques Swaters, o representante da marca na Bélgica, e é um dos 25 exemplares construídos para homologação do carro de corrida.

Roberto Carlos a 300 Quilômetros por Hora (1971)

Roberto Carlos é um gearhead de primeira e é por isso que em 1971 ele estrelou um filme sobre sua paixão por velocidade. Se você está cansado de explosões e cenas irreais, este é o filme certo. Afinal qual outro filme começa com um Charger R/T no traçado antigo de Interlagos? Além disso, as cenas de corridas trazem protótipos como o Lola T-70, Alfa Romeo 33, Ferrari 512 e AC-Porsche, pilotados por caras do naipe de Emerson Fittipaldi e seu irmão Wilsinho Fittipaldi, Anísio Campos, Camilo Christófaro e, segundo o diretor, o próprio Roberto Carlos — demonstrando sua habilidade ao volante de um Avallone-Chrysler e um Dodge Charger R/T da primeira leva.

Encurralado (Duel – 1971)

“Encurralado” (ou Duel, se você se sente constrangido com o título cacofônico) foi o primeiro longa metragem dirigido por Steven Spielberg, quando ele ainda era um moleque de 21 anos. Frequentemente chamado de “Hitchcock sobre rodas”, Encurralado é a primeira prova do talento de Spielberg, que foi capaz de conduzir as emoções do espectador a cada minuto deste suspense.

Ele conta a história de David Mann, um pacato vendedor de eletrônicos que sai com seu Plymouth Valiant (bem parecido com o nosso Dodge Dart) em uma viagem de negócios, quando depara com um caminhão-tanque rastejando pela estrada. Ao ultrapassá-lo, o sr. Mann provoca a ira do caminhoneiro, que mesmo sem jamais mostrar o rosto inicia a perseguição mais sem motivo e aterrorizante da história do cinema.

60 Segundos (Gone in 60 Seconds – 1974)

A versão original de “60 Segundos” é um pouco diferente do remake de 2000, e conta a história de um corretor de seguros chamado Maindrian Pace, que foi procurado por um traficante sul-americano para roubar 48 carros em 72 horas. Usando sua experiência e contatos no ramo, ele monta um esquema para localizar e recolher os carros, e batiza cada um deles com um nome de mulher.

A polícia só descobre o golpe quando Pace está entregando o último carro, um Mustang Mach I chamado Eleanor, e assim começa uma perseguição implacável, cheia de acidentes (alguns reais, como no bloqueio policial e no canteiro de obras) e que se estende por praticamente toda Long Beach.

Corrida Sem Fim (Two Lane Blacktop – 1971)

“Corrida sem Fim” tem como protagonistas o músico James Taylor (quando ainda tinha cabelo) como “O Piloto” e o baterista dos Beach Boys, Dennis Wilson, como “O Mecânico”. O filme conta a história desta dupla de rachadores que migram de cidade em cidade com a grana faturada nos rachas com seu Chevy One-Fifty. No caminho eles conhecem “A Garota” e topam com outro rachador, conhecido como “GTO”, com quem apostam uma corrida entre o Novo México e Washington D.C. A partir daí, é esse duelo que embala o filme.

O jornalista da Car and Driver americana, Brock Yates, assistiu ao filme e teve a ideia de fazer uma corrida ao longo dos EUA. No mesmo ano ele organizou a primeira das cinco edições da Cannonball Baker Sea-To-Shining-Sea Memorial Trophy Dash, mais conhecida com “Cannonball Run”. Embora ela tenha sido chamada de “race”, o evento teve um caráter mais recreativo, e também foi uma forma de protesto contra as novas leis de trânsito, que entraram em vigor na época.

Sem Destino (Easy Rider – 1969)

Easy Rider foi fruto de uma viagem (de drogas) de Peter Fonda, que teve a idéia para o filme em 1967, depois que fumou maconha e viu uma foto sua com um amigo em frente a duas motos. Sob o efeito do THC, Fonda imaginou um filme, no qual ele e seu amigo seriam cowboys modernos, rumando pelo país sem destino.

O roteiro foi escrito por Fonda e Dennis Hopper, que também dirigiu o filme. Gravado em apenas sete semanas e custando apenas US$ 365.000, uma quantia modesta até mesmo para a época (1969), o Easy Rider colocou pela primeira vez no circuito da grande mídia a identidade da juventude da época e tornou-se um marco na história do cinema não apenas por essa ruptura, mas também por transformar a moto em um ícone da liberdade e apresentar ao mundo o talento de Dennis Hopper, que foi indicado como melhor diretor estreante em Cannnes, e Jack Nicholson, que faturou o Oscar de melhor ator coadjuvante naquele ano.

C’était un Rendezvous (1976)

[vimeo id=”34039780″ width=”620″ height=”350″]

Ele é curto, romântico e embalado pelo ronco da Ferrari 275 GTB (embora tenha sido gravado com um Mercedes 450SEL), é absolutamente detalhista: repare os pombos, os pedestres fugindo, a mãe na calçada puxando o filho para longe da rua. Ele tem tantas camadas que poderia ser um “bolo”. E ele também é francês. Os franceses sempre abrem a sua cabeça, as portas da sua percepção.

The Hire (2001)

Esta série de curtas não é exatamente um filme, e sim uma campanha publicitária feita pela BMW em 2001 — o que mostra que os publicitários bávaros tem um timing um pouco avançado. Em uma época sem YouTube, nem redes sociais, a BMW pediu para vários diretores famosos como Guy Ritchie e John Frankenheimer (entre outros) para escrever e dirigir um curta envolvendo um de seus modelos e o motorista de aluguel interpretado por Clive Owen.